Na análise da demanda, o Consumo das Famílias (4,2%) apresenta o quinto trimestre de crescimento consecutivo. Já o Consumo do Governo cresceu 1,3%.

A Formação Bruta de Capital Fixo também apresentou crescimento (8,6%). Um dos fatores que possibilitaram este resultado foi o aumento do total das operações de crédito do sistema financeiro (19,2%, em termos nominais¹).

Já no âmbito do setor externo, as Exportações de Bens e Serviços apresentaram um crescimento de 15,2% e as Importações de Bens e Serviços, de 13,8%.

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Na comparação com o primeiro trimestre do ano, PIB cresce 1,4%

O PIB a preços de mercado apresentou variação de 1,4% na comparação do segundo trimestre contra o primeiro trimestre de 2005, na série com ajuste sazonal. Agropecuária, Indústria e Serviços apresentaram crescimento de 1,1%, 3,0% e 1,2%, respectivamente.

Em relação aos componentes da demanda, o principal destaque foi o crescimento de 4,5% da Formação Bruta de Capital Fixo no segundo trimestre deste ano, após dois trimestres consecutivos de queda. As Exportações de Bens e Serviços seguiram a trajetória de crescimento iniciada no segundo trimestre de 2003 e obtiveram crescimento de 2,6%. As Importações de Bens e Serviços, por sua vez, registraram pelo sétimo trimestre consecutivo um aumento da ordem de 2,4%. O Consumo das Famílias teve variação positiva de 0,9%, e o Consumo do Governo, de 1,1%.

Indústria cresce 4,4% no primeiro semestre do ano

O PIB a preços de mercado no primeiro semestre de 2005 apresentou crescimento de 3,4%, em relação à igual período de 2004. Na mesma base de comparação, os setores da Indústria e Agropecuária cresceram 4,4% e 2,9%, respectivamente, e o setor de Serviços 2,4%.

Dentre os quatro subsetores do setor Industrial, todos apresentaram taxas positivas na comparação com o primeiro semestre de 2004, sendo que o destaque foi o crescimento da Extrativa Mineral (10,6%). Transformação e os Serviços Industriais de Utilidade Pública apresentaram, ambos, crescimento de 3,9%. Já a Construção Civil registrou crescimento de 2,2%.

No setor de Serviços, as maiores elevações foram no Comércio e nos Transportes (4% e 3,9%, respectivamente). Também apresentaram crescimento os subsetores de Aluguéis (3,2%), Instituições Financeiras (3,1%), Administração Pública (2%) e Outros Serviços (1,5%). Comunicações foi o único subsetor de serviços a apresentar queda (-2,3%).

Na análise da demanda, o Consumo das Famílias e a Formação Bruta de Capital Fixo cresceram 3,1%. O Consumo do Governo cresceu 2,1%. Já no âmbito do setor externo, os componentes Exportações e Importações de Bens e Serviços apresentaram taxas positivas de 13,3% e 12,5%, respectivamente.

O PIB a preços de mercado cresceu 3,9% no segundo trimestre de 2005, em relação a igual período de 2004. O Valor Adicionado a preços básicos apresentou um aumento de 3,7% e os Impostos sobre Produtos um crescimento de 5,8%.

Os três setores que contribuíram para a geração do Valor Adicionado apresentaram taxas positivas na comparação com o segundo trimestre de 2004. A Indústria foi o destaque com um crescimento de 5,5%, seguida pela Agropecuária (3,2%) e pelos Serviços (2,5%).

Na atividade industrial, todos subsetores obtiveram taxas de crescimento, com destaque para a Extrativa Mineral e os Serviços Industriais de Utilidade Pública (17,5% e 4,6%, respectivamente). Na Extrativa Mineral, essa foi a taxa mais alta desde o quarto trimestre de 2000 (quando alcançou um crescimento de 20,4%), beneficiado pela extração tanto de carvão mineral como de petróleo.

A Transformação, com crescimento de 4,1%, apresentou a nona taxa positiva consecutiva no trimestre. Os Serviços Industriais de Utilidade Pública apresentaram alta de 4,6% e a Construção Civil, 3,7%. De acordo com a Pesquisa Mensal de Emprego (PME/IBGE) divulgada em agosto, a população ocupada na Construção Civil cresceu 4,9% no segundo trimestre deste ano em relação ao mesmo período de 2004.

O setor de Serviços acompanhou o desempenho positivo da Agropecuária e da Indústria, registrando taxas positivas em quase todos os subsetores que o compõe. Os maiores destaques foram para o Transporte (4%) e para o Comércio (atacadista e varejista), que cresceu 3,8%. Nos demais subsetores, os resultados foram: 3,4% nas Instituições Financeiras; 3,4% na Administração Pública; 2,8% em Aluguéis e 0,7% em Outros Serviços. Já Comunicações, com –1,7%, foi o único subsetor que apresentou desempenho negativo. Esse resultado foi influenciado pela redução, em volume, da telefonia fixa, principalmente devido às ligações interurbanas nacionais.

Pela ótica da demanda, a Formação Bruta de Capital Fixo apresentou o sexto resultado positivo consecutivo (4%). No segundo trimestre de 2005 em relação a igual trimestre de 2004, o Consumo das Famílias alcançou 3%, mantendo o crescimento iniciado no quarto trimestre de 2003 (1,3%). Por fim, o Consumo do Governo apresentou crescimento de 3,1%, favorecido pela baixa base de comparação do segundo trimestre de 2004.

Pelo lado da demanda externa, as Exportações de Bens e Serviços (12,9%) mantiveram-se em crescimento. As Importações de Bens e Serviços, com taxa de 12,7%, também apresentaram mais uma vez elevação. Este é o sétimo trimestre consecutivo de crescimento tanto para as Exportações quanto para as Importação de Bens e Serviços.

O PIB a preços de mercado acumulado nos quatro trimestres terminados no segundo trimestre de 2005 cresceu 4,3% em relação aos quatro trimestres imediatamente anteriores. Esta taxa é resultado do crescimento de 4% do Valor Adicionado a preços básicos e do aumento de 7,6% nos Impostos sobre Produtos. O resultado do Valor Adicionado neste tipo de comparação decorreu do desempenho positivo dos três setores que o compõem: Indústria (5,4%), Agropecuária (3,6%) e Serviços (3,1%).

Dentre os subsetores da Indústria, a maior alta foi a da Transformação (5,7%), seguida de Construção Civil (5,3%) e Serviços Industriais de Utilidade Pública (4,7%). Após dois trimestres consecutivos de variação negativa, a Extrativa Mineral apresentou o menor crescimento (3,4%) nesta comparação.

As maiores elevações nos Serviços foram nos subsetores Comércio, Instituições Financeiras e Outros Serviços (6,5%, 4,1% e 4,0%, respectivamente). Também apresentaram crescimento os subsetores Transporte (3%), Aluguéis (2,7%) e Administração Pública (1,5%). Já o subsetor de Comunicações (-1,5%), apresentou o quinto resultado consecutivo negativo.