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Em julho, taxa de desocupação foi de 9,4%

Taxa de desocupação foi igual à de junho, a menor da série. O rendimento médio dos trabalhadores cresceu 2,5% em relação a junho e 1,6% em relação a julho do ano passado.

25/08/2005 06h31 | Atualizado em 25/08/2005 06h31

Taxa de desocupação foi igual à de junho, a menor da série. O rendimento médio dos trabalhadores cresceu 2,5% em relação a junho e 1,6% em relação a julho do ano passado.

 



Em junho, a taxa de desocupação na média das seis regiões investigadas pela Pesquisa Mensal de Emprego do IBGE foi de 9,4%, idêntica à de junho (9,4%) de 2005 e, ainda, a mais baixa de toda a série. Em relação a julho do ano passado (11,2%), houve queda de 1,8 ponto percentual.

Em relação a junho de 2005, só houve alteração na região metropolitana de Recife, onde a taxa subiu de 9,6% para 12,7%. Em relação a julho de 2004, as regiões metropolitanas de Belo Horizonte (de 10,7% para 8,2%), Rio de Janeiro (de 8,1% para 7,2%), São Paulo (de 12,5% para 9,9%) e Porto Alegre (de 8,9% para 7,0%) tiveram movimentações significativas. Em Recife e Salvador, houve estabilidade.

POPULAÇÃO DESOCUPADA

Em julho de 2005, a PME detectou um contingente de 2,1 milhões de desocupados, que permaneceu estável em relação a junho de 2005 e teve queda de 15,6% em relação a julho do ano passado. As mulheres eram a maioria dos desocupados: elas representavam 51,9% da PD em julho de 2002, 54,6% em julho de 2003, 55,5% em julho de 2004 e 56,9% em julho de 2005.

Entre os desocupados de julho de 2005, 7,4% tinham de 15 a 17 anos, 38,5% tinham de 18 a 24, 46,9% de 25 a 49 anos e 6,6% 50 anos ou mais. Além disso, 20,1% estavam em busca de seu primeiro trabalho e 27,1% eram os principais responsáveis pela família.

Com relação ao tempo de procura: 22,9% estavam em busca de trabalho por um período não superior a 30 dias; 43,5%, por um período de 31 dias a 6 meses; 9,6%, por um período de 7 a 11 meses; e 24,0%, por um período de pelo menos 1 ano. Em julho de 2002, 35,5% dos desocupados tinham pelo menos o ensino médio concluído, contra 40,3% em 2003, 43,3% em julho de 2004, e 45,8% em julho de 2005.

POPULAÇÃO OCUPADA

Estimada em 19,8 milhões, a população ocupada nas seis RMs investigadas pela PME permaneceu estável na comparação com junho de 2005 e cresceu 2,3%, (ou mais 445 mil pessoas) em relação a julho de 2004.

Na comparação mensal, houve estabilidade em quase todas as regiões investigadas, exceto a de Belo Horizonte, onde houve queda de 1,6%. Em relação a julho de 2004, houve alta em Salvador (4,5%), São Paulo (3,3%) e Porto Alegre (3,5%), e estabilidade nas demais regiões metropolitanas.

Em julho de 2005, os homens representavam, 56,0% da população ocupada, e as mulheres, 44,0%. A população de 25 a 49 anos representava 63,9% dos ocupados. O percentual de pessoas ocupadas em julho de 2005 com 11 anos ou mais de estudo era de 50,5%.

A PME estimou em 56,2% a proporção de pessoas trabalhando em empreendimentos com 11 ou mais pessoas. Nos empreendimentos de 6 a 10 pessoas ocupadas, esta proporção era de 6,5%, enquanto nos empreendimentos com no máximo 5 pessoas ocupadas, a proporção era de 37,3%.

Segundo a Pesquisa Mensal de Emprego, 47,3% da população ocupada cumpria, em julho de 2005, uma jornada de trabalho de 40 a 44 horas semanais e cerca de 34,0%, acima de 45 horas semanais. Em média, segundo os dados da pesquisa, 67,4% dos trabalhadores, nas seis regiões pesquisadas tinham aquele trabalho há pelo menos 2 anos; 11,0% há entre 1 ano a menos de 2 anos; 19,6% há entre um mês e um ano; e apenas 2,0% estavam naquele trabalho há menos de 1 mês.

PO nos principais grupamentos de atividade

Indústria extrativa, de transformação e distribuição de eletricidade, gás e água (17,7% da PO). No total das seis regiões, em ambas as comparações, este grupamento apresentou estabilidade. Em relação a junho de 2005, houve alteração significativa apenas no Rio de Janeiro, com queda de 6,7%. Na análise anual não houve alterações em nenhuma Região Metropolitana.

Construção (7,0% da PO). Na comparação com junho, houve queda de 4,5%. Desde de janeiro não se observava queda com tamanha intensidade. No confronto anual, não houve alterações.

Na análise mensal, as regiões metropolitanas do Rio de Janeiro (-7,4%) e Porto Alegre (-10,6%) apresentaram queda, com estabilidade nas demais. No confronto anual, houve alteração apenas em Recife (39,7%) num universo restrito a cerca de 89 mil trabalhadores da construção civil local, onde pequenas variações podem atingir taxas elevadas.

Comércio, reparação de veículos e de objetos pessoais e domésticos e varejo de combustíveis (19,7% da PO). Houve estabilidade tanto em a relação junho de 2005 quanto a julho de 2004. Em relação a junho de 2005 houve aumento apenas na região metropolitana do Rio de Janeiro (4,9%). No confronto anual, somente Salvador (9,4%) e Porto Alegre (14,3%) registraram crescimento.

Serviços prestados à empresa, aluguéis, atividades imobiliárias e intermediação financeira (13,6% da PO). Houve estabilidade tanto em relação a junho de 2005 quanto a julho de 2004. Em nível regional, o quadro não se alterou.

Educação, saúde, serviços sociais, administração pública, defesa e seguridade social (15,7% da PO). Não houve alteração significativa em nenhuma das seis regiões investigadas. Na esfera regional não foi diferente, o contingente de ocupados neste grupamento manteve-se estável em ambas as comparações.

Serviços domésticos (8,5% da PO). Em relação a junho de 2005 não houve variação significativa. Entretanto, frente a julho de 2004 registrou-se acréscimo de aproximadamente 13,0%.

No confronto com junho de 2005, houve estabilidade em todas as regiões. Na comparação anual, houve alteração no Rio de Janeiro (15,1%) e São Paulo (17,8%).

Outros serviços (alojamento, transporte, limpeza urbana e serviços pessoais) (17,2% da PO). Para o total das seis áreas, houve estabilidade em ambas as comparações. No recorte regional, a única alteração foi em São Paulo (9,7%), na comparação anual.

PO por formas de inserção do trabalhador no mercado de trabalho

Empregados COM carteira de trabalho assinada no setor privado1 (40,2% da PO). Em relação a junho de 2005, houve estabilidade. Frente a julho de 2004 a variação chegou a 5,5%, ou seja, um aumento de aproximadamente 417 mil pessoas.

Na comparação mensal, não houve alteração em nenhuma das regiões metropolitanas cobertas pela pesquisa. Na comparação com julho de 2004, registrou-se variação nas regiões de Recife (9,2%), Belo Horizonte (6,2%), São Paulo (7,5%) e Porto Alegre (10,0%).

Empregados SEM carteira de trabalho assinada no setor privado1 (15,5% da PO). Esta estimativa manteve-se estável tanto em relação a junho de 2005 quanto em relação a julho do ano passado.

Na esfera regional, na comparação mensal, houve alteração apenas em Salvador (8,5%). Na comparação anual, registrou-se variação nas regiões metropolitanas de Salvador (14,8%) e Belo Horizonte (-10,0%).

Trabalhadores por conta própria (19,2% da PO). Não houve alteração em nenhuma das comparações. Na esfera regional, repetiu-se a estabilidade observada em junho de 2005, em ambas as comparações.

RENDIMENTO MÉDIO REAL

Continuou em recuperação o poder de compra do trabalhador. A pesquisa revelou que, para o agregado das seis regiões, o rendimento médio real habitualmente recebido, estimado em R$ 968,30, cresceu 2,5% em relação a junho de 2005 e 1,6% na comparação com julho do ano passado. Na comparação mensal, houve recuperação em todas as RMs investigadas: Recife (4,8%), Salvador (3,3%), Belo Horizonte (1,3%), Rio de Janeiro (2,1%), São Paulo (3,0%) e Porto Alegre (0,5%).

No confronto com julho do ano passado, houve recuperação no poder de compra dos trabalhadores nas regiões metropolitanas de: Recife (5,1%), Belo Horizonte (4,6%) e São Paulo (2,7%), enquanto na de Porto Alegre (-4,1%) o quadro foi de perda. Em Salvador e Rio de Janeiro houve estabilidade. O quadro abaixo mostra a evolução do rendimento por categorias de posição na ocupação:





O quadro a seguir mostra a evolução do rendimento médio real habitualmente recebido pelos trabalhadores segundo os principais grupos de atividades econômicas:



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1 Exclusive trabalhador doméstico, militar, funcionário público ou estatutário e outros empregados do setor publico.