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IPCA-15 de agosto teve variação de 0,28%

25/08/2005 06h31 | Atualizado em 25/08/2005 06h31

O Índice de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15) teve variação de 0,28% em agosto, acumulando 3,91% no ano e 6,30% nos últimos doze meses (de setembro de 2004 a agosto de 2005). Os preços para cálculo do mês foram coletados no período de 13 de julho a 11 de agosto e comparados com os preços vigentes de 14 de junho a 12 de julho.

A conta de telefone fixo , expressando parte do reajuste ocorrido em julho nos serviços, aumentou 3,39% e ficou com o principal impacto individual no índice, 0,12 ponto percentual. Trata-se do segundo mês consecutivo em que a telefonia fixa detém o principal impacto. Em julho, com a alta de 2,41%, deteve 0,08 ponto. No ano, telefone fixo subiu 6,59%.

Além do telefone, combustíveis e salários de empregados domésticos encontram-se entre os principais itens que levaram ao crescimento do IPCA-15 de julho para agosto. A valorização das cotações da cana-de-açúcar provocou um aumento de 4,22% no preço do álcool combustível e de 1,14% na gasolina. Embora tenha ocorrido queda no Rio de Janeiro (-0,54%), Salvador (-0,49%) e Belém (-0,19%), o álcool teve aumento forte em outras regiões, chegando a atingir variação de 10,53% em Curitiba. Na gasolina, a alta também não foi generalizada. Houve queda em Salvador (-2,31%), Rio de Janeiro (-0,38%), São Paulo (-0,34%), Recife (-0,31%) e Belém (-0,25%). Mas o preço subiu nas outras regiões, principalmente em Fortaleza, que teve alta de 7,87%.

Nos salários dos empregados domésticos, a taxa de 1,86% mostra reflexos do aumento do salário-mínimo ocorrido em maio, quando o valor passou de R$260,00 para R$300,00. A defasagem entre o reajuste e a apropriação no índice tem por base razões metodológicas já que o cálculo se dá a partir da média móvel de três meses.

Vários itens, por outro lado, continuaram com redução em seus preços ou apresentaram resultados pouco expressivos. No grupo Alimentação e Bebidas (-0,67%) destacaram-se a batata-inglesa (-15,08%), feijão preto (-5,69%), leite pasteurizado (-3,97%), óleo de soja (-3,48%), hortaliças (-3,05%) e açúcar refinado (-2,75%).

Na energia elétrica, a conta ficou, em média, 0,65% mais barata em razão da redução da parcela referente ao encargo de capacidade emergencial (mais conhecido como seguro apagão).

Sobre os índices regionais, o maior resultado foi registrado na região metropolitana de Belém (1,12%) devido aos aumentos verificados nas tarifas de água e esgoto (11,29%), energia elétrica (3,14%) e ônibus urbano (3,48%). Belém foi a única região que apresentou variação positiva no item alimentos (0,40%). No outro extremo, o Rio de Janeiro (-0,15%) ficou com a menor taxa por causa das variações negativas em alimentos (-1,37%), gasolina (-0,38%) e álcool (-0,54%).

 



O IPCA-15 refere-se às famílias com rendimento monetário de 1 a 40 salários mínimos, qualquer que seja a fonte, e abrange as regiões metropolitanas do Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife, São Paulo, Belém, Fortaleza, Salvador e Curitiba, além de Brasília e Goiânia. A metodologia utilizada é a mesma do IPCA. A diferença entre os dois índices está no período de coleta dos preços.

 



As tabelas completas, com as variações de agosto, além dos índices regionais, encontram-se na página do IBGE (www.ibge.gov.br). Clique no texto e depois em "Indicador Conjuntural".