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Indústria fecha primeiro semestre de 2005 com expansão em 13 das 14 regiões pesquisadas

10/08/2005 06h31 | Atualizado em 10/08/2005 06h31

(Atualizado em 10/08/2005  às 10:01)

Os indicadores regionais da produção industrial mostraram expansão em 13 dos 14 locais pesquisados, no fechamento do primeiro semestre de 2005, frente ao mesmo período do ano passado. Com aumento superior aos 5,0% registrado no total do País, situaram-se as indústrias do Amazonas (20,2%), Paraná (8,0%), Minas Gerais (7,7%), Goiás (6,9%), Santa Catarina (6,5%), São Paulo (6,3%), Ceará (6,1%) e Pará (5,2%) onde destacaram-se, sobretudo, os itens telefones celulares; automóveis; "pellets" de soja; carrocerias para caminhões; medicamentos; calça comprida para uso feminino; e minérios de ferro, respectivamente. Também com aumento no nível de produção, porém abaixo da média nacional, encontraram-se: região Nordeste (4,6%), Espírito Santo (3,2%), Bahia (2,3%) , Pernambuco (1,9%) e Rio de Janeiro (1,3%). Apenas o Rio Grande do Sul (-3,1%) assinalou resultado negativo neste tipo de confronto, com a principal pressão concentrada em máquinas e equipamentos, por conta do cenário desfavorável, deste início de ano, para o setor agrícola.

A aceleração no ritmo produtivo, observada em nível nacional na passagem do primeiro trimestre de 2005 (3,9%) para o segundo (6,1%), na comparação com iguais trimestres de 2004, se refletiu também na maioria (nove) dos 14 locais pesquisados. Os locais onde o ritmo industrial mais avançou entre esses dois períodos foram: Amazonas, onde a taxa saltou de 14,0% para 25,6%, seguido por Paraná (de 4,8% para 11,1%) e Goiás (de 3,8% para 9,8%). A forte presença de atividades produtoras de bens de consumo duráveis e o maior dinamismo das exportações explicam o bom desempenho destas indústrias.

 



Em relação aos resultados de junho, frente a igual mês de 2004, o quadro também foi predominantemente positivo, uma vez que nove entre os 14 locais pesquisados registraram expansão. As taxas positivas oscilaram entre os 29,8% no Amazonas e 1,0% em Pernambuco. Nos demais locais os resultados positivos vieram do Paraná (15,9%), Goiás (10,6%), Minas Gerais (10,4%), São Paulo (8,0%), Pará (6,5%), Ceará (2,5%) e Santa Catarina (2,5%). Apresentando recuo neste tipo de comparação, encontraram-se Rio de Janeiro (-1,5%), região Nordeste (-1,6%), Bahia (-2,2%), Rio Grande do Sul (-2,2%) e Espírito Santo (-2,7%).

Amazonas

Em junho, a indústria do Amazonas apresentou taxas de crescimento a dois dígitos, nos principais indicadores: 29,8% no mensal, 20,2% no acumulado no ano e 14,3% no acumulado nos últimos doze meses. A maior produção de bens de consumo duráveis, com forte inserção no mercado externo, foi o principal fator responsável pelo desempenho da atividade industrial amazonense.

No confronto com igual mês do ano passado, sete das 11 atividades que compõem a estrutura industrial amazonense contribuíram positivamente para a formação da taxa global (29,8%), com destaque, em termos de participação, para material eletrônico e equipamentos de comunicações (59,3%), vindo a seguir alimentos e bebidas (32,6%) e outros equipamentos de transporte (26,5%).Em sentido contrário, quatro setores mostraram recuo na produção, com borracha e plástico (-24,9%) e refino de petróleo e produção de álcool (-13,8%) representando os principais impactos negativos.

Na comparação entre os índices do primeiro (14,0%) e do segundo trimestre (25,6%) houve considerável aceleração principalmente em razão dos resultados observados em material eletrônico e equipamentos de comunicações (de 31,4% para 50,1%) e em outros equipamentos de transporte (de 9,1% para 17,2%). A indústria permanece em trajetória expansiva desde o quarto trimestre do ano passado e os 25,6% computados em abril-junho de 2005 representaram a taxa mais elevada da série deste indicador, que se iniciou em 2003.

No fechamento do primeiro semestre do ano, registrou-se a expansão de 20,2%. Oito segmentos tiveram participação positiva neste resultado, sendo que a influência de material eletrônico e equipamentos de comunicações (42,1%) sobressaiu entre os demais, sustentada principalmente pelas exportações de telefones celulares. Em menor medida, destacaram-se alimentos e bebidas (14,9%) e outros equipamentos de transporte (13,4%). Por outro lado, borracha e plástico (-23,0%) e refino de petróleo e produção de álcool (-7,3%) foram as principais influências negativas.

Pará

A indústria do Pará, em junho, apresentou crescimento de 6,5% frente ao mesmo mês do ano anterior. Também registraram expansão os indicadores para períodos mais abrangentes: 5,2% no acumulado no ano e 8,7% no acumulado nos últimos doze meses.

Na comparação junho 05/ junho 04, o aumento de 6,5% na indústria paraense foi determinado, em grande parte, pelo desempenho do setor extrativo (20,0%), seguido por metalurgia básica (1,3%). Por outro lado, celulose e papel (-16,1%) e madeira (-5,3%) exerceram as principais pressões negativas no cômputo geral.

A evolução da atividade fabril paraense avançou no segundo trimestre (5,8%) em relação ao ritmo assinalado no primeiro (4,6%). Esta performance deveu-se, principalmente, ao crescimento da indústria extrativa, cujo aumento passou de 8,9% para 16,2% entre os dois trimestres mencionados.

A indústria extrativa (12,7%) também foi a principal responsável pelo desempenho da indústria paraense no primeiro semestre do ano, com alta de 5,2%. Vale destacar também o impacto positivo vindo da metalurgia básica (4,0%). Por outro lado, as maiores contribuições negativas no cômputo geral foram dos ramos de celulose e papel (-8,1%) e minerais não-metálicos (-7,8%).

Nordeste

Em junho, a indústria da região Nordeste registrou queda de 1,6% na comparação com junho de 2004 enquanto que os demais indicadores apresentaram resultados positivos: 4,6% no acumulado no ano e 7,0% no acumulado nos últimos doze meses.

A queda de 1,6% na comparação com junho de 2004 interrompeu uma seqüência de dezesseis meses com crescimento nesse tipo de indicador. Das 11 atividades pesquisadas, seis apontaram recuo. As principais influências negativas ocorreram em produtos químicos (-5,2%) e refino de petróleo e produção de álcool (-5,4%). Por outro lado, alimentos e bebidas (3,8%) e minerais não-metálicos (15,2%) figuraram entre os maiores impactos positivos.

No segundo trimestre de 2005 (2,1%) verificou-se taxa significativamente menor do que a observada no primeiro (7,1%), ambas as comparações relativas a iguais trimestres de 2004. Esta trajetória declinante no ritmo de expansão da indústria nordestina deveu-se, principalmente, ao menor crescimento observado em alimentos e bebidas, que passou de 9,8% em janeiro-março para 5,0% no trimestre seguinte, produtos químicos (de 8,8% para 3,6%) e refino de petróleo e produção de álcool (de 2,4% para -3,0%).

A região Nordeste fechou o primeiro semestre com expansão de 4,6%, frente ao mesmo período do ano passado. A maioria (oito) das 11 atividades pesquisadas mostrou crescimento. As indústrias de alimentos e bebidas (7,6%) e de produtos químicos (6,1%) foram as que contribuíram com os maiores impactos no cômputo geral.

Ceará

Em junho, a indústria do Ceará manteve crescimento, ao registrar taxa de 2,5% em relação ao mesmo mês do ano passado. Os indicadores para períodos mais abrangentes também foram positivos: 6,1% no acumulado no ano e 12,6% no acumulado nos últimos doze meses.

Em relação a junho de 2004, a produção industrial cearense avançou 2,5%, com seis atividades apresentando aumento, três recuando e uma assinalando variação nula (setor têxtil). A maior contribuição positiva veio de minerais não-metálicos (86,7%). Por outro lado, as principais contribuições negativas vieram de alimentos e bebidas (-1,9%) e vestuário (-5,6%).

Na análise trimestral, a indústria cearense mostrou aumento no ritmo de crescimento ao passar de 5,2% no período janeiro-março de 2005 para 6,9% no trimestre seguinte. Para este movimento, foi importante a reação verificada tanto em calçados e couro, que passou de um recuo de 4,8% no primeiro trimestre de 2005 para uma expansão de 4,9% no segundo, como em refino de petróleo e produção de álcool (de -13,5% para 6,6%).

O crescimento acumulado para o primeiro semestre de 2005 ficou em 6,1%, com sete setores mostrando ampliação na produção, com destaque para vestuário (28,3%), minerais não-metálicos (41,5%) e têxtil (5,8%). Os impactos negativos mais significativos vieram da metalurgia básica (-17,5%) e de refino de petróleo e produção de álcool (-3,4%).

Pernambuco

Em junho, a produção industrial de Pernambuco cresceu 1,0% em comparação a igual mês do ano passado. Os indicadores para períodos mais abrangentes continuaram positivos: 1,9% no acumulado no ano e 2,5% no acumulado nos últimos doze meses.

No indicador mensal, houve aumento em seis dos 11 setores pesquisados. As maiores contribuições positivas foram observadas em produtos químicos (11,2%) e celulose e papel (31,6%). Em sentido contrário, os maiores impactos negativos foram verificados em borracha e plástico (-35,9%), minerais não-metálicos (-14,1%) e produtos de metal (-16,9%).

Em bases trimestrais, observou-se desaceleração no ritmo de crescimento na passagem do primeiro (3,5%) para o segundo trimestre (0,0%), o que se deveu, sobretudo, ao recuo assinalado nas indústrias de: borracha e plástico, que passou de -13,6% para -36,1%; minerais não-metálicos (de 13,9% para -3,8%) e alimentos e bebidas (de 3,6% para 0,6%).

No indicador acumulado no primeiro semestre do ano, houve expansão em sete dos 11 ramos investigados. A principal contribuição para a composição da taxa global veio de produtos químicos (13,0%). Por outro lado, as maiores perdas concentraram-se em produtos de metal (-19,5%), borracha e plástico (-25,0%) e têxtil (-27,7%).

Bahia

A indústria da Bahia, em junho, registrou queda de 2,2% no indicador mensal, enquanto nas demais comparações, para períodos mais amplos, as taxas prosseguiram positivas: 2,3% no acumulado no ano e 6,2% no acumulado nos últimos doze meses.

A indústria baiana registrou retração de 2,2% no indicador mensal, após duas taxas positivas consecutivas, com três dos nove setores industriais pesquisados apresentando redução. Produtos químicos (-8,0%) foi o principal destaque negativo. Refino de petróleo e produção de álcool (-5,5%) e o setor extrativo (-6,3%), também pressionaram negativamente, porém em menor intensidade. Por outro lado, alimentos e bebidas (6,2%) e borracha e plástico (34,8%) exerceram as principais influências positivas.

Na análise trimestral, a indústria baiana, vem apresentando taxas positivas, porém decrescentes, nos últimos três trimestres: 15,5% no último trimestre de 2004, 3,5% no primeiro deste ano e 1,1% no período abril-junho. Na passagem do primeiro para o segundo trimestre o movimento de desaceleração refletiu, sobretudo, a retração observada em produtos químicos, que passou de 5,2% em janeiro-março para 1,8% no trimestre seguinte, e metalurgia básica (de -4,7% para -14,6%).

Na produção acumulada no primeiro semestre do ano, houve crescimento em seis ramos. O maior destaque positivo veio de alimentos e bebidas (10,5%), seguido por produtos químicos (3,4%).

Minas Gerais

A produção industrial de Minas Gerais apresentou, em junho, crescimento de 10,4% na comparação com igual mês do ano anterior, sendo este o vigésimo terceiro resultado positivo consecutivo neste tipo de confronto. Conseqüentemente, também observou-se expansão no indicador acumulado no ano e no acumulado nos últimos doze meses, de 7,7% e 7,5%, respectivamente.

Na comparação com igual mês do ano anterior, a produção industrial mineira se ampliou em 10,4%, com base no crescimento registrado tanto na indústria de transformação (9,7%) como na indústria extrativa (15,0%). Na expansão desta última, que se destacou como um dos principais impactos positivos no índice global, sobressaiu o aumento na produção de minério de ferro. Entre as 12 atividades da indústria de transformação, nove apresentaram aumento, destacando-se veículos automotores (23,1%), alimentos (13,6%) e produtos de metal (52,1%). Por outro lado, destacou-se a influência negativa da metalurgia básica (-4,4%).

Na análise trimestral, registrou-se crescimento de 8,5% no segundo trimestre de 2005 em relação ao mesmo período do ano passado. Esse resultado indicou aceleração no ritmo de expansão da produção, pois foi superior aos 6,9% do primeiro trimestre de 2005, que já havia superado a taxa do último trimestre de 2004 (5,4%). Essa ampliação de ritmo ao longo de 2005 pode ser explicada, principalmente, pelo avanço observado em veículos automotores (de 11,9% para 21,9%), na indústria extrativa (de 10,1% para 17,5%) e em alimentos (de 3,5% para 11,2%).

Em relação ao primeiro semestre do ano, o indicador acumulou aumento de 7,7%, com crescimento em 10 das 13 atividades pesquisadas. Os principais destaques foram os ramos: veículos automotores (17,1%), indústria extrativa (13,9%) e produtos de metal (34,4%). Do lado negativo, a principal influência veio da metalurgia básica (-4,4%).

Espírito Santo

Em junho de 2005, a produção industrial do Espírito Santo apresentou retração de 2,7% em relação ao mesmo mês do ano anterior, após três meses consecutivos de crescimento neste tipo de comparação. Em relação aos indicadores para períodos mais abrangentes, observou-se expansão de 3,2% no acumulado no ano e 4,7% no acumulado nos últimos doze meses.

Em relação a junho do ano passado, a indústria geral diminuiu 2,7% o volume produzido, devido, em grande parte, ao desempenho desfavorável da indústria de transformação (-4,6%). A atividade com pior performance foi metalurgia básica (-15,9%). Também exibiu taxa negativa a produção de celulose e papel (-0,9%). Por outro lado, as atividades que contribuíram positivamente para a formação do índice global foram minerais não-metálicos (6,1%) e alimentos e bebidas (2,6%). A indústria extrativa também apresentou performance positiva (2,2%).

Na análise trimestral, observou-se que, após a aceleração na produção nos últimos três meses de 2004 (9,6%), a indústria capixaba cresceu em ritmo mais moderado e declinante há dois trimestres consecutivos. A produção acumulada no segundo trimestre de 2005 cresceu 1,8%, taxa inferior àquela observada no primeiro trimestre de 2005 (4,7%) e a menor verificada desde o primeiro trimestre de 2004. Essa desaceleração em 2005 pode ser explicada, sobretudo, pela retração observada em alimentos e bebidas (de 16,1% para -1,8%) e na indústria extrativa (de 6,0% para -0,5%).

O crescimento observado no indicador acumulado do primeiro semestre do ano foi reflexo, sobretudo, do desempenho positivo das cinco atividades pesquisadas. Os destaques positivos foram celulose e papel (4,7%), alimentos e bebidas (7,0%) e indústria extrativa (2,7%).

Rio de Janeiro

Em junho, a produção industrial do Rio de Janeiro assinalou recuo de 1,5% na comparação com igual mês do ano anterior, interrompendo assim três meses consecutivos de expansão. Nos indicadores para períodos mais abrangentes a indústria fluminense prosseguiu com taxas positivas: 1,3% no acumulado no ano e 2,2% no acumulado nos últimos doze meses.

A retração de 1,5%, observada na comparação com igual mês do ano passado, refletiu, sobretudo, um quadro de queda em sete dos 13 ramos pesquisados. A performance adversa da indústria de transformação, com a recuo de 6,1%, assinalou seu pior resultado desde agosto de 2003 (-8,8%). Este índice foi bastante influenciado pelo desempenho desfavorável de refino de petróleo e produção de álcool, que recuou 28,6% por conta de uma paralisação técnica para manutenção em uma importante empresa. Vale mencionar também os resultados negativos vindos da indústria farmacêutica (-16,1%) e metalurgia básica (-12,5%). Por outro lado, veículos automotores, com aumento de 31,7%, foi o principal impacto positivo na indústria de transformação. Já a indústria extrativa, ao crescer 22,4%, assinalou seu quarto resultado positivo consecutivo e exerceu a maior contribuição positiva na formação da média global. Neste segmento, sobressaíram os bons resultados vindos da extração do petróleo e gás natural.

Em base trimestrais, o aumento de 1,7% na atividade fabril fluminense no segundo trimestre do ano, deu prosseguimento à seqüência de taxas positivas iniciada no primeiro trimestre de 2004 (1,0%). Na evolução da atividade industrial no segundo trimestre de 2005 observou-se resultado ligeiramente superior ao do período janeiro-março (0,9%). Este movimento, embora bem menos intenso que o observado em nível nacional, atingiu sete ramos industriais, sendo particularmente importante na indústria extrativa, que passou de 3,2% para 23,2%, ao passo que a indústria de transformação apresentou desempenho oposto (de 0,4% para -2,5%).

No que tange ao fechamento do primeiro semestre do ano, a indústria fluminense registrou crescimento (1,3%) com sete das 13 atividades pesquisadas apresentando taxas positivas. A performance favorável da indústria extrativa (13,1%), em função sobretudo do bom desempenho da área de petróleo e gás natural, foi a principal influência positiva no índice geral. A indústria de transformação, por sua vez, revela recuo na produção (-1,1%), cabendo à metalurgia básica (-11,3%) e edição e impressão (-12,5%) os maiores destaques negativos. Em contraste, minerais não-metálicos (34,4%) e veículos automotores (20,0%) foram os ramos da indústria de transformação que mais pressionaram positivamente o índice global.

São Paulo

Em junho, os indicadores da indústria de São Paulo foram positivos e acima da média nacional: 8,0% no índice mensal, 6,3% no acumulado no ano e 9,5% no acumulado nos últimos doze meses.

Na comparação junho 05/ junho 04, o bom desempenho foi resultado das contribuições positivas de 13 dos 20 segmentos pesquisados. Os que mais influenciaram o índice global foram farmacêutica (31,6%), edição e impressão (32,5%) e veículos automotores (10,7%). Em sentido contrário, têxteis (-8,2%) e produtos de metal (-2,6%) representaram as principais pressões negativas.

Na análise trimestral, os índices mostraram que a indústria paulista tem crescido em ritmo mais moderado desde o último trimestre de 2004. Em 2005, a expansão no segundo trimestre (7,2%) foi superior à do primeiro (5,3%). Este movimento de melhora pode ser atribuído ao aumento no ritmo de produção em 11 das 20 atividades entre os dois trimestres, com destaque para refino de petróleo e produção de álcool (de -7,1% para -0,1%), material eletrônico e equipamentos de comunicações (de -11,6% para 0,9%) e alimentos (de -1,3% para 4,4%).

No primeiro semestre do ano registrou-se aumento de 6,3%. As influências de farmacêutica (26,7%), edição e impressão (19,3%) e máquinas e equipamentos (12,5%) foram proeminentes no cômputo geral. Em contraposição, refino de petróleo e produção de álcool (-3,5%) e material eletrônico e equipamentos de comunicações (-5,0%) representaram os principais impactos negativos.

Paraná

Em junho, a produção industrial do Paraná apresentou crescimento de 15,9% na comparação com igual mês do ano anterior, sendo este o trigésimo primeiro resultado positivo consecutivo neste tipo de confronto. O indicador acumulado no primeiro semestre do ano avançou 8,0% e o acumulado nos últimos doze meses cresceu 10,5%.

Na comparação com igual mês do ano anterior, a produção paranaense avançou 15,9% devido, em grande parte, ao crescimento em oito das 14 atividades pesquisadas. Este resultado observado na indústria geral foi influenciado pelo aumento atípico observado em refino de petróleo e produção de álcool (513,5%), conseqüência de uma baixa base de comparação, uma vez que em maio e junho do ano passado houve paralisação de importante empresa do setor para ampliação do parque produtivo. Na comparação junho 04/ junho 03, por força dessa paralisação, a produção neste ramo recuou 83,7%. Também contribuiu positivamente na composição do índice global, a atividade de veículos automotores (27,0%). Por outro lado, o maior recuo foi de produtos químicos (-47,9%).

Na comparação trimestral observou-se crescimento de 11,1%, indicando aumento no ritmo produtivo, após a desaceleração apresentada na passagem do último trimestre de 2004 (12,4%) para o primeiro trimestre deste ano (4,8%). A principal responsável por esse movimento ao longo de 2005 foi a atividade de refino de petróleo e produção de álcool (de -8,8% para 83,5%).

Na análise semestral, indicador acumulado no ano, registrou-se crescimento de 8,0%, com nove ramos entre os 14 pesquisados apresentando taxas positivas. O principal destaque positivo na composição do índice geral foi o setor de veículos automotores (35,5%). Em menor magnitude, porém também com performance positiva, destacou-se refino de petróleo e produção de álcool (25,5%). Como maior impacto negativo, destacou-se produtos químicos (-34,3%).

Santa Catarina

Em junho, os principais indicadores da indústria de Santa Catarina foram positivos. Em relação a junho de 2004, a produção aumentou 2,5%, sendo este o décimo sétimo resultado positivo consecutivo neste tipo de confronto. O crescimento acumulado para o primeiro semestre ficou em 6,5% e o acumulado nos últimos doze meses em 10,3%.

No confronto junho 05/junho 04, a expansão de 2,5% no resultado global refletiu o comportamento favorável em oito dos 11 ramos industriais investigados. Este índice positivo foi influenciado, sobretudo, pelos aumentos observados em alimentos (7,8%), veículos automotores (32,0%) e têxtil (10,1%). Vale citar também os avanços em celulose e papel (9,3%) e minerais não-metálicos (8,4%). Em contraposição, dos três ramos que assinalaram taxas negativas, máquinas e equipamentos, com redução de 21,0%, foi o principal destaque negativo.

Na análise trimestral, embora tenha assinalado taxa positiva de 4,8%, a atividade fabril catarinense confirmou a trajetória de desaceleração no ritmo de expansão, iniciada no terceiro trimestre de 2004 (17,2%), ambas as comparações contra igual período do ano anterior. Este movimento atingiu, na passagem do primeiro para o segundo trimestre, oito ramos industriais, sendo particularmente mais importante em veículos automotores (de 129,1% para 53,0%) e máquinas e equipamentos (que passa de 2,6% para -7,7%).

No encerramento do primeiro semestre, a indústria catarinense cresceu 6,5%, impulsionada pelo desempenho favorável na maior parte (oito) das atividades pesquisadas. O maior impacto positivo veio de veículos automotores (82,8%), ainda bastante influenciado pelas expressivas taxas observadas nos primeiros meses do ano. Vale citar também os avanços em alimentos (6,9%) e têxteis (9,3%). Já entre os segmentos que reduziram a produção, vale destacar máquinas, aparelhos e materiais elétricos com a principal contribuição negativa (-8,7%), vindo a seguir máquinas e equipamentos (-2,8%) e vestuário (-4,4%).

Rio Grande do Sul

Em junho, a indústria do Rio Grande do Sul, na comparação com igual mês do ano anterior, recuou 2,2%. Os indicadores para períodos mais abrangentes apresentaram resultados distintos, recuo de 3,1% no acumulado no ano e expansão de 1,6% no acumulado nos últimos doze meses.

Segundo o indicador mensal, a queda de 2,2% na produção da indústria gaúcha foi determinada, sobretudo, pelos desempenho negativo de sete dos 14 ramos pesquisados. Dentre estes, os mais expressivos foram: refino de petróleo e produção de álcool (-16,6%), outro produtos químicos (-10,9%) e máquinas e equipamentos (-9,6%). Por outro lado, os maiores aumentos no cômputo geral vieram de fumo (5,9%) e alimentos (5,0%).

Na passagem do primeiro para o segundo trimestre do ano, a indústria gaúcha mostrou menor queda neste último (-2,9%), o que atenuou um pouco a trajetória de desaceleração da atividade industrial, iniciada no quarto trimestre de 2004 (2,6%). Sete setores aumentaram suas participações na composição da taxa global, onde os ganhos mais relevantes vieram de fumo (de -22,7% para 1,9%) e refino de petróleo e produção de álcool (de -10,0% para 0,2%).

No indicador acumulado no ano, a indústria gaúcha recuou 3,1%, com 10 dos 14 ramos pesquisados contribuindo para esta performance. Os principais destaques foram para máquinas e equipamentos (-19,7%), outros produtos químicos (-5,7%) e fumo (-5,8%). Os segmentos de alimentos (5,4%) e calçados e artigos de couro (5,0%) exerceram as maiores pressões positivas.

Goiás

Em junho, a produção industrial do estado do Goiás, segundo o indicador mensal, apresentou expansão de 10,6%, resultado bem superior ao de maio (1,4%). Também registraram crescimento os indicadores para períodos mais abrangentes: 6,9% no acumulado no ano e 9,4% no acumulado nos últimos doze meses.

Na comparação com igual mês do ano anterior, o crescimento da indústria goiana foi impulsionado, principalmente, pelo desempenho de alimentos e bebidas (11,2%). As outras quatro atividades pesquisadas também assinalaram crescimento, com destaque para metalurgia básica (12,7%) e indústria extrativa (8,9%).

A indústria goiana no segundo trimestre de 2005 registrou aumento de 9,8%. Este resultado foi determinado, sobretudo, pelo crescimento observado em alimentos e bebidas (10,2%). Outras contribuições positivas relevantes vieram da indústria extrativa (18,5%) e metalurgia básica (10,5%). Por outro lado, a única pressão negativa foi de produtos químicos (-0,5%). Comparando com o resultado de janeiro-março (3,8%), observou-se que o aumento no ritmo da produção industrial goiana, neste segundo trimestre do ano, foi conseqüência direta do comportamento das atividades de alimentos e bebidas, que passou de 6,4% para 10,2%; de produtos químicos (de -12,3% para -0,5%) e da indústria extrativa (de 2,8% para 18,5%).

O crescimento de 6,9% no acumulado do período janeiro-junho também foi proporcionado, em grande parte, pelo bom desempenho de alimentos e bebidas (8,4%). Outras três atividades pesquisadas alcançaram resultados positivos, dentre estas, as mais expressivas foram: indústria extrativa (10,3%) e metalurgia básica (11,8%). Por outro lado, produtos químicos (-6,9%) foi a única contribuição negativa no cômputo geral.