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Em junho, taxa de desocupação foi de 9,4%

A taxa de desocupação registrada em junho (9,4%) foi a mais baixa da nova série da Pesquisa Mensal de Emprego, iniciada pelo IBGE em março de 2002, nas seis regiões metropolitanas do país...

21/07/2005 06h31 | Atualizado em 21/07/2005 06h31

PESSOAS ECONOMICAMENTE ATIVAS (PEA)

A pesquisa apontou um contingente de 21,9 milhões de pessoas economicamente ativas (voltadas para o mercado de trabalho), indicando queda de 0,8% em relação a maio de 2005. Na comparação com o mesmo mês do ano passado, o quadro foi de estabilidade.

A taxa de atividade (proporção de pessoas economicamente ativas em relação ao número de pessoas de 10 anos ou mais de idade) foi estimada em 56,4%, com queda de 0,6 ponto percentual no mês e 0,7 ponto percentual em relação a junho de 2004.

Os homens representavam, em junho de 2005, a maioria da população economicamente ativa (54,9%), e as mulheres, 45,1%.

Por faixa etária, o resultado de junho foi o seguinte: 0,3% estavam na faixa de 10 a 14 anos de idade; 2,3%, de 15 a 17 anos; 18,3%, de 18 a 24 anos; 62,0%, de 25 a 49 anos e 17,2%, de 50 anos ou mais. O grupo de jovens de 16 a 24 anos, população alvo do Programa do Primeiro Emprego, representava, em junho de 2005, 20,2% da PEA.

Entre as regiões, na comparação com maio de 2005, houve variação significativa da PEA apenas em Recife (-3,7%). No confronto com junho do ano passado, foi observado aumento significativo apenas em Salvador (4,8%). Nas demais regiões, o quadro foi de estabilidade.

POPULAÇÃO NÃO ECONOMICAMENTE ATIVA (PNEA)

O contingente de pessoas denominadas não economicamente ativas, cerca de 43,6% da população em idade ativa, apresentou elevação de 1,4% na comparação mensal, ou seja, aumento de 228 mil pessoas. Em relação ao mesmo mês do ano passado este contingente cresceu 3,5%, cerca de 570 mil pessoas. Cabe ainda ressaltar o aumento de 7,4%, em relação a maio de 2005, no número de inativos que gostariam e estavam disponíveis para trabalhar.

RENDIMENTO MÉDIO REAL8

No mês de junho, em comparação ao mês anterior, a pesquisa apontou recuperação (1,5%) no rendimento médio real habitual das pessoas ocupadas para o total das seis regiões metropolitanas. O rendimento foi estimado R$ 945,80, em junho, frente a R$ 931,74 em maio. Em relação a junho de 2004, o rendimento foi estimado em R$ 948,50, apontando uma ligeira variação negativa (-0,3%).

Na comparação mensal, o quadro foi de recuperação em todas as regiões investigadas: Recife (5,4%), Salvador (2,3%), Belo Horizonte (0,6%), Rio de Janeiro (1,1%), São Paulo (1,4%) e Porto Alegre (1,8%).

No confronto com junho do ano passado, a análise regional mostrou recuperação no poder de compra dos trabalhadores nas regiões metropolitanas de: Recife (5,3%), Belo Horizonte (4,6%), Rio de Janeiro (0,6%). Enquanto nas regiões metropolitanas de: Salvador (-1,1%), São Paulo (-1,1%) e Porto Alegre (-2,0%) o quadro foi de perda.

Rendimento das categorias de posição na ocupação na comparação mensal

No total das seis regiões, na comparação mensal, houve recuperação no rendimento em todas as formas de inserção no mercado de trabalho. Na categoria dos empregados com carteira de trabalho assinada no setor privado foi verificado recuperação de 1,3%, com o rendimento médio passando de R$ 954,81, em maio, para R$ 967,10 em junho. A categoria dos empregados sem carteira de trabalho assinada no setor privado registrou-se elevação de 4,9% (passando de R$ 603,81 para R$ 633,30 ) e nos trabalhadores por conta própria a variação foi de 2,0% (passando de R$ 714,49 para R$ 728,70).

Rendimento das categorias de posição na ocupação na comparação anual

Para o total das seis regiões, houve queda no rendimento médio dos empregados com carteira de trabalho assinada no setor privado (-2,0%), passando de R$ 987,09, em junho de 2004, para R$ 967,10 em junho de 2005. Na categoria dos empregados sem carteira de trabalho assinada no setor privado foi verificada estabilidade. Os trabalhadores por conta própria (-0,9%) tiveram variação negativa e o rendimento médio passou de R$ 735,32 para R$ 728,70.



O quadro a seguir mostra a evolução do rendimento médio real habitual da população ocupada, por região metropolitana.



O quadro a seguir mostra as variações do rendimento médio real habitual da população ocupada, segundo os grupamentos de atividade.



_________________________

1Taxa de atividade - proporção de pessoas economicamente ativa em relação a população em idade ativa

2Nível de desocupação - proporção de pessoas desocupadas em relação a população em idade ativa

3Nível de ocupação - proporção de pessoas ocupadas em relação a população em idade ativa

4Pessoas desocupadas - foram classificadas como desocupadas por não estarem trabalhando, estarem disponíveis para trabalhar na semana de referência e terem tomado alguma providência efetiva para conseguir trabalho nos trinta dias anteriores à semana em que responderam à pesquisa.

5Proporção de pessoas ocupadas em relação à população em idade ativa.

6 Exclusive trabalhador doméstico, militar, funcionário público ou estatutário e outros empregados do setor público.

7 As estimativas de valores absolutos foram calculadas incorporando a nova projeção de população, segundo metodologia divulgada pelo IBGE em outubro de 2004.- IBGE, Projeção de População do Brasil por Sexo e Idade para o Período de 1980-2050- Revisão 2004- Metodologia e Resultados – Rio de Janeiro 84 p.

https://www.ibge.gov.br/home/estatistica/populacao/estimativa2004/metodologia.pdf

8Para o cálculo do rendimento real, o deflator utilizado para cada área é o Índice de Preços ao Consumidor – INPC da respectiva região metropolitana, produzido pelo IBGE. Para o rendimento do conjunto das seis regiões metropolitanas abrangidas pela pesquisa, o deflator é a média ponderada dos índices de preços dessas regiões. A variável de ponderação é a população residente na área urbana da região metropolitana

A taxa de desocupação registrada em junho (9,4%) foi a mais baixa da nova série da Pesquisa Mensal de Emprego, iniciada pelo IBGE em março de 2002, nas seis regiões metropolitanas do país (Recife, Salvador, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, São Paulo e Porto Alegre).Em relação a maio de 2005 (10,2%), a queda foi de 0,8 ponto percentual e, frente a junho de 2004 (11,7%), a retração foi de 2,3 ponto percentual.

A taxa de atividade1 (56,4%) apresentou retração de 0,6 ponto percentual em relação a maio de 2005. Este resultado é conseqüência da redução do nível de desocupação 2.

Em relação ao mês anterior, o nível da ocupação3 permaneceu estável em todas as regiões pesquisadas, mas frente a junho de 2004, este resultado apresentou elevação de 0,8 ponto percentual.

Na comparação com o mês de maio, a pesquisa apontou estabilidade em todas as categorias de posição na ocupação, mas em relação ao mesmo período do ano passado, foi registrado aumento de 6,6% no contingente de pessoas trabalhando com carteira de trabalho assinada, representando um aumento de 492 mil trabalhadores nas seis regiões. Ainda nesta mesma comparação, não foram verificadas alterações entre os trabalhadores sem carteira de trabalho assinada, trabalhadores por conta própria e empregadores.

A pesquisa revelou, ainda, que o rendimento médio real habitual da população ocupada, estimado em R$ 945,80, apresentou elevação de 1,5% na comparação mensal, com ganhos em todas as formas de inserção no mercado de trabalho.

O gráfico a seguir mostra a evolução, de JUNHO de 2004 a JUNHO de 2005, da taxa de desocupação, para o total das seis regiões metropolitanas abrangidas pela pesquisa.



TAXA DE DESOCUPAÇÃO

Em junho de 2005, a taxa de desocupação (9,4%) continuou a trajetória de queda iniciada no mês passado. O resultado pode ser explicado pela redução do número de pessoas procurando trabalho e a estabilidade no número de ocupados. As regiões metropolitanas que mais colaboraram com este resultado foram: Recife ( de 12,8%, em maio, para 9,6% em junho) e Rio de Janeiro ( de 8,5% para 6,9%).

No confronto com igual mês do ano passado, as regiões metropolitanas de Recife (de 12,8% para 9,6%) Belo Horizonte (de 10,5% para 8,5%), Rio de Janeiro de (8,9% para 6,9%), São Paulo (de 13,3% para 10,5%) e Porto Alegre (de 9,5% para 7,1%) apresentaram movimentação significativa. Na Região Metropolitana de Salvador, o quadro foi de estabilidade.

O quadro a seguir mostra a evolução da taxa de desocupação por região metropolitana.



PESSOAS DESOCUPADAS4 (PD)

Em relação ao mês anterior, o número de pessoas desocupadas apresentou queda de 8,6% nas seis regiões metropolitanas pesquisadas. Este resultado foi influenciado, principalmente, pela redução no contingente de desocupados observado nas regiões metropolitanas de Recife (-28,0%) e Rio de Janeiro (-20,5%).

Na comparação anual (junho 05/junho 04), a variação deste indicador registrou -19,5%, que representa uma redução de 496 mil pessoas em busca de trabalho nas seis regiões metropolitanas. Esse movimento pode ser verificado na redução do contingente de desocupados nas regiões metropolitanas de Recife (-25,3%), Belo Horizonte (-17,6%), Rio de Janeiro (-24,0%), São Paulo (-20,8%) e Porto Alegre (-24,6%). Na Região Metropolitana de Salvador foi verificada estabilidade.

Entre os desocupados, as mulheres continuam sendo a maioria. De acordo com a pesquisa, elas representavam 51,3%, em junho de 2002, 54,4%, em junho de 2003, 56,1%, em junho de 2004, e 57,1% em junho de 2005.

PERFIL DOS DESOCUPADOS EM JUNHO DE 2005

A PME levantou, também, o perfil dos desocupados de acordo com a faixa etária. De 15 a 17 anos, são 8,3%, de 18 a 24 anos, 39,3%, de 25 a 49 anos, 45,4%, e com mais de 50 anos de idade, 6,7%. Dentre os desocupados, 19,2% estavam em busca de seu primeiro trabalho e 25,9% eram os principais responsáveis pela família. Com relação ao tempo de procura: 22,1% estavam em busca de trabalho por um período não superior a 30 dias; 45,6%, por um período de 31 dias a 6 meses; 7,3%, por um período de 7 a 11 meses; e 25,0%, por um período de pelo menos 1 ano. O número de desocupados que tinham pelo menos o ensino médio concluído subiu de 36,1%, em junho de 2002, para 46,6% em junho de 2005.

POPULAÇÃO OCUPADA

Em junho, o contingente de pessoas trabalhando, nas seis regiões metropolitanas, foi estimado em 19,8 milhões. Em relação a maio de 2005, este indicador apresentou estabilidade, no entanto, no confronto com junho do ano passado, a variação foi positiva (3,4%), representando um aumento de 647 mil pessoas ocupadas no mercado de trabalho.

Em nível regional, na comparação mensal, foi registrada estabilidade em todas as regiões investigadas. Já em relação ao mesmo mês do ano passado, houve aumento nas regiões metropolitanas de: Recife (3,0%), Salvador (5,1%), Belo Horizonte (4,2%), São Paulo (4,1%) e Porto Alegre (4,3%). Na Região Metropolitana do Rio de Janeiro o quadro foi de estabilidade.

Considerando o nível da ocupação 5(51,2%), houve estabilidade no mercado de trabalho, frente a maio de 2005, e aumento de 0,8 ponto percentual no confronto com o mesmo mês do ano passado. Em nível regional, na comparação mensal, o quadro foi de estabilidade em todas as regiões pesquisadas. Em relação a junho de 2004, foi registrado incremento nas Regiões Metropolitanas de Salvador (1,6 ponto percentual), São Paulo (1,2 ponto percentual) e Porto Alegre (1,2 ponto percentual). Nas demais regiões, o quadro foi de estabilidade nesta estimativa.

A taxa de ocupação (população ocupada/população economicamente ativa), estimada em 90,6% em junho de 2005, sendo computado, na comparação mensal, um incremento de 0,8 ponto percentual. No confronto anual apresentou elevação de 2,3 pontos percentuais.

Em junho de 2005, a pesquisa mostrou que os homens representavam 56,1% da população ocupada e as mulheres 43,9%. A população de 25 a 49 anos representava 63,8% do total de ocupados. A pesquisa revelou, também, que o percentual de pessoas ocupadas com 11 anos ou mais de estudo era de 50,1%.

Análise dos resultados com relação aos principais grupamentos de atividade.

  • Indústria extrativa, de transformação e distribuição de eletricidade, gás e água, 17,8% da população ocupada. No total das seis regiões, na comparação com o mês anterior, o contingente de ocupados deste grupamento apresentou estabilidade. Na comparação anual, foi registrado acréscimo de 4,5%, contabilizando um aumento de aproximadamente 153 mil pessoas. Entre as regiões, frente a maio de 2005, foi verificada alteração significativa apenas em Belo Horizonte (6,4%). Na análise anual foi verificada alteração no contingente de ocupados apenas em São Paulo (7,8%) em conseqüência do aumento, em um ano, de 132 mil trabalhadores na indústria paulista.

  • Construção, 7,3% da população ocupada. Nas seis regiões, na comparação com maio, o contingente de ocupados na construção civil não se alterou. No confronto anual, foi observada alteração de 5,3%. No enfoque regional, na análise mensal, apenas na Região Metropolitana de Porto Alegre foi verificada alteração (14,2%). Nas demais regiões o quadro foi de estabilidade. No confronto anual, foi observada alteração apenas em Recife (23,4%).

  • Comércio, reparação de veículos automotores e de objetos pessoais e domésticos e comércio a varejo de combustíveis, 19,4% da população ocupada. Esta atividade manteve-se estável tanto em relação maio de 2005 como em relação a junho do ano passado. No âmbito regional, em ambas as comparações, o quadro também foi de estabilidade em todas as regiões pesquisadas.

  • Serviços prestados à empresa, aluguéis, atividades imobiliárias e intermediação financeira, 13,4% da população ocupada. Foi observada estabilidade no contingente de ocupados tanto em relação ao mês anterior como na comparação com o mesmo mês de 2004. Em nível regional, na comparação mensal, só foi registrada alteração na Região Metropolitana de Porto Alegre (8,9%).

  • Educação, saúde, serviços sociais, administração pública, defesa e seguridade social, 15,9% da população ocupada. Não foi registrada alteração significativa, em ambas as comparações, para as seis regiões pesquisadas. Em nível regional, o contingente de ocupados também manteve-se estável em ambas as comparações.

  • Serviços domésticos, 8,4% da população ocupada. Na comparação com maio de 2005, para o total das seis áreas, não foi verificada variação significativa. Entretanto, frente a junho de 2004, foi repetido o comportamento dos últimos dois meses, acréscimo de aproximadamente 11,9%.

  • Outros serviços (alojamento, transporte, limpeza urbana e serviços pessoais), 17,1% da população ocupada. Foi observado, para o total das seis áreas, quadro de estabilidade em relação a maio de 2005. Entretanto, na análise anual, registrou-se alteração de 5,4% no contingente de ocupados deste grupamento.

 

Análise da forma de inserção do trabalhador no mercado de trabalho.

    • Empregados COM carteira de trabalho assinada no setor privado6, 40,4% da população ocupada. Em relação a maio de 2005, o contingente de trabalhadores nesta forma de inserção no mercado de trabalho se manteve estável. Frente a junho de 2004 a variação chegou a 6,6%, ou seja, aumento de aproximadamente 492 mil pessoas. Na análise regional, na comparação mensal, não se verificou alteração em nenhuma das regiões metropolitanas pesquisadas. Na comparação com junho de 2004, registraram-se variações nas regiões de Recife (12,8%), Belo Horizonte (7,8%), São Paulo (9,5%) e Porto Alegre (7,7%).

    • Empregados SEM carteira de trabalho assinada no setor privado6, 15,6% da população ocupada. Esta estimativa manteve-se estável em ambas comparações. Na esfera regional, o comportamento também foi de estabilidade.

    • Trabalhadores por conta própria, 19,2% da população ocupada. Não foi verificada alteração no agregado das seis regiões em nenhuma das comparações. Na esfera regional, em ambas as comparações, não se verificou alteração em nenhuma das regiões pesquisadas.

PESSOAS EM IDADE ATIVA (PIA)

Em junho de 2005, a PME estimou em 38,8 milhões7 o total de pessoas em idade ativa (pessoas de 10 anos ou mais de idade) nas seis regiões metropolitanas. Esta estimativa não apresentou variação, em relação a maio de 2005. Já na comparação com junho de 2004, o aumento foi de 1,9%, ou seja, um acréscimo de 720 mil pessoas em idade ativa.

As mulheres representavam, em junho de 2005, a maioria da população em idade ativa (53,6%), e os homens, 46,4%. Por faixa etária, a população em idade ativa ficou assim distribuída: 9,1% de 10 a 14 anos; 6,0% de 15 a 17 anos; 15,0% de 18 a 24 anos; 44,7% de 25 a 49 anos; e 25,1% entre os que tinham 50 anos ou mais. O grupo de jovens de 16 a 24 anos, população alvo do Programa Primeiro Emprego, representava, em junho de 2005, 19,0% da PIA.

O quadro a seguir mostra, em percentuais, a distribuição da população em idade ativa, economicamente ativa, ocupada e desocupada, por gênero, segundo a região metropolitana.