Em maio a produção industrial cresceu em 13 das 14 regiões pesquisadas
Os indicadores regionais da indústria mostraram ampliação da produção em 13 dos 14 locais investigados, em maio de 2005 frente a maio de 2004.
12/07/2005 06h31 | Atualizado em 12/07/2005 06h31
Os indicadores regionais da indústria mostraram ampliação da produção em 13 dos 14 locais investigados, em maio de 2005 frente a maio de 2004. Em relação a igual mês do ano anterior, Amazonas (24,6%), Paraná (13,5%), Ceará (7,2%), São Paulo (6,3%) e Minas Gerais (5,5%) alcançaram taxas de crescimento acima da média nacional (5,5%), enquanto Pará (4,4%), Santa Catarina (3,5%), Espírito Santo (2,2%), Nordeste (1,9%), Rio de Janeiro (1,5%), Goiás (1,4%), Pernambuco (0,9%) e Bahia (0,4%) ficaram abaixo. O Rio Grande do Sul (-2,4%) registrou seu quinto resultado negativo consecutivo. No acumulado de janeiro a maio, todos os locais - também com exceção do Rio Grande do Sul - apontaram crescimento. O indicador acumulado nos últimos doze meses apresentou resultados positivos em todos as áreas pesquisadas, registrando perda de ritmo em dez locais, na passagem de abril para maio.
Frente à média do primeiro trimestre deste ano (3,8%), o bimestre abril-maio (5,9%) mostrou aumento no ritmo de crescimento, ambas as comparações contra iguais períodos. Esse movimento também foi observado em nove dos quatorze locais pesquisados, destacadamente, Amazonas, que avançou 14,0% no primeiro trimestre do ano e registrou 23,4% no bimestre abril-maio e Goiás (de 3,8% para 9,3%).
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Indústria
No índice acumulado de janeiro a maio de 2005, a taxa mais elevada no desempenho regional permaneceu com Amazonas (18,1%), cuja expansão está sendo impulsionada, sobretudo, por material eletrônico e equipamentos de comunicações (especialmente telefones celulares e televisores). Com os resultados influenciados, principalmente, pela atividade de veículos automotores, sobressaíram-se Santa Catarina (7,3%), Minas Gerais (7,2%) e Paraná (6,5%). O aumento observado na produção de bens duráveis tem se beneficiado da sustentação do dinamismo das exportações e, em relação ao mercado interno, pela manutenção da oferta de crédito. Também acima da média nacional (4,7%) no período de janeiro a maio, encontraram-se Ceará (6,8%), com as maiores contribuições positivas vindo de vestuário e têxtil; Goiás (6,1%), refletindo o impacto das exportações de soja; região Nordeste (5,9%), em função de alimentos e bebidas; São Paulo (5,8%), por conta da indústria farmacêutica - que teve a contribuição mais relevante - e máquinas e equipamentos; e Pará (5,0%), impulsionado sobretudo pela produção de minérios de ferro. Abaixo da média nacional, figuraram no índice acumulado de janeiro a maio: Espírito Santo (4,2%), Bahia (3,3%), Pernambuco (2,1%) e Rio de Janeiro (1,9%).
Amazonas
Em maio, a indústria do Amazonas, sustentou elevadas taxas de crescimento. Na comparação com igual período em 2004 os resultados foram: 24,6% no índice mensal, 18,1% no acumulado no ano e 13,6% nos últimos doze meses. O setor de material eletrônico e equipamentos de comunicações é o principal responsável pelo maior dinamismo da atividade fabril no estado.
O indicador mensal assinalou a décima taxa positiva consecutiva (24,6%), determinado, sobretudo, pelo desempenho de material eletrônico e equipamentos de comunicações (55,1%), por conta, principalmente, da fabricação de celulares e, em menor medida, por televisores. Outros segmentos que também contribuíram positivamente para o resultado geral foram outros equipamentos de transporte (9,3%) e produtos químicos (39,3%), com destaque para os itens motocicletas e bicicletas; papel e filmes fotográficos, respectivamente. Por outro lado, quatro dos onze segmentos pesquisados exerceram influência negativa sobre o resultado geral, com borracha e plástico (-27,5%) e equipamentos médico-hospitalares, ópticos e outros (-4,4%), com recuos na produção de garrafas PET; peças e acessórios de plástico; relógios de pulso, lentes para óculos, exercendo os principais destaques.
Com a produção acumulada no ano expandindo-se 18,1%, o setor industrial no estado apresentou ritmo de crescimento superior ao de abril (16,3%). O desempenho favorável refletiu os resultados positivos alcançados por sete das onze atividades investigadas, com destaque novamente para material eletrônico e de comunicações (38,2%), principalmente, em função dos itens celulares e televisores. Em menor medida, vale ressaltar a performance de alimentos e bebidas (11,2%) e outros equipamentos de transporte (10,6%), com avanços na fabricação de preparações em xarope para elaboração de bebidas e refrigerantes; motocicletas e peças e acessórios e outros itens. Por outro lado, borracha e plástico (-22,9%) e refino de petróleo e produção de álcool (-5,9%) são os principais impactos negativos, pressionados, em grande medida, pelo decréscimo em peças e acessórios de plástico e garrafas PET; gasolina, e óleo diesel e outros óleos combustíveis.
Pará
A indústria do Pará registrou em maio crescimento na produção de 4,4%, na comparação com igual mês do ano anterior, resultado inferior ao de abril (6,7); 5,0% no acumulado no ano e 9,3% nos últimos doze meses.
No indicador mensal, o desempenho da indústria extrativa (18,5%) foi o principal responsável pelo acréscimo de 4,4% na indústria paraense. Nesta atividade, que responde por mais de 40,0% da indústria local, sobressaiu o aumento na extração de minérios de ferro. Outro segmento que assinalou expansão foi metalurgia básica (2,2%), devido a maior produção, principalmente, de alumínio não ligado em formas brutas. Os demais setores pesquisados registraram taxas negativas, com destaque para alimentos e bebidas (-12,5%) e minerais não-metálicos (-22,0%), com recuo na produção, respectivamente, de crustáceos congelados e caulim beneficiado.
O crescimento de 5,0% no indicador acumulado janeiro-maio, também foi determinado, em grande parte, pelo resultado da indústria extrativa (11,1%), impulsionada pelo aumento na extração de minérios de ferro. Também alcançou desempenho favorável, o segmento de metalurgia básica (4,5%), devido a maior produção de alumínio não ligado em formas brutas e óxido de alumínio. As maiores pressões negativas vieram de minerais não-metálicos (-8,0%) e celulose e papel (-6,5%), que assinalaram recuos nos itens caulim beneficiado e cimento; e papel higiênico, respectivamente.
Nordeste
A produção industrial da região Nordeste apresentou, em maio, resultados positivos nos principais indicadores industriais: 1,9% no indicador mensal, 5,9% no acumulado no ano e 8,4% no acumulado nos últimos doze meses.
Pelo décimo sexto mês consecutivo, a produção industrial nordestina apresentou expansão no indicador mensal, com resultados positivos em seis dos onze setores industriais pesquisados. A maior contribuição positiva para a formação da taxa de 1,9% veio de produtos químicos (12,1%), em razão da maior produção de sulfato de amônio e polietileno. A boa performance de alimentos e bebidas (2,8%), em virtude do acréscimo em cerveja e chope, e manteiga; e de minerais não-metálicos (11,4%), por conta da maior fabricação de elementos pré-fabricados para construção civil de cimento ou concreto, e cimento também contribuíram. As maiores retrações vieram de refino de petróleo e produção de álcool (-9,2%) e metalurgia básica (-12,7%), explicadas, respectivamente, pelo decréscimo nos itens óleo diesel e outros óleos combustíveis, e barras, perfis e vergalhões de cobre.
No indicador acumulado no ano, a indústria do Nordeste cresceu 5,9% com resultados positivos em nove das onze atividades investigadas. As maiores influências positivas vieram de alimentos e bebidas (8,2%), em função do aumento na fabricação de cerveja e chope, e refrigerantes; e de produtos químicos (8,6%), por conta da maior produção de policloreto de vinila (PVC) e etileno não-saturado. Por outro lado, as únicas quedas vieram de metalurgia básica (-3,0%) e indústria extrativa (-2,4%), devido à diminuição na produção de barras, perfis e vergalhões de cobre, e óleos brutos de petróleo, respectivamente.
Ceará
A produção industrial do Ceará, em maio, cresceu 7,2% no confronto com igual mês do ano passado. Os indicadores para períodos mais abrangentes prosseguem positivos: 6,8% no acumulado no ano e 13,5% no acumulado nos últimos doze meses.
O indicador mensal registrou expansão de 7,2%, com crescimento em nove das dez atividades industriais pesquisadas. A maior influência positiva veio de vestuário (22,6%), devido, principalmente ao aumento na fabricação de vestuário para uso profissional e calças compridas para uso feminino. Vale mencionar, também, os acréscimos observados em produtos químicos (28,9%) e minerais não-metálicos (30,9%), impulsionados, respectivamente, pela maior produção de oxigênio e vacinas para medicina veterinária; e cimento e ladrilho. Por outro lado, metalurgia básica (-8,2%) apresentou a única retração em função da queda em barras de aço ao carbono.
No indicador acumulado no ano, a produção industrial cearense assinalou aumento de 6,8%, com incremento em sete dos dez setores investigados. Os maiores impactos positivos foram registrados em vestuário (38,4%), em virtude da maior produção de calças compridas para uso feminino e vestuário para uso profissional; e em têxtil (7,1%), em função dos itens tecidos e fios de algodão. As maiores pressões negativas vieram de metalurgia básica (-19,2%) e refino de petróleo e produção de álcool (-4,5%), explicadas, respectivamente, pelo recuo em vergalhões de aço ao carbono e óleo diesel e outros óleos combustíveis.
Pernambuco
Em maio, os indicadores industriais de Pernambuco apresentaram crescimento de 0,9% no indicador mensal, revertendo o resultado negativo de abril (-1,5%), 2,1% no acumulado no ano e 3,3% no acumulado nos últimos doze meses.
A indústria pernambucana assinalou incremento de 0,9% no indicador mensal, com apenas cinco dos onze setores pesquisados apresentando taxas positivas. O resultado deveu-se, sobretudo, ao bom desempenho de produtos químicos (30,3%), alavancado pelo aumento na produção de borracha de estireno-butadieno e hipoclorito de cálcio e, ainda, à boa performance de metalurgia básica (13,0%) e celulose e papel (46,4%), em função, respectivamente, da maior fabricação de chapas e tiras de alumínio, e vergalhões de aço ao carbono; sacos de papel e caixas de papelão ondulado. As principias retrações vieram de alimentos e bebidas (-8,0%) e borracha e plástico (-31,1%), devido, respectivamente, à queda na produção de cachaça, e tubos, canos e mangueiras de plástico.
O indicador acumulado no ano cresceu 2,1%, com sete dos onze setores industriais pesquisados apresentando taxas positivas. Os maiores impactos positivos foram observados em produtos químicos (13,4%), impulsionado pela produção de borracha de estireno-butadieno e hipoclorito de cálcio; e em máquinas, aparelhos e materiais elétricos (14,6%), devido ao aumento na fabricação de pilhas e baterias elétricas. As principais quedas vieram de produtos de metal (-19,9%) e têxtil (-31,7%), em virtude, respectivamente do recuo em latas de alumínio para embalagem e tecido de algodão.
Bahia
Em maio, a indústria da Bahia registrou variação positiva de 0,4% em comparação a maio de 2004, resultado bastante inferior ao de abril (5,5%); 3,3% no acumulado no ano e 8,2% no acumulado nos últimos doze meses.
A produção industrial baiana apresentou variação de 0,4% no indicador mensal, com seis dos nove setores industriais pesquisados assinalando taxas positivas. O bom desempenho de produtos químicos (10,2%) foi a principal contribuição positiva, em função do aumento na produção de polietileno e etileno não-saturado. Outras contribuições positivas, porém de menor intensidade, foram observadas em alimentos e bebidas (7,7%) e veículos automotores (35,0%), Destacaram-se, respectivamente, a maior produção de manteiga e farinha de trigo, e automóveis. O crescimento destas três atividades foi praticamente anulado pela queda de dois importantes setores da indústria baiana: metalurgia básica (-27,4%), em função, sobretudo da queda em barras, perfis e vergalhões de cobre, e em menor intensidade, da diminuição na fabricação de ouro em barras; e de refino de petróleo e produção de álcool (-9,2%), onde é relevante a redução na produção de óleo diesel e outros óleos combustíveis.
No indicador acumulado no ano, a indústria da Bahia obteve crescimento de 3,3%, com incremento em seis das nove atividades fabris investigadas. As maiores contribuições positivas vieram de produtos químicos (6,0%), impulsionado pela elevação na produção de etileno não-saturado e policloreto de vinila (PVC); e de alimentos e bebidas (11,6%), devido à ampliação na produção de óleo de soja refinado e farinha de trigo. As maiores influências negativas vieram da metalurgia básica (-12,1%) e refino de petróleo e produção de álcool (-1,4%) por conta, respectivamente, dos recuos nos itens ouro em barras, e barras, perfis e vergalhões de cobre; e óleo diesel e outros óleos combustíveis.
Minas Gerais
Em maio de 2005, a produção industrial de Minas Gerais apresentou taxas positivas nos períodos: 5,5% no mensal, 7,2% no acumulado nos cinco primeiros meses do ano e 7,3% no acumulado nos últimos doze meses.
O aumento de 5,5% na produção da indústria mineira na comparação com igual período do ano anterior é reflexo sobretudo da expansão observada tanto na indústria extrativa (16,6%) quanto na indústria de transformação (3,7%). A primeira pode ser explicada, sobretudo, pelo desempenho positivo do minério de ferro, enquanto a segunda reflete o crescimento em sete dos doze segmentos pesquisados, com destaque para veículos automotores (23,1%), produtos de metal (40,0%) e minerais não-metálicos (21,4%), influenciados pelo acréscimo nos itens: automóveis; estruturas e telas metálicas de ferro e aço; e cimento, respectivamente. As principais contribuições negativas vieram de metalurgia básica (-11,2%) e do refino de petróleo e produção de álcool (-23,5%), devido ao recuo, principalmente, de bobina ou chapas de aço inoxidável, e de óleo diesel e outros óleos combustíveis, respectivamente.
O crescimento de 7,2% no indicador acumulado no ano refletiu, sobretudo, o acréscimo observado em nove das treze atividades pesquisadas. Os principais destaques foram veículos automotores (15,8%), indústria extrativa (13,7%) e produtos de metal (30,9%). Nestes setores, a performance favorável pode ser explicada, em grande parte, pelos itens: automóveis; minério de ferro; estruturas e telas metálicas de ferro e aço. Entre os que assinalaram resultados negativos, metalurgia básica (-4,4%) exerceu a principal pressão, com destaque para os produtos bobinas ou chapas de aço inoxidável, vergalhões de aço ao carbono e bobinas a frio de aço ao carbono.
Espírito Santo
Os indicadores industriais do Espírito Santo, em maio de 2005, prosseguiram apontando taxas positivas. Na comparação com igual mês de 2004, a produção cresceu 2,2%, enquanto avançou 4,2%, no acumulado no ano, e 5,7% nos últimos doze meses.
A expansão de 2,2% em maio é inferior aos resultados observados em março (6,7%) e em abril (5,0%). Três dos cinco ramos pesquisados ampliaram a produção, cabendo à metalurgia básica (11,0%) o maior impacto positivo na taxa global, em função da maior produção de lingotes, blocos e tarugos de aço e ferro-gusa. Em seguida, destacaram-se minerais não-metálicos (8,8%), e celulose e papel (3,0%), refletindo o incremento em cimento, no primeiro, e de pastas químicas de madeira (celulose), no segundo. Entre os dois ramos que assinalaram resultados negativos, o principal destaque veio de alimentos e bebidas (-13,1%), por conta do decréscimo na produção de bombons.
O indicador acumulado para o período janeiro-maio 2005 cresceu 4,2% sobre igual período do ano passado, com todos os cinco ramos pesquisados exibindo crescimento. As principais influências na composição da taxa global da indústria vieram de celulose e papel (5,9%), metalurgia básica (3,9%) e alimentos e bebidas (7,4%). Nestas atividades, sobressaíram-se o incremento em pastas químicas de madeira (celulose); lingotes, blocos, tarugos e placas de aços; e bombons, respectivamente.
Rio de Janeiro
A produção industrial do Rio de Janeiro cresceu 1,5% em maio em relação a maio de 2004, mantendo-se positiva desde março. A indústria fluminense cresceu 1,9% no acumulado no ano e 2,8% no acumulado nos últimos doze meses.
No confronto com igual mês do ano anterior, a produção industrial fluminense se ampliou com base sobretudo no desempenho favorável da indústria extrativa (28,5%), que registrou a maior variação desde novembro de 2002 neste tipo de comparação. Nesta atividade, que revelou o terceiro resultado positivo consecutivo, o principal destaque veio da área de petróleo e de gás natural. Já a indústria de transformação voltou a recuar (-3,5%), após dois meses assinalando taxas positivas, cabendo as maiores contribuições negativas à indústria farmacêutica (-28,3%) e à edição e impressão (-19,0%). Por outro lado, das seis atividades da indústria de transformação que expandiram a produção, sobressaíram-se minerais não-metálicos (36,1%) e veículos automotores (17,3%), pressionados, em grande parte, pelo aumento na fabricação de granito talhado e caminhões, respectivamente.
No indicador acumulado de janeiro a maio, a indústria fluminense cresceu 1,9%, em função da expansão observada em oito dos treze ramos pesquisados. A performance positiva da indústria extrativa (11,2%), apoiada na extração de petróleo e gás natural, é o principal determinante para o avanço no resultado global da indústria. Já a indústria de transformação registrou ligeiro recuo (-0,1%), onde metalurgia básica, com queda de 11,1%, edição e impressão (-14,3%) e borracha e plástico (-24,3%) responderam pelos maiores impactos negativos, influenciados, sobretudo, pelo decréscimo na produção de tubos e perfis de ferro fundido e folhas de flandres; listas telefônicas e livros; e pneus, respectivamente. Dos sete ramos da indústria de transformação que apresentaram taxas positivas, as principais pressões vieram novamente de minerais não-metálicos (39,7%) e veículos automotores (17,5%), influenciados pelo incremento na fabricação de granito talhado e automóveis, beneficiado pelo incremento nas vendas para o mercado externo.
São Paulo
Em maio, todos os indicadores da indústria de São Paulo foram positivos, com crescimentos de 6,3% frente a igual mês do ano anterior, de 5,8% no acumulado no ano e de 10,1% nos últimos doze meses.
O acréscimo de 6,3% no índice mensal, décimo nono resultado positivo consecutivo, com quatorze das vinte atividades pesquisadas contribuindo positivamente para a formação da taxa geral. Os principais destaques, em termos de participação, foram edição e impressão (26,8%), máquinas e equipamentos (12,9%) e refino de petróleo e produção de álcool (11,1%). Revistas; impressos; rolamentos; aparelhos elevadores/transportadores de mercadorias; gasolina e álcool foram os itens de maior peso na expansão destes segmentos. Do lado negativo, seis ramos reduziram a produção em relação a maio de 2004, sobressaindo-se material eletrônico e equipamentos de comunicações (-4,9%), têxtil (-4,1%) e minerais não-metálicos (-3,0%). Nestes ramos, os recuos vieram, sobretudo, de rádios; aparelhos de comutação para telefonia; fibras sintéticas e de algodão; massa de concreto e cimento.
O indicador acumulado no ano, com expansão de 5,8%, foi ligeiramente superior ao registrado em abril (5,6%). Dezessete ramos tiveram influência positiva sobre este resultado, sendo que as contribuições de farmacêutica (26,1%), máquinas e equipamentos (12,7%) e edição e impressão (17,0%) foram as principais. Os acréscimos em medicamentos; aparelhos elevadores/transportadores de mercadorias; rolamentos; revistas e impressos foram os mais importantes para o desempenho destes segmentos. Em contraposição, três atividades exerceram pressões negativas no cômputo geral: material eletrônico e equipamentos de comunicações (-9,8%), refino de petróleo e produção de álcool (-4,6%) e têxtil (-4,7%).
Paraná
Em maio de 2005, a produção industrial no Paraná prosseguiu apontando resultados positivos nos três períodos: 13,5% no índice mensal, 6,5% no indicador acumulado no ano e 9,5% no acumulado nos últimos doze meses.
A expansão de 13,5% é fruto sobretudo da performance favorável de onze dos quatorze ramos industriais investigados. O crescimento observado na indústria geral, deveu-se, em parte, ao expressivo acréscimo em refino de petróleo e produção de álcool (87,8%), por conta dos efeitos da paralisação da produção de importante empresa em maio de 2004; e de veículos automotores (30,5%), em virtude do maior dinamismo na produção de automóveis. Em seguida, sobressaíram-se as influências positivas de edição e impressão (42,6%) e alimentos (5,6%) que assinalaram, respectivamente, avanços na produção de livros e jornais; e açúcar cristal e óleo de soja. Estas atividades responderam em conjunto por 13,9 pontos percentuais da taxa global. Entre os três que recuaram a produção, merecem destaque outros produtos químicos (-40,7%), influenciados pela queda na produção de adubos ou fertilizantes, por conta do cenário adverso enfrentado pelo agronegócio; e madeira (-7,7%), em função do decréscimo em madeira compensada.
No indicador acumulado de janeiro a maio, a produção cresceu 6,5%, com nove dos quatorze ramos industriais apresentando resultado positivo. A indústria de veículos automotores, com expansão de 37,6%, exerceu a principal contribuição positiva na indústria geral, influenciada, sobretudo, pelo avanço na fabricação de automóveis e caminhões. A boa performance desta atividade refletiu, em maior medida, os bons resultados das exportações. Também vale destacar os resultados favoráveis de edição e impressão (34,2%) e de refino de petróleo e produção de álcool (6,2%). Do lado negativo, os maiores impactos vieram de outros produtos químicos (-30,9%) e produtos de madeira (-5,8%).
Santa Catarina
A indústria de Santa Catarina apresentou, em maio, expansão de 3,5% frente a igual mês do ano passado, mantendo a seqüência de resultados positivos iniciada em fevereiro de 2004. Nos indicadores para períodos mais abrangentes, tanto o acumulado no ano (7,3%) como o acumulado nos últimos doze meses (11,6%) foram positivos.
O acréscimo de 3,5% observado na comparação com igual mês do ano anterior, reflete sobretudo um quadro de crescimento em sete dos onze ramos industriais pesquisados, cabendo à veículos automotores (38,2%), têxtil (11,8%) e alimentos (4,5%) os principais impactos positivos na formação do índice global. Nestas atividades, destacaram-se os avanços nos itens carrocerias para caminhões e ônibus; toalha de banho, rosto, mãos; e carnes de suínos congeladas, respectivamente. Por outro lado, máquinas e equipamentos (-4,9%) e vestuário (-8,4%) exerceram as pressões negativas mais significativas, principalmente, em função do decréscimo na produção de refrigeradores ou congeladores; e camisetas de malha, respectivamente.
A atividade fabril catarinense, no indicador acumulado no ano, ao expandir 7,3%, mantém ritmo de crescimento superior ao assinalado na média nacional (4,7%), com predominância de resultados positivos que alcançam nove das onze atividades industriais pesquisadas. O acréscimo que mais pressionou a indústria geral veio de veículos automotores (100,0%), ainda impactado pelas expressivas taxas observadas nos primeiros meses do ano, fruto da associação da maior fabricação de carrocerias para caminhões e ônibus com a baixa base de comparação (primeiros meses de 2004). Também merecem destaque os avanços de alimentos (6,6%) e têxtil (9,2%), em virtude, sobretudo, do aumento na demanda externa pelos itens carnes de suínos congeladas; e toalha de banho, rosto e mãos, respectivamente. Do lado negativo, máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-8,5%), juntamente com vestuário (-4,9%) são as duas únicas atividades que registram resultados negativos. Estes setores foram influenciados pelo recuo na produção de motores elétricos e calças para uso masculino, respectivamente.
Rio Grande do Sul
Em maio, a indústria do Rio Grande do Sul registrou o seu quinto resultado negativo consecutivo (-2,4%), na comparação com igual mês do ano anterior. Nos indicadores para períodos mais abrangentes, o acumulado no ano também assinalou queda (-3,4%), enquanto o acumulado nos últimos doze meses cresceu 3,0%.
Segundo o indicador mensal, a produção da indústria gaúcha assinalou retração de 2,4% em decorrência, sobretudo, dos decréscimos apresentados em oito dos quatorze segmentos pesquisados. As principais pressões negativas vieram de máquinas e equipamentos (-28,4%), outros produtos químicos (-8,9%) e produtos de metal (-11,8%), que registraram, respectivamente, recuos na produção, principalmente, dos itens: máquinas para colheita, semeadores; polietileno de baixa densidade; e partes e peças de metal. Por outro lado, os maiores impactos positivos no cômputo geral foram de refino de petróleo e produção de álcool (19,7%), em que sobressaiu o aumento na produção de naftas para petroquímica; e calçados e artigos de couro (8,8%), que apresentou acréscimo em calçados de couro e de plástico.
A queda de 3,4% no indicador acumulado para o período janeiro-maio refletiu, principalmente, o desempenho negativo de nove dos quatorze ramos pesquisados. As atividades que mais contribuíram para este resultado foram máquinas e equipamentos (-21,6%), fumo (-9,1%) e outros produtos químicos (-4,6%). Nestas, sobressaíram, respectivamente, os recuos na produção dos itens: máquinas para colheita, semeadores; fumo processado; e polietileno de baixa densidade. Já as indústrias de alimentos (5,5%) e calçados e artigos de couro (5,3%) exerceram as maiores pressões positivas. Estes ramos assinalaram aumento na produção, sobretudo, dos itens: leite em pó, produtos de salamaria; calçados de plástico e de couro, respectivamente.
Goiás
Em maio, a produção industrial de Goiás apresentou crescimento pelo décimo terceiro mês consecutivo na comparação com o mesmo mês do ano anterior (1,4%), diminuindo significativamente o ritmo observado em abril (18,4%). Essa desaceleração reflete, principalmente, a entressafra do produto farinhas e "pellets" da atividade alimentos e bebidas, a mais representativa na estrutura fabril do estado. O indicador acumulado nos cinco primeiros meses do ano e o acumulado nos últimos doze meses também apresentaram expansão, respectivamente, de 6,1% e 8,8%.
O crescimento de 1,4% no indicador mensal pode ser explicado, sobretudo, pelo aumento observado em três dos cinco segmentos pesquisados. Os principais destaques foram a indústria extrativa (19,9%), influenciada pelo bom desempenho na produção de amianto em fibras ou em pó; e a metalurgia básica (14,8%), impulsionada, principalmente, pelos itens ferroníquel e ferronióbio. A maior pressão negativa na indústria geral foi verificada em produtos químicos (-13,6%) devido, sobretudo, a menor produção de adubos e fertilizantes.
O indicador acumulado no ano apresentou expansão de 6,1%, reflexo sobretudo do crescimento em quatro das cinco atividades pesquisadas. O destaque foi a performance positiva de alimentos e bebidas (7,8%), em que sobressaiu o aumento na produção de farinhas e "pellets" de soja, cervejas e chope e carnes de bovinos congeladas. Em seguida, com menor influência, destacaram-se a indústria extrativa (10,6%) e metalurgia básica (11,7%), refletindo o comportamento positivo dos itens: amianto em fibras ou em pó; ferroníquel; ferronióbio. A única atividade que contribuiu negativamente foi produtos químicos (-9,4%), devido ao recuo na fabricação de adubos e fertilizantes.