Nossos serviços estão apresentando instabilidade no momento. Algumas informações podem não estar disponíveis.

Produção industrial cresce 1,3% em maio

Em relação a maio de 2004, a expansão foi de 5,5% - o que mantém uma seqüência de 21 meses de taxas positivas. O resultado acumulado no ano passou de 4,5% para 4,7% na virada de abril para maio...

07/07/2005 06h31 | Atualizado em 07/07/2005 06h31

Em relação a maio de 2004, a expansão foi de 5,5% - o que mantém uma seqüência de 21 meses de taxas positivas. O resultado acumulado no ano passou de 4,5% para 4,7% na virada de abril para maio; nos últimos doze meses, porém, o indicador continua em ligeira desaceleração (7,5% em abril frente a 7,2% em maio).

Os resultados de maio reforçam os sinais de recuperação no ritmo da atividade fabril. A evolução positiva da média móvel trimestral, que até então só vinha sendo observada para o setor de bens de consumo duráveis, passa, em maio, a ser percebida para a indústria geral e demais categorias de uso (bens intermediários, bens de capital e bens de consumo semiduráveis e não-duráveis).

Tal perfil de desempenho sugere que, além da sustentação das vendas externas, que impacta setores tipicamente exportadores, a manutenção das condições de crédito e o aumento no nível de ocupação, associados a uma redução no ritmo inflacionário, estariam trazendo sinais de reação também para setores predominantemente dependentes da evolução da demanda interna.

Maioria das atividades e das categorias de uso tem expansão acima da média

O aumento no ritmo da produção industrial atingiu a maioria (15) das 23 atividades que têm séries mensais sazonalmente ajustadas, além das quatro categorias de uso.

Vale citar os resultados favoráveis registrados no refino de petróleo e produção de álcool (7,6%), material eletrônico e equipamentos de comunicações (5,3%), fumo (14,9%), máquinas e equipamentos (1,8%), bebidas (3,8%) e nas indústrias extrativas (2,0%). Já as pressões negativas mais significativas vieram dos alimentos (-3,8%), metalurgia básica (-4,2%) e perfumaria, sabões e produtos de limpeza (-6,0%).

Entre as categorias de uso, na comparação maio/abril, os bens de consumo duráveis sustentaram o maior ritmo de crescimento (3,7%), seguidos por bens de capital (3,4%). Os bens intermediários (0,8%) e os de consumo semiduráveis e não-duráveis (0,6%), por sua vez, tiveram crescimento abaixo da média (1,3%).

O comportamento favorável da atividade industrial em maio teve impacto na média móvel trimestral. Na indústria geral, o acréscimo observado nesse indicador entre os trimestres encerrados em abril e maio é de 0,9%. O setor de bens de capital exibe o maior incremento (1,4%), seguido por bens de consumo duráveis (1,1%), bens intermediários (0,9%) e bens de consumo semiduráveis e não-duráveis (0,1%).

Assim como na comparação com o mês anterior, o acréscimo de 5,5% na produção industrial em relação a maio de 2004 reflete um comportamento positivo generalizado.

Houve expansão em 23 das 27 atividades pesquisadas, e os maiores impactos vieram dos setores de material eletrônico e equipamentos de comunicações (28,3%), indústrias extrativas (17,4%), veículos automotores (8,9%) e refino de petróleo e produção de álcool (10,4%). Nesses ramos, os produtos com maior influência no resultado positivo foram os telefones celulares e televisores; petróleo e minérios de ferro; automóveis e caminhões; e gasolina e álcool. Por outro lado, das quatro atividades em queda, o desempenho desfavorável da metalurgia básica (-6,9%) foi o que mais teve influência no índice geral.

Entre as categorias de uso, os bens de consumo duráveis tiveram a maior taxa de crescimento (21,4%), apoiada no aumento da produção de automóveis (17,4%), eletrodomésticos (8,2%) e telefones celulares (82,2%). A produção de bens de consumo semiduráveis e não-duráveis superou em 7,5% a de maio do ano passado, impulsionada pelo desempenho positivo de todos os subsetores, em particular o dos carburantes (34,4%), com aumento na gasolina e no álcool. Vale mencionar também o crescimento do subsetor de outros não-duráveis (7,1%), com destaque para revistas e medicamentos.

No setor de bens de capital (3,5%), os resultados por subsetor também foram predominantemente positivos: bens de capital para construção (25,1%), para energia elétrica (14,1%), transporte (8,8%), máquinas e equipamentos para fins industriais (4,0%) e bens de capital para uso misto (5,8%). Apenas os bens de capital agrícolas (-47,3%) mantiveram uma seqüência de nove meses consecutivos em queda.

A produção de bens intermediários cresceu 2,7% em relação a maio de 2004, particularmente influenciada pelo subsetor de insumos industriais básicos (10,3%), onde destacaram-se o minério de ferro e o fumo. Foi registrado comportamento favorável também no subsetor combustíveis e lubrificantes básicos (22,2%), refletindo o aumento na extração de petróleo. Os grupamentos de insumos para a construção civil (2,5%) e embalagens (2,0%) registraram, ambos, sua segunda taxa consecutiva de crescimento nesse tipo de comparação.

O crescimento de 4,7% no acumulado de janeiro a maio deste ano, contra igual período de 2004, também teve perfil amplo. Entre as atividades, a liderança permaneceu com veículos automotores (11,5%), valendo ainda citar as contribuições de material eletrônico e equipamentos de comunicações (17,3%), indústrias extrativas (9,4%) e edição e impressão (10,6%). Por outro lado, metalurgia básica (-1,7%) exerceu a principal pressão negativa.

A análise do indicador acumulado nos primeiros cinco meses do ano para as categorias de uso mostra que a de bens de consumo duráveis (15,2%) apresenta a taxa mais elevada, vindo em seguida os bens de consumo semiduráveis e não-duráveis (6,5%). O segmento de bens de capital cresce 2,7%, e o de bens intermediários, 2,2%, abaixo, portanto, da média geral (4,7%).