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IPCA-15 de junho teve variação de 0,12%

23/06/2005 06h31 | Atualizado em 23/06/2005 06h31

Acumulado no 2º trimestre, IPCA-E, ficou em 1,70%. Taxa deste mês é a mais baixa desde julho de 2003. Contribuíram para isso desaceleração no ritmo de crescimento, quedas nos preços de alguns produtos e inexistência de reajustes expressivos nos itens controlados.

O Índice de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15) teve variação de 0,12% em junho, configurando forte recuo em comparação a maio (0,83%). A taxa é a mais baixa desde julho de 2003, e, no ano, o índice acumula 3,51%. Considerando os últimos doze meses (de maio de 2004 a junho de 2005), ficou em 7,72%. Os preços para cálculo do mês foram coletados de 13 de maio a 13 de junho e comparados com aqueles vigentes de 14 de abril a 12 de maio.

A maioria dos itens pesquisados colaborou para o comportamento observado no mês, seja em razão da desaceleração na taxa de crescimento, seja pelo registro de quedas expressivas de preços - como ocorreu com o álcool combustível. Responsável pelo principal impacto individual negativo no mês (-0,10 ponto percentual), o litro do álcool ficou, em média, 9,51% mais barato. O preço chegou a cair 17,78% em Curitiba. Houve alta somente em Belém (1,50%). No litro da gasolina, a queda média ficou em -1,29%. Goiânia foi a região onde os preços mais diminuíram (-4,97%); Salvador e Brasília, no entanto, tiveram aumentos de 4,18% e 2,12%, respectivamente.

Além dos combustíveis, alimentos importantes no consumo das famílias passaram a custar menos de maio para junho, e o resultado do grupo Alimentação e Bebidas caiu de 0,84% para 0,04%. As principais reduções foram observadas nos preços dos seguintes produtos: açúcar cristal (-5,10%), hortaliças (-5,00%), frutas (-4,34%), açúcar refinado (-4,07%), óleo de soja (-3,72%) e arroz (-3,66%). Apenas três das onze regiões pesquisadas mostraram aumento nos alimentos: Recife (0,97%), São Paulo (0,33%) e Salvador (0,19%).

No caso dos remédios, também responsáveis por fatia importante dos orçamentos, após a alta de 4,16% de maio, em conseqüência de reajuste autorizado, a variação foi bem menor, 0,16%. O item vestuário se comportou de forma semelhante. Absorvida em maio a alta de 1,56% decorrente da comercialização dos artigos da nova estação, a taxa foi para 0,71%. Artigos de limpeza (de 0,80% para 0,33%) e eletrodomésticos (de 1,72% para 0,98%) também mostraram desaceleração na taxa de crescimentos de um mês para o outro.

Não houve ainda reajustes expressivos nos itens administrados durante o período de coleta, o que ajudou no comportamento do resultado do mês. A energia elétrica foi de 2,85% em maio para 0,38% em junho, e as tarifas dos ônibus urbanos permaneceram estáveis, ao passo que, em maio, haviam subido 2,11%.

Entre as regiões, o maior IPCA-15 foi registrado em Salvador (0,71%), principalmente em razão de aumentos acima da média nacional em energia elétrica (4,64%), gasolina (4,18%), água e esgoto (2,00%), eletrodomésticos (1,69%) e vestuário (1,66%). Curitiba (-0,38%) e Goiânia (-0,14%) tiveram deflação.

 



O IPCA-15 refere-se às famílias com rendimento de 1 a 40 salários mínimos, qualquer que seja a fonte, e abrange as regiões metropolitanas do Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife, São Paulo, Belém, Fortaleza, Salvador e Curitiba, além de Brasília e Goiânia. A metodologia utilizada é a mesma do IPCA. A diferença entre os dois índices está no período de coleta dos preços.

IPCA-E

Veja na tabela abaixo os resultados do IPCA-15 para os meses de abril, maio e junho e do IPCA - Série Especial (IPCA-E), que informa o índice acumulado a cada três meses. No primeiro trimestre (janeiro, fevereiro, março), o IPCA-E foi de 1,78%.