Em abril, emprego industrial cresce 0,6% em relação a março
Em abril, o emprego industrial volta a crescer frente ao mês anterior (0,6%), na série livre de influências sazonais, após dois meses de recuo, período em que acumulou queda de 0,4% (março 05/ janeiro 05).
15/06/2005 06h31 | Atualizado em 15/06/2005 06h31
No que se refere à folha de pagamento média real da indústria, o indicador acumulado no ano, com expansão de 1,1%, apresenta ganhos em sete locais e em nove setores pesquisados. Regionalmente, em termos de magnitude da taxa, sobressaem os acréscimos observados em Minas Gerais (6,6%), Espírito Santo (5,8%) e Rio de Janeiro (5,3%), enquanto que em nível setorial, no total do país, os avanços são mais intensos em produtos de metal (4,6%), vestuário (3,8%), calçados e couro (3,8%) e máquinas e equipamentos (3,6%).
O indicador acumulado nos últimos doze meses mostra aumento de 7,6% no valor da folha de pagamento real, porém permanece a ligeira desaceleração no ritmo de crescimento observada desde janeiro, quando esta taxa foi de 9,3%, passando para 8,7% em fevereiro e 8,0% em março.
Em síntese, o indicador de média móvel trimestral mostra estabilidade no nível de emprego. Em relação a 2004, o quadro é de manutenção de resultados positivos na indústria, embora observe-se, na comparação quadrimestral, uma desaceleração entre o índice do último quadrimestre de 2004 (4,0%) e do primeiro de 2005 (2,7%). Os segmentos articulados à agroindústria e à indústria automobilística destacam-se com as principais contribuições para o aumento das contratações, enquanto que os segmentos de vestuário e calçados sobressaem com os principais impactos negativos sobre a taxa global.
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Número de horas pagas cresceu 0,3% em relação a março
Em abril, as horas pagas aos trabalhadores da indústria apresentaram variação positiva (0,3%) em relação a março, na série livre do efeito sazonal. Os demais indicadores registraram acréscimos mais expressivos: 1,9% no mensal, 2,0% no acumulado no ano e 2,7% no acumulado nos últimos doze meses. Já o resultado da jornada média de trabalho mostrou recuo em todas as comparações:-1,1% no mensal, -0,7% no acumulado no ano e -0,2% no acumulado nos últimos doze meses. A tendência sinalizada pelo indicador de média móvel trimestral é de estabilidade, com variação de 0,2% entre os trimestres encerrados em abril e março.
Na comparação com igual mês do ano anterior, o índice do número de horas pagas registrou um aumento de 1,9%, refletindo, sobretudo, os desempenhos positivos de dez dos quatorze locais e nove dos dezoito ramos pesquisados. As atividades que registraram os maiores incrementos no resultado global foram alimentos e bebidas (8,8%), meios de transporte (11,8%) e refino de petróleo e produção de álcool (25,6%). Por outro lado, as principais contribuições negativas vieram das indústrias de calçados e artigos de couro (-10,0%) e madeira (-7,6%).
Ainda no confronto mensal, os locais que exibiram os maiores impactos positivos foram São Paulo (3,6%), Minas Gerais (4,5%) e região Norte e Centro-Oeste (5,0%). Na indústria paulista, dez dos dezoito ramos pesquisados aumentaram o número de horas pagas, dentre estes, os mais expressivos foram alimentos e bebidas (19,8%), meios de transporte (12,7%) e produtos de metal (7,5%). Em Minas Gerais, as indústrias de produtos de metal (28,4%) e máquinas e aparelhos eletro-eletrônicos e de comunicações (21,3%) sobressaíram entre os treze desempenhos positivos. Na região Norte e Centro-Oeste, os setores de alimentos e bebidas (12,4%) e refino de petróleo e produção de álcool (28,8%) foram os maiores impactos positivos. O local que apresentou o principal recuo no cômputo geral foi Rio Grande do Sul (-6,7%), onde o segmento de calçados e artigos de couro (-19,9%) continua exercendo a maior influência negativa.
O aumento de 2,0%, segundo o acumulado janeiro-abril, no número de horas pagas da indústria foi decorrente do crescimento de onze das quatorze regiões e nove dos dezoito segmentos pesquisados. Os locais responsáveis pelos maiores impactos positivos foram: São Paulo (2,1%), Minas Gerais (4,7%) e região Norte e Centro-Oeste (5,0%). As principais pressões negativas vieram dos estados do Rio Grande do Sul (-4,8%) e Rio de Janeiro (-2,0%). Em termos setoriais, os impactos positivos mais relevantes foram observados nas indústrias de alimentos e bebidas (6,6%), meios de transporte (11,4%) e máquinas e equipamentos (5,1%). Já os segmentos de calçados e artigos de couro (-9,3%) e vestuário (-3,6%) exerceram as principais contribuições negativas.
O indicador acumulado nos últimos doze meses assinala um acréscimo de 2,7%, acentuando a trajetória ascendente, iniciada em março de 2004. No âmbito setorial, doze atividades registraram crescimento, com destaque para alimentos e bebidas (4,7%). Por outro lado, a maior pressão negativa veio de vestuário (-5,4%). No que tange aos locais, São Paulo (2,5%) e Rio Grande do Sul (-1,6%) responderam pelos maiores impactos, positivo e negativo, respectivamente.
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Folha de pagamento recuou 2,3% em relação a março
Após quatro meses apontando taxas positivas, período em que acumulou expansão de 8,0%, o valor da folha de pagamento real dos trabalhadores da indústria brasileira recuou 2,3% em abril de 2005 em relação a março, já descontados os efeitos sazonais. Apesar deste resultado negativo, observa-se que o indicador de média móvel trimestral mantém-se estável (-0,1%) entre os trimestres encerrados em março e abril. Vale destacar que este indicador permanece no seu patamar mais elevado da série histórica.
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Os demais indicadores da folha de pagamento real prosseguiram apresentando taxas positivas em suas principais comparações. Em relação a abril de 2004, o crescimento foi de 4,0%, o acumulado do primeiro quadrimestre do ano aumentou 3,8% e no acumulado nos últimos doze meses a expansão ficou em 7,6%. Em relação à folha de pagamento média real os resultados também foram favoráveis nos três tipos de confrontos: 0,9% no índice mensal, 1,1% no acumulado no ano e 4,5% nos últimos doze meses.
O valor real da folha de pagamento cresce 4,0% em abril deste ano na comparação com igual mês do ano anterior, com doze das dezoito atividades pesquisadas apresentando acréscimo. As maiores influências positivas foram observadas em meios de transporte (10,7%) e alimentos e bebidas (9,4%). Em sentido oposto, as pressões negativas mais significativas vieram de papel e gráfica (-7,0%) e minerais não-metálicos (-7,0%). Regionalmente, na formação do índice global, a principal contribuição positiva foi assinalada em São Paulo, que expande 6,2% o valor da folha de pagamento real, devido principalmente às atividades de meios de transporte (12,6%) e alimentos e bebidas (23,7%). Entre os cinco locais que registram taxas negativas, sobressaem a região Nordeste (-3,1%) e Rio Grande do Sul (-2,1%), por conta sobretudo dos decréscimos em produtos químicos (-13,8%) e calçados e couro (-16,7%), respectivamente.
O indicador acumulado no ano mostra crescimento de 3,8%, com predomínio de resultados positivos entre os locais pesquisados (treze). São Paulo (2,9%) se destacou com o maior impacto na composição do índice da indústria geral. Na indústria paulista, sobressaem os setores de meios de transporte (10,9%), máquinas e equipamentos (11,1%) e alimentos e bebidas (17,2%). Em contraposição, Pernambuco (-1,7%) permanece como o único local que apresenta recuo no valor da folha de pagamento real, por conta, principalmente, de alimentos e bebidas (-7,7%).
Ainda neste confronto, em termos setoriais, observa-se taxas positivas em onze das dezoito atividades pesquisadas, com destaque para os resultados favoráveis de meios de transporte (10,3%), máquinas e equipamentos (10,5%) e alimentos e bebidas (8,4%). Já os principais impactos negativos sobre a folha de pagamento real foram papel e gráfica (-7,4%) e minerais não-metálicos (-7,8%).
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(Atualizado em 15/06/2005 às 14:40)
Em abril, o emprego industrial volta a crescer frente ao mês anterior (0,6%), na série livre de influências sazonais, após dois meses de recuo, período em que acumulou queda de 0,4% (março 05/ janeiro 05). No índice mensal (abril 2005/ abril 2004) houve aumento de 3,1%, o décimo quarto resultado positivo consecutivo neste indicador. O acumulado do ano ficou em 2,7% e o nos últimos doze meses, em 2,9%.
O avanço de 0,6% assinalado na passagem de março para abril contribuiu para a estabilidade do índice de média móvel trimestral. Entre os trimestres encerrados em abril e março, a variação foi de 0,1%.
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Emprego industrial cresceu em onze dos quatorze locais pesquisados, em relação a abril de 2004
Em relação a abril 2004, as contratações superaram as demissões em onze dos quatorze locais pesquisados, com o contingente de trabalhadores ampliando-se, em termos de impacto sobre o índice nacional, principalmente em São Paulo (4,9%) e Minas Gerais (4,6%). A indústria paulista atingiu sua maior taxa desde o início da série histórica (dezembro de 2001), resultado das contribuições positivas de treze ramos, principalmente dos setores de alimentos e bebidas (20,1%) e meios de transporte (12,1%). Já entre os treze setores que elevaram o total de empregados na indústria mineira, os principais destaques foram produtos de metal (32,8%) e meios de transporte (13,5%). No outro extremo, as principais pressões negativas no índice global foram verificadas nas indústrias do Rio Grande do Sul (-4,3%) e Rio de Janeiro (-1,3%), em razão, sobretudo, do impacto de calçados e couro (-18,3%) e vestuário (-9,7%), respectivamente.
No total do país, doze atividades expandiram o número de pessoas ocupadas. As principais contribuições vieram de alimentos e bebidas (9,6%), meios de transporte (11,5%) e refino de petróleo e produção de álcool (29,2%). Vale ressaltar, para o último setor, que o aumento do emprego pode ser explicado pela maior safra de cana-de-açúcar. Por outro lado, calçados e couro (-8,8%) e vestuário (-3,2%) representaram os principais impactos negativos.
Os acréscimos observados em São Paulo (3,0%) e Minas Gerais (4,9%) foram os de maior impacto sobre o índice nacional. As taxas mais elevadas foram observadas no Paraná (5,7%) e região Norte e Centro-Oeste (5,6%). Na análise por ramos industriais, variações positivas foram observadas em onze segmentos, entre os quais destacaram-se alimentos e bebidas (6,4%), meios de transporte (13,0%) e máquinas e equipamentos (6,6%). Por outro lado, calçados e couro (-7,5%) e vestuário (-3,8%) exerceram as principais influências negativas no resultado geral. No corte regional, Rio Grande do Sul (-3,0%) e Rio de Janeiro (-0,9%) foram os únicos locais onde se observou recuo no pessoal ocupado.
A taxa anualizada, indicador acumulado nos últimos doze meses, apresentou seu resultado mais elevado (2,9%) desde novembro de 2002. Neste índice, a trajetória do emprego industrial é ascendente desde abril de 2004.
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