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Em abril, vendas do comércio varejista caem 0,23%

Na passagem de março para abril, a variação do comércio varejista no País foi de –0,23% para o volume de vendas e de 0,76% para a receita nominal, ambos livres da influência dos fatores sazonais .

14/06/2005 06h31 | Atualizado em 14/06/2005 06h31

Na passagem de março para abril, a variação do comércio varejista no País foi de –0,23% para o volume de vendas e de 0,76% para a receita nominal, ambos livres da influência dos fatores sazonais (Gráfico 1). Em relação a abril de 2004 (série sem ajuste sazonal), as vendas do comércio varejista cresceram 3,40%, e a receita nominal, 11,82% (Gráfico 1).

No ano, o volume de vendas acumula taxa de 5,00% e a receita nominal, 12,30%. No acumulado dos últimos doze meses, as variações foram de 8,22% para o volume de vendas e 13,73% para a receita nominal.

Quanto ao comércio varejista ampliado, que inclui além das oito atividades do comércio varejista, Veículos, motos, partes e peças e Material de construção, o crescimento foi de 3,57% sobre abril de 2004. No acumulado do ano, o volume de vendas do comércio varejista ampliado cresceu 4,08% e a receita nominal, 13,47%.



Na série ajustada sazonalmente, os resultados do comércio varejista apresentam queda em relação às taxas de março, mês em que o volume de vendas registrou 1,37% e a receita nominal, 1,94%. Esse comportamento pode ter sido influenciado pela queda no rendimento médio real que, segundo a Pesquisa Mensal de Emprego (PME) de abril, foi de -1,8% em relação a março (Tabelas 1 e 2).

Na série com ajustes sazonais, em termos de volume de vendas, as atividades que apresentaram as maiores variações em relação a março foram Tecidos, vestuário e calçados (13,72,%) e Móveis e eletrodomésticos (1,06%). Já a atividade de maior peso na composição do índice, Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas (-0,47%) e Combustíveis e lubrificantes (-1,14%) tiveram variações negativas (Tabela 1).

Ainda em relação à série dessazonalizada (sem a influência de fatores sazonais), o volume de vendas acumulou nos primeiros quatro meses do ano variação de –1,09%.

Quanto ao índice mensal (abril05/abril04), na série sem ajuste sazonal, o volume de vendas do comércio varejista cresceu 3,40%. Nos acumulados, os resultados foram de 5,00% para os quatro primeiros meses do ano e de 8,22% para os últimos 12 meses. Já o comércio varejista ampliado, cresceu 3,57% em relação a abril de 2004 e 4,08% no acumulado do ano (Tabela 1).



Em abril, as duas atividades que mais influenciaram positivamente o indicador mensal do comércio varejista em termos de volume de vendas foram Móveis e eletrodomésticos (23,93%) e Tecidos, vestuário e calçados (14,77%). Por outro lado, os maiores impactos negativo vieram de Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (–1,22%) e Combustíveis e lubrificantes (-9,94%).



Novamente, a atividade de Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebida e fumo teve seu desempenho influenciado pelo efeito calendário. Em 2004, a Páscoa foi em abril, porém, em 2005, o feriado foi comemorado em março, o que provocou um efeito-base desfavorável ao segmento de maior peso do varejo e bastante sensível à data. Com isso, o volume de vendas desta atividade caiu 1,22% em relação a abril/04, enquanto nos acumulados do ano e dos últimos 12 meses, o segmento o mantém resultados positivos: 3,88% e 6,91%, respectivamente.

Já a atividade de Combustíveis e lubrificantes apresentou sua quarta variação negativa em termos de volume de vendas: -9,94% sobre abril/04. Esse resultado foi influenciado por dois fatores: a diminuição do consumo motivada pelos aumentos de preços dos combustíveis - segundo o IPCA, a taxa acumulada dos últimos 12 meses até abril (23,85%) superou a do índice geral de preços no mesmo período (8,07%) - aliada a um processo de substituição do produto mais caro (gasolina) pelos de menor preço (álcool hidratado e gás natural veicular – GNV). Nos acumulados, os resultados também foram negativos: -6,54% nos primeiros quatro meses do ano e -0,05%, nos últimos 12 meses.

As duas atividades de maior impacto positivo no resultado do varejo são Móveis e eletrodomésticos e Tecidos, vestuário e calçados. O crescimento do volume de vendas de Móveis e eletrodomésticos (23,93%) continua centrado nas facilidades de crédito ao consumidor, em especial o aumento dos prazos de pagamentos concedidos pelas lojas, bem como a influência sobre o consumo de bens duráveis, fruto da ampliação do crédito pessoal via desconto em folha. Esse cenário vem proporcionando ao segmento as maiores taxas de variação no acumulado no ano e em 12 meses: de 19,60% e 24,30%, respectivamente. (Tabela 1).

Já o aumento no volume de vendas de Tecidos, vestuário e calçados (14,77%), em abril sobre igual mês do ano passado, foi o segundo maior impacto positivo na formação da taxa global e deve-se, basicamente, às promoções típicas de mudança de estação. Por conta disso, os resultados acumulados desta atividade melhoram: no ano, a taxa passou de 1,61% em março para 5,10% em abril, enquanto nos últimos 12 meses, a evolução foi de 4,83% para 5,92%.

As demais atividades que compõem o comércio varejista apresentaram na comparação abril05/abril04 os seguintes resultados: 5,41% para Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria e cosméticos; 68,04% para Equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação; 4,47% para Livros, jornais, revistas e papelaria; e 11,67% para Outros artigos de uso pessoal e doméstico. Quanto ao índice de varejo ampliado, as variações foram de 5,57% para Veículos, motos, partes e peças e de –3,16% para Material de construção (Tabela 1).



Das 27 Unidades da Federação, 25 tiveram resultados positivos, sendo que as maiores variações do volume de vendas em relação a abril/04, para o comércio varejista, foram de Acre (37,38%); Paraíba (29,26%); Tocantins (26,31%); Sergipe (24,31%) e Amazonas (24,02%). Entretanto, os seis estados que mais influenciaram positivamente o desempenho do setor em abril foram: Pernambuco (15,85%); Rio de Janeiro (3,09%); Bahia (6,70%); São Paulo (0,59%); Ceará (13,67%) e Goiás (12,08%).

Em relação ao volume de vendas no comércio varejista ampliado, os estados que mais influenciaram foram Rio de Janeiro, com variação de 5,29%; Pernambuco (19,97%); Bahia (9,90%); Distrito Federal (11,91%) e Goiás (12,60%).