Em abril, produção industrial cresce em 12 das 14 regiões pesquisadas
10/06/2005 06h31 | Atualizado em 10/06/2005 06h31
Em relação a abril 04, a produção regional da indústria foi positiva em doze das quatorze áreas pesquisadas. No Amazonas (21,8%), Goiás (18,4%), Ceará (11,5%), Minas Gerais (9,6%), Santa Catarina (7,9%), São Paulo (7,0%) e Pará (6,6%) as taxas de crescimento foram superiores à do Brasil (6,3%). Na região Nordeste, a taxa igualou a média nacional. Os demais os resultados positivos foram: Bahia e Rio de Janeiro (ambos com 5,2%), Paraná (5,1%) e Espírito Santo (5,0%). As únicas quedas foram em Pernambuco (-1,5%) e Rio Grande do Sul (-3,9%).
No acumulado no ano, os índices também foram positivos, exceto no Rio Grande do Sul (-3,6%). Entre os treze locais com crescimento, Amazonas, com 16,2%, sustentou taxa de dois dígitos, apoiada, sobretudo, no avanço da produção de telefones celulares. Em Santa Catarina (8,3%), Minas Gerais (7,6%), Goiás (7,4%), região Nordeste (6,9%), Ceará (6,8%), São Paulo (5,6%), Pará (5,1%), Paraná (5,0%) e Espírito Santo (4,8%), as taxas ficaram superiores à média da indústria (4,5%). Os demais locais têm os seguintes resultados: Bahia (3,9%), Pernambuco (2,3%) e Rio de Janeiro (2,0%). Observa-se que as áreas de maior dinamismo no primeiro quadrimestre do ano foram influenciadas por fatores relacionados à ampliação na fabricação de bens duráveis, em especial a produção de telefones celulares e automóveis; e ao desempenho positivo de produtos tipicamente de exportação.
Amazonas
Em abril, a indústria do Amazonas permanece com os mais elevados índices entre os locais pesquisados. O indicador mensal registra expansão de 21,8%, o acumulado no ano cresce 16,2% e o acumulado nos últimos doze meses fica em 13,2%. Nesta última comparação, o resultado de abril foi o segundo entre os locais analisados, superado apenas pelo do Ceará.
No confronto abril 05/abril 04, a atividade industrial amazonense assinalou o nono resultado positivo consecutivo. Material eletrônico e equipamentos de comunicações, principal responsável pelas elevadas taxas de crescimento da indústria nos últimos meses, aumentou sua produção em 36,7%, resultado determinado, sobretudo, pela fabricação de telefones celulares - cujas exportações se mantêm em nível elevado - e televisores. Outras seis atividades, num total de onze, também apresentaram taxas positivas, sendo a segunda contribuição mais relevante de outros equipamentos de transporte (16,2%), vindo a seguir alimentos e bebidas (10,7%). Os principais itens responsáveis pelo desempenho destes dois segmentos foram motocicletas; e peças e acessórios para motocicletas; preparações em xarope para elaboração de bebidas; e refrigerantes. Por outro lado, quatro ramos influenciaram negativamente a taxa global, com destaque para equipamentos médico-hospitalares, ópticos e outros (-5,8%), borracha e plástico (-5,5%) e produtos de metal (-3,2%). Nestes apontam-se os recuos de relógios; lentes para óculos; peças e acessórios de plástico; garrafas PET; e lâminas e aparelhos de barbear.
No acumulado no ano, a indústria avançou 16,2%, o que pode ser explicado sobretudo pela performance favorável de material eletrônico e equipamentos de comunicações (33,1%), seguido por alimentos e bebidas (12,3%) e outros equipamentos de transporte (11,0%). Os acréscimos mais influentes na produção ocorreram, respectivamente, nos itens telefones celulares; televisores; preparações em xarope para elaboração de bebidas; refrigerantes; motocicletas; peças e acessórios. Em sentido contrário, borracha e plástico (-20,7%) e refino de petróleo e produção de álcool (-7,8%) exerceram os principais impactos negativos, por conta do recuo na fabricação de produtos como peças e acessórios de plástico; garrafas PET; óleo diesel; e gasolina.
Pará
A indústria do Pará cresceu 6,6% em abril. Também apresentaram crescimento os indicadores para períodos mais abrangentes: 5,1% no acumulado no ano e 9,6% nos últimos doze meses.
No indicador mensal, o acréscimo de 6,6% foi determinado, sobretudo, pelo desempenho da extrativa (9,8%) e da metalurgia básica (9,0%), nas quais sobressaíram os itens minério de ferro e óxido de alumínio, respectivamente. Por outro lado, houve queda em duas das seis atividades pesquisadas, com destaque para celulose e papel
(-8,7%), devido à menor produção, principalmente, de papel higiênico.
O aumento de 5,1% no acumulado do ano contou com crescimento de quatro dos seis segmentos pesquisados. Dentre estes, os maiores impactos positivos vieram da indústria extrativa (9,1%), metalurgia básica (5,2%) e madeira (5,7%), com, respectivamente, aumento nos itens: minérios de ferro; alumínio não ligado em formas brutas; e madeira serrada. A maior contribuição negativa no cômputo geral veio de celulose e papel (-6,8%).
Nordeste
A indústria da região Nordeste, em abril, alcançou resultados positivos nos principais indicadores: 6,3% no indicador mensal, 6,9% no acumulado no ano e 9,0% no acumulado nos últimos doze meses.
Pelo décimo quinto mês consecutivo, o indicador mensal da indústria nordestina cresceu, com altas em oito dos onze setores. A taxa de 6,3%, bem superior à de março (0,8%), foi determinada, sobretudo, por alimentos e bebidas (7,4%), minerais não-metálicos (25,4%) e produtos químicos (4,6%). Estas atividades assinalaram, respectivamente, alta na produção de: refrigerantes, amendoim e castanhas de caju torrados; cimento, elementos pré-fabricados para construção civil; polipropileno e policloreto de vinila (PVC). Já as principais influências negativas vieram de metalurgia básica (-5,3%) e indústria extrativa (-2,7%), refletindo as quedas na produção de barra, perfil e vergalhões de cobre, e ouro em barras; gás natural e óleo bruto de petróleo, respectivamente.
No acumulado do ano, a indústria nordestina cresceu 6,9% no primeiro quadrimestre, com acréscimo em nove das onze atividades investigadas. Os maiores impactos positivos vieram de alimentos e bebidas (9,2%), em virtude da elevação na fabricação de açúcar demerara e refrigerantes; e de produtos químicos (7,7%), por conta da maior produção de policloreto de vinila (PVC) e etileno não-saturado. Do lado negativo, indústria extrativa (-2,9%), devido à redução na extração de óleo bruto de petróleo e gás natural, foi a maior queda.
Ceará
Em abril de 2004, a produção industrial do Ceará aumentou 11,5% em relação ao mesmo mês do ano passado, revertendo o resultado ligeiramente negativo de março (-0,2%). Os indicadores para períodos mais longos continuam favoráveis: 6,8% no acumulado no ano e 13,7% no acumulado nos últimos doze meses.
No indicador mensal, indústria cearense cresceu 11,5%, com alta nas dez atividades pesquisadas. As principais contribuições vieram de têxtil (16,4%), sob a influência do item tecidos e fios de algodão; e de alimentos e bebidas (9,4%), devido à alta na produção de amendoim e castanhas de caju torrados, e cerveja e chope. Houve, também, bom desempenho em calçados e artigos de couro (9,5%) e vestuário (20,9%), com expansão, respectivamente, em calçados de plástico e de couro; e vestuário para uso profissional.
No acumulado no ano, a indústria cearense registrou crescimento de 6,8%. Para a formação desta taxa contribuíram positivamente seis dos dez setores industriais, sendo os acréscimos mais expressivos observados em vestuário (43,4%), em virtude da maior fabricação de calças compridas para uso feminino; e têxtil (8,5%), em função da produção de tecidos. Do lado negativo, as maiores pressões ocorreram em refino de petróleo e produção de álcool (-9,3%) e metalurgia básica (-22,5%), explicadas pelo recuo na produção de óleo diesel e outros óleos combustíveis; e vergalhões de aços ao carbono, respectivamente.
Pernambuco
Em abril, a produção industrial de Pernambuco recuou 1,5% em relação ao mesmo mês do ano passado, resultado ligeiramente inferior ao assinalado em março (-0,9%). No entanto, os indicadores para períodos mais abrangentes continuam positivos: 2,3% no acumulado no ano e 4,1% nos últimos doze meses.
Pelo segundo mês consecutivo, o indicador mensal da indústria pernambucana caiu, com decréscimo em cinco das onze atividades pesquisadas. A maior contribuição negativa sobre a taxa global (-1,5%) veio de produtos de metal (-58,0%), devido à forte redução na produção de latas de alumínio. Também influenciaram negativamente, borracha e plástico (-35,2%) e têxtil (-27,4%), em função da menor fabricação de tubos, canos e mangueiras de plástico; e tecidos de algodão com fibras artificiais, respectivamente. Os maiores impactos positivos vieram de alimentos e bebidas (7,3%) e minerais não-metálicos (14,6%), devido ao aumento em refrigerantes, sorvetes e picolés; cimento e abrasivos naturais ou artificiais.
O indicador acumulado no ano avançou 2,3%, com incremento em sete dos onze setores industriais pesquisados. Alimentos e bebidas (4,3%) e produtos químicos (10,1%) tiveram as melhores performances positivas, em virtude, respectivamente, da maior fabricação de sorvetes, e refrigerantes; borracha de estireno-butadieno, tintas e vernizes para construção. Do lado negativo, as principais quedas foram registradas por produtos de metal (-21,2%), devido ao decréscimo na produção de latas de alumínio; e têxtil (-35,8%), onde houve queda em tecidos de algodão com fibras artificiais.
Bahia
Em abril, a indústria da Bahia apresentou expansão de 5,2% em relação a igual mês do ano passado. Nas comparações para períodos mais abrangentes as taxas mantêm-se positivas: 3,9% no acumulado no ano e 9,1% nos últimos doze meses.
A produção industrial baiana assinalou crescimento de 5,2% no indicador mensal, se recuperando do resultado desfavorável obtido em março (-0,4%). Na composição da taxa global contribuíram positivamente sete dos nove setores industriais investigados, com destaque para refino de petróleo e produção de álcool (9,2%), impulsionado pela maior produção de gasolina, e óleo diesel e outros óleos combustíveis. Vale citar ainda, o bom desempenho de celulose e papel (35,2%) e produtos químicos (3,9%), que tiveram incremento em celulose e papel não revestido; e polipropileno e policloreto de vinila (PVC). Em sentido oposto, metalurgia básica (-17,4%), refletindo a diminuição na produção de ouro em barras, e de barra, perfil e vergalhões de cobre; e indústria extrativa (-4,2%), onde houve queda na extração de gás natural e pedras britadas, foram as maiores pressões negativas.
No acumulado no ano, a indústria da Bahia cresceu 3,9%, com taxas positivas em seis dos nove ramos industriais pesquisados. Os maiores impactos positivos foram observados em produtos químicos (4,9%); alimentos e bebidas (12,1%) e veículos automotores (52,6%). Estes setores foram alavancados, respectivamente, pela produção de etileno não-saturado e policloreto de vinila (PVC); óleo de soja refinado e refrigerantes; e automóveis. Por outro lado, as maiores contribuições negativas vieram de metalurgia básica (-7,9%) e indústria extrativa (-2,1%), por conta, respectivamente, da queda na produção de ouro em barras e vergalhões de aços ao carbono; gás natural e óleo bruto de petróleo.
Minas Gerais
A produção industrial de Minas Gerais cresceu 9,6% em relação a abril do ano anterior, patamar superior ao verificado em âmbito nacional (6,3%). Taxas positivas também foram observadas no acumulado no ano e no acumulado nos últimos doze meses, respectivamente, 7,6% e 7,3%.
Em relação a abril de 2004, a industria mineira cresceu 9,6%. A indústria extrativa de Minas cresceu 21,2%, impulsionada, sobretudo, pelo aumento na produção de minério de ferro, a principal contribuição positiva na taxa global. Já a indústria de transformação avança 7,8%, com oito entre as doze atividades investigadas aumentando a produção, com destaque para as indústrias produtoras de veículos automotores (19,6%) devido, sobretudo, ao crescimento observado em automóveis; alimentos (11,9%), decorrente, em grande parte, do aumento na fabricação de leite; e minerais não-metálicos (21,9%), principalmente, por conta do item cimento. Já a principal contribuição negativa veio da metalurgia básica (-6,2%) devida, sobretudo, à menor produção de bobinas ou chapas de aço e lingotes, blocos, tarugos e placas de aço ao carbono. Esse resultado reflete a parada técnica para manutenção em importante empresa do setor.
A taxa positiva de 7,6% acumulada nos primeiros quatro meses do ano deve-se, sobretudo, ao crescimento na produção de dez atividades, com destaque para a boa performance de veículos automotores (13,9%), indústria extrativa (12,9%) e outros produtos químicos (22,9%). Nestes setores, os principais produtos responsáveis por esse aumento foram: automóveis; minério de ferro; inseticidas; e superfosfatos. Os resultados negativos ocorreram nos ramos de metalurgia básica (-2,6%), bebidas (-13,9%) e fumo (-4,6%), cabendo os maiores impactos negativos aos itens: vergalhão de aços ao carbono; artefatos e peças diversas de ferro fundido; bobinas a frio de aços ao carbono não revestidos; cervejas e chope; e cigarros, respectivamente.
Espírito Santo
Em abril de 2005, a produção industrial do Espírito Santo cresceu 5,0% em relação ao mesmo mês do ano passado. Para períodos mais abrangentes, os indicadores acumulado no ano e nos últimos doze meses avançaram, respectivamente, 4,8% e 5,6%.
Na comparação com igual mês do ano anterior, quatro ramos assinalam resultados positivos, enquanto apenas um exibe performance negativa. Dentre os que elevaram a produção, vale destacar os desempenhos favoráveis vindo da metalurgia básica (13,1%), impulsionada pelo aumento em lingotes, blocos, tarugos e placas de aços; e celulose e papel (5,2%), cuja performance é explicada pelo incremento na fabricação de celulose. Também merece destaque a influência favorável de minerais não-metálicos (6,7%), que apresenta o seu primeiro resultado positivo no ano, cabendo ao cimento o principal destaque em termos de produto. Única atividade com queda na produção, a extrativa (-1,7%), tem, o seu primeiro resultado negativo neste ano. Como principal produto responsável, o minério de ferro e seus concentrados contribuiu com o maior impacto negativo sobre a taxa global.
No acumulado do ano, a produção industrial capixaba acumula expansão de 4,8%, com todos os segmentos exibindo desempenho positivo, valendo mencionar alimentos e bebidas (12,7%); celulose e papel (6,6%), indústrias extrativas (4,0%) e metalurgia básica (2,0%) como os maiores impactos positivos.
Rio de Janeiro
Em abril, a produção industrial do Rio de Janeiro cresceu 5,2% frente a igual mês do ano anterior, ampliando assim o ritmo positivo observado em março (1,7%). A indústria fluminense também obteve índices positivos no acumulado no ano (2,0%) e nos últimos doze meses (3,0%).
O acréscimo de 5,2%, em relação a igual mês do ano passado reflete um quadro de índices positivos em oito dos treze ramos pesquisados. A performance favorável da indústria extrativa, que com a expansão de 18,7% assinala o seu melhor resultado desde novembro de 2002, e é a principal determinante na formação da taxa global positiva. Respondem pelos maiores impactos positivos, influenciados, sobretudo, pelos avanços em medicamentos e granito talhado, respectivamente, a indústria de transformação (2,4%), farmacêutica (23,0%) e minerais não-metálicos (34,3%). Dos cinco ramos quedas, as principais influências vêm de borracha e plástico, onde a queda de 37,7% relaciona-se à redução na fabricação de pneus, e metalurgia básica (-5,7%).
No indicador acumulado do ano, a indústria fluminense cresce 2,0%, com a indústria extrativa, apoiada na extração de petróleo e gás natural, se expandindo 7,1%, e a indústria de transformação avançando 0,9%. Neste último segmento, oito dos doze ramos analisados expandem a produção, ficando as maiores contribuições positivas na composição do resultado global com minerais não-metálicos (40,5%) e veículos automotores (17,6%) influenciados, em grande parte, pelos itens granito talhado e automóveis, respectivamente. Entre as atividades que reduzem a produção, destacam-se, também neste confronto, metalurgia básica, decréscimo de 11,9%, e borracha e plástico (-29,0%), impulsionadas pela queda na maior parte dos produtos pesquisados. Nestes ramos os principais recuos vieram, sobretudo, de folhas-de-flandres e pneus, respectivamente.
São Paulo
Em abril, a indústria de São Paulo apresentou alta no mês (7,0%), no acumulado do ano (5,6%) e no acumulado dos últimos doze meses (10,6%), superiores aos do total do país (6,3%, 4,5% e 7,5%).
O índice mensal assinala o décimo oitavo resultado positivo consecutivo (7,0%). Dezessete dos vinte segmentos investigados apresentaram variação positiva na produção. Farmacêutica (20,5%) e máquinas e equipamentos (12,4%) destacaram-se como as contribuições de maior importância, devido, principalmente, ao aumento na fabricação de medicamentos; aparelhos elevadores/transportadores de mercadorias; e rolamentos. Já as principais pressões negativas vieram de refino de petróleo e produção de álcool (-13,4%) e material eletrônico e equipamentos de comunicações (-10,1%), em função, basicamente, das retrações verificadas nos produtos óleo diesel e outros óleos combustíveis; e aparelhos de comutação para telefonia.
O indicador acumulado no ano exibiu expansão de 5,6%, praticamente repetindo o incremento de 5,2% no fechamento do primeiro trimestre. Dezessete setores apresentaram taxas positivas em abril. Entre os principais segmentos que ampliaram a produção, merecem destaque farmacêutica (30,5%) e máquinas e equipamentos (13,1%). Em sentido contrário, refino de petróleo e produção de álcool (-8,8%) e material eletrônico e equipamentos de comunicações (-11,2%) foram as maiores influências negativas.
Paraná
Em abril de 2005, a indústria do Paraná prosseguiu exibindo taxas positivas em seus principais tipos de confrontos. No indicador mensal apontou expansão de 5,1%, no acumulado do ano cresceu 5,0% e no acumulado nos últimos doze meses expande 8,7%.
No confronto com abril do ano passado, o crescimento de 5,1% foi motivado, em grande medida, pela expansão observada em onze atividades industriais. Veículos automotores (54,5%) foi o principal impacto positivo para a formação da taxa da indústria geral, cabendo a automóveis e caminhões os maiores destaques, valendo ressaltar que o bom desempenho deste segmento, reflete, sobretudo, o efeito favorável das exportações. Dois outros ramos que colaboraram positivamente, porém, em menor intensidade, foram celulose e papel (6,9%) e minerais não-metálicos (9,6%), refletindo o crescimento na produção de papel kraft para embalagem; e cimento, respectivamente. Por outro lado, três ramos pressionaram negativamente a indústria, contudo, as contribuições mais expressivas foram observadas em alimentos (-8,8%) e em outros produtos químicos (-37,0%). Estas quedas foram, explicadas pela retração na produção de alimentos à base de milho e tortas, bagaços e outros resíduos da extração de soja; e adubos e fertilizantes, respectivamente.
A produção acumulada nos quatro primeiros meses do ano fechou com incremento de 5,0% ante o mesmo período do ano anterior, com oito ramos expandindo suas atividades e seis recuando. Dentre os que cresceram, vale destacar com as maiores influências positivas veículos automotores (41,2%) e edição e impressão (32,2%). Por outro lado, os impactos negativos mais significativos foram observados em outros produtos químicos (-28,1%); alimentos (-3,2%) e refino de petróleo e produção de álcool (-5,8%).
Santa Catarina
A industria de Santa Catarina apresentou, pelo décimo quinto mês consecutivo, expansão no indicador mensal, desta vez da ordem de 7,9%. O indicador acumulado para o primeiro quadrimestre ficou em 8,3% e o acumulado nos últimos doze meses (12,4%) assinalou ligeiro recuo no ritmo de crescimento em relação a março (12,7%).
No confronto abril 05/abril 04, a produção industrial catarinense se ampliou com base sobretudo no comportamento favorável da maior parte (oito) dos onze ramos industriais investigados. A principal contribuição positiva na formação da taxa global se mantém com veículos automotores (104,3%), influenciado não só pela maior fabricação de carrocerias para caminhões e ônibus, mas também por uma base de comparação deprimida. Em seguida, vale destacar os avanços em alimentos (6,6%) e têxtil (13,5%), cujos acréscimos foram explicados pelo crescimento na maior parte dos produtos pesquisados. Nestes ramos, em grande parte por conta da maior demanda externa, os maiores destaques foram os itens: preparações e conservas de suínos; e tecidos, respectivamente. Por outro lado, vestuário (-7,6%) e máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-8,6%) sobressaem com as principais pressões negativas, impulsionados, especialmente, pelo recuo na fabricação de calças para uso masculino e motores elétricos, respectivamente.
A expansão de 8,3% no acumulado de janeiro-abril, contra igual período de 2004, teve perfil generalizado atingindo nove das onze atividades pesquisadas, com destaque para veículos automotores (121,9%). Vale destacar a performance positiva das indústrias de alimentos (7,1%) e têxtil (8,5%) que apontam incremento nos itens carnes de suínos congeladas e tecidos, respectivamente. As indústrias de máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-8,3%) e vestuário (-3,9%) são as únicas que mostraram queda, principalmente, em função da redução observada em motores elétricos e calças para uso masculino, respectivamente.
Rio Grande do Sul
Em abril, a produção industrial do Rio Grande do Sul manteve, como nos três primeiros meses do ano, taxas negativas nos índices mensal (-3,9%) e acumulado no ano (-3,6%). O indicador acumulado nos últimos doze meses mostrou expansão de 3,7%, embora com tendência de declínio.
A retração de 3,9% em abril pode ser explicada pela queda na produção de sete segmentos dentre os quatorze pesquisados. Os ramos que mais contribuíram para este desempenho foram máquinas e equipamentos (-30,3%) e bebidas (-23,3%), com destaque para a performance adversa de máquinas para colheitas; aparelhos de ar condicionado; semeadores e adubadores; e vinho. Por outro lado, entre as principais atividades com taxas positivas figuram: calçados e artigos de couro (5,9%), outros produtos químicos (3,9%) e alimentos (1,7%). Os produtos que mais influenciaram o avanço nesses ramos foram: calçado de plástico e couro feminino; polipropileno; borracha de estireno-butadieno; leite em pó; e produtos de salamaria.
A taxa negativa de 3,6% acumulada no ano explica-se pelas quedas em nove atividades, com destaque para máquinas e equipamentos (-19,9%), fumo (-14,5%) e refino de petróleo e produção de álcool (-7,1%), devido, principalmente, à queda na produção de máquinas para colheitas; aparelhos de ar condicionado; semeadores e adubadores; fumo processado industrialmente; e óleo diesel e outros óleos combustíveis. Já os segmentos com as maiores contribuições positivas foram: alimentos (6,3%) devido, principalmente, aos produtos leite em pó e arroz semibranqueado; produtos de metal (12,4%), decorrente, sobretudo, de partes e peças de metal para ferramentas manuais; e calçados e artigos de couro (4,7%), impulsionados por calçado plástico feminino.
Goiás
Em abril, a produção industrial de Goiás apresenta expansão de 18,4% na comparação com o mesmo mês do ano anterior, resultado superior ao de maio (8,1%). Os indicadores para períodos mais abrangentes também registraram crescimento: 7,4% no acumulado no ano e 9,8% nos últimos doze meses.
Segundo o indicador mensal, o acréscimo de 18,4% na produção da indústria goiana foi determinado pelo bom desempenho de alimentos e bebidas (21,5%), em que sobressaiu o aumento na produção de farinhas e "pellets" de soja e óleo de soja em bruto. As demais atividades também assinalaram expansão. Dentre estas, o incremento mais expressivo foi observado na indústria extrativa (28,4%), que registrou aumento, principalmente, na produção do item amianto em fibras.
O acréscimo de 7,4% no indicador acumulado no ano, também refletiu a boa performance de alimentos e bebidas (10,3%), que apresentou aumento na produção, sobretudo, de farinhas e "pellets" de soja e molhos de tomates preparados. Outras três das cinco atividades pesquisadas alcançaram desempenhos positivos, com destaque para metalurgia básica (10,8%) e extrativa (8,5%), que registraram, respectivamente, crescimento na produção dos itens: ferronióbio, ferroníquel; e amianto em fibras. Inversamente, a única contribuição negativa veio de produtos químicos (-8,3%), devido ao recuo observado em adubos.