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Em abril, desocupação foi de 10,8%, taxa idêntica à de março

Em abril, a taxa de desocupação (10,8%) ficou igual a de março de 2005, mas houve queda de 2,3 pontos percentuais em relação a abril de 2004 (13,1%).

25/05/2005 06h31 | Atualizado em 25/05/2005 06h31

Rendimento das categorias de posição na ocupação na comparação mensal

No total das seis regiões, houve queda no rendimento dos empregados com carteira de trabalho assinada no setor privado (-2,6%), com o rendimento médio passando de R$ 972,02 para R$ 946,70. O mesmo comportamento foi verificado para a categoria dos empregados sem carteira de trabalho assinada no setor privado (-3,0%), cujo rendimento médio passou de R$ 623,28 para R$ 604,60. A categoria dos trabalhadores por conta própria mostrou variação negativa (-1,0%), com o rendimento médio passando de R$ 740,44 para R$ 733,30.

Rendimento das categorias de posição na ocupação na comparação anual

Para o total das seis regiões, houve queda no rendimento dos empregados com carteira de trabalho assinada no setor privado (-2,6%): de R$ 971,84 para R$ 946,70. Comportamento inverso foi verificado para a categoria dos empregados sem carteira de trabalho assinada no setor privado (4,0%): de R$ 581,33 para R$ 604,60. Já a categoria dos trabalhadores por conta própria apresentou variação negativa (-2,9%), com o rendimento médio passando de R$ 755,41 para R$ 733,30.



Veja abaixo o rendimento médio real habitual dos trabalhadores nos grupamentos de atividade:



População não economicamente ativa (PNEA)

A população inativa, não classificada pela pesquisa como ocupada e nem como desocupada, foi estimada, para o total das seis regiões metropolitanas investigadas em abril de 2005, em 16,8 milhões, sendo 64,6% mulheres e 35,4%, homens. Este indicador apresentou estabilidade em relação ao mês de março de 2005. Na comparação com abril de 2004, essa estimativa mostrou aumento de 4,6%, ou seja, 745 mil pessoas.

As pessoas com menos de 18 anos e com 50 anos ou mais de idade representavam 31,9% e 36,1%, respectivamente, da população não economicamente ativa. Entretanto, apenas 2,8% e 16,6%, respectivamente, da PEA. No contingente da PNEA, 15,8% gostariam de trabalhar e estavam disponíveis para assumir um trabalho se o conseguissem. Entretanto, somente 5,3% trabalharam ou procuraram trabalho no ano anterior (marginalmente ligados à PEA). Em relação à escolaridade, 79,3% não tinham o segundo grau completo.


1 Foram classificadas como desocupadas por não estarem trabalhando, estarem disponíveis para trabalhar na semana de referência e terem tomado alguma providência efetiva para conseguir trabalho nos trinta dias anteriores à semana em que responderam a pesquisa.

2 Proporção de pessoas ocupadas em relação à população em idade ativa.

3 Exclusive trabalhador doméstico, militar, funcionário público ou estatutário e outros empregados do setor público.

4 Rendimento habitualmente recebido. Para o cálculo do rendimento real, o deflator utilizado para cada área é o Índice de Preços ao Consumidor – INPC da respectiva região metropolitana, produzido pelo IBGE. Para o rendimento do conjunto das seis regiões metropolitanas abrangidas pela pesquisa, o deflator é a média ponderada dos índices de preços dessas regiões. A variável de ponderação é a população residente na área urbana da região metropolitana.

Pessoas economicamente ativas (PEA)

O número de pessoas economicamente ativas (21,9 milhões) não apresentou variação significativa em ambas as comparações. Os homens representavam 55,1% da PEA, e as mulheres, 44,9%. Por faixa etária, o resultado em abril de 2005 foi o seguinte: 0,3% para a faixa de 10 a 14 anos de idade; 2,5% de 15 a 17 anos; 18,6% de 18 a 24 anos; 62,0% de 25 a 49 anos e 16,6% de 50 anos ou mais. O grupo de jovens de 16 a 24 anos, população alvo do Programa do Primeiro Emprego, representava 20,6% da PEA.



Entre as regiões, na comparação com março de 2005, houve variação significativa da PEA apenas em Porto Alegre (1,8%). Em relação a abril de 2004, houve aumento em Salvador (5,7%), São Paulo (1,8%) e Porto Alegre (3,3%). Nas outras regiões, o quadro foi de estabilidade.

Rendimento médio real4

Em abril, o rendimento médio real habitual das pessoas ocupadas, nas seis regiões metropolitanas, ficou em R$ 938,70, o equivalente a cerca de 3,6 salários mínimos. Em relação a março de 2005, houve queda de 1,8% e, na comparação com abril de 2004, o quadro foi de recuperação: o aumento chegou a 0,8%.



Na comparação com março, Recife (4,8%) e Belo Horizonte (1,4%) apresentaram aumento no rendimento médio real do trabalhador. Movimento inverso foi observado em Salvador (-1,5%), Rio de Janeiro (-1,1%), São Paulo (-3,3%) e Porto Alegre (-1,5%).

Frente a abril de 2004, houve aumento no rendimento médio real do trabalhador em Recife (9,8%), Belo Horizonte (5,2%), e São Paulo (1,5%). Nas outras regiões, houve queda no rendimento: -2,4% em Salvador; -1,9% no Rio de Janeiro; e –2,0% em Porto Alegre.



Taxa de desocupação

Regionalmente, na comparação com março de 2005, houve estabilidade em quase todas as regiões pesquisadas. Belo Horizonte apresentou queda neste indicador (de 10,7% para 9,5%) e Salvador teve aumento (de 15,7% para 17,0%). Na comparação com igual abril de 2004, Belo Horizonte (de 11,4% para 9,5%), Rio de Janeiro de (10,7% para 8,6%), São Paulo (de 14,5% para 11,4%) e Porto Alegre (de 10,7% para 8,0%) apresentaram movimentações significativas. Em Recife e Salvador, o quadro foi de estabilidade.

Veja abaixo a evolução da taxa de desocupação por região metropolitana:



Pessoas desocupadas1

A PME estimou, em abril de 2005, aproximadamente 2,4 milhões de desocupados. Esta estimativa apresentou estabilidade em relação a março deste ano no total das seis regiões abrangidas pela pesquisa. Na comparação com abril de 2004, houve queda (-17,0%).

Entre as regiões, na comparação com março de 2005, houve estabilidade em Recife, Rio de Janeiro, São Paulo e Porto Alegre; aumento no contingente de desocupados em Salvador (8,6%) e redução em Belo Horizonte (-11,6%). Frente a abril de 2004, houve queda em Belo Horizonte (-16,8%), Rio de Janeiro (-21,2%), São Paulo (-19,8%) e Porto Alegre (-25,1%).

As mulheres continuam sendo maioria no contingente de desocupados, com a sua participação aumentando cerca de cinco pontos percentuais em três anos: representavam 52,9% em abril de 2002; 54,4% em abril de 2003; 56,3% em abril de 2004; e 57,2% em abril de 2005.

Entre os desocupados, 20,6% procuravam seu primeiro trabalho

Entre os desocupados, segundo o conceito da pesquisa, 20,6% estavam em busca de seu primeiro trabalho e 26,3% eram os principais responsáveis pela família. Em relação ao tempo de procura: 21,7% estavam em busca de trabalho por um período não superior a 30 dias; 46,8%, por um período de 31 dias a 6 meses; 7,2%, por um período de 7 a 11 meses; e 24,4% por um período de pelo menos 1 ano. Em abril de 2003, 39,3% dos desocupados tinham pelo menos o ensino médio concluído, percentual que chegou a 43,0% em abril de 2004, e, em abril de 2005, atingiu 47,2%.

População ocupada

Na passagem de março para abril de 2005, o total de pessoas ocupadas não apresentou variação significativa, no entanto, na comparação com abril de 2004, o aumento foi de 3,3%.

Em abril, os homens (56,5%) eram maioria dos ocupados no mercado de trabalho, enquanto as mulheres representavam 43,5%. A população de 25 a 49 anos representava 63,9% do total de ocupados. A pesquisa revelou também que, em 3 anos, o percentual de ocupados com 11 anos de estudo cresceu 5,7 pontos percentuais: de 44,5% em abril 2002 chegou a 50,2% em abril de 2005.

Considerando o nível da ocupação2 (50,5%), houve estabilidade no mercado de trabalho, tanto em relação a março de 2005, como em relação a abril de 2004.

Em nível regional, na comparação mensal, nenhuma região metropolitana apresentou alteração significativa nesta estimativa. Em relação a abril de 2004, houve aumento em Recife (1,3 ponto percentual) e São Paulo (1,6 ponto percentual). Nas demais regiões, o quadro foi de estabilidade.

A taxa de ocupação (população ocupada/população economicamente ativa), estimada em 89,2% em abril de 2005, manteve-se estável em relação a março e subiu 2,3 pontos percentuais frente a abril de 2004.

A pesquisa estimou em 56,6% a proporção de pessoas trabalhando em empreendimentos com 11 ou mais pessoas. Nos empreendimentos com seis a dez pessoas ocupadas, esta proporção era de 6,7%, enquanto naqueles com até cinco pessoas ocupadas, a proporção era de 36,7%.

Em abril de 2004, 47,5% da população ocupada cumpria uma jornada de trabalho de 40 a 44 horas semanais e cerca de 34,3%, mais de 45 horas semanais. Na faixa de 45 a 48 horas, houve aumento de 4,8 pontos percentuais em três anos, e na faixa acima de 49 horas, queda de 4,8 pontos.

Em média, 67,9% dos trabalhadores, nas seis regiões pesquisadas, tinham o mesmo trabalho há, pelo menos, 2 anos ou mais; 11,2% entre 1 ano e menos de 2 anos; 19,0% entre 1 mês e menos de 1 ano; e apenas 1,9% estavam naquele trabalho há menos de 1 mês. Em três anos, o tempo de permanência de pessoas ocupadas no trabalho igual ou superior a dois anos aumentou 3,1 pontos percentuais: em abril de 2002 este percentual era 64,8%; passando para 66,9% em abril de 2003; 67,0% em abril de 2004; e atingindo 67,9% em abril de 2005.

Resultados dos principais grupamentos de atividade:

Indústria extrativa, de transformação e distribuição de eletricidade, gás e água: (17,3% da PO) No total das seis regiões, em relação a março, houve queda de 2,9% no contingente de ocupados deste grupamento. Na comparação anual, não houve variação estatisticamente significativa. Entre as regiões, na comparação com março, São Paulo (-5,2%) foi a única região que não apresentou estabilidade. Em relação a abril de 2004, apenas Recife (-12,9%) e Porto Alegre (6,8%) tiveram movimentações significativas.

Construção: (7,3% da PO). Nas seis regiões, não houve alteração na comparação com março de 2005 e com abril de 2004. No enfoque regional, o quadro foi de estabilidade em todas as regiões nas duas comparações.

Comércio, reparação de veículos automotores e de objetos pessoais e domésticos e comércio a varejo de combustívei: (19,9% da PO). Houve estabilidade tanto em relação março de 2005 quanto em relação a abril de 2004. Na comparação com março de 2005, houve estabilidade em todas as regiões. Na comparação anual, houve alteração apenas em Belo Horizonte (11,6%).

Serviços prestados à empresa, aluguéis, atividades imobiliárias e intermediação financeira: (13,7% da PO). Houve estabilidade no contingente de ocupados em relação a março no total das seis áreas. Frente a abril de 2004, a variação foi de 4,7%. Em nível regional, na comparação mensal só houve alteração em Salvador (-6,3%). Na comparação com abril de 2004, somente Porto Alegre (15,7%) teve movimentação significativa.

Educação, saúde, serviços sociais, administração pública, defesa e seguridade social: (15,9% da PO). Não foi registrada alteração neste grupamento na comparação mensal. Entretanto, na comparação anual, 116 mil trabalhadores entraram no mercado de trabalho, um aumento de quase 3,9%. No âmbito regional, na comparação com março, Belo Horizonte (6,0%) foi a única região com variação significativa. Na comparação anual, o quadro foi de estabilidade em todas as regiões.

Serviços domésticos: (8,2% da PO). Na comparação com março de 2005, não houve variação significativa no total das seis regiões. Frente a abril de 2004, entretanto, a variação foi de 10,4%. Na esfera regional, na comparação com março de 2005, o quadro foi de estabilidade em todas as regiões pesquisadas. Na comparação anual, houve alteração em Salvador (16,9%) e São Paulo (14,2%).

Outros serviços (alojamento, transporte, limpeza urbana e serviços pessoais): (16,9% da PO). No total das seis áreas, quadro foi de estabilidade em ambas as comparações. Entre as regiões, houve estabilidade na comparação mensal e, frente abril de 2004, São Paulo (8,3%) foi a única região com alteração.

Análise segundo a forma de inserção do trabalhador no mercado de trabalho:

Empregados COM carteira de trabalho assinada no setor privado3: (40,3% da PO). No total das seis regiões, em relação a março, o quadro foi de estabilidade. Frente a abril de 2004, a variação foi de 6,4%. Na análise regional, na comparação com março, houve alteração apenas em Belo Horizonte (4,2%). Em relação a abril de 2004, Recife (10,8%), Salvador (7,2%), Belo Horizonte (11,4%), São Paulo (8,2%) e Porto Alegre (5,8%) tiveram alteração.

Empregados SEM carteira de trabalho assinada no setor privado: (15,8% da PO). Houve estabilidade nas duas comparações. Na análise regional, houve alteração no Rio de Janeiro (7,6%) na comparação mensal, e em Belo Horizonte (-9,1%) na comparação anual.

Trabalhadores por conta própria: (19,0% da PO). Nas seis regiões metropolitanas, houve redução na comparação mensal (-2,9%) e na anual (-4,3%). Entre as regiões, na comparação mensal, não houve alteração. Frente a abril de 2004, a única movimentação foi de Recife (-11,7%).

Pessoas em idade ativa (PIA)

Em abril de 2005, o total de pessoas com 10 anos ou mais de idade nas seis regiões ficou em 38,8 milhões. Em relação a março de 2005, a variação foi de 0,3% e, frente a abril de 2004, o aumento chegou a 2,4%, ou seja, um crescimento de 891 mil pessoas em idade ativa em um ano.

As mulheres representavam, em abril de 2005, a maioria da população em idade ativa (53,5%), e os homens, 46,5%. Por faixa etária, a população em idade ativa ficou assim distribuída: 9,3% de 10 a 14 anos; 6,2% de 15 a 17 anos; 15,0% de 18 a 24 anos; 44,5% de 25 a 49 anos; e 25,1% entre os que tinham 50 anos ou mais. O grupo de jovens de 16 a 24 anos, população alvo do Programa do Primeiro Emprego, representava, em abril de 2005, 19,1% da PIA.



Em abril, a taxa de desocupação (10,8%) ficou igual a de março de 2005, mas houve queda de 2,3 pontos percentuais em relação a abril de 2004 (13,1%).

Após três meses de recuperação no indicador mensal, o rendimento médio voltou a cair (-1,8%). Já em relação a abril de 2004, o poder de compra do trabalhador cresceu 0,8%.

Outro destaque foi o número de trabalhadores com carteira de trabalho assinada, que cresceu 6,4% frente a abril de 2004.

Entre as atividades, apenas o grupo indústria extrativa e de transformação e produção e distribuição de eletricidade, gás e água teve variação significativa na comparação com março: -2,9%, o que representa uma redução de 100 mil postos de trabalho em um mês. Em SP, a queda chegou a 97 mil postos nessa atividade. Por outro lado, o setor de serviços domésticos vem se destacando: em um ano, o número de trabalhadores nos serviços domésticos cresceu 10,4%.