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IPCA-15 de maio teve variação de 0,83%

25/05/2005 06h31 | Atualizado em 25/05/2005 06h31

Remédios aumentam 4,16% em maio e representam maior contribuição individual ao índice (0,16 ponto percentual)

O Índice de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15) teve variação de 0,83% em maio, superior a abril (0,74%). No ano, o índice acumula taxa de 3,38% e nos últimos doze meses (de abril de 2004 a maio de 2005), de 8,19%. Os preços para cálculo do mês foram coletados no período de 14 de abril a 13 de maio e comparados com os preços vigentes de 15 de março a 13 de abril.

Como reflexo do reajuste de 31 de março sobre produtos com preços controlados, os remédios ficaram 4,16% mais caros. Representaram, assim, a maior contribuição individual no índice do mês, 0,16 ponto percentual. As contas de energia elétrica, com variação de 2,85%, também tiveram alta provocada por reajustes nas regiões metropolitanas de Salvador (14,57%), Belo Horizonte (13,57%), Recife (9,03%), Porto Alegre (6,56%) e Fortaleza (4,74%). Nos ônibus urbanos, a alta de 2,11% veio da região metropolitana do Rio de Janeiro, onde as tarifas tiveram alta de 10,43% em razão de reajuste vigente desde 09 de abril.

Subiram, ainda, os preços dos alimentos (0,84%) e dos artigos de vestuário (1,56%). Dentre os alimentos, preços de produtos com peso expressivo no orçamento das famílias sofreram elevação em razão de problemas climáticos. Batata-inglesa (16,17%), feijão-preto (9,18%), feijão carioca (8,75%), tomate (6,67%), açúcar cristal (4,82%) e refinado (4,51%) são alguns destaques. No caso do vestuário, a alta refletiu os preços mais caros da coleção outono-inverno.

Entre as regiões, os maiores resultados foram Porto Alegre (1,37%) e Rio de Janeiro (1,35%). Em Porto Alegre, ocorreram fortes aumentos em vários itens importantes: energia elétrica (6,56%), telefone fixo (4,14%), gasolina (3,78%), telefone celular (2,30%), além dos alimentos (1,27%), que cresceram acima da média nacional. No Rio de Janeiro (1,35%), onde os alimentos também ficaram acima da média, o índice foi pressionado pelo transporte público (9,59%). O consumidor passou a pagar mais pelas tarifas dos ônibus urbanos (10,43%), intermunicipais (8,16%), táxi (6,57%) e metrô (4,20%).

O IPCA-15 refere-se às famílias com rendimento monetário de 1 a 40 salários mínimos, qualquer que seja a fonte, e abrange as regiões metropolitanas do Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife, São Paulo, Belém, Fortaleza, Salvador e Curitiba, além de Brasília e Goiânia. A metodologia utilizada é a mesma do IPCA. A diferença entre os dois índices está no período de coleta dos preços.