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IPCA de abril foi de 0,87%


Ônibus urbanos, remédios, energia elétrica e alimentos foram responsáveis pelas principais altas em abril.

11/05/2005 06h31 | Atualizado em 11/05/2005 06h31

Ônibus urbanos, remédios, energia elétrica e alimentos foram responsáveis pelas principais altas em abril

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo - IPCA de abril teve variação de 0,87%, taxa superior à de março (0,61%). Com este resultado, o índice acumula 2,68% nos primeiros quatro meses do ano, acima, portanto, do percentual de 2,23% registrado em 2004. Nos últimos doze meses, o índice foi de 8,07%, superior aos doze meses imediatamente anteriores (7,54%). Em abril de 2004, a taxa foi 0,37%.

De março para abril, tanto os produtos alimentícios, cujos preços aumentaram 0,81%, quanto os não alimentícios, com 0,89%, mostraram taxas de variações crescentes. Em março, produtos alimentícios e não alimentícios variaram, 0,26% e 0,71%, respectivamente.

Os ônibus urbanos, com aumento nas tarifas em três das onze regiões pesquisadas, tiveram alta de 2,57% e, mesmo abaixo dos 5,02% de março, continuaram na liderança dos principais impactos individuais, responsáveis por 0,13 ponto percentual de contribuição. Desta vez, no entanto, empataram com os remédios, também responsáveis por 0,13 ponto. Com reajuste permitido pela Câmara de Regulação de Medicamentos a partir do dia 31 de março, os remédios ficaram, em média, 3,26% mais caros.

A alta de 2,57% nos ônibus urbanos refletiram parte de aumentos ocorridos no Rio de Janeiro (8,12%), que teve reajuste de 12,50% no dia 9 de abril; em Porto Alegre (4,79%), com reajuste de 12,90% em 13 de março; e em São Paulo (2,04%), cujo reajuste em 05 de março foi de 17,65%.

As contas de energia elétrica também tiveram expressiva participação (0,10 ponto percentual) no índice do mês e, com aumentos registrados em cinco regiões, a alta chegou a 2,22%. Além dos reajustes contratuais anuais, o item energia concentrou também aumentos na alíquota de ICMS incidente sobre as tarifas e reajuste no valor da taxa de iluminação pública. As cinco regiões com variações no valor das contas foram: Belo Horizonte (12,37%); Porto Alegre (8,67%); Goiânia (4,99%); Fortaleza (4,81%) e Salvador (4,63%).

O aumento da gasolina (0,42%) é atribuído, principalmente, à alta nos preços de Porto Alegre (6,22%) e Goiânia (4,06%). Já o álcool, cuja variação foi de 0,51%, além de Porto Alegre (6,98%) e Goiânia (4,27%), foi pressionado por aumentos ocorridos na região metropolitana de Curitiba (5,28%). Quanto ao gás de cozinha (0,20%), refletiu, basicamente, altas verificadas em Salvador (2,39%) e Porto Alegre (2,02%).

Quanto ao grupo alimentos, a taxa passou de 0,26% em março para 0,81% em abril. Produtos básicos para o consumidor passaram a custar mais, como leite pasteurizado (4,50%), pão francês (2,11%), açúcar refinado (5,02%) e cristal (6,75%). Já a batata-inglesa teve alta de 10,44%, enquanto os preços do feijão carioca cresceram 5,65%.

Resultados regionais do IPCA

Dentre os índices regionais, a maior taxa foi de Porto Alegre (1,87%), que apresentou variações de preços superiores à média em vários itens. Os principais aumentos, por serem importantes na despesa das famílias, foram:



Já o menor índice regional, foi registrado em Salvador (0,22%), onde alguns itens de consumo se mostraram em queda, destacando-se os alimentos (-0,20%).



O IPCA é calculado pelo IBGE desde 1980, se refere às famílias com rendimento monetário de 01 a 40 salários-mínimos, qualquer que seja a fonte, e abrange nove regiões metropolitanas do país, além do município de Goiânia e de Brasília. Para cálculo do índice de abril foram comparados os preços coletados no período de 30 de março a 28 de abril (referência) com os preços vigentes no período de 01 a 29 de março (base).

INPC de abril fica em 0,91%

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) teve variação de 0,91% em abril e ficou acima da taxa de 0,73% de março em 0,18 ponto percentual. Com o resultado de abril, o INPC acumula taxa de 2,68% nos primeiros quatro meses do ano, acima do resultado de 2,22% registrado nos quatro primeiros meses de 2004. Nos últimos doze meses, o índice foi de 6,61%, percentual superior ao obtido nos doze meses imediatamente anteriores (6,08%). Em abril de 2004, o INPC foi de 0,41%.

Os preços dos alimentos tiveram variação de 0,69%, acima da taxa de 0,23% registrada em março. O grupo dos não alimentícios variou 0,94% e ficou abaixo do índice de março (1,00%).

O maior índice regional foi registrado de Porto Alegre (2,11%), e o menor, de Belém (0,29%).

A tabela a seguir contém os índices regionais nos dois últimos meses.



O INPC é calculado pelo IBGE desde 1979, se refere às famílias com rendimento monetário de 01 a 08 salários-mínimos, sendo o chefe assalariado, e abrange nove regiões metropolitanas do país, além do município de Goiânia e de Brasília. Para cálculo do índice de abril foram comparados os preços coletados no período de 30 de março a 28 de abril (referência) com os preços vigentes no período de 01 a 29 de março (base).