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Produção Industrial cai 1,2% em fevereiro

Em fevereiro, a produção industrial apresentou queda de 1,2% frente ao mês anterior, na série com ajustamento sazonal. Em relação a fevereiro de 2004 o crescimento foi de 4,4%.

06/04/2005 06h31 | Atualizado em 06/04/2005 06h31

Em fevereiro, a produção industrial apresentou queda de 1,2% frente ao mês anterior, na série com ajustamento sazonal. Em relação a fevereiro de 2004 o crescimento foi de 4,4%. O acumulado do primeiro bimestre registrou acréscimo de 5,2% e o indicador para os últimos doze meses ficou em 8,6%, semelhante ao resultado de janeiro deste ano (8,5%).

De janeiro para fevereiro, o setor de bens de consumo duráveis foi o único com crescimento

A queda de 1,2% entre janeiro e fevereiro, atingiu dez das vinte e três atividades pesquisadas que têm séries sazonalmente ajustadas, e três das quatro categorias de uso. No corte por atividades, vale citar as reduções em farmacêutica (-15,6%); alimentos (-2,2%); refino de petróleo e produção de álcool (-3,1%); e bebidas (-5,6%). Entre as atividades que tiveram maior desempenho nesse indicador, destacam-se produtos de metal (4,5%); metalurgia básica (2,5%); perfumaria, sabões e produtos de limpeza (6,2%); e borracha e plástico (1,6%). Atingindo nível recorde de produção, o segmento de bens de consumo duráveis alcançou a taxa mais elevada entre as categorias (11,8%), e foi a única que assinalou crescimento. Esse índice expressivo foi registrado após queda de 5,1% verificada em janeiro.

A produção de bens intermediários foi 1,2% menor que a de janeiro, mês em que já havia recuado 1,4%. Assim, entre dezembro e fevereiro últimos, a produção de bens intermediários recuou 2,6%. O setor de bens de capital assinalou queda de 3,1% na passagem de janeiro para fevereiro, acumulando uma perda de 4,6% em relação a dezembro. O segmento de bens de consumo semiduráveis e não duráveis, após três meses com taxas positivas, período que acumulou expansão de 7,4% (comparação de janeiro 05/outubro 04), registrou queda de 4,3% em fevereiro.

O indicador mensal se mantém positivo desde setembro de 2003

No confronto fevereiro 05/ fevereiro 04, a produção industrial cresceu 4,4%. Entre as atividades industriais pesquisadas, vinte e duas apresentaram crescimento e cinco exibiram queda. Os desempenhos observados em veículos automotores (15,4%), material eletrônico e de comunicações (20,4%), e máquinas e equipamentos (7,9%), foram determinantes para o crescimento total da indústria. A maior pressão negativa veio de refino de petróleo e produção de álcool (-9,2%), principalmente, pelo recuo na produção de óleo diesel e outros óleos combustíveis, refletindo os efeitos de paralisações programadas em algumas unidades fabris. Os resultados por categorias de uso mostraram um crescimento de 22,4% na produção de bens de consumo duráveis, ritmo bem acima da média industrial, vindo a seguir bens de consumo semiduráveis e não duráveis (5,3%). A produção de bens intermediários e a de bens de capital, com igual desempenho de 1,1%, ficaram abaixo da média nacional.

Automóveis e celulares se destacaram no crescimento do primeiro bimestre

O indicador acumulado para o primeiro bimestre deste ano assinalou 5,2% de crescimento, ritmo inferior ao do último trimestre de 2004 (6,3%), ambas as comparações contra igual período do ano anterior. Das vinte e duas atividades com expansão neste primeiro bimestre, as indústrias de veículos automotores (14,7%), edição e impressão (18,9%) e de material eletrônico e equipamentos de comunicações (19,2%) apresentaram as influências mais significativas sobre o resultado global. O desempenho do setor de refino de petróleo e produção de álcool (-3,5%) foi o que trouxe o maior impacto negativo.

Neste primeiro bimestre, a produção de bens de consumo duráveis avançou 12,6%, apoiada, principalmente, nos 14,2% de aumento na produção de automóveis e nos 74,9% de acréscimo na fabricação de celulares, já que o desempenho de eletrodomésticos foi negativo (-1,5%). A produção de bens de consumo semiduráveis e não duráveis foi positiva em 7,5% no bimestre, com todos os seus subsetores registrando acréscimo. O destaque foi para o subgrupo outros não duráveis (14,0%), onde os itens de maior importância estão associados às indústrias de edição impressão, perfumaria e farmacêutica. Vale citar também, os índices de alimentos e bebidas para uso doméstico (3,3%), carburantes (9,7%) e semiduráveis (3,3%).

Ainda no indicador acumulado para o primeiro bimestre, abaixo da média global figuram as categorias de bens de capital (3,9%) e bens intermediários (2,6%). Na primeira, houve aumento na maioria dos subsetores, com destaque para bens de capital para construção (37,6%), para energia elétrica (17,8%), para transporte (13,6%) e máquinas e equipamentos para fins industriais (6,3%). O resultado da categoria só não foi mais expressivo em função do comportamento desfavorável de bens de capital agrícolas (-26,7%) e de bens de capital para uso misto (-1,0%). O acréscimo de 2,6% observado no bimestre em bens intermediários reflete, sobretudo, os resultados favoráveis assinalados nos insumos industriais elaborados (2,2%) e peças e acessórios para equipamentos de transporte industrial (11,3%). A única pressão negativa foi verificada no subsetor de combustíveis e lubrificantes elaborados, com recuo de 7,7%. Vale citar ainda os índices verificados em insumos para construção civil (1,8%) e embalagens (1,2%).

O índice de média móvel trimestral mostra estabilização na produção global

A trajetória do índice de média móvel trimestral revelou um quadro de estabilização na produção neste início de ano, patamar que se mantém desde dezembro de 2004. O trimestre encerrado em fevereiro mostrou redução de 0,1% frente ao nível de janeiro e acréscimo de 0,1% ante dezembro, configurando assim o momento de estabilização da produção global. Por categorias de uso, a evolução deste índice, na margem, mostrou ligeiras reduções em bens de capital (-0,7%, na comparação fevereiro 05/janeiro 05) e em bens intermediários (-0.4%). Por outro lado, os bens de consumo revelaram acréscimo, na mesma comparação: 3,2% para os duráveis e 0,9% para os bens de consumo semiduráveis e não duráveis.