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O valor do PIB em 2004 foi de R$ 1,8 trilhão e PIB per capita atinge R$ 9.743

O valor do PIB a preços de mercado, para o ano de 2004, alcançou R$ 1,8 trilhão, sendo R$ 1,6 trilhão referente ao Valor Adicionado a preços básicos e R$ 185,1 bilhões aos Impostos sobre Produtos.

31/03/2005 06h31 | Atualizado em 31/03/2005 06h31

PIB trimestral passa a incorporar as revisões nos dados do trimestre anterior

O cronograma das Contas Trimestrais previa, uma vez por ano, revisão de dados nas séries publicadas. Esta revisão ocorria em novembro, quando eram publicados os dados do terceiro trimestre do ano.

No entanto, como estão sendo incorporadas séries de dados que apresentaram ajustes bem significativos, ficou decidido que, já a partir desta publicação, referente ao quarto trimestre de 2004, as Contas Nacionais Trimestrais passarão a incorporar as revisões nas séries de dados do trimestre imediatamente anterior. Assim, esta divulgação inclui a revisão nos dados do terceiro trimestre de 2004. Esta revisão tem por objetivo incorporar as atualizações nas séries das pesquisas utilizadas no cálculo das Contas Trimestrais.

As séries com ajuste sazonal permanecerão apresentando mudanças nos dados anteriores devido à incorporação de novos indicadores, e eventuais aperfeiçoamentos metodológicos continuarão a ser introduzidos na publicação do terceiro trimestre de cada ano.

 

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1 Relatório sobre Investimento Estrangeiro na América Latina e Caribe, 2004 – CEPAL – Março, 2005.

2Exclusive variação dos ativos de reserva.

Cai o peso de Serviços e aumenta a participação de Agricultura e Indústria

Com relação às participações de cada setor de atividade no Valor Adicionado a preços básicos, a Agropecuária e a Indústria registraram, em 2004, pequenas variações positivas em relação a 2003, alcançando, respectivamente, 10,1% e 38,9%. O setor de Serviços obteve 55,7% da participação, ou seja, 5,2 pontos percentuais inferior a 1999 (60,9%). Considerando-se os componentes da demanda, o Consumo das Famílias registrou 55,3% de participação em relação ao PIB, o Investimento 21,3%, o Consumo do Governo 18,8% e o Setor Externo, 4,7%.

Participação Percentual das Atividades no Valor Adicionado a Preços Básicos – 1999 a 2004

 





A Capacidade de Financiamento do País foi de R$ 35,6 bilhões em 2004

No resultado acumulado do ano, a Capacidade de Financiamento alcançou R$ 35,6 bilhões contra R$ 11,2 bilhões em 2003, resultado explicado, principalmente, pelo aumento de R$ 26,4 bilhões do Saldo Externo de Bens e Serviços.

No quarto trimestre, a Capacidade de Financiamento da Economia Nacional foi de R$ 5,3 bilhões, representando um aumento de R$ 4,7 bilhões se comparado a igual período de 2003 (Capacidade de Financiamento de R$ 0,6 bilhão). Tal aumento deve-se, sobretudo, à variação do Saldo Externo Corrente (R$ 4,7 bilhões), causada pela elevação do Saldo Externo de Bens e Serviços, que passou de um superávit de R$ 15,6 bilhões, no quarto trimestre de 2003, para R$ 18,7 bilhões, no mesmo período de 2004. Outro fator que contribuiu para a elevação da Capacidade de Financiamento nesta comparação foi a redução em R$ 1,3 bilhão no envio líquido de Rendas de Propriedades ao exterior (R$ 16,4 bilhões no quarto trimestre de 2004 contra R$ 17,7 bilhões no mesmo período de 2003).

Contas Econômicas Integradas–2003 e 2004- Economia Nacional



 

Contas Econômicas Integradas- 2003 e 2004 - Transações do Resto do Mundo com a Economia Nacional



O ano de 2004 foi marcado por aumento dos Investimentos Diretos e das amortizações

Houve, em 2004, aumento expressivo do investimento estrangeiro direto (IED) na Economia Nacional, de R$ 52,9 bilhões, contra R$ 30,9 bilhões em 2003. No quarto trimestre de 2004, o investimento estrangeiro direto foi de R$ 16 bilhões, contra R$ 10,7 bilhões no quarto trimestre de 2003. Segundo relatório da CEPAL 1, o investimento estrangeiro direto (IED) aumentou em 44% na América Latina e no Caribe em 2004, chegando a US$ 56,4 bilhões, sendo a primeira vez, desde 1999, que o IED aumenta na região. Na América do Sul, o aumento foi de 46% (US$ 34,1 bilhões), enquanto no México e na Bacia do Caribe foi de 42% (US$ 22,3 bilhões).

As reservas internacionais cresceram R$ 5,6 bilhões em 2004, contra um crescimento de R$ 26,4 bilhões em 2003. No quarto trimestre de 2004, as reservas internacionais aumentaram R$ 4,4 bilhões, ante uma redução de R$ 13,7 bilhões no quarto trimestre de 2003.

No quarto trimestre de 2004 o país realizou um desembolso de R$ 2,6 bilhões referentes a amortizações junto ao FMI, enquanto que no mesmo período de 2003, o desembolso foi de R$ 18,5 bilhões. No total do ano de 2004, houve queda do ingresso de recursos de empréstimos e financiamento e continuidade do processo de amortizações desses passivos (obrigações de pagamento) junto ao Resto do Mundo, principalmente os de longo prazo.

As transações ativas2  da Economia Nacional cresceram R$ 32,3 bilhões em 2004 e R$ 25,4 bilhões em 2003. Sem a contabilização das transações com o FMI, o país apresentaria uma captação liquida positiva de R$ 8,1 bilhões e crescimento das reservas internacionais de R$ 7,0 bilhões no quarto trimestre de 2004.

Variações Ativas

Com relação aos ativos (direitos de recebimento), apesar do crescimento de Numerário e Depósitos - F.2 no último trimestre de 2004, que foram de R$ 6,9 bilhões (contra R$ 1,6 bilhões no terceiro trimestre de 2003), na soma dos trimestres de 2004 registrou-se uma aplicação líquida negativa de R$ 4,5 bilhões, ante uma aplicação líquida positiva de R$ 48,5 bilhões em 2003.

Houve um aumento da aplicação líquida negativa através do instrumento Ações e Outras Participações de Capital - F.5 que passou de R$ 167 milhões no quarto trimestre de 2003 e passou para R$ 1,9 bilhões no mesmo período de 2004. O fator determinante desse crescimento no terceiro trimestre de 2004 foi o aumento do IBD (Investimento Brasileiro Direto) na forma de participação no capital. No total dos trimestres de 2004, também houve aumento da aplicação liquida positiva através deste instrumento, que foi de R$ 20,4 bilhões, ante uma aplicação positiva de R$ 1,6 bilhões em 2003.

Variações Passivas

No tocante às variações passivas, observa-se o aumento das amortizações através Títulos Exceto Ações - F.3, que foram de R$ 889 milhões no quarto trimestre de 2003, passando para R$ 5,6 bilhões no mesmo trimestre de 2004. Contribuindo para esse resultado, aponta-se o aumento dos pagamentos dos bônus de longo prazo negociados no exterior e o resgate de notes e commercial papers, negociados no exterior. Também no total dos trimestres de 2004 o total das amortizações foram de R$ 21,1 bilhões, contra R$ 4,1 bilhões em 2003.

Em relação ao instrumento Empréstimos e Financiamentos F.4, houve redução do montante de amortizações pagas no quarto trimestre de 2004, no valor de R$ 6,6 bilhões, contra R$ 17,0 bilhões no mesmo período de 2003. Os fatores determinantes desse movimento foram a redução de pagamentos relativos aos empréstimos do Fundo Monetário Internacional (FMI) para a regularização do Balanço de Pagamentos, que foram de R$ 18,5 bilhões no quarto trimestre de 2003 e de R$ 2,6 bilhões no mesmo período de 2004. Entretanto, no total da contabilização do ano de 2004 as amortizações através de Empréstimos e Financiamentos foram negativas em 33,2 bilhões.

Através de Ações e Outras Participações de Capital - F.5, foram realizadas captações, no quarto trimestre de 2004, no valor de R$ 18,4 bilhões no quarto trimestre de 2004, mais que no último trimestre de 2003, quando entraram R$ 14,1 bilhões. No total dos trimestres de 2004, foram captados R$ 59,9 bilhões (R$ 37 bilhões no total de 2003). Como já anteriormente ressaltado, em 2004 observou-se o crescimento expressivo da participação do investimento estrangeiro direto na Economia Brasileira, sendo esse o fator responsável para o crescimento deste instrumento nesse ano.

O instrumento financeiro Outros Créditos e Débitos - F.7 passou de uma captação positiva de R$ 5,0 bilhões no quarto trimestre de 2003, para uma captação negativa de R$ 990 milhões no mesmo trimestre de 2004. Essa mudança foi provocada pela redução das captações através de créditos comerciais de curto prazo no quarto trimestre de 2004. Com relação ao dado anual, houve redução de captação através deste instrumento, que passou de uma captação negativa de R$ 520 milhões em 2003 para uma captação negativa de R$ 4,9 bilhões em 2004.



O valor do PIB a preços de mercado, para o ano de 2004, alcançou R$ 1,8 trilhão, sendo R$ 1,6 trilhão referente ao Valor Adicionado a preços básicos e R$ 185,1 bilhões aos Impostos sobre Produtos. No quarto trimestre de 2004, o valor do PIB foi de R$ 479,3 bilhões, sendo R$ 430,1 bilhões de Valor Adicionado a preços básicos e R$ 49,3 bilhões de Impostos sobre Produtos.

Considerando o Valor Adicionado dos setores de atividade, em 2004, a Agropecuária registrou R$ 159,7 bilhões, a Indústria R$ 616,0 bilhões e os Serviços R$ 881,6 bilhões. Entre os componentes da demanda, o Consumo das Famílias totalizou R$ 978,0 bilhões, o Consumo do Governo R$ 332,3 bilhões e a Formação Bruta de Capital Fixo R$ 346,2 bilhões. A Balança de Bens e Serviços ficou superavitária em R$ 82,5 bilhões e a Variação de Estoques foi de R$ 30,2 bilhões.

Em 2004, a população residente do país somou 181.586 mil habitantes. O PIB per capita atingiu R$ 9.743 em valores correntes. O Deflator Implícito do PIB - variação média dos preços do ano corrente em relação à média dos preços do ano anterior - em 2004, foi de 8,1%.