IPCA-15 de março teve variação de 0,35% e IPCA-E do primeiro trimestre fica em 1,78%
Mensalidades escolares, salários dos empregados domésticos e alimentos desaceleram e reduzem à metade a taxa na passagem de fevereiro para março
24/03/2005 06h31 | Atualizado em 24/03/2005 06h31
Mensalidades escolares, salários dos empregados domésticos e alimentos desaceleram e reduzem à metade a taxa na passagem de fevereiro para março
O Índice de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15) teve variação de 0,35% em março, resultado inferior ao de fevereiro (0,74%). Já o IPCA-E do primeiro trimestre, que é formado pelo IPCA-15 acumulado, ficou em 1,78%. O resultado se refere a janeiro (0,68%), fevereiro (0,74%) e março (0,35%). Nos últimos doze meses (de abril de 2004 até março de 2005), a taxa ficou em 7,31%. Os preços para cálculo do mês foram coletados no período de 15 de fevereiro a 14 de março e comparados com os preços vigentes de 13 de janeiro a 14 de fevereiro.
Como os valores das mensalidades escolares normalmente são revisados no início do ano pelos estabelecimentos de ensino particular, o item cursos, que chegou a registrar alta de 6,34% em fevereiro e foi responsável por cerca de um terço da taxa de 0,74% do IPCA-15 daquele mês, teve sua variação reduzida para 0,49%. No caso dos empregados domésticos, a taxa de variação passou de 1,12% para 0,13%, reflexo do final do impacto do recebimento do 13º salário.
Com preços mais baixos, passagens aéreas (-4,69%), gás de cozinha (-1,11%), álcool (-0,59%) e gasolina (-0,32%) também influenciaram o resultado de março.
Quanto aos alimentos, a desaceleração no ritmo de crescimento dos preços (de 0,53% em fevereiro para 0,17% em março) foi motivada, principalmente, pela queda observada nos seguintes itens: frango (-2,39%), carnes (-1,06%), óleo de soja (-1,61%). Entre os poucos produtos que subiram, destacaram-se os ovos (11,76%).
Do ponto de vista das altas, o principal impacto foi exercido pelas passagens dos ônibus urbanos (1,83% de variação e 0,09 ponto percentual de contribuição), influenciadas pelo reajuste ocorrido em São Paulo.
Entre as regiões, o maior resultado foi o de Brasília (0,97%) e o menor, de Salvador (0,10%).
O IPCA-15 refere-se às famílias com rendimento monetário de 1 a 40 salários mínimos, qualquer que seja a fonte, e abrange as regiões metropolitanas do Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife, São Paulo, Belém, Fortaleza, Salvador e Curitiba, além de Brasília e Goiânia. A metodologia utilizada é a mesma do IPCA. A diferença entre os dois índices está no período de coleta dos preços.