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Em janeiro, emprego industrial cresce 0,4% em relação ao mês anterior

Em janeiro (2005), o emprego industrial cresceu de 0,4% em relação a dezembro (2004), na série livre de influências sazonais, após dois meses consecutivos de variações negativas.

16/03/2005 06h31 | Atualizado em 16/03/2005 06h31

No que se refere à folha de pagamento média real da indústria, o indicador acumulado nos últimos doze meses (6,4%) apresentou resultado inferior ao assinalado no final de 2004 (7,0%) e expansão em todos os locais, com os índices variando entre o 1,8% registrado em Pernambuco e os 8,7% no Rio de Janeiro. Em nível setorial, dos dezoito setores pesquisados, apenas têxtil (-0,9%) e refino de petróleo e produção de álcool (-2,7%) assinalaram decréscimo, cabendo à máquinas e equipamentos (11,6%), calçados e couro (6,5%) e vestuário (6,2%) os avanços mais expressivos no total do país.

Em janeiro (2005), o emprego industrial cresceu de 0,4% em relação a dezembro (2004), na série livre de influências sazonais, após dois meses consecutivos de variações negativas. Em relação a janeiro de 2004, o aumento de 3,2% mantém uma seqüência de onze taxas positivas, e o acumulado nos últimos doze meses passa de 1,8% em dezembro para 2,2% em janeiro. O indicador de média móvel trimestral, que apresentou pequena variação negativa de 0,1% nos trimestres encerrados entre janeiro e dezembro, sinaliza estabilidade.



Na comparação com janeiro de 2004, as admissões superaram as demissões em doze dos quatorze locais pesquisados. O resultado de 3,2%, no índice mensal de janeiro, foi influenciado, mais uma vez, pelo desempenho positivo das indústrias de São Paulo (2,6%) e Minas Gerais (5,3%). Em São Paulo, houve crescimento do emprego em onze segmentos, com máquinas e equipamentos (13,8%) e meios de transporte (13,5%) exercendo as principais influências. Na indústria mineira, o total de pessoas ocupadas aumentou em quinze ramos, com destaque, em termos de participação, para produtos de metal (32,6%) e máquinas e aparelhos eletro-eletrônicos e de comunicações (20,2%).

As únicas contribuições negativas, no índice mensal, vieram das indústrias do Rio Grande do Sul e do Rio de Janeiro. O Rio Grande do Sul (-1,2%) apresentou a principal contribuição negativa, pressionado pelo resultado de sete setores, sobressaindo calçados e couro (-13,9%) e outros produtos da indústria de transformação (-8,6%). O Rio de Janeiro teve taxa negativa (-1,0%), após três meses de resultados positivos. Na indústria fluminense foi verificado decréscimo do emprego em oito segmentos, principalmente em vestuário (-10,2%) e produtos de metal (-18,8%).

Ainda em relação a janeiro do ano passado, no total do país, treze dos dezoito setores ampliaram o contingente de trabalhadores, com destaque para os seguintes setores: alimentos e bebidas (5,9%), meios de transporte (13,3%) e máquinas e equipamentos (9,4%). Já as influências negativas vieram de calçados e couro (-5,7%) e vestuário (-3,5%).



O indicador acumulado nos últimos doze meses prossegue em suave trajetória de crescimento há dez meses consecutivos, atingindo, em janeiro, 2,2%. Doze locais e doze setores contribuíram positivamente para este resultado. Os principais destaques, em nível regional, foram São Paulo (1,8%) e Minas Gerais (4,9%). Os setores de máquinas e equipamentos (14,0%), alimentos e bebidas (4,1%) e meios de transporte (8,9%) exerceram as pressões mais significativas no índice nacional.

Em janeiro, número de horas pagas cai 0,9% em relação a dezembro.

Em janeiro, o índice de horas pagas aos trabalhadores da indústria recua 0,9% em relação a dezembro, na série livre de efeitos sazonais. Os indicadores mensal e acumulado nos últimos doze meses apresentam crescimento de 2,9% e 2,4%, respectivamente. A jornada média de trabalho registra pequena queda de 0,3% no mensal e leve alta nos últimos doze meses (0,2%).

O crescimento observado em janeiro, na comparação com mês anterior, contribuiu para a manutenção da estabilidade no indicador de média móvel trimestral, que apresenta avanço de 0,2% entre os trimestres encerrados em dezembro e janeiro.

Em relação a janeiro do ano passado, o número de horas pagas na indústria registrou expansão de 2,9%, resultado inferior ao de dezembro (4,8%). Esta performance contou, sobretudo, com os desempenhos positivos de doze dos quatorze locais e também doze dos dezoito ramos pesquisados. As maiores pressões positivas vieram das atividades de alimentos e bebidas (6,5%), meios de transporte (13,2%) e máquinas e equipamentos (8,9%). Por outro lado, os impactos negativos mais relevantes foram os de calçados e artigos de couro (-6,9%) e vestuário (-3,2%).



Ainda segundo o indicador mensal, os locais que apresentaram os maiores impactos positivos no resultado nacional foram São Paulo (2,6%), região Nordeste (4,7%) e Minas Gerais (4,8%). Na indústria paulista, oito das dezoito atividades pesquisadas aumentaram o número de horas pagas, com destaque para máquinas e equipamentos (13,5%), meios de transporte (14,8%) e alimentos e bebidas (9,5%). Na região Nordeste as indústrias de alimentos e bebidas (3,2%) e de calçados e artigos de couro (8,3%) exerceram as maiores pressões positivas; e em Minas Gerais, o aumento mais expressivo veio de produtos de metal (32,9%). As duas únicas contribuições negativas foram verificadas no Rio Grande do Sul (-1,8%) e Rio de Janeiro (-2,5%), onde os segmentos de calçados e artigos de couro (-18,3%) e vestuário (-11,6%) foram, respectivamente, os principais responsáveis pelos decréscimos destas regiões.

O índice acumulado nos últimos doze meses do número de horas pagas registrou crescimento de 2,4% em janeiro, dando continuidade à trajetória ascendente iniciada em fevereiro de 2004. Contribuíram para este resultado, principalmente, as elevações observadas em doze das quatorze regiões e também em doze dos dezoito setores industriais pesquisados. Os locais responsáveis pelos maiores impactos positivos foram São Paulo (2,1%), Minas Gerais (5,6%) e região Norte e Centro-Oeste (5,1%). As duas pressões negativas vieram do Rio de Janeiro (-3,4%) e Rio Grande do Sul (-0,6%). Em termos setoriais, os aumentos mais relevantes vieram de máquinas e equipamentos (14,9%), meios de transporte (10,4%) e alimentos e bebidas (3,3%). Por outro lado, as indústrias de vestuário (-7,3%) e produtos de metal (-3,3%) tiveram as principais contribuições negativas.

Em janeiro, a folha de pagamento é maior 6,2% do que a do mês anterior.

O indicador da folha de pagamento real do pessoal ocupado na indústria mostra, no início de 2005, crescimento de 6,2% em relação a dezembro de 2004, já descontadas as influências sazonais. Este comportamento elevado de janeiro pode ser explicado, sobretudo, pela associação do pagamento de benefícios relativo a férias, com o efeito positivo da inflação. Vale lembrar que em dezembro de 2004 a inflação, medida pelo IPCA, foi de 0,86% enquanto que em janeiro deste ano, caiu para 0,58%.

Este movimento de expansão é confirmado pelo índice de média móvel trimestral que mostra um avanço de 1,7% no valor real da folha de pagamento entre os trimestres encerrados em dezembro e janeiro, interrompendo a trajetória de desaceleração iniciada em outubro. O indicador, folha de pagamento real, assinala patamar mais elevado para os meses de janeiro desde o início da série da pesquisa em 2001.



Nas demais comparações, o valor da folha de pagamento industrial prossegue apresentando crescimento: 5,0% em comparação a janeiro do ano passado e 8,8% no acumulado nos últimos doze meses. Em relação à folha de pagamento média real, esses indicadores também registraram índices positivos: 1,8% e 6,4%, respectivamente.

Em relação a janeiro de 2004, o valor da folha de pagamento real registrou aumento de 5,0%, com crescimento em doze dos quatorze locais pesquisados. Para a formação desta taxa, a maior contribuição positiva novamente foi assinalada por São Paulo (5,3%), onde nove dos dezoito setores apresentaram resultados positivos, com destaque para a forte expansão observada em meios de transporte (17,6%) e máquinas e equipamentos (18,7%). Em termos de magnitude da taxa, o principal destaque regional foi o Ceará (13,8%) que teve o valor da folha salarial real impulsionado pelo acréscimo observado, principalmente, em calçados e couro (22,9%) e alimentos e bebidas (25,3%).

Acima da média nacional (5,0%), destacaram-se ainda: Minas Gerais (9,6%), Paraná (8,8%), região Norte e Centro-Oeste (7,4%), Santa Catarina (6,4%) e Espírito Santo (6,0%). Abaixo da média nacional figuram: região Nordeste (4,8%), Bahia (4,5%), Rio Grande do Sul (2,6%), Pernambuco (-1,3%) e Rio de Janeiro (-5,7%).

Ainda em relação a janeiro do ano passado, em termos setoriais, houve aumento real na folha de pagamento em quatorze dos dezoito setores industriais investigados. As maiores influências positivas foram observadas em meios de transporte (16,0%), máquinas e equipamentos (14,1%) e alimentos e bebidas (8,6%). As influências negativas no valor da folha de pagamento real foram verificadas nas indústrias extrativas (-18,9%), papel e gráfica (-4,4%), minerais não-metálicos (-2,9%) e outros produtos da indústria de transformação (-2,7%).

O indicador acumulado nos últimos doze meses (8,8%) mostrou ligeira desaceleração no ritmo de expansão frente ao fechamento de 2004 (9,1%). Também neste confronto, as indústrias de São Paulo (9,5%) são as que mais pressionam positivamente a taxa global, influenciadas sobretudo pelos ganhos assinalados em máquinas e equipamentos (41,7%). Minas Gerais (13,0%) e a região Norte e Centro-Oeste (10,6%) registraram os maiores avanços, em razão, principalmente, dos acréscimos revelados por metalurgia básica (15,9%), na primeira, e alimentos e bebidas (14,0%), na segunda.