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Em janeiro, vendas no comércio crescem 6,24%

No primeiro mês de 2005, o comércio varejista do País variou 6,24% no volume de vendas e 12,96% na receita nominal, quando comparado com janeiro de 2004.

15/03/2005 06h31 | Atualizado em 15/03/2005 06h31

Quanto às Unidades da Federação, São Paulo e Rio de Janeiro respondem em conjunto por quase metade da receita de vendas do comércio varejista nacional. No Rio de Janeiro, o volume de vendas variou 2,32%, resultado abaixo da média do comércio varejista ampliado (7,40%). São Paulo, por sua vez, com 6,06%, ficou próximo desta média. Tanto no Rio de Janeiro quanto em São Paulo, contribuíram para esta diferença as atividades de Combustíveis e lubrificantes (-5,73% e -2,98%); Hipermercados e supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (0,31% e 4,91%) e Material de construção (0,01% e -12,24%).

Quanto às atividades que compõem o comércio varejista, São Paulo e Rio de Janeiro tiveram comportamento semelhante ao do comércio varejista ampliado, isto é, 5,16% e 1,30%, respectivamente, para uma variação média de 6,24%.

 







Quanto à magnitude de crescimento do volume de vendas, a atividade de Móveis e eletrodomésticos continuou sendo, em janeiro, o destaque do comércio varejista, com variação de 19,59% sobre o mesmo mês do ano anterior. Esse percentual, um pouco abaixo do obtido em dezembro/04 (23,77%), teve como conseqüência a melhoria nas condições de crédito e da massa de salários, além do desempenho da economia em 2004, caracterizado por certa estabilidade, o que possibilitou um maior planejamento por parte dos consumidores. Com esse cenário, o segmento apresentou a maior taxa de variação acumulada em 12 meses (26,37%) dentre todas as atividades pesquisadas (Tabela 1).

Já a atividade de Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo, ao contrário do mês anterior, teve em janeiro crescimento abaixo da média geral do varejo: 6,33% de variação no volume de vendas em relação a janeiro de 2004. No indicador dos últimos 12 meses, o segmento acumulou taxa de 7,47%. Já em relação ao varejo, a taxa acumulada nos últimos 12 meses ficou em 9,25%. O ramo específico de Hipermercados e supermercados apresentou taxas de variação do volume de vendas um pouco mais elevadas do que as do grupo como um todo, crescendo 6,56% em relação a janeiro de 2004 e 7,78% no acumulado dos últimos 12 meses.

Na comparação com janeiro de 2004, a atividade de Tecidos, vestuário e calçados inicia o ano de 2005 com variação de 4,15%, resultado pouco inferior à variação do mês de dezembro de 2004 (4,82%). Por conta dos resultados negativos ao longo do ano de 2004, o segmento acumula, em 12 meses, taxa de 4,87%, ou seja, metade da variação percentual assinalada pelo setor varejista no mesmo período (9,25%). Mês tradicionalmente caracterizado pelo baixo volume de vendas, o bom desempenho no início do ano deveu-se, basicamente, às promoções praticadas pelas grandes redes do setor.

Influenciado pelos sucessivos aumentos nos preços dos combustíveis (4,27% em novembro e 4,61% em dezembro de 2004, segundo o IPCA), o segmento de Combustíveis e lubrificantes vem obtendo resultados abaixo da média. Na comparação janeiro 04/janeiro 05, o volume de vendas variou -1,07%, sendo um dos poucos segmentos com resultado negativo no início de ano. Entretanto, no acumulado dos últimos 12 meses, mantém variação positiva (4,14%).

A partir de janeiro, os resultados para o comércio varejista ampliado passam a ser apresentados, uma vez que todas as atividades estão sob a mesma referência e a base 2003 é igual a 100 (2003=100). Para isto, somam-se às atividades analisadas anteriormente dois novos segmentos: Veículos, motocicletas, partes e peças e Material de construção. Para o primeiro, o volume de vendas variou 11,38% em janeiro e 18,00% no acumulado de 12 meses. A magnitude destas taxas, muito superior à média das demais atividades, contribuiu para que o desempenho do varejo ampliado superasse o do varejo. Na relação janeiro05/janeiro04, as taxas foram de 17,49% para a receita nominal e 7,40% para o volume de vendas. Já Material de construção, com o volume de vendas variando 1,06% sobre janeiro de 2004, obteve desempenho abaixo da média (Tabela 1 e 2).

 

 



No primeiro mês de 2005, o comércio varejista do País variou 6,24% no volume de vendas e 12,96% na receita nominal, quando comparado com janeiro de 2004. Essa diminuição da taxa de crescimento em relação a dezembro de 2004, quando as taxas foram de 11,42% para o volume de vendas e 18,74% para a receita nominal, pode ser explicada pelo fato da base de comparação para 2005 ser superior a de 2004. No acumulado em 12 meses (fevereiro de 2004 a janeiro de 2005), as variações foram de 9,25% para o volume de vendas e 13,17% para a receita nominal.

 

 



Em relação às Unidades da Federação, apenas duas apresentaram variações negativas no volume de vendas: Tocantins (-4,34%) e Roraima (-3,82%). As seis maiores taxas mensais vieram de Alagoas (23,47%); Rio Grande do Norte (18,77%); Pernambuco (13,36%); Maranhão (13,27%); Bahia (12,59%) e Paraíba (12,49%). Já os maiores impactos na formação da taxa global do varejo foram de São Paulo (5,16%); Minas Gerais (8,53%); Bahia (12,59%); Paraná (6,95%); Rio Grande do Sul (4,55%) e Santa Catarina (8,17%).

Ainda em relação ao volume de vendas, das cinco atividades pesquisadas com resultados a partir de 2000, somente uma apresentou desempenho negativo na comparação janeiro 05/janeiro 04: Combustíveis e lubrificantes (-1,07%). Os outros resultados foram de 6,33% para Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo; 19,59% em Móveis e eletrodomésticos; 11,38% para Veículos, motos, partes e peças; e 4,15% para Tecidos, vestuário e calçados.

Entre as atividades que foram desagregadas de "Demais artigos de uso pessoal e doméstico" a partir de janeiro de 2004, as variações foram as seguintes: 0,31% para Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos; -15,01% para Equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação; -7,62% para Livros, jornais, revistas e papelaria; e 11,59% para Outros artigos de uso pessoal e doméstico (Tabela 1).