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IPCA-15 de fevereiro teve variação de 0,74%

25/02/2005 06h31 | Atualizado em 25/02/2005 06h31

O Índice de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15) teve variação de 0,74% em fevereiro, resultado superior ao de janeiro (0,68%). Nos dois primeiros meses do ano, o IPCA-15 acumula taxa de 1,43% e, nos últimos doze meses (de março de 2004 até fevereiro de 2005), 7,36%. Os preços para cálculo do mês foram coletados no período de 13 de janeiro a 14 de fevereiro e comparados com os preços vigentes de 11 de dezembro de 2004 a 12 de janeiro deste ano.

O item educação, com variação de 6,34%, foi o principal responsável pela alta no mês. Da taxa de 0,74% do IPCA-15, cerca de um terço (0,25 ponto percentual) ficou sob a responsabilidade das escolas. Com os valores das mensalidades normalmente revisados no início do ano pelos estabelecimentos de ensino particular e computados no índice de fevereiro, o item ficou com a maior contribuição no mês.

Destacaram-se, entre os itens com taxas crescentes, as tarifas dos ônibus intermunicipais que, com aumento em cinco das onze regiões pesquisadas, resultaram em 6,11%. Além disso, foram relativamente altas as variações de preços dos eletrodomésticos (1,85%) e serviços de conserto de automóveis (1,95%). Merecem destaque, também, os salários dos empregados domésticos (1,12%).

Em contraposição, alguns itens importantes na despesa das famílias ficaram mais baratos. Caíram os preços do álcool (-1,74%), gasolina (-0,67%), gás de cozinha (-0,60%), ônibus urbanos (-0,36%) e vestuário (-0,22%). Já nos alimentos, apesar do aumento de preços em alguns itens mais sensíveis ao clima como batata-inglesa (16,92%), hortaliças (10,75%) e tomate (6,21%), houve desaceleração na taxa do grupo como um todo, passando de 0,97% em janeiro para 0,53% em fevereiro. Esse resultado foi influenciado, sobretudo, pelas quedas de carnes (de 2,59% passaram para -0,87%), frango (de 2,80% para –0,68%) e ovos (de 2,39% para -1,09%). Outros produtos continuaram apresentando queda neste início de ano, como é o caso do arroz, que passou de uma taxa de -2,70% em janeiro para -3,90% em fevereiro.

Entre as regiões, o maior resultado foi de São Paulo (0,94%). Os menores foram registrados em Belo Horizonte (0,47%) e Curitiba (0,49%).

O IPCA-15 refere-se às famílias com rendimento monetário de 1 a 40 salários mínimos, qualquer que seja a fonte, e abrange as regiões metropolitanas do Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife, São Paulo, Belém, Fortaleza, Salvador e Curitiba, além de Brasília e Goiânia. A metodologia utilizada é a mesma do IPCA. A diferença entre os dois índices está no período de coleta dos preços.