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Emprego industrial fecha 2004 com crescimento de 1,9%: o melhor resultado desde 1990

Em dezembro, o emprego industrial cai frente novembro (-0,3%), na série livre de influências sazonais. Na comparação com dezembro de 2003, a taxa fica em 4,4% e, no acumulado no ano, o aumento foi de 1,9%.

17/02/2005 07h31 | Atualizado em 17/02/2005 07h31

Na comparação com dezembro de 2003, o número de horas pagas na indústria cresce 5,1%, resultado acima do de novembro (4,6%). Todos os locais e 13 dos 18 ramos pesquisados tiveram aumento. Entre os setores, alimentos e bebidas (7,3%), máquinas e equipamentos (16,1%) e meios de transporte (16,7%) exerceram as maiores pressões positivas, enquanto que as principais contribuições negativas vieram de vestuário (-2,1%) e outros produtos da indústria de transformação (-2,5%).

Ainda segundo o indicador mensal, os locais responsáveis pelos maiores impactos positivos no resultado nacional foram São Paulo (5,5%), Minas Gerais (6,6%) e região Norte e Centro-Oeste (8,3%). Na indústria paulista, 11 dos 18 ramos pesquisados tiveram crescimento no número de horas pagas, com destaque para máquinas e equipamentos (25,9%), meios de transporte (17,8%) e alimentos e bebidas (10,5%). Na indústria mineira, os segmentos de metalurgia básica (15,6%), produtos de metal (27,4%) e meios de transporte (14,6%) foram os aumentos mais expressivos. Já na indústria da região Norte e Centro-Oeste, a maior pressão positiva veio de alimentos e bebidas (15,0%).

Ao longo de 2004, o indicador trimestral apresentou trajetória claramente positiva, sendo que, o crescimento de 4,2% no último trimestre superou o resultado do terceiro trimestre (3,2%).

No fechamento de 2004, o número de horas pagas cresceu 2,2%, com 13 das 14 regiões e 12 dos 18 setores industriais pesquisados apresentando desempenho positivo. Os locais que tiveram aumentos mais expressivos foram São Paulo (1,8%), Minas Gerais (5,3%) e região Norte e Centro-Oeste (4,7%). A única pressão negativa veio da indústria do Rio de Janeiro (-3,5%).

Em relação aos setores, os impactos positivos mais relevantes vieram de máquinas e equipamentos (15,0%), meios de transporte (9,6%) e alimentos e bebidas (2,7%). Por outro lado, vestuário (-8,0%) e produtos de metal (-3,8%) foram responsáveis pelas principais contribuições negativas.

 



Crescimento de 9,0% na folha de pagamento em 2004 é o mais elevado em dez anos

Em dezembro de 2004, a folha de pagamento dos trabalhadores da indústria, já descontados os efeitos sazonais, caiu 0,6% em relação a novembro, a terceira queda consecutiva. Esta redução pode ser confirmada pelo índice de média móvel trimestral, que apresentou perda de 0,7% no valor real da folha de pagamento entre os trimestres encerrados em novembro e dezembro de 2004.

 



Nos demais indicadores, a folha de pagamento da indústria brasileira continua crescendo: 8,8% em relação a dezembro de 2003; 8,6% no último trimestre de 2004 e 9,0% no acumulado no ano. Quanto à folha real média de pagamento, os resultados também foram positivos nas principais comparações: 4,2% no mensal e 6,9% no acumulado no ano passado.

Em relação a dezembro de 2003, a folha de pagamento real cresceu 8,8%, com todos os locais pesquisados apresentando crescimento. Novamente, a indústria de São Paulo (9,6%) responde pela contribuição de maior impacto na formação do índice global, pressionada, sobretudo, pelo aumento observado em 11 atividades investigadas, em especial, meios de transporte (32,9%) e máquinas e equipamentos (22,0%).

Na mesma comparação, foram observados, no total do país, índices positivos em 15 dos 18 setores pesquisados, com destaque para meios de transporte (29,9%), máquinas e equipamentos (16,1%) e alimentos e bebidas (7,8%). Apenas as indústrias produtoras de papel e gráfica (-8,6%), de outros produtos da indústria de transformação (-1,3%) e da madeira (-1,6%) exibiram perda real na folha de pagamento.

No corte trimestral, o índice do valor da folha de pagamento manteve taxas positivas ao longo de 2004. No último trimestre do ano, o aumento de 8,6% ficou abaixo do resultado do terceiro trimestre (9,4%). As indústrias que mais tiveram crescimento no valor da folha de pagamento real no período outubro-dezembro foram as de Minas Gerais (14,0%), Ceará (11,4%), região Norte e Centro-Oeste (10,2%), Rio de Janeiro (9,7%) e Espírito Santo (9,5%).

Em 2004, a folha de pagamento cresceu 9,0%, revertendo a queda de 4,2% observada em 2003. Na formação da taxa, 15 das 18 atividades industriais investigadas influenciaram positivamente, com destaque para máquinas e equipamentos (28,3%), meios de transporte (14,6%) e alimentos e bebidas (8,5%). Em contraposição, produtos de metal (-3,4%), têxtil (-1,3%) e vestuário (-1,2%) foram as três atividades que apontaram resultados negativos. Na análise regional, todos os locais assinalaram variações positivas, com destaque para São Paulo (9,6%), pressionado, em grande parte, pela expansão em máquinas e equipamentos (44,2%), meios de transporte (14,0%) e alimentos e bebidas (11,4%). Os locais que tiveram os maiores aumentos foram Minas Gerais (12,7%) e região Norte e Centro-Oeste (10,6%).

 



Segundo o indicador acumulado no ano, a folha média real de pagamento cresce 6,9%, com todos os locais e 15 dos 18 setores investigados apresentando ganhos em relação a igual período de 2003. Regionalmente, as maiores expansões vieram do Rio de Janeiro (10,8%), Espírito Santo (9,3%), São Paulo (7,9%) e Minas Gerais (7,9%). Em nível setorial, os principais destaques, em termos de magnitude da taxa, foram máquinas e equipamentos (12,5%) e indústrias extrativas (9,6%).

 



Em resumo, acompanhando o bom desempenho da produção industrial, o emprego, o número de horas pagas e a massa salarial também tiveram resultados positivos em 2004. Entre os setores, os destaques em termos de contratações foram as atividades produtoras de bens de capital (máquinas e equipamentos e meios de transporte), de consumo duráveis (meios de transporte e material eletro-eletrônico e de comunicações) e aquelas associadas à agroindústria (alimentos e bebidas).

Em dezembro, o emprego industrial cai frente novembro (-0,3%), na série livre de influências sazonais. Na comparação com dezembro de 2003, a taxa fica em 4,4% e, no acumulado no ano, o aumento foi de 1,9%. No quarto trimestre de 2004, frente a igual período do ano anterior, o crescimento foi de 4,3% no número de pessoas ocupadas.

 



As reduções observadas desde outubro no índice mês contra mês imediatamente anterior contribuíram para a ligeira queda observada na trajetória do indicador de média móvel trimestral, que entre novembro e dezembro de 2004 apresentou taxa de -0,2%.

 



O crescimento de 4,4% no índice mensal foi resultado do aumento no nível de emprego em 13 das 14 áreas e em 13 dos 18 segmentos investigados, cujos destaques foram alimentos e bebidas (6,6%), máquinas e equipamentos (16,0%) e meios de transporte (16,5%). A região Norte e Centro-Oeste cresceu 8,0% e o Rio de Janeiro ficou com a menor taxa positiva (1,4%). São Paulo, com 4,6%, foi o local que exerceu a contribuição mais significativa para o total do país. Neste estado, que detém cerca de 38% do emprego industrial, 12 setores contrataram mais do que demitiram, sobressaindo máquinas e equipamentos (26,1%) e meios de transporte (16,6%).

Ainda na comparação dezembro 04/dezembro 03, somente o Rio Grande do Sul apresentou queda (-0,9%), em função das demissões em oito ramos industriais, em especial, calçados e couro (-12,4%). No total do país, as demissões superaram as contratações em cinco ramos, sendo que os principais impactos negativos foram de produtos de metal (-4,1%) e calçados e couro (-3,7%).

Na análise trimestral, observa-se que 2004 teve evolução inversa ao ano anterior. Em 2003, somente o primeiro trimestre foi positivo. Já em 2004, o emprego apresentou trajetória crescente e positiva nos três últimos trimestres: 1,0% no segundo, 3,0% no terceiro e 4,3% no último trimestre. Este movimento é explicado pelo crescimento da atividade industrial observado ao longo de 2004.

 



No último trimestre de 2004, em relação a igual período de 2003, 12 locais e 12 atividades apresentaram índices superiores aos do terceiro trimestre, sobressaindo as contratações efetuadas no setor de refino de petróleo e produção de álcool (de 9,0% para 20,1%); vestuário, ainda com taxas negativas no período, porém de menor magnitude (de -7,0% para -1,6%); e meios de transporte, que aumentou o ritmo de crescimento de 9,7% para 15,1%. Entre as áreas pesquisadas, os principais destaques foram os estados de Pernambuco (de -1,2% para 4,6%) e Rio de Janeiro (de -2,7% para 0,6%), onde os desligamentos eram superiores às contratações no terceiro trimestre de 2004 e que passam a apresentar taxas positivas no último trimestre de 2004.

No acumulado no ano, o emprego industrial cresceu 1,9%, com 11 locais e 12 atividades ampliando o contingente de trabalhadores. Em nível nacional, as principais contribuições positivas foram de máquinas e equipamentos (14,1%) e alimentos e bebidas (3,7%). Regionalmente, Minas Gerais (4,4%) e São Paulo (1,5%) foram os destaques positivos. Em Minas, dos 13 setores que aumentaram o número de pessoas ocupadas, os destaques foram máquinas e aparelhos eletro-eletrônicos e de comunicações (18,7%) e alimentos e bebidas (4,5%) e, em São Paulo, dos 12 ramos que se sobressaíram, as principais contribuições positivas foram de máquinas e equipamentos (22,5%) e alimentos e bebidas (5,6%).

Por outro lado, a principal influência negativa no resultado anual foi do Rio de Janeiro (-2,4%), com vestuário (-7,5%) e produtos de metal (-5,1%) exercendo os maiores impactos negativos entre os cinco segmentos onde não se observou crescimento do emprego.

 

Número de horas pagas cresce 2,2% em 2004

Em dezembro de 2004, o número de horas pagas aos trabalhadores da indústria caiu 0,3% em relação a novembro, na série com ajuste sazonal. Nas demais comparações, houve crescimento: 5,1% em relação a dezembro de 2003; 4,2% no quarto trimestre e 2,2% no acumulado no ano. Os indicadores da jornada média de trabalho também foram positivos: 0,6% no mensal e 0,2% no acumulado no ano. O indicador de média móvel trimestral, com pequena variação positiva de 0,1% nos trimestres encerrados entre dezembro e novembro, mantém trajetória ascendente, porém já sinalizando estabilidade.