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Em 2004, produção industrial cresce em todas as regiões

Em dezembro, os resultados da produção industrial em nível regional foram amplamente positivos. Com relação ao índice para o ano de 2004, as 14 áreas investigadas tiveram crescimento.

15/02/2005 07h31 | Atualizado em 15/02/2005 07h31

Em dezembro, os resultados da produção industrial em nível regional foram amplamente positivos. Com relação ao índice para o ano de 2004, as 14 áreas investigadas tiveram crescimento. A taxa mais elevada ficou com a indústria do Amazonas (13,0%), impulsionada sobretudo pelo ramo de material eletrônico e equipamentos de comunicações (23,6%). Em seguida, Ceará (11,9%) e São Paulo (11,8%), onde destacaram-se, respectivamente, as indústrias de alimentos e bebidas (11,1%) e de veículos automotores (29,3%). Santa Catarina (11,4%), Pará (10,5%), Paraná e Bahia (ambos com 10,1%) e Goiás (8,4%) completaram o conjunto de locais que cresceram acima da indústria brasileira (8,3%).

O desempenho desses estados está associado a um conjunto de fatores: o dinamismo das suas exportações, forte presença da produção de bens duráveis e de bens de capital nas suas estruturas produtivas e articulação ao agronegócio. Ampliando a produção encontraram-se ainda: região Nordeste (7,7%), Rio Grande do Sul (6,4%), Minas Gerais (6,0%), Espírito Santo (5,1%), Pernambuco (4,8%) e Rio de Janeiro (2,4%).

Em relação a dezembro de 2003, treze das 14 áreas investigadas apontaram crescimento, sendo que 10 locais registraram marcas acima da média nacional (8,3%): Goiás (23,0%), Ceará (18,6%), Santa Catarina (15,1%), Amazonas (14,9%), Paraná (14,8%), São Paulo (11,9%), Bahia (11,5%), Espírito Santo (9,7%), região Nordeste (9,2%) e Pará (9,1%). Com aumento da produção figuraram ainda: Rio de Janeiro (4,6%), Rio Grande do Sul (2,4%) e Minas Gerais (2,2%). Apenas Pernambuco (-0,5%) assinalou ligeira redução neste tipo de comparação.

Nos índices do último trimestre do ano passado, frente a igual período de 2003, todas as áreas obtiveram resultados positivos. Neste confronto, também 10 locais apresentaram taxas acima da média nacional (6,3%), na ordem: Ceará (17,0%), Bahia (15,5%), Goiás (14,2%), Paraná (12,4%), Pará (12,3%), Amazonas (11,6%), região Nordeste (11,1%), Santa Catarina (10,9%), Espírito Santo (9,6%) e São Paulo (8,8%). Minas Gerais (5,4%), Rio de Janeiro (2,9%), Goiás (2,6%) e Pernambuco (1,8%) também mostraram expansão.

AMAZONAS

Em dezembro, a indústria do Amazonas cresceu 14,9% frente a dezembro de 2003. O indicador acumulado no ano mostrou expansão de 13,0%, taxa mais elevada entre todos os locais pesquisados.

No confronto mensal (14,9%), seis dos 11 setores pesquisados apresentaram crescimento na produção. Material eletrônico e equipamentos de comunicações (20,5%), outros equipamentos de transporte (33,6%) e máquinas e equipamentos (37,9%) foram as principais influências positivas na formação do resultado global. Por outro lado, as indústrias de alimentos e bebidas (-2,8%) e de edição e impressão (-9,3%) representaram os principais impactos negativos no total da indústria.

A análise trimestral confirma a seqüência de resultados positivos para a indústria amazonense ao longo de 2004. O desempenho favorável do primeiro (16,5%) e do segundo (19,9%) trimestres foi, em parte, beneficiado estatisticamente pela baixa base de comparação. No período julho-setembro, a indústria cresceu 5,8% sob uma base mais aquecida. No quarto trimestre, a atividade industrial do estado ganhou ritmo alcançando crescimento de 11,6%. Este movimento de aceleração entre o terceiro e o quarto trimestres esteve presente em seis das 11 atividades pesquisadas, com destaque para os avanços assinalados em alimentos e bebidas, que passou de -13,0% para 1,0%; refino de petróleo e produção de álcool, que saiu de -17,5% para 6,0% e material eletrônico e equipamentos de comunicações, de 12,7% para 15,7%.

No acumulado no ano, a taxa positiva de 13,0% foi a mais elevada entre os demais locais pesquisados, resultado da performance favorável de 10 dos 11 segmentos. As principais influências positivas vieram de material eletrônico e equipamentos de comunicações (23,6%), borracha e plástico (42,6%) e edição e impressão (50,0%).

PARÁ

A indústria do Pará encerrou o ano de 2004 com resultados positivos em todos os principais indicadores. Na comparação com igual mês do ano anterior, o setor industrial cresceu 9,1%, resultado menos favorável que o de novembro (17,0%). Os indicadores para períodos mais abrangentes também registraram expansão: 12,3% no quarto trimestre e 10,5% no acumulado no ano.

Segundo o indicador mensal, a alta de 9,1% na produção física da indústria paraense foi decorrente, sobretudo, do desempenho da indústria extrativa (19,4%). Outros impactos positivos importantes no cômputo geral vieram dos ramos de minerais não-metálicos e madeira (3,5%). A única contribuição negativa veio de alimentos e bebidas (-7,7%).

Em bases trimestrais observou-se que a indústria paraense sustentou ritmo de crescimento ao longo do ano, com taxas expressivas em todos os trimestres, especialmente no terceiro e quarto trimestres, períodos em que manteve aumento de 12,3%.

A indústria paraense fechou o ano com expansão de 10,5%, apoiada, sobretudo, no comportamento da indústria extrativa (15,2%). Dada sua participação na estrutura industrial, onde representa 40,0%, este setor teve o principal impacto positivo em todos os indicadores analisados, sendo a articulação do minério de ferro às exportações fator determinante na trajetória ascendente apontada pelo estado em 2004. As demais atividades pesquisadas também alcançaram desempenhos positivos, com destaque para metalurgia básica (5,2%) e celulose e papel (20,1%).

NORDESTE

A indústria do Nordeste registrou crescimento de 9,2% em dezembro de 2004 frente a igual mês de 2003. Os indicadores para períodos mais abrangentes também exibiram aumento: 11,1% no quarto trimestre e 7,7% no acumulado no ano.

O aumento de 9,2% na comparação mensal foi determinado em grande parte pelo desempenho de refino de petróleo e produção de álcool (74,9%). Dentre os demais cinco segmentos com expansão, destacaram-se alimentos e bebidas (12,3%) e minerais não-metálicos (32,3%). Os maiores impactos negativos vieram de produtos químicos (-7,0%) e metalurgia básica (-17,5%).

Em bases trimestrais, a indústria nordestina mostrou aceleração entre os índices do terceiro (7,5%) e quarto trimestres (11,1%). Esse movimento contou, sobretudo, com o desempenho de refino de petróleo e produção de álcool, que registrou alta de 7,3% no terceiro trimestre passando a 66,1% no último. Outras três atividades ampliaram a produção, valendo mencionar alimentos e bebidas, que passou de 7,2% para 9,4% e minerais não-metálicos (de 14,9% para 25,8%). O setor que apresentou a maior desaceleração foi celulose e papel, ao passar de um aumento de 7,3% para uma queda de 17,8% no último trimestre de 2004.

No acumulado janeiro-dezembro, o crescimento de 7,7% decorreu da influência positiva de nove das 11 atividades pesquisadas, com destaque para refino de petróleo e produção de álcool (25,1%), alimentos e bebidas (8,0%) e têxtil (13,6%). O maior impacto negativo veio de metalurgia básica (-9,1%).

CEARÁ

Em dezembro de 2004, a produção industrial no estado do Ceará apresentou crescimento nos principais indicadores: 18,6% em relação a igual mês do ano anterior, 17,0% no trimestral e 11,9% no acumulado no ano.

Na comparação com dezembro de 2003, a expansão de 18,6% foi determinada pelo aumento observado nos 10 setores, com destaque para têxtil (26,1%) e calçados e artigos de couro (21,4%).

Em bases trimestrais, observou-se comportamento bem diferenciado na indústria cearense entre a primeira e a segunda metade do ano: nos dois primeiros trimestres as taxas foram de 2,1% e 6,5%, ambas bem abaixo da média nacional (6,5% e 10,0%). Entretanto nos dois últimos trimestres de 2004, o avanço foi expressivo: 20,5% no terceiro e 17,0% no quarto trimestre.

No acumulado no ano, o crescimento de 11,9%, conferiu ao estado a segunda maior taxa regional. Nove atividades tiveram performances positivas, sendo os principais destaques alimentos e bebidas (11,1%), têxtil (12,9%) e calçados e artigos de couro (16,5%). Somente produtos de metal (-9,7%) apresentou resultado negativo.

PERNAMBUCO

Em dezembro de 2004, os indicadores industriais de Pernambuco, mostraram queda de 0,5% na comparação com igual mês de 2003 e crescimento de 4,8% no acumulado no ano e 1,8% no quarto trimestre.

A queda observada no indicador mensal (-0,5%), a segunda do ano, foi determinada pelo desempenho de cinco das 11 atividades industriais pesquisadas, com destaque para máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-25,7%), produtos químicos (-12,1%) e têxtil (-40,2%).

Na análise por trimestres, verificou-se que o último de 2004 mostrou desempenho mais moderado em relação aos seus precedentes (1,8%), ficando abaixo de julho-setembro (4,5%), abril-junho (10,3%) e janeiro-março (4,2%). A razão da fraca performance da indústria pernambucana no último trimestre do ano encontra-se apoiada na forte pressão negativa verificada em cinco ramos industriais, anulando, praticamente, o efeito positivo dos seis demais. Das atividades que cresceram, vale ressaltar alimentos e bebidas (4,0%), refino de petróleo e produção de álcool (29,7%) e minerais não-metálicos (16,1%). Pressionando negativamente, cabe destacar: máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-21,5%) e têxtil (-32,7%).

No indicador acumulado, o desempenho da indústria pernambucana em 2004 (4,8%) superou o de 2003 (1,0%). Em 2004, dos 11 segmentos investigados, oito apontaram expansão. Entre esses, merecem destaque: metalurgia básica (18,9%), alimentos e bebidas (5,5%) e refino de petróleo e produção de álcool (25,3%). Em sentido contrário, vale mencionar máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-8,6%) e têxtil (-12,2%).

BAHIA

Os indicadores industriais da Bahia revelaram, em dezembro, taxas positivas em todos os confrontos. A comparação dezembro 04/dezembro 03 assinalou crescimento de 11,5%, no fechamento do ano o índice ficou em 10,1% e no trimestre outubro-dezembro a expansão atingiu 15,5%.

No confronto mensal, o aumento de 11,5% na produção industrial baiana refletiu um quadro de resultados positivos em cinco dos nove segmentos industriais investigados. O setor de refino de petróleo e produção de álcool, de maior peso na estrutura fabril do estado, com avanço de 102,1% respondeu pela maior parcela do crescimento global. Outros ramos merecem destaque: alimentos e bebidas (22,3%) e veículos automotores (152,0%). Em sentido oposto, os que mais influenciaram negativamente foram: celulose e papel (-37,6%), produtos químicos (-7,2%) e metalurgia básica (-11,6%).

No corte trimestral, verificou-se que o quadro de resultados positivos se manteve ao longo de 2004. O último trimestre mostrou o melhor resultado do ano (15,5%), superando a taxa de 5,6% registrada no período julho-setembro, dos 12,4% de abril-junho e de 7,0% do trimestre janeiro-março. No quarto trimestre, entre os seis segmentos com aumento de produção, merecem destaque: refino de petróleo e produção de álcool (91,8%) e alimentos e bebidas (14,5%). Entre os que recuaram a produção, vale ressaltar celulose e papel (-23,0%) e metalurgia básica (-8,0%).

A produção total do ano de 2004 foi 10,1% maior que a do ano anterior. Dos oito segmentos industriais que alavancaram a expansão da indústria, dois responderam por mais da metade deste crescimento: refino de petróleo e produção de álcool (27,1%) e produtos químicos (5,0%). Por outro lado, o único que impactou negativamente foi celulose e papel (-3,2%).

MINAS GERAIS

Em dezembro de 2004, os indicadores industriais de Minas Gerais registraram taxas positivas. Em relação a dezembro de 2003, houve 2,2% de expansão. Para períodos mais abrangentes, os resultados foram os seguintes: 6,0% no indicador acumulado no ano e 5,4% no quarto trimestre de 2004.

A produção mensal mineira cresceu 2,2%, sua segunda menor taxa do ano, superando apenas à de fevereiro (0,6%), e se igualando à de janeiro (2,2%). Oito segmentos foram responsáveis pelo desempenho positivo da indústria. Com maior relevância, porém, destacaram-se alimentos (14,1%), produtos de metal (50,9%), outros produtos químicos (12,6%) e minerais não-metálicos (10,6%). Entre as atividades que recuaram, os destaques couberam a metalurgia básica (-9,4%) e veículos automotores (-6,6%).

No último trimestre do ano, a indústria cresceu 5,4%, porém em ritmo menos intenso que os dois trimestres precedentes: julho-setembro (9,1%) e abril-junho (6,5%), superando apenas o desempenho do primeiro trimestre do ano (2,7%). No quarto trimestre, dos ramos que cresceram, os de alimentos (11,5%), outros produtos químicos (18,4%) e as indústrias extrativas (9,7%) responderam pelos maiores impactos positivos. Entre os que recuaram, os de maior impacto negativo sobre a taxa global foram metalurgia básica (-5,5%) e bebidas (-18,4%).

No que se refere ao fechamento do ano, a indústria mineira encerrou 2004 com expansão de 6,0% sobre igual período do ano anterior, demonstrando maior vigor que o de 2003 (1,4%). A maioria dos segmentos (10), em um total de 13, aumentou a produção em 2004, com veículos automotores (17,1%) apresentando o maior impacto positivo. O segundo melhor desempenho do ano foi verificado nas indústrias extrativas (12,0%). Um terceiro segmento que se destacou neste ano foi o de alimentos, encerrando-o com expansão de 5,9%.

ESPÍRITO SANTO

A produção industrial do Espírito Santo encerrou 2004 exibindo taxas positivas em suas principais comparações. Em relação a igual mês do ano anterior, a expansão foi de 9,7%, no acumulado no ano registrou 5,1% e no quarto trimestre cresceu 9,6%.

Sob a ótica mensal, cinco segmentos assinalaram crescimento. Do conjunto das atividades industriais, celulose e papel (18,2%) foi o de maior relevância no cômputo geral. Logo a seguir figuraram alimentos e bebidas (17,2%), indústrias extrativas (6,5%) e metalurgia básica (1,7%).

Em bases trimestrais, o último trimestre de 2004 foi o melhor do ano (9,6%), marcando um ritmo de expansão bem acima do observado em julho-setembro (3,0%), abril-junho (5,5%) e janeiro-março (2,5%). No entanto, apesar das condições conjunturais mais favoráveis de 2004, vale mencionar que no último trimestre de 2003 a indústria geral apresentou queda (-4,0%), o que de certo modo realçou o desempenho deste último trimestre do ano. Dentre os ramos que mais se destacaram neste período, estão metalurgia básica (16,9%), celulose e papel (14,5%), e alimentos e bebidas (15,5%).

A indústria capixaba fechou 2004 com crescimento de 5,1%, menor, portanto, que o de 2003 (6,4%). No corte por segmentos, quase todos ampliaram a produção, a única exceção ficou por conta de minerais não-metálicos, que revelou pequena variação negativa (-0,1%). Dentre os positivos, os mais influentes foram alimentos e bebidas (15,3%) e metalurgia básica (6,9%).

RIO DE JANEIRO

O setor industrial do Rio de Janeiro continuou, em dezembro de 2004, mostrando expansão em sua produção no confronto com igual mês do ano anterior (4,6%), comportamento presente desde maio do ano passado. Nos demais indicadores, os resultados também são positivos: 2,9% no último trimestre do ano e 2,4% no acumulado no ano.

No comparativo dezembro 04/dezembro 03, o resultado global de 4,6% foi determinado pelo crescimento observado em oito das 13 atividades pesquisadas. A indústria extrativa (3,3%) voltou a se expandir no confronto com igual mês do ano anterior. A indústria de transformação continua apresentando expansão (4,8%), comportamento presente desde maio de 2003. Neste grupo, refino de petróleo e produção de álcool (45,7%) respondeu pelo maior impacto positivo. Mereceu destaque também o desempenho favorável de veículos automotores (63,1%) e minerais não-metálicos (41,8%). Entre os cinco ramos que reduziram a produção e que com isso tornaram o resultado global da indústria fluminense apenas moderado, a metalurgia básica, com queda de 15,3%, se destacou como a de maior influência negativa. Vale mencionar, ainda, as contribuições negativas de edição e impressão (-17,0%) e farmacêutica (-15,9%).

Em bases trimestrais, a produção industrial fluminense apresentou ligeira desaceleração no ritmo de crescimento na passagem do terceiro (3,2%) para o quarto trimestre de 2004 (2,9%), que se deve, em grande parte, ao movimento assinalado na indústria de transformação que mostrou suave redução na expansão da produção, uma vez que passa de 4,6% para 3,3%. Já a indústria extrativa, ao crescer 0,7%, registrou, em termos relativos, alguma reação em 2004: -6,2% no primeiro trimestre, -5,6% no trimestre seguinte e -3,3% no período julho-setembro.

Em 2004, a produção industrial do Rio de Janeiro, ao se expandir 2,4%, voltou a mostrar taxa positiva após o recuo de 1,0% em 2003, mas ficou distante do desempenho médio nacional (8,3%). A indústria extrativa, com queda de 3,6% figurou como a principal influência negativa no resultado global. A indústria de transformação, por sua vez, cresceu 3,8%, fruto do desempenho positivo de oito dos 12 ramos industriais investigados, com destaque para a performance favorável de veículos automotores (23,2%), minerais não-metálicos (23,2%), refino de petróleo e produção de álcool (6,2%) e bebidas (11,0%). Entre os setores que apresentam queda, edição e impressão (-7,4%) exerceu a maior pressão.

SÃO PAULO

A produção industrial de São Paulo apresentou, em dezembro, expansão de 11,9% em relação a dezembro de 2003. O acumulado no ano foi 11,8%, acima da média nacional (8,3%). Os índices em bases trimestrais mostraram que o setor industrial paulista diminuiu o ritmo de crescimento na passagem do terceiro (16,5%) para o quarto trimestre (8,8%) deste ano. O quadro geral sinalizou que os resultados positivos apresentados pelo estado em 2004 deveram-se, principalmente, ao dinamismo dos setores produtores de bens de capital e de bens de consumo duráveis.

O aumento de 11,9% obtido na comparação com dezembro de 2003, foi conseqüência do comportamento positivo de 16 dos 20 setores pesquisados. Os ramos que mais influenciaram o desempenho global foram: veículos automotores (25,2%), material eletrônico e equipamentos de comunicações (40,8%), e alimentos (16,2%). Entre os quatro setores com taxas negativas, edição e impressão (-9,4%) e refino de petróleo e produção de álcool (-1,5%) foram os principais impactos.

O desempenho da indústria paulista, sob a ótica trimestral, mostrou que o setor sustentou taxas positivas ao longo de 2004. No quarto trimestre a produção aumentou 8,8%, ritmo inferior ao do terceiro e segundo trimestres (16,5% e 13,3%, respectivamente). Como era de se esperar, o perfil do crescimento trimestral de São Paulo foi semelhante ao nacional, com o segundo e o terceiro trimestres concentrando as taxas mais elevadas, enquanto o primeiro e o último tiveram ritmos de crescimento equivalentes.

A indústria de São Paulo encerrou 2004 com expansão de 11,8%, a melhor marca da série histórica iniciada em 1992. Dezenove segmentos contribuíram positivamente para o cômputo geral, sendo que as pressões mais significativas foram observadas em veículos automotores (29,3%), material eletrônico e equipamentos de comunicações (45,0%) e máquinas e equipamentos (21,0%), que se mantiveram positivos durante o ano todo. Em oposição, somente edição e impressão (-3,1%) destacou-se negativamente.

PARANÁ

A produção industrial do Paraná assinalou, em dezembro de 2004, expansão de 14,8% em relação a igual mês de 2003. O indicador acumulado alcançou 10,1%, ficando acima da média nacional (8,3%). Para outros tipos de comparações, como a do último trimestre do ano (12,4%), a performance também foi amplamente positiva.

Na comparação com dezembro de 2003, a expansão de 14,8% foi reflexo do desempenho favorável de oito dos 14 ramos investigados. Este índice positivo foi influenciado, em grande parte, pelo aumento observado em veículos automotores (103,3%). Vale citar também a contribuição positiva, embora em menor escala, de máquinas e equipamentos (47,8%). Em conjunto, esses dois ramos responderam por 82,0% da taxa global. As quedas que mais influenciaram a formação da taxa global foram dos ramos de outros produtos químicos (-15,4%), produtos de metal (-12,6%) e madeira (-4,6%).

No que diz respeito ao desempenho da indústria paranaense no último trimestre do ano passado, este fechou com aumento de 12,4%, resultado ligeiramente abaixo ao do período julho-setembro (13,2%). Na análise do quarto trimestre de 2004, observou-se que 10 dos 14 ramos industriais investigados apresentaram esse movimento na passagem do terceiro para o quarto trimestre.

No resultado acumulado no ano de 2004, a indústria paranaense, com expansão de 10,1%, além de superar a média nacional (8,3%), manteve ritmo de crescimento acima do assinalado em 2003 (5,7%). O desempenho favorável de 2004 refletiu os resultados positivos alcançados por 10 dos 14 ramos industriais investigados, com destaque para o maior ritmo produtivo observado em veículos automotores (50,6%). Vale citar também os avanços em edição e impressão (39,7%), máquinas e equipamentos (21,4%), alimentos (4,9%) e madeira (16,7%). Já entre os segmentos que reduziram a produção, vale citar refino de petróleo e produção de álcool (-11,9%) e outros produtos químicos (-10,5%).

SANTA CATARINA

A produção industrial de Santa Catarina, em dezembro de 2004, apresentou expansão de 15,1% na comparação com igual mês do ano anterior, crescimento mais acentuado que o de novembro último (12,1%). Nos indicadores para períodos mais abrangentes, o indicador acumulado no ano de 2004 alcançou 11,4%, resultado mais elevado da série histórica iniciada em 1992, enquanto o indicador trimestral avançou 10,9%.

O crescimento de 15,1% obtido na comparação com dezembro de 2003 refletiu o comportamento positivo de nove dos 11 ramos industriais pesquisados. Este índice foi influenciado, sobretudo, pelo aumento em veículos automotores (132,4%), alimentos (14,4%) e máquinas e equipamentos (17,1%). Cabe destacar também os impactos positivos assinalados pelas indústrias têxtil (14,0%), de celulose e papel (15,3%), de borracha e plástico (16,9%) e de madeira (19,2%). As duas únicas atividades que mostraram queda foram máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-19,1%) e vestuário (-9,4%).

A evolução dos índices em bases trimestrais mostrou que a atividade industrial catarinense sustentou taxas positivas em todos os trimestres de 2004. No último trimestre de 2004 apresentou expansão de 10,9%, resultado menos intenso do que os do segundo (13,9%) e terceiro trimestres (17,2%). Esse movimento de desaceleração no ritmo de crescimento foi puxado, principalmente, por máquinas, aparelhos e materiais elétricos, que passou de 29,2% no período julho-setembro para -11,0% no último trimestre do ano passado, vestuário (que passa de 6,2% para -9,5%) e têxtil (de 22,7% para 11,1%).

No indicador acumulado no ano, a indústria de Santa Catarina fechou 2004 com expansão de 11,4%, após assinalar taxa negativa em 2003 (-5,5%). Contribuíram positivamente no cômputo geral, nove dos 11 ramos industriais pesquisados, dentre estes, os mais expressivos foram alimentos (11,2%) e máquinas e equipamentos (14,2%). Outras contribuições positivas relevantes foram dadas por veículos automotores (42,3%), têxtil (13,2%) e borracha e plástico (17,1%). Os dois únicos resultados negativos vieram de minerais não-metálicos (-4,2%) e de vestuário (-2,9%).

RIO GRANDE DO SUL

A indústria do Rio Grande do Sul encerrou 2004 com crescimento 6,4% e na comparação com dezembro de 2003, a taxa ficou em 2,4%. No último trimestre, a produção física apresentou aumento de 2,6%, desacelerando em relação ao terceiro trimestre (10,7%).

O aumento de 2,4% no indicador mensal foi decorrente do desempenho positivo de 10 das 14 atividades pesquisadas na indústria gaúcha. Dentre essas, as mais expressivas foram alimentos (7,3%), veículos automotores (14,9%) e borracha e plástico (14,6%). Já os maiores impactos negativos no cômputo geral vieram de refino de petróleo e produção de álcool (-13,9%) e metalurgia básica (-22,3%).

Na passagem do terceiro para o quarto trimestre de 2004, a indústria gaúcha assinalou desaceleração no seu ritmo de produção ao passar de 10,7% para 2,6%. Contribuíram para este resultado 10 dos 14 ramos pesquisados, com destaque para fumo, que passou de um aumento de 157,7% para uma queda de 2,0%; produtos de metal (de 22,5% para -1,1%) e máquinas e equipamentos (de 20,5% para 7,7%).

A indústria gaúcha alcançou expansão de 6,4% em 2004, com 11 dos 14 ramos pesquisados registrando crescimento. Os maiores impactos positivos vieram das indústrias de máquinas e equipamentos (16,8%), fumo (26,9%) e veículos automotores (21,8%). O ramo que assinalou a maior queda no cômputo geral foi refino de petróleo e produção de álcool (-6,2%).

GOIÁS

A indústria do estado de Goiás, em dezembro de 2004, apresentou crescimento de 23,0%, na comparação com igual mês do ano anterior, resultado superior ao de novembro (17,3%). Os indicadores para períodos mais abrangentes também assinalaram expansão: 14,2% no indicador trimestral e de 8,4% no acumulado no ano.

A indústria goiana, segundo o indicador mensal, assinalou crescimento de 23,0%, em decorrência, principalmente, do desempenho do setor de alimentos e bebidas (20,8%). As outras quatro atividades também registraram aumentos, sendo os mais expressivos em produtos químicos (47,2%) e extrativa (35,8%).

Em bases trimestrais, a indústria goiana aumentou o seu ritmo de produção ao passar de 9,4% no terceiro para 14,2% no quarto trimestre. Nesta passagem, quatro das cinco atividades pesquisadas ampliaram seu índice, com destaque para produtos químicos, que no terceiro trimestre de 2004 exibiu variação nula (0,0%) e no quarto trimestre cresceu 22,3%; e alimentos e bebidas (de 9,1% para 12,3%). A única desaceleração veio da indústria extrativa (de 47,1% para 24,3%), que ainda assim se manteve nesses períodos bem acima do índice global da indústria.

A expansão de 8,4% para o ano de 2004 esteve apoiada, sobretudo, no desempenho do setor de alimentos e bebidas (8,3%). Outros desempenhos positivos significativos vieram de produtos químicos (12,7%) e extrativa (9,7%). A única contribuição negativa no cômputo geral veio de metalurgia básica (-0,2%).