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Pelo 4º mês consecutivo, indústria cresce em todas as regiões e em todas as comparações

Em novembro, a produção industrial permanece pelo quarto mês consecutivo apresentando expansão em todos os locais investigados, segundo as diferentes comparações.

13/01/2005 07h31 | Atualizado em 13/01/2005 07h31

Em novembro, a produção industrial permanece pelo quarto mês consecutivo apresentando expansão em todos os locais investigados, segundo as diferentes comparações. Na comparação com novembro de 2003, o destaque é o avanço registrado pela Bahia (30,5%), impulsionado sobretudo pelo resultado positivo de refino de petróleo e produção de álcool. As indústrias do Ceará (20,2%), Paraná (15,5%), região Nordeste (18,1%), Pará (17,2%), Amazonas (15,8%), Goiás (15,7%), Santa Catarina (12,1%), São Paulo (10,2%) e Espírito Santo (9,5%) também registraram taxas de crescimento superiores à do total do Brasil (8,1%). Nos demais locais, os resultados foram os seguintes: 7,6% em Minas Gerais; 3,7% no Rio de Janeiro; 3,2% no Rio Grande do Sul e 2,3% em Pernambuco.

No indicador acumulado para o período janeiro-novembro de 2004, a liderança do desempenho regional, em termos da magnitude de crescimento, permanece com Amazonas (12,9%), com destaque para a produção de televisores e de telefones celulares; e São Paulo, onde o aumento de 11,9% é sustentado, em grande parte, pela produção das indústrias automobilística, de máquinas e equipamentos e de material eletrônico e equipamentos de comunicações. Nestes destaques confirma-se o padrão de crescimento observado para o total da indústria brasileira ao longo de 2004, onde observa-se que a estrutura industrial nesses estados têm forte presença dos segmentos de bens de consumo duráveis e de bens de capital, setores que mais impulsionaram a expansão da atividade fabril. Ceará (11,2%), Santa Catarina (11,1%), Pará (10,6%), Bahia (10,0%) e Paraná (9,5%) tiveram aumento superior à média nacional (8,3%). Já a região Nordeste (7,5%), Goiás (6,9%), Rio Grande do Sul (6,7%), Minas Gerais (6,3%), Pernambuco (5,4%), Espírito Santo (4,6%) e Rio de Janeiro (2,2%) tiveram resultados abaixo do observado no total do País.

Na passagem de outubro para novembro, a evolução regional do indicador acumulado nos últimos doze meses mantém movimento de melhora no ritmo de produção em todos os locais pesquisados, com destaque para a Bahia, que passa de 4,7% em outubro para 8,5% em novembro, e Ceará (de 7,2% para 9,8%).

Amazonas

Em novembro de 2004, a produção industrial do Amazonas registrou crescimento de 15,8% no índice mensal; 12,9% no acumulado no ano e 12,4% no acumulado nos últimos doze meses. A indústria de material eletrônico e equipamentos de comunicações apresentou a principal contribuição positiva nestes três indicadores.

Em relação a novembro de 2003, oito dos onze segmentos pesquisados apresentaram resultados positivos. Em função do aumento na produção de telefones celulares e televisores, a indústria de material eletrônico e equipamentos de comunicações (29,9%) foi a principal responsável pelo resultado global. Vale mencionar também as influências de edição e impressão (35,3%) e de outros equipamentos de transporte (7,9%), cujos respectivos destaques foram reprodução de fitas de vídeo e fabricação de motocicletas. Por outro lado, os principais impactos negativos na formação da taxa da indústria geral vieram de alimentos e bebidas (-3,1%) e equipamentos médico-hospitalares, ópticos e outros (-4,5%), em razão, respectivamente, das quedas observadas na fabricação de preparações em xaropes para elaboração de bebidas; farinha de trigo; lentes para óculos e relógios de pulso.

No acumulado do ano, houve crescimento de 12,9% em relação ao mesmo período de 2003. Dez atividades registraram expansão, sendo que, em termos de participação, material eletrônico e equipamentos de comunicações (24,1%), edição e impressão (56,2%) e borracha e plástico (40,2%) foram os principais destaques positivos neste tipo de comparação. Somente produtos de metal apresentou taxa negativa (-6,6%), por conta da redução observada em aparelhos e lâminas de barbear.

Pará

Na comparação com novembro de 2003, a indústria do Pará cresceu 17,2%, resultado mais favorável que o de outubro (11,3%). Os indicadores para períodos mais abrangentes também apresentaram expansão: 10,6% no acumulado no ano e 10,5% nos últimos doze meses.

Na comparação novembro 04 / novembro 03, o crescimento de 17,2% foi determinado, em grande parte, pelo desempenho da indústria extrativa (23,7%), sobretudo, o de extração de minério de ferro e de manganês. Outras contribuições positivas relevantes vieram de madeira (31,1%), devido a maior produção de madeira serrada, destinada ao mercado externo; e de metalurgia básica (9,8%), que apresentou aumento na produção de óxido de alumínio e alumínio não ligado em formas brutas. Em contrapartida, a única contribuição negativa veio de alimentos e bebidas (-5,5%), influenciada, principalmente, pela queda no item palmitos preparados.

No resultado acumulado no ano, a indústria paraense cresceu 10,6%, refletindo o desempenho positivo de todos os seis segmentos pesquisados. Os maiores impactos no cômputo geral vieram da indústria extrativa (14,7%), metalurgia básica (5,7%) e celulose e papel (21,6%). Nestas atividades, sobressaíram, respectivamente, os seguintes itens: minérios de ferro e minérios de alumínio; óxido de alumínio e ferro gusa e papel higiênico e celulose.

Nordeste

Segundo o indicador mensal, a indústria do Nordeste aumentou seu ritmo de produção, passando de 6,9% em outubro para 18,1% em novembro. Os indicadores para períodos mais abrangentes também apontaram crescimento: 7,5% no acumulado no ano e 6,5% nos últimos doze meses.

Na comparação novembro 2004 / novembro 2003, o aumento de 18,1% contou com o desempenho positivo de oito dos onze setores pesquisados. O maior impacto no cômputo geral veio de refino de petróleo e produção de álcool (126,7%), cujo destaque foi óleo diesel e naftas para petroquímica. No entanto, deve-se ressaltar que este aumento foi bastante influenciado por uma baixa base de comparação, em função de paralisações programadas em novembro do ano passado. Outros destaques positivos foram alimentos e bebidas (11,6%), influenciados, sobretudo pelo aumento na produção de cervejas e refrigerantes, e produtos químicos (16,3%), cujos principais destaques foram etileno não-saturado e polietileno de baixa densidade. Em contrapartida, as maiores quedas vieram da metalurgia básica (-16,0%) e celulose e papel (-11,6%), em decorrência das respectivas quedas de óxido de alumínio e celulose.

Quanto ao acumulado no ano (7,5%), o resultado positivo foi influenciado por 10 das 11 atividades pesquisadas. Dentre estas, as mais expressivas foram: refino de petróleo e produção de álcool (21,2%), alimentos e bebidas (7,5%) e produtos químicos (5,9%). Nestas indústrias, sobressaíram, respectivamente, óleo diesel, refrigerantes e etileno não saturado. Em contraposição, a única contribuição negativa veio de metalurgia básica (-8,3%), influenciada, sobretudo, por óxido de alumínio e alumínio não ligado em formas brutas (lingotes, plaqueta e granalha).

Ceará

A produção industrial do Ceará, em novembro de 2004, registrou aumento de 20,2% em relação a novembro de 2003, resultado superior ao obtido em outubro (12,6%). Os demais indicadores para períodos mais amplos prosseguem positivos: 11,2% no acumulado no ano e 9,8% no acumulado nos últimos doze meses.

O indicador mensal da indústria cearense apresentou crescimento em nove das dez atividades pesquisadas. A principal contribuição para a formação da taxa de 20,2% veio do setor têxtil (39,1%), influenciado pelo aumento na fabricação de tecidos de algodão e de malha de fibras artificiais. É interessante destacar que o bom desempenho em tecidos de algodão deve-se ao aumento da capacidade produtiva de importante indústria do setor. Também tiveram bom desempenho alimentos e bebidas (16,5%), influenciado pela maior produção de biscoitos e bolachas, e amendoim e castanha de caju torrados; e o setor de vestuário (35,2%), impulsionado pelo aumento na produção de calças compridas para uso feminino. Em sentido contrário, a indústria de produtos de metal (-23,8%), pressionada, principalmente, pela queda nos itens rolhas, tampas ou cápsulas metálicas e estruturas de ferro e aço, foi a única a apresentar queda.

No indicador acumulado até novembro de 2004, a indústria do Ceará cresceu 11,2%, com taxas positivas em nove dos dez setores investigados. As maiores influências positivas vieram de alimentos e bebidas (11,6%), em função do item amendoim e castanha de caju torrados; têxtil (11,9%), refletindo a maior produção de tecidos de malha de fibras artificiais; e calçados e artigos de couro (16,0%), explicado pela elevada produção de calçados de plástico. Já a única queda ficou por conta de produtos de metal (-10,9%), devido, sobretudo, à perda observada no item estruturas de ferro e aço.

Pernambuco

Em novembro de 2004, o setor industrial de Pernambuco, com aumento de 2,3% em relação a igual mês do ano anterior, apresentou o décimo resultado positivo consecutivo neste tipo de comparação. Nos indicadores para períodos mais abrangentes, a indústria pernambucana também obteve resultados positivos: 5,4% no acumulado no ano e 5,1% nos últimos doze meses.

Na comparação novembro 04 / novembro 03, o aumento de 2,3% obtido pela indústria de Pernambuco foi influenciado, sobretudo, pelo desempenho favorável de seis dos onze ramos pesquisados. Alimentos e bebidas (6,0%), em virtude do aumento na fabricação de refrigerantes e sorvetes, foi a principal influência positiva. Outras contribuições positivas relevantes foram dadas pela atividade refino de petróleo e produção de álcool (43,7%) e produtos de metal (20,3%), que registraram expansão na produção dos itens álcool anidro hidratado e latas de alumínio para embalagem, respectivamente. Já os resultados negativos registrados nas indústrias de metalurgia básica (-12,1%), têxtil (-37,0%) e máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-16,0%), influenciados, sobretudo, pelos itens vergalhão de aço ao carbono; tecido de algodão e pilhas e baterias elétricas, impediram que o total da indústria atingisse crescimento mais expressivo.

No acumulado do ano, a indústria de Pernambuco cresceu 5,4%, reflexo do bom desempenho de oito dos onze ramos industriais pesquisados. Dentre estes, os mais expressivos foram metalurgia básica (20,2%) e alimentos e bebidas (5,9%), que assinalaram, respectivamente, crescimento na fabricação dos itens chapas e tiras de alumínio e fio-máquina de aço ao carbono e margarina e refrigerantes. Em contraposição, as maiores pressões negativas vieram de máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-6,7%), influenciado pela redução em pilhas e baterias elétricas, e têxtil (-9,8%), que apresentou queda na produção de tecido de algodão.

Bahia

Na comparação com novembro de 2003, a produção industrial da Bahia cresceu 30,5%, o décimo aumento consecutivo. Os indicadores para períodos mais abrangentes continuam positivos: 10,0% no acumulado no ano e 8,5% no acumulado nos últimos doze meses.

Em relação ao indicador mensal da indústria baiana, seis das nove atividades industriais pesquisadas tiveram aumento. O resultado de novembro (30,5%), sensivelmente superior ao obtido em outubro (7,3%), é atípico e explicado, fundamentalmente, pelo desempenho de refino de petróleo e produção de álcool (205,6%), sustentado pela baixa base de comparação de novembro de 2003, por conta de paralisação técnica em importante refinaria. Vale citar, ainda, o bom desempenho de produtos químicos (18,2%), em virtude do aumento na produção de etileno não-saturado; e de alimentos e bebidas (14,6%), em função dos itens óleo de soja em bruto e farinhas e "pellets" da extração do óleo de soja. Em sentido contrário, as maiores pressões negativas vieram de celulose e papel (-17,1%), reflexo da queda em celulose; e metalurgia básica (-7,8%), devido à redução observada na produção de vergalhões de aço ao carbono, e barra, perfil e vergalhões de cobre.

No indicador acumulado no ano, a indústria da Bahia cresceu 10,0%, apresentando taxas positivas em todas as atividades industriais investigadas. A principal contribuição positiva veio de refino de petróleo e produção de álcool (22,6%), em virtude do aumento da produção de óleo diesel e combustível, e naftas. Também merecem destaque, produtos químicos (6,3%), impulsionado pelo aumento em etlieno não-saturado; e metalurgia básica (8,8%), influenciada por barra, perfil e vergalhões de cobre.

Minas Gerais

Em novembro de 2004, os indicadores industriais de Minas Gerais continuaram apresentando desempenho positivo: 7,6% no mensal; 6,3% no acumulado no ano e 6,4% nos últimos doze meses.

Na comparação com novembro de 2003, a indústria mineira cresceu 7,6%, reflexo da expansão observada em 10 dos 13 segmentos industriais pesquisados. A indústria extrativa, com 14,0% de crescimento, teve seu desempenho explicado pelo aumento na produção de minérios de ferro e seus concentrados. Vale ressaltar que esse bom desempenho deve-se, em particular, ao aquecimento da economia asiática, com destaque para a China. A indústria de transformação, por sua vez, avançou 6,7%, sendo fortemente influenciada por quatro ramos industriais: alimentos (15,6%), veículos automotores (16,0%), outros produtos químicos (26,1%) e refino de petróleo e produção de álcool (15,4%). Nesses segmentos, os produtos que mais se destacaram foram, respectivamente: maionese e carnes e miudezas de aves; camionetas e automóveis; inseticidas e adubos e fertilizantes; e óleo diesel e álcool anidro hidratado. Entre os ramos que apresentaram queda, as maiores pressões vieram de metalurgia básica (-5,5%), influenciada pela queda na produção de vergalhão de aços ao carbono; e bebidas (-24,8%), em função, sobretudo, de uma alta base de comparação (novembro de 2003), cujo destaque negativo foi o item cervejas e chope.

No indicador acumulado no ano (6,3%), o resultado de novembro confirma estabilidade no ritmo de produção, que já dura quatro meses consecutivos. O crescimento da indústria de transformação foi de 5,4%, mas sem grande alteração frente a outubro (5,3%), setembro (5,2%) e agosto (5,2%). Nove segmentos assinalaram resultados positivos, cabendo os principais destaques a veículos automotores (19,6%), indústria extrativa (12,8%), outros produtos químicos (12,3%) e alimentos (5,1%). Por outro lado, dos segmentos que pressionaram negativamente, vale destacar metalurgia básica (-1,5%) e fumo (-6,8%).

Espírito Santo

Em novembro, os indicadores industriais do Espírito Santo prosseguiram positivos. O índice mensal cresceu 9,5%, o acumulado no ano, 4,6% e, os últimos doze meses, 4,2%.

Na comparação com novembro de 2003, a produção industrial cresceu 9,5%, resultado do crescimento observado em três dos cinco ramos pesquisados. O resultado de -4,1% da indústria extrativa contribuiu para amortecer o resultado geral, uma vez que a indústria de transformação assinalou crescimento de 15,8%. Neste setor, vale destacar o excelente desempenho do segmento de celulose e papel (42,1%), puxado pelo aumento na produção de celulose. Outro ramo com importante impacto na composição da taxa foi alimentos e bebidas (14,9%), tendo como principal destaque o item bombons. Por outro lado, minerais não-metálicos cai 5,8%, tendo no cimento comum o produto de maior influência negativa.

No acumulado no ano, a taxa global da indústria avançou 4,6%, resultado da expansão de quatro ramos. A indústria extrativa, ao crescer 2,3%, imprimiu menor ritmo em relação aos meses anteriores, fruto da queda no indicador mensal (-4,1%). A indústria de transformação, por sua vez, mostrou resultado mais favorável (5,6%), com alimentos e bebidas (15,1%) e metalurgia básica (6,7%) respondendo pelos maiores impactos positivos. Com pequena variação, minerais não-metálicos (-0,3%) foi o único ramo que apresentou resultado negativo.

Rio de Janeiro

Em novembro, a indústria do Rio de Janeiro apresenta resultados positivos nos principais indicadores. No confronto com novembro 2003, a produção avançou 3,7%, registrando, assim, o sétimo resultado positivo consecutivo neste tipo de comparação. Com isso, na comparação para períodos mais abrangentes, a indústria fluminense permaneceu apresentando expansão: 2,2% no acumulado no ano e 1,9% nos últimos doze meses. Vale destacar que os índices da indústria fluminense continuam abaixo da média nacional em todas as comparações.

Para a formação do resultado de 3,7%, obtido na comparação novembro 04 / novembro 03, contribuíram positivamente sete dos treze ramos pesquisados. A indústria extrativa, após a taxa positiva de outubro, volta a registrar queda (-1,6%), sendo influenciada, sobretudo, pela parada para manutenção de plataformas de extração de petróleo. A indústria de transformação, por sua vez, cresce 4,8%, o sétimo resultado positivo consecutivo neste tipo de comparação. A atividade de refino de petróleo e produção de álcool, com crescimento de 21,4%, é a que responde pelo maior impacto positivo, com destaque para óleo diesel e gasolina comum. Vale mencionar o desempenho favorável de bebidas (22,9%), pressionado, em grande parte, pelo aumento no item cervejas e chope; minerais não-metálicos (21,2%), em função do aumento na produção de granito talhado; e veículos automotores (18,8%), em virtude da expansão na fabricação de caminhões e automóveis. Dos cinco ramos da indústria de transformação que apresentaram queda na produção, os destaques foram metalurgia básica (-11,5%) e farmacêutica (-16,2%), influenciados, sobretudo, pelas respectivas reduções na produção de folhas-de-flandres e alumínio não ligado e medicamentos.

Quanto ao indicador acumulado no ano, o aumento de 2,2% foi influenciado pelos resultados positivos de nove das treze atividades pesquisadas. Com queda de 4,2%, a indústria extrativa foi a principal influência negativa no resultado geral da indústria, bastante pressionada pelas paradas programadas para manutenção de plataformas de extração de petróleo ocorridas ao longo de 2004. A indústria de transformação apresenta crescimento (3,7%), com destaque para veículos automotores (20,7%), minerais não-metálicos (21,5%) e bebidas (14,3%). Nestes grupos, os principais destaques positivos foram, respectivamente, caminhões; granito talhado; e cervejas e chope. Em contraste, edição e impressão (-6,6%) e outros produtos químicos (-5,0%) foram os ramos da indústria de transformação que mais pressionaram negativamente o índice global, impulsionados pela queda na produção de CDs e oxigênio, respectivamente.

São Paulo

O setor industrial de São Paulo mostra, em novembro, aumento na produção segundo os principais indicadores: 10,2% em relação a novembro de 2003; 11,9% no acumulado no ano e 11,4% nos últimos doze meses.

O crescimento de 10,2% na comparação com novembro de 2003 refletiu o comportamento positivo de 15 dos 20 ramos pesquisados. Os que mais influenciaram o desempenho global foram: material eletrônico e equipamentos de comunicações (57,9%), veículos automotores (21,3%) e máquinas e equipamentos (24,7%) impulsionados, principalmente, pelo aumento na produção de equipamentos de telefonia celular e telefones celulares; automóveis e peças para motores; e aparelhos elevadores/transportadores de mercadorias e rolamentos. Em sentido contrário, edição e impressão (-7,1%) e refino de petróleo e produção de álcool (-6,4%) foram as atividades que mais pressionaram negativamente a taxa global. Nestes ramos, sobressaíram as quedas nos respectivos itens: livros e impressos didáticos e óleo diesel.

A produção acumulada no período janeiro-novembro mostrou expansão de 11,9%, com 19 setores aumentando o nível de atividade. Veículos automotores (29,7%), máquinas e equipamentos (22,1%) e material eletrônico e equipamentos de comunicações (45,5%) figuraram como as principais pressões positivas, devido, sobretudo, à fabricação de automóveis e caminhões; motoniveladores e aparelhos elevadores/transportadores de mercadorias; e equipamentos de telefonia celular e telefones celulares. Por outro lado, a única influência negativa foi edição e impressão (-1,9%), explicada, em parte, pela queda na fabricação de livros e impressos didáticos.

 

Paraná

Em novembro de 2004, os indicadores da produção industrial do Paraná apresentaram taxas positivas em suas principais comparações. No mensal, o crescimento foi de 15,5%. Já nos índices acumulado no ano e nos últimos doze meses alcançaram 9,5% e 9,2%, respectivamente.

Em relação a novembro de 2003, a indústria paranaense mostrou forte aumento da produção (15,5%), refletindo a expansão de oito dos quatorze segmentos industriais pesquisados. Edição e impressão (182,1%), que teve desempenho atípico, foi o setor que exerceu um dos maiores impactos positivos sobre a taxa global. Esse resultado foi motivado pela associação do aumento na produção de livros e impressos didáticos, em função de encomendas do governo, com a baixa base de comparação (novembro de 2003). Outros dois ramos que imprimiram impactos significativos no resultado geral foram: veículos automotores (66,9%), reflexo da expansão observada em caminhões; e alimentos (7,9%), por conta do produto açúcar cristal. Entre os destaques negativos, cabe mencionar máquinas e equipamentos (-13,6%) e produtos de metal (-15,0%), influenciados pelo mau desempenho na produção de máquinas para colheita e guarnições e ferragens para móveis, respectivamente.

A produção acumulada até novembro de 2004 cresceu 9,5%, ritmo bem acima do assinalado no ano de 2003 (5,7%). Entre as atividades industriais que se expandiram, três merecem destaque: veículos automotores (47,5%), influenciada pela produção de caminhões; edição e impressão (41,4%), tendo como produtos responsáveis livros e impressos didáticos; e máquinas e equipamentos (18,2%), impulsionada pelo aumento em máquinas para fabricar celulose. Por outro lado, quatro das quatorze atividades industriais pesquisadas apresentaram queda, em especial, refino de petróleo e produção de álcool (-13,8%) e outros produtos químicos (-10,2%).

Santa Catarina

Em novembro, os indicadores da indústria de Santa Catarina foram amplamente positivos. Em relação a novembro de 2003, a produção registrou aumento de 12,1%, sendo este o décimo resultado positivo consecutivo neste tipo de comparação. Com isso, os indicadores para períodos mais abrangentes, mantiveram-se positivos: 11,1% no acumulado no ano e 9,9% nos últimos doze meses (9,9%).

Na comparação novembro 04 / novembro 03, o crescimento de 12,1% foi reflexo dos resultados positivos de oito dos onze ramos pesquisados. O principal destaque foi veículos automotores (151,7%), pressionado, em grande parte, tanto por uma base de comparação deprimida, como pelo aumento na demanda por carrocerias para caminhões e ônibus. Outro destaque positivo foi alimentos (17,0%), em virtude da maior demanda externa por carnes e miudezas de aves. Vale mencionar também as indústrias têxtil (12,8%) e de máquinas e equipamentos (9,3%), que tiveram resultados favoráveis na produção de toalha de banho, rosto e mãos; e compressores e motocompressores, respectivamente. Dentre os três ramos industriais que reduziram a produção, vestuário (-9,2%), influenciado por vestuários de malha, responde pela influência negativa mais significativa.

No acumulado do ano (11,1%), houve predomínio de resultados positivos, com nove das onze atividades industriais pesquisadas apresentando crescimento. As expansões que mais impactam a taxa global foram alimentos (10,9%) e máquinas e equipamentos (13,9%). Nestas atividades, destacam-se, respectivamente, os avanços nos itens carnes e miudezas de aves e refrigeradores e congeladores. Também foram destaques positivos as indústrias têxtil (13,2%), de veículos automotores (35,8%) e de borracha e plástico (17,1%), pressionados, sobretudo, pelo aumento na produção de toalha de banho, rosto e mãos; carrocerias para caminhões e ônibus e peça e acessórios plásticos. Novamente, minerais não-metálicos (-4,8%) e vestuário (-2,4%) exercem, nesta comparação, as principais contribuições negativas na formação do índice geral. Tais setores foram influenciados pela queda na produção de ladrilhos e placas de cerâmica e camisas para uso masculino, respectivamente.

Rio Grande do Sul

Em novembro de 2004, a indústria do Rio Grande do Sul cresceu 3,2%, resultado superior ao observado em outubro (2,2%). Os indicadores para períodos mais abrangentes também cresceram: 6,7% no acumulado no ano e 6,5% nos últimos doze meses.

Segundo o indicador mensal, a alta de 3,2% na indústria gaúcha contou com o desempenho positivo de 10 dos 14 ramos pesquisados. Calçados e artigos de couro (20,0%), veículos automotores (18,4%) e metalurgia básica (20,2%) foram os maiores impactos positivos no cômputo geral. Estas indústrias assinalaram crescimento, sobretudo, nos respectivos itens: tênis passeio de couro; eixo e semi-eixo; e barras de outras ligas de aços. Em contrapartida, as maiores contribuições negativas vieram de refino de petróleo e produção de álcool (-24,0%), que apresentou queda na produção de óleo diesel e de naftas para petroquímica, e de outros produtos químicos (-2,7%), em decorrência, principalmente, da redução na produção de polietileno de baixa e alta densidade.

O indicador acumulado no ano cresce 6,7%, refletindo aumento em 11 dos 14 ramos pesquisados. Dentre estes, os mais expressivos foram fumo (27,7%), máquinas e equipamentos (17,8%) e veículos automotores (22,3%). Nestes segmentos, sobressaíram, os respectivos itens: produtos do fumo; máquinas para colheita; e eixos e semi-eixos. Por outro lado, os ramos que assinalaram as maiores quedas no cômputo geral foram refino de petróleo e produção de álcool (-5,5%) e alimentos (-0,9%), influenciados, respectivamente, por naftas para petroquímica e tortas e bagaços de soja.

Goiás

A indústria do estado de Goiás registra, em novembro, crescimento de 15,7%, na comparação com igual mês de 2003. Esse resultado foi mais favorável do que o de outubro (4,8%). Os indicadores para períodos mais abrangentes também assinalaram expansão: 6,9% no acumulado no ano e 6,1% no acumulado nos últimos doze meses.

No indicador mensal, o aumento de 15,7% foi reflexo do crescimento dos cinco segmentos pesquisados. As maiores contribuições vieram de alimentos e bebidas (11,5%), produtos químicos (34,1%) e indústria extrativa (29,8%), que apresentaram, respectivamente, aumento na produção de óleo de soja; medicamentos; e amianto em fibras.

Já no acumulado no ano (6,9%), quatro das cinco atividades pesquisadas tiveram resultados positivos, com destaque para alimentos e bebidas (6,8%) e produtos químicos (10,7%), que registraram, respectivamente, aumento na produção de tortas e bagaços de soja, farinhas e "pellets" de soja; medicamentos; e sabões para uso doméstico. Em contrapartida, metalurgia básica (-0,5%) foi a única contribuição negativa no cômputo geral, influenciada, principalmente, por ferroniquel e ouro em barras.