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Em outubro, emprego industrial recua 0,2% em relação a setembro e acumula alta de 1,4% no ano

Em outubro, após cinco meses de expansão, o emprego na indústria registrou queda (-0,2%) frente a setembro, na série livre de influências sazonais.

17/12/2004 07h31 | Atualizado em 17/12/2004 07h31

NÚMERO DE HORAS PAGAS

Em outubro, o número de horas pagas aos trabalhadores da indústria recuou em 1,3% em relação a setembro, já descontado o efeito sazonal. Os demais indicadores assinalam crescimento: 2,8% em relação a outubro de 2003; 1,6% no acumulado no ano e 1,0% nos últimos doze meses. A jornada média de trabalho apresenta queda (-1,3%) no indicador mensal. Porém, os demais indicadores registraram pequenos aumentos: 0,2% no acumulado no ano e 0,1% no acumulado nos últimos 12 meses. A redução observada no indicador mensal pode estar associada ao menor número de dias úteis em outubro de 2004 (20 dias) em relação ao de igual mês de 2003 (23 dias).

Com o aumento de 0,3% no número de horas pagas entre os trimestres encerrados em outubro e setembro, o indicador de média móvel trimestral dá continuidade à trajetória ascendente iniciada em julho de 2004.

Na comparação com outubro de 2003, as horas pagas na indústria registraram aumento de 2,8%. As contribuições positivas vieram de 12 dos 14 locais e de 12 dos 18 ramos pesquisados. Em termos setoriais, os maiores impactos positivos vieram de máquinas e equipamentos (12,6%), meios de transporte (11,4%) e alimentos e bebidas (2,3%). As principais pressões negativas vieram das atividades de vestuário (-3,6%), produtos de metal (-2,5%) e outros produtos da indústria de transformação (-2,2%).

Ainda segundo o indicador mensal, os locais responsáveis pelas influências mais significativas no resultado nacional foram São Paulo (1,9%), Minas Gerais (6,7%), região Nordeste (4,7%) e região Norte e Centro-Oeste (6,9%). Por outro lado, a maior influência negativa sobre o número de horas pagas foi do Rio de Janeiro (-3,2%). Na indústria paulista, os segmentos de máquinas e equipamentos (21,3%), meios de transporte (10,5%) e máquinas e aparelhos eletro-eletrônicos e de comunicações (7,3%) foram os destaques positivos. Na indústria mineira, as principais altas vieram de metalurgia básica (12,5%), borracha e plástico (35,6%), máquinas e aparelhos eletro-eletrônicos e de comunicações (22,4%). Na região Nordeste, o destaque ficou com a indústria de calçados e couros (11,6%) e no Norte e Centro-Oeste, alimentos e bebidas (12,8%) liderou a expansão do índice de horas pagas.

No acumulado janeiro-outubro, houve aumento de 1,6% no número de horas pagas da indústria, reflexo do resultado positivo em 12 ramos e em 12 locais pesquisados. Os destaques positivos, por locais, vieram de Minas Gerais (5,3%), São Paulo (1,1%) e região Norte e Centro-Oeste (3,9%). Em sentido oposto, Rio de Janeiro (-4,5%) e Espírito Santo (-1,0%) foram as únicas áreas com taxas negativas. Os setores responsáveis pelos principais aumentos em nível nacional foram os de máquinas e equipamentos (14,7%), meios de transporte (8,3%) e metalurgia básica (10,3%). Por outro lado, vestuário (-9,3%) e produtos de metal (-4,3%) exerceram as principais contribuições negativas.

FOLHA DE PAGAMENTO

Em outubro, a folha de pagamento dos trabalhadores da indústria, na série livre de influências sazonais, recuou 0,9% em relação ao mês de setembro, revertendo o crescimento registrado entre agosto e setembro (0,2%). Nos demais indicadores, a folha salarial industrial apresentou expansão: 9,8% em comparação a outubro do ano passado; 9,3% no acumulado no ano e 7,6% no acumulado nos últimos 12 meses.

O indicador de média móvel trimestral apontou retração de 0,2% entre os trimestres encerrados em setembro e outubro. Apesar desta ligeira queda, este indicador mostra um quadro de virtual estabilidade desde junho.



Na comparação com outubro de 2003, a folha de pagamento real registrou aumento de 9,8%, conseqüência do resultado positivo nos 14 locais pesquisados. A principal contribuição na formação desta taxa veio de São Paulo (11,5%), Minas Gerais (12,5%) e Rio de Janeiro (12,1%). O bom desempenho de São Paulo foi determinado, sobretudo, pelo setor de meios de transporte (42,7%), seguido por máquinas e equipamentos (33,5%). Em Minas Gerais, produtos de metal (73,1%) e metalurgia básica (15,4%) foram os destaques, enquanto no Rio de Janeiro, os principais acréscimos vieram de produtos químicos (28,6%) e indústria extrativa (23,0%). A Região Norte e Centro-Oeste também assinalou relevante ampliação nos rendimentos reais (11,4%), por conta de alimentos e bebidas (17,2%) e máquinas e aparelhos elétro-eletrônicos e de comunicações (27,3%). Vale citar, ainda, a expansão da folha de salários em Santa Catarina (8,0%), que apresentou aumento em máquinas e equipamentos (16,1%) e vestuário (13,1%); e no Paraná (7,5%), com destaque para máquinas e equipamentos (26,2%) e alimentos e bebidas (10,8%).

Quanto aos setores, na mesma comparação, houve ganho real na folha de pagamento em quinze dos dezoito setores industriais investigados. As maiores influências positivas foram observadas em meios de transporte (33,8%) e máquinas e equipamentos (24,0%). Por outro lado, as principais pressões negativas vieram de papel e gráfica (-4,4%) e produtos de metal (-0,4%).

O indicador acumulado no ano registrou aumento de 9,3% no valor real da folha de pagamento, com acréscimo em todos os locais pesquisados. Os maiores impactos positivos vieram de São Paulo (9,9%) e Minas Gerais (12,1%), com destaque para máquinas e equipamentos (49,9%) e metalurgia básica (17,7%), respectivamente. Ainda na análise setorial houve ampliação na massa salarial em quinze das dezoito atividades. As contribuições positivas mais relevantes vieram de máquinas e equipamentos (31,4%) e meios de transporte (12,5%), enquanto as maiores perdas ocorreram em produtos de metal (-4,3%) e têxtil (-2,4%).

Em relação à folha de pagamento média real, houve crescimento nos três principais indicadores: no mensal (5,4%), no acumulado no ano (7,8%) e no acumulado nos últimos doze meses (6,8%). O indicador acumulado apresentou expansão em quinze dos dezoito setores pesquisados e em todas as regiões. Em termos regionais, as taxas variaram entre os 12,3% registrados no Rio de Janeiro e os 4,6% de Pernambuco.



Em outubro, após cinco meses de expansão, o emprego na indústria registrou queda (-0,2%) frente a setembro, na série livre de influências sazonais. Os demais indicadores foram positivos: em relação a outubro de 2003 houve crescimento de 4,2%; o acumulado no ano ficou em 1,4% e o dos últimos doze meses, em 0,9%. Segundo o índice de média móvel trimestral (gráfico abaixo), o ligeiro recuo de 0,2%, assinalado na passagem de setembro para outubro, não reverte a trajetória positiva do emprego. Este indicador encontra-se no patamar mais elevado desde o início da série histórica, iniciada em março de 2001.



No confronto outubro 04/ outubro 03, o índice de emprego no setor industrial (4,2%) manteve a seqüência de oito taxas positivas consecutivas. O número de contratações superou o de demissões em 12 dos 14 locais pesquisados, com o contingente de trabalhadores aumentando principalmente em São Paulo (4,7%) e Minas Gerais (6,6%). Na indústria paulista, os setores de máquinas e equipamentos (24,1%) e alimentos e bebidas (11,7%) responderam pelas maiores contribuições positivas entre os doze ramos em que o número de pessoas ocupadas aumentou. Já entre os 14 que elevaram o total de empregados na indústria mineira, os destaques foram máquinas e aparelhos eletro-eletrônicos e de comunicações (26,2%) e produtos de metal (18,4%). Por outro lado, as únicas pressões negativas no índice geral vieram das indústrias do Rio de Janeiro (-1,4%) e do Rio Grande do Sul (-0,4%), sobretudo pelo impacto do ramo de alimentos e bebidas (-16,2%) e de calçados e couros (-6,5%), respectivamente.

Em nível nacional, 12 atividades expandiram o número de pessoas ocupadas. As principais contribuições vieram de alimentos e bebidas (5,5%), máquinas e equipamentos (14,2%) e meios de transporte (13,7%), e os principais impactos negativos foram: produtos de metal (-4,2%) e vestuário (-1,7%).

No acumulado no ano, houve expansão de 1,4%, com dez áreas apresentando aumento no total de pessoas ocupadas. Minas Gerais (4,3%) e São Paulo (0,9%) responderam pelas principais pressões positivas. Além da indústria mineira, a região Norte e Centro-Oeste (4,2%) e o Paraná (3,5%) tiveram as taxas mais elevadas. Por outro lado, Rio de Janeiro (-3,2%) e Rio Grande do Sul (-0,2%) foram os destaques negativos. Entre os setores, 12 apresentaram taxas positivas. Máquinas e equipamentos (13,7%), alimentos e bebidas (3,0%) e meios de transporte (6,4%) responderam pelos maiores impactos na média nacional. Em sentido contrário, as principais influências foram: vestuário (-8,7%), produtos de metal e papel e gráfica, ambos com taxa de -5,2%.

A taxa anualizada, indicador acumulado nos últimos doze meses (0,9%), permanece apontando trajetória ascendente do emprego industrial, movimento presente desde abril e em ritmo mais acelerado nos últimos dois meses.