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Vendas do comércio crescem 8,46% em outubro

Receita nominal cresceu 13,40%. Vendas e receita acumulam, respectivamente, 9,27% e 12,24% no ano e, nos últimos doze meses, 7,76% e 11,88%.

15/12/2004 07h31 | Atualizado em 15/12/2004 07h31

Receita nominal cresceu 13,40%. Vendas e receita acumulam, respectivamente, 9,27% e 12,24% no ano e, nos últimos doze meses, 7,76% e 11,88%. O volume de vendas cresceu em 25 das 27 Unidades da Federação e em quatro das cinco principais atividades do varejo.

Em outubro, o comércio varejista do País registrou alta de 13,40% na receita nominal e de 8,46% no volume de vendas. Essas taxas sofreram pequena redução em relação a setembro (gráfico 1). Os acumulados do ano (9,27% no volume de vendas e 12,24% na receita nominal) ficaram muito próximos das verificados de janeiro a setembro (9,36% e 12,10% respectivamente). Já no acumulado dos últimos 12 meses, a receita (11,88%) caminhou para a estabilização, e o volume de vendas (7,76%) manteve-se ascendente.

 



Em relação a outubro de 2003, o volume de vendas cresceu em vinte e cinco das 27 Unidades da Federação. As maiores taxas ocorreram no Amazonas (22,12%), Rondônia (20,60%), Mato Grosso (20,03%), Acre (17,16%), Mato Grosso do Sul (13,22%) e Alagoas (13,19%%), e as quedas, em Roraima (-6,07%) e Goiás (-0,43%). Quem mais contribuiu para o desempenho global do varejo foi São Paulo (7,41%), Minas Gerais (9,97%), Rio Grande do Sul (9,94%), Rio de Janeiro (6,75%), Paraná (10,46%) e Santa Catarina (10,87%).

Das cinco atividades varejistas (séries iniciadas em 2000), quatro tiveram aumento no volume de vendas em relação a outubro de 2003: Móveis e eletrodomésticos (20,40%); Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (10,65%); Combustíveis e lubrificantes (1,35%) e Veículos, motos, partes e peças (9,91%). O segmento de Tecidos, vestuário e calçados teve queda (-1,43%). Os três últimos segmentos apresentaram taxas mensais menores que as de setembro (Tabela 1).

Em outubro, entre as novas atividades pesquisadas (amostra definida em 2003), houve alta no volume de vendas de Outros artigos de uso pessoal e doméstico (10,41%) e Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (0,13%), e ambos reduziram suas taxas em relação a setembro. Houve queda no volume de vendas de Material de construção (- 4,01%); Livros, jornais, revistas e papelaria (- 4,08%) e Equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação (-17,65%) (Tabela 2).

O segmento de Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo manteve-se, em outubro, como principal a influência sobre o comércio varejista, com crescimento de 10,65% no volume de vendas, sobre igual mês do ano anterior. Esse aumento reflete a evolução dos níveis de ocupação e rendimento estimados pela Pesquisa Mensal de Emprego neste segundo semestre, para o total das seis Regiões Metropolitanas, e fez expandir as taxas acumuladas, entre setembro e outubro, de 6,19% para 6,65% (acumulado do ano) e de 4,10% para 5,39% (acumulado dos últimos 12 meses).



O ramo específico de Hipermercados e supermercados, além de manter o aumento no ritmo de crescimento iniciado em setembro, registrou volume de vendas levemente acima do grupo, com variações de 11,31% sobre outubro de 2003, de 6,91% no acumulado do ano e de 5,57% no acumulado dos últimos 12 meses.

A expansão de 20,40% no volume de vendas de Móveis e eletrodomésticos, em relação a outubro de 2003, é praticamente a mesma taxa (20,30%) obtida pela atividade em setembro. Mantendo-se num patamar baixo nos últimos dois meses, o segmento diminuiu seu ritmo de crescimento no acumulado no ano, cuja taxa foi de 28,56% para 27,60% entre setembro e outubro de 2004. No acumulado dos últimos 12 meses, no entanto, a taxa de Móveis e eletrodomésticos continua ascendente: 25,16%. A ampliação do crédito permanece como o principal fator a proporcionar ao segmento taxas de crescimento acima da média geral do varejo.

Em outubro, o volume de vendas de Combustíveis e lubrificantes (1,35%) voltou a desacelerar seu ritmo de crescimento. O acumulado no ano continua caindo (5,30% em outubro, contra 5,78% em setembro), mas o acumulado nos últimos 12 meses manteve-se ascendente (de 3,87% em setembro para 4,41% em outubro).

A queda (-1,43%) no volume de vendas de Tecidos, vestuário e calçados, em outubro, retoma o cenário de redução de taxas de desempenho, iniciado há cinco meses nesta atividade (Gráfico 6). Tem-se também ligeira diminuição da taxa acumulada no ano, que saiu de 6,03% em setembro para 5,22% em outubro. O acumulado de 12 meses, por sua vez, apresenta-se estável, com variação de 3,76% em outubro .

Em outubro, o desempenho mensal do volume de vendas do segmento Veículos, motos, partes e peças foi que mais se retraiu: dos 15,41% em setembro para 9,91% este mês, ou seja, queda de 5,5 pontos percentuais. Esta desaceleração deveu-se, principalmente, ao aumento da base de comparação: 4,06% de acréscimo entre setembro e outubro de 2003 contra uma redução de 0,90% de setembro para outubro de 2004. A quebra de ritmo de crescimento é sinalizada também pelo acumulado no ano: 17,77% em outubro contra 18,77% em setembro. Repetindo o que ocorre em outras atividades, o acumulado dos últimos 12 meses manteve-se ascendente: 16,50% até outubro, cerca de 1,3 pontos percentuais acima da taxa de setembro.

Em outubro, o grupo Outros artigos de uso pessoal e doméstico teve a maior taxa de desempenho entre as cinco novas atividades pesquisadas a partir de 2003: 10,41% no volume de vendas. Como ocorreu nos outros novos segmentos, porém, esta atividade intensificou a desaceleração, como demonstra o continuado declínio no acumulado no ano: de 18,10% em setembro para 17,19% em outubro de 2004.

 



O segmento de Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos foi a outra nova atividade com taxas positivas em outubro. Seu volume de vendas aumentou em 0,13% em relação a outubro de 2003 e 8,18% no acumulado do ano. Apesar do desempenho positivo, o ritmo de crescimento deste ramo continua a diminuir, tanto no indicador mensal quanto no acumulado do ano (Tabela 2).

O volume de vendas do Atacado e varejo de material de construção reduziu seu ritmo de crescimento pelo segundo mês consecutivo (- 4,01%). O acumulado do ano, já relativamente baixo em função de um início de ano bastante negativo, reduziu-se ainda mais este mês: 1,96%, contra 2,69% no período janeiro-setembro.

Houve nova queda (-4,08%) no volume de vendas de Livros, jornais, revistas e papelaria em outubro, atividade que já assinalara - 4,01% em setembro. Em decorrência disto, o acumulado no ano reduziu-se mais: -2,14%, contra -1,96% do período janeiro-setembro.

Finalmente, o volume de vendas de Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação sofreu a maior retração entre as atividades selecionadas pela Pesquisa Mensal de Comércio: de 11,17% em setembro para -17,65% em outubro. Com isto, o acumulado no ano diminuiu o ritmo de crescimento, registrando até outubro: 16,66%, contra 21,74% no período de janeiro a setembro.

Responsáveis por quase 50% da receita bruta do comércio varejista nacional, Rio de Janeiro e São Paulo tiveram, em outubro, um volume de vendas abaixo do varejo do País: o Rio foi de 5,74% em setembro para 6,75%, e São Paulo, de 9,48% para 7,41%. A atividade Combustíveis e lubrificantes determinou a diferença no comportamento de ambos: queda (-6,41%) no volume de vendas do Rio e aumento de 3,06% em São Paulo.

No acumulado do ano, o Rio de Janeiro (7,27%) ainda apresenta crescimento inferior ao de São Paulo (8,93%). As duas Unidades da Federação mantêm praticamente estáveis os acumulados no ano, mas seguem ampliando suas taxas acumuladas nos últimos 12 meses: 5,24% no Rio de Janeiro e 7,36% em São Paulo.