Na série com ajuste sazonal, a Indústria foi o setor de atividade que alcançou crescimento mais expressivo (2,8%), enquanto que os Serviços registraram 0,7% e a Agropecuária caiu 3,6%.

Em relação aos componentes da demanda, a Formação Bruta de Capital Fixo cresceu 6,7% – o maior registrado desde 1994 – ratificando a retomada iniciada no terceiro trimestre de 2003. O Consumo das Famílias apresentou taxa de 1,4% no terceiro trimestre em relação ao segundo trimestre de 2004 e o Consumo do Governo registrou variação de –0,2%. Neste tipo de comparação, as Exportações de Bens e Serviços aumentaram 1,5% e as Importações de Bens e Serviços 3,7%.

O PIB a preços de mercado cresceu 6,1% no terceiro trimestre de 2004, em relação à igual período de 2003. É o maior resultado desde o terceiro trimestre de 1996, quando a taxa alcançou 6,3%. O Valor Adicionado a preços básicos cresceu 5,5% e os Impostos sobre Produtos, 11,4%. Os três setores que contribuíram para a geração do Valor Adicionado apresentaram taxas positivas na comparação com igual período do ano anterior. A Indústria foi o destaque, crescendo 7,0%, seguida por Agropecuária (4,9%) e Serviços (4,7%).

Dentre os componentes da demanda, no terceiro trimestre de 2004 em relação ao mesmo trimestre de 2003, o Consumo das Famílias registrou crescimento de 5,7% - o maior desde o segundo trimestre de 1997 (6,0%). Um dos fatores que contribuíram para este resultado foi a elevação de 5,3% da massa salarial dos trabalhadores no trimestre (conforme resultados da PME).

Após sucessivos resultados negativos ao longo dos quatro trimestres de 2003, a Formação Bruta de Capital Fixo continuou crescendo neste trimestre (20,1%), apresentando a maior taxa desde 1995. Já o Consumo do Governo foi o componente da demanda que apresentou menor variação (0,3%).

Pelo lado da demanda externa, as Exportações de Bens e Serviços (18,2%) continuaram crescendo. Ainda neste tipo de comparação, as Importações de Bens e Serviços também cresceram (17,7%), mantendo trajetória ascendente da taxa iniciada no terceiro trimestre de 2003. Esse é o maior aumento desde o primeiro trimestre de 2001.

No acumulado do ano, o PIB a preços de mercado apresentou crescimento de 5,3% em relação à igual período de 2003, o maior resultado desde 1995 (6,4%). Na mesma base de comparação, a Indústria e a Agropecuária cresceram 6,3% e 5,6%, respectivamente, e os Serviços, 3,8%.

Na Indústria, o destaque foi a Transformação, com alta de 7,4%. Os demais subsetores também apresentaram taxas positivas: 5,9% na Construção Civil; 4,1% nos Serviços Industriais de Utilidade Pública e 2,1% na Extrativa Mineral.

Em relação aos Serviços, os destaques foram os subsetores de Comércio (8,1%) e Transporte (5,6%). Também apresentaram crescimento Outros Serviços (5,5%), Instituições Financeiras (4,0%), Administração Pública (2,2%) e Aluguéis (1,6%), e, em menor magnitude, Comunicações (0,5%).

O PIB a preços de mercado acumulado nos quatro trimestres terminados em setembro de 2004 apresentou variação em volume de 4,2%, em relação aos quatro trimestres anteriores. Este resultado foi alcançado em virtude da variação do Valor Adicionado a preços básicos, de 3,9%, e dos Impostos sobre Produtos, de 6,3%. Em relação ao Valor Adicionado, os três setores apresentaram resultados positivos: Agropecuária, 5,3%; Indústria, 4,6% e Serviços, 3,1%. Dentre os subsetores industriais, Transformação, Extrativa Mineral e Serviços Industriais de Utilidade Pública apresentaram, respectivamente, as seguintes variações: 5,6%, 5,5% e 3,3%.

Já a Construção Civil, após quatro quedas consecutivas, cresceu 2,2% no índice acumulado em doze meses. Com exceção do subsetor de Comunicações, que novamente sem taxa positiva neste tipo de comparação (-0,1%), os demais componentes do setor Serviços cresceram: 6,1% no Comércio; 5,1% em Transporte, 4,3% em Outros Serviços; 3,1% em Instituições Financeiras; 1,9% na Administração Pública e 1,8% em Aluguéis.