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Em agosto,emprego cresce pelo quarto mês consecutivo, acumulando alta de 2,6% desde abril

19/10/2004 06h31 | Atualizado em 19/10/2004 06h31

Já nos demais indicadores, o valor da folha de pagamento industrial prosseguiu apresentando crescimento: 9,6% em comparação com agosto do ano passado, 9,1% no acumulado no ano e 5,3% no acumulado nos últimos doze meses. Em relação à folha de pagamento média real, os três indicadores também registraram índices positivos: 6,3% no confronto com agosto do ano anterior, 8,2% no acumulado no ano e 5,4% para o acumulado nos últimos doze meses.

Na comparação com agosto de 2003, a folha de pagamento real registrou aumento de 9,6%, com crescimento em todos os 14 locais pesquisados. Para a formação desta taxa, a maior contribuição positiva novamente foi assinalada por São Paulo (10,3%), influenciada em grande parte pela forte expansão observada em máquinas e equipamentos (68,2%) e, em menor medida, em meios de transporte (13,2%). Em termos de magnitude da taxa, o principal destaque foi Minas Gerais (14,4%) que teve o valor da folha salarial real impulsionado pelo aumento em metalurgia básica (22,4%), produtos de metal (41,5%) e produtos químicos (42,0%). Acima da média global (9,6%), destacaram-se: Bahia (10,8%), Rio de Janeiro (10,3%), Espírito Santo (9,9%) e região Norte e Centro-Oeste (9,8%). Abaixo da média ficaram: Paraná (9,2%), Santa Catarina (8,2%), Ceará (6,8%), Rio Grande do Sul (4,8%), região Nordeste (6,9%) e Pernambuco (0,1%).

Ainda na comparação agosto 04/ agosto 03, houve aumento real na folha de pagamento em 15 dos 18 setores industriais investigados. As maiores influências positivas foram observadas em máquinas e equipamentos (41,6%), meios de transporte (14,3%), alimentos e bebidas (7,5%) e produtos químicos (9,3%). Em sentido contrário, os três ramos que apresentaram diminuição no valor da folha de pagamento real foram produtos de metal (-7,0%), vestuário (-1,7%) e minerais não-metálicos (-1,4%).

No indicador acumulado no ano (9,1%), os números foram positivos para a totalidade das áreas pesquisadas. Observa-se que o crescimento da folha de pagamento está alinhado a um contexto de redução no ritmo da inflação e de um maior dinamismo da atividade industrial. Também neste confronto, as indústrias de São Paulo (9,4%) foram as que mais pressionaram positivamente a taxa global, influenciadas, sobretudo, pelos ganhos assinalados em máquinas e equipamentos (51,8%). Minas Gerais (12,0%) e a região Norte e Centro-Oeste (10,8%) foram as que registraram os maiores avanços, em razão, principalmente, dos aumentos revelados por metalurgia básica (19,5%), na primeira, e alimentos e bebidas (12,6%), na segunda.

Ainda no indicador acumulado no ano, em termos setoriais, houve acréscimo no valor real da folha de pagamento em 15 dos 18 ramos industriais investigados. Para a formação da taxa de 9,1%, as contribuições positivas mais significativas vieram de máquinas e equipamentos (32,0%), meios de transporte (9,2%), alimentos e bebidas (8,4%) e produtos químicos (10,2%). Com queda, figuraram apenas produtos de metal (-5,2%), têxtil (-5,0%) e vestuário (-2,8%).

No que se refere à folha de pagamento média real da indústria, o indicador acumulado no ano (8,2%) apresentou expansão em todos os locais, com os índices variando entre os 5,9% registrados no Paraná e os 12,8% no Espírito Santo. Em nível setorial, dos 18 setores pesquisados, apenas têxtil (-3,1%) e fumo (-8,0%) assinalaram queda, cabendo à máquinas e equipamentos (16,5%), indústria extrativa (12,8%) e papel e gráfica (10,6%) os avanços mais intensos no total do país.

Na análise do indicador acumulado nos últimos doze meses, a folha de pagamento real mostrou significativo aumento no ritmo de crescimento em agosto (5,3%), frente aos resultados de julho (4,1%) e junho (3,2%). Seguindo a mesma tendência, a folha média real assinalou uma sensível melhora nos últimos três meses: junho (3,8%), julho (4,5%) e agosto (5,4%).

No período acumulado janeiro-agosto (0,8%), as admissões superaram as demissões em nove áreas e 12 atividades. Entre os locais, Minas Gerais (3,6%), Norte e Centro-Oeste (3,5%) e Paraná (3,0%) figuraram como as principais influências positivas no cômputo geral e Rio de Janeiro (-3,3%) e Rio Grande do Sul (-0,7%) foram os que mais pressionaram negativamente o índice geral. Setorialmente, máquinas e equipamentos (13,4%) e alimentos e bebidas (2,4%) foram os principais destaques positivos e vestuário (-9,6%) e papel e gráfica (-6,0%) representaram as contribuições negativas mais significativas.

 

NÚMEROS DE HORAS PAGAS

Em agosto, o total de horas pagas aos trabalhadores da indústria aumentou 1,0% em relação a julho, já descontado o efeito sazonal. Na comparação com agosto de 2003, houve crescimento de 3,9%. Os indicadores para períodos mais abrangentes registraram aumentos de 1,2% no acumulado no ano e de 0,2% no acumulado nos últimos doze meses. A jornada média de trabalho também assinalou alta em todos os indicadores: 0,7% no indicador mensal, 0,4% no acumulado no ano e 0,3% no acumulado nos últimos doze meses.

Após a estabilidade registrada no mês anterior, a jornada de trabalho voltou a crescer na passagem de julho para agosto (0,2%), segundo o indicador de média móvel trimestral.

Na comparação agosto 04/ agosto 03, o número de horas pagas na indústria atingiu a sétima taxa positiva consecutiva, ao crescer 3,9%. Esta performance foi determinada pelo aumento da jornada em 12 dos 14 locais e em 13 dos 18 ramos pesquisados. Em termos setoriais, os maiores impactos positivos foram observados nas atividades de máquinas e equipamentos (17,3%), meios de transporte (12,6%) e alimentos e bebidas (3,2%). Em contrapartida, as principais pressões negativas vieram das indústrias de vestuário (-7,2%), produtos de metal (-3,0%) e papel e gráfica (-2,9%).

Ainda nesse confronto, os locais que registraram as contribuições mais significativas no resultado nacional foram São Paulo (2,9%), Minas Gerais (7,5%) e região Norte e Centro-Oeste (7,6%). Na indústria paulista, as contribuições mais expressivas vieram de máquinas e equipamentos (19,9%), alimentos e bebidas (7,3%) e meios de transporte (9,2%). Na indústria mineira, os destaques foram borracha e plástico (65,2%), metalurgia básica (14,3%) e máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (28,4%). Na indústria da região Norte e Centro-Oeste a maior pressão positiva ficou por conta de alimentos e bebidas (17,5%). Em contraposição, as duas únicas influências negativas vieram dos índices do Rio de Janeiro (-2,7%) e Pernambuco (-0,1%). Nestes locais, o segmento de alimentos e bebidas foi o principal impacto negativo, com taxas de -18,4% e -5,8%, respectivamente.

No acumulado janeiro-agosto, o aumento de 1,2% no número de horas pagas da indústria foi decorrência dos desempenhos positivos de 11 regiões e 12 setores industriais. Os locais responsáveis pelas maiores influências positivas foram: Minas Gerais (4,6%), São Paulo (0,8%) e região Norte e Centro-Oeste (3,0%). Por outro lado, Rio de Janeiro (-4,9%), Espírito Santo (-1,8%) e Rio Grande do Sul (-0,2%) exerceram as únicas pressões negativas. Setorialmente, no total do país, os impactos positivos mais relevantes vieram de máquinas e equipamentos (14,8%), meios de transporte (7,7%) e metalurgia básica (10,3%). Por outro lado, vestuário (-10,2%) e produtos de metal (-4,9%) foram as principais contribuições negativas.

Por fim, o índice acumulado nos últimos doze meses apresentou em agosto pequeno aumento de 0,2%, dando continuidade à trajetória ascendente iniciada em fevereiro. As atividades máquinas e equipamentos (10,7%) e vestuário (-10,3%) exerceram, respectivamente, as principais pressões, positiva e negativa. Já os locais que responderam pelos maiores impactos positivo e negativo, no cômputo geral, foram Minas Gerais (2,7%) e Rio de Janeiro (-5,4%).

FOLHA DE PAGAMENTO

Em agosto, a folha de pagamento dos trabalhadores da indústria, na série livre de influências sazonais, manteve-se estável (0,0%) em relação ao mês de julho, resultado praticamente idêntico ao registrado na passagem de junho para julho (-0,1%). O indicador de média móvel trimestral mostrou expansão de 0,3% entre os trimestres encerrados em julho e agosto, interrompendo a trajetória de desaceleração iniciada em maio. Vale destacar que neste tipo de indicador a folha de pagamento real alcançou o patamar mais elevado para os meses de agosto, desde o início da série da pesquisa em 2001.

 



Em agosto de 2004, os indicadores do emprego industrial foram positivos e maiores que os de julho. Na série livre de influências sazonais, houve variação de 0,9%, entre julho e agosto. Esse índice é positivo há quatro meses, período em que o setor expandiu em 2,6% o total de pessoas ocupadas. Na comparação com agosto de 2003, o crescimento foi de 3,1% e no acumulado de janeiro-agosto, 0,8%. A taxa anualizada, indicador acumulado nos últimos doze meses, teve crescimento nulo (0,0%).

O indicador de média móvel trimestral acentuou a trajetória de recuperação iniciada em janeiro, acumulando crescimento de 2,9% entre os trimestres encerrados em dezembro do ano passado e agosto último.

Quanto à folha de pagamento real, o resultado de agosto manteve-se estável em relação a julho. Nas comparações com 2003, os índices foram positivos, sendo que no indicador de média móvel trimestral, a folha de pagamento real alcançou o patamar mais elevado para os meses de agosto, desde o início da série da pesquisa, em 2001. Isso reflete uma trajetória de recuperação da renda dos trabalhadores do setor.

A recuperação do nível de emprego industrial e o crescimento real da folha de pagamento refletem os efeitos da manutenção do crescimento da atividade produtiva ao longo de 2004. A ampliação do número de setores industriais com crescimento na produção é igualmente observada em termos do perfil dos índices de emprego que, tanto setorial quanto regionalmente, mostram um quadro mais generalizado de resultados positivos.

Os dados fazem parte da Pesquisa Industrial Mensal de Emprego e Salário (PIMES).

 



PESSOAL OCUPADO ASSALARIADO

Na comparação com agosto de 2003, o contingente de trabalhadores na indústria manteve uma seqüência de quatro meses com taxas positivas e o índice mensal de 3,1% foi resultado do aumento observado em 12 locais e 14 atividades. São Paulo (1,9%) e Minas Gerais (5,6%) sobressaíram como os principais destaques positivos. Em São Paulo, os principais responsáveis pelo desempenho positivo foram máquinas e equipamentos (24,4%) e alimentos e bebidas (8,0%). Em Minas Gerais, destacaram-se máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (24,9%) e borracha e plástico (39,9%).

Dois locais permanecem com índice negativo: Rio de Janeiro e Pernambuco, ambos com redução de 1,3%. O setor de alimentos e bebidas é o principal responsável pela queda do número de trabalhadores nestes estados (-16,8% e -6,7%, respectivamente).

Em nível nacional, ainda no confronto mensal, 14 dos 18 setores pesquisados ampliaram o número de pessoas ocupadas. Máquinas e equipamentos foi novamente confirmada como a atividade que mais contribuiu para o emprego industrial no total do país (16,9%), ficando o segundo principal impacto positivo com meios de transporte (9,9%). Em contraste, vestuário (-6,4%) e produtos de metal (-6,5%) exerceram as principais pressões negativas.