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Aumenta o número de empresas no interior

As Estatísticas do Cadastro Central de Empresas 2002, lançadas agora pelo IBGE, registraram cerca de 5 milhões de empresas e outras organizações ativas em 2002 e constataram o aumento do número de unidades locais ...

14/10/2004 07h01 | Atualizado em 14/10/2004 07h01

Na análise por porte, o estudo revelou que, de 2001 para 2002, as maiores taxas de natalidade (19,1%) e mortalidade (12,5%) foram encontradas nas empresas que possuíam até 4 pessoas ocupadas, que concentram também cerca de 94% das empresas criadas e 96% das extintas. Em contrapartida, as menores taxas, tanto de natalidade como de mortalidade (1,8% e 1,5%, respectivamente), foram encontradas nos estabelecimentos com 100 ou mais pessoas ocupadas.

 



Tabela 8 – Nascimentos e mortes de empresas, segundo segmento econômico e porte - Brasil – 2002



As Estatísticas do Cadastro Central de Empresas 2002, lançadas agora pelo IBGE, registraram cerca de 5 milhões de empresas e outras organizações ativas em 2002 e constataram o aumento do número de unidades locais (endereços de atuação das empresas) em municípios do interior. As capitais, historicamente tidas como principais centros de produção, foram dando lugar a outros municípios, diminuindo suas participações, confirmando a tendência de interiorização da economia.

Enquanto as capitais tiveram um aumento de 33,9% no número de unidades locais, os demais municípios do interior tiveram um aumento de 45,5%. O mesmo acontecendo em relação ao pessoal ocupado, que aumentou 11,4% nas capitais e 31,8% no interior.

 



A distribuição das unidades, segundo a localização, mostra que, entre 1997 e 2002, as capitais perderam participação relativa para os demais municípios, tanto em relação ao número de unidades, quanto ao pessoal ocupado.

Em 1997, as capitais tinham participações de 32,4% e 40,9%, em relação ao número de unidades locais e pessoal ocupado, respectivamente, passando a ter 30,6% e 36,9%, em 2002. Já os demais municípios, que tinham participações de 67,6% e 59,1%, para unidades locais e pessoal ocupado, respectivamente, passaram a ter 69,4% e 63,1%, em 2002.

 



Obs.: Ver em anexo tabelas com dados referentes a unidades da federação e municípios.

Os 24 maiores municípios respondem por um terço do total de unidades locais do País

Em 2002, os 24 maiores municípios brasileiros juntos responderam por um terço do total de unidades locais e por 39% do total da ocupação do País, revelando o alto grau de concentração da produção nestas cidades.

Tabela 3 – Número de unidades locais e de pessoal ocupado total em 31.12 e variação relativa nos 24 maiores municípios – Brasil – 1997/2002



O município de São José do Rio Preto destacou-se como aquele que apresentou, entre 1997 e 2002, a maior taxa de crescimento no número de unidades locais (57,1%).

Por outro lado, Brasília foi a cidade que apresentou a maior taxa de crescimento de pessoal ocupado (35,4%), em conseqüência de um aumento expressivo (54,4%) no número de unidades locais.

As regiões Norte e Nordeste têm as maiores taxas de crescimento entre 1997 e 2002

O estudo da análise regional refere-se aos anos de 1997 e 2002. Apesar de concentrar o maior contingente das unidades locais do País, a região Sudeste reduziu sua participação nacional, passando de 52,8% para 51,4%. Além disso, apresentou a menor taxa de crescimento de número de unidades locais no período (37,9%) e, junto com a região Sul (40,2%), teve crescimento inferior à média Brasil (41,6%).

As maiores taxas de crescimento, em termos de unidades locais, foram encontradas nas regiões Norte (56,2%) e Nordeste (50,3%), respectivamente.

 



São Paulo e Rio de Janeiro foram os estados com os menores crescimentos relativos em pessoal ocupado

Os dois estados diminuíram, também, sua participação relativa em número de unidades locais, além de terem apresentado crescimento inferior à média nacional (41,6%) .

Rio de Janeiro e São Paulo foram os estados com os menores crescimentos relativos do número de pessoas ocupadas, com taxas de 12,9% e 16,3%, respectivamente.

As unidades da federação que mais cresceram foram Roraima, Amapá e Pará, com taxas de crescimento de 82,5%, 79% e 68%, respectivamente. Esses estados também lideraram o crescimento relativo de pessoal ocupado, com taxas variando entre 50 e 54%.

NÚMERO DE EMPRESAS QUE FUNCIONARAM SOMENTE COM PROPRIETÁRIOS E SÓCIOS CRESCEU 6,3% EM 2002

Do total de empresas e outras organizações ativas (cinco milhões em 2002), o Cadastro Central de Empresas constatou que 90,5% delas eram entidades empresariais, 0,3% órgãos da administração pública (administração central, ensino, saúde, defesa e seguridade) e 9,2% entidades sem fins lucrativos, todas com inscrição no Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica.

O crescimento do número de empresas e outras organizações foi de 6,1%, bem abaixo da taxa de crescimento do ano anterior (11,4%). O pessoal ocupado, a exemplo de 2001, apresentou crescimento do número de sócios e proprietários (12,3%) bem superior ao crescimento apresentado pelo total de pessoal assalariado (5,7%). A massa salarial aumentou 12,6% em termos nominais e 0,2% em termos reais.

 



Dentre as atividades que apresentaram as maiores taxas de crescimento, tanto em número de empresas quanto em pessoal ocupado, podemos destacar: Pesca, com 28,0% e 36,5%, respectivamente; Outros serviços coletivos, sociais e pessoais com 11,1% e 21,0%, (que engloba as atividades de Limpeza urbana e esgoto; atividades associativas; atividades recreativas, culturais e desportivas, lavanderias, cabeleireiros, atividades de manutenção físico-corporal, etc.), e Atividades imobiliárias, aluguéis e serviços prestados às empresas, com 8,3% e 10,4%. Em termos de número de empresas, destacou-se também a atividade de Transporte, Armazenagem e Comunicação, com 8,6% de aumento em relação a 2001.

Pode ser destacado ainda, neste estudo, o crescimento de 6,3% no número de empresas que funcionaram somente com proprietários e sócios e o aumento da taxa de mortalidade das empresas de 9,0%, em 2001 para 10,9% em 2002.

3,1 milhões de empresas que funcionaram somente com proprietários e sócios

Em 2002, do total de 4,5 milhões de empresas ativas, 3,1 milhões (68,3%) funcionaram somente com seus proprietários, ocupando 4,3 milhões de pessoas.

Este tipo de empresa aumentou 6,3% em relação ao ano anterior e o número de proprietários e sócios 9,6%. Por segmento econômico, o Comércio destacou-se como principal atividade, concentrando 55,8% destes estabelecimentos e 50,9% dos sócios e proprietários, seguida das Atividades Imobiliárias Aluguéis e serviços prestados às empresas, com 13,9% das unidades e 17,1% dos sócios e proprietários e das Indústrias de Transformação, com 8,2% e 8,4%, respectivamente.

Em termos de porte, 99,4% destes estabelecimentos tinham até 4 proprietários e possuíam 96,1% dos sócios e proprietários.

As empresas que surgiram em 2002 foram classificadas principalmente como comércio varejista de artigos do vestuário, lojas de conveniência, e outros serviços, como lanchonetes e restaurantes, que são atividades que normalmente requerem pouco investimento de capital.

De 2001 para 2002, para cada 10 novas empresas criadas, cerca de 6 foram fechadas

O estudo da demografia das empresas, que não abrange Administração Pública e as Entidades sem fins lucrativos, mas apenas as entidades empresariais, revelou que em 2002 surgiram 720 mil novas empresas e foram extintas 461 mil, resultando em um aumento real de 259 mil empresas.

Por segmento econômico, as atividades relacionadas ao Comércio foram responsáveis pelo maior número de nascimentos e mortes de empresas em termos absolutos, ao contrário da Indústria, que apresentou os menores valores.

Os segmentos de Serviços e de Comércio apresentaram as maiores taxas de natalidade e de mortalidade, 18,7% e 11,1%, respectivamente.

A taxa de mortalidade das empresas aumentou em relação ao ano anterior, passando de 9,0% para 10,9%.