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Estimativa de agosto para a safra de 2004 é de 119,3 milhões de toneladas

30/09/2004 06h31 | Atualizado em 30/09/2004 06h31

A oitava estimativa do IBGE para a safra nacional de cereais, leguminosas e oleaginosas (caroço de algodão, amendoim, arroz, feijão, mamona, milho, soja, aveia, centeio, cevada, girassol, sorgo, trigo e triticale), com base nos dados de agosto, indicou que a produção poderá alcançar um volume de 119,386 milhões de toneladas, em 2004. Este montante é 3,43% inferior à produção obtida em 2003 (123,632 milhões de toneladas). Na comparação com a estimativa de julho, que era de 119,479 milhões de toneladas, os números de agosto apontam queda de 0,08%.

Entre as Grandes Regiões, em termos absolutos, a produção acha-se assim distribuída: Sul 49,354 milhões de toneladas (41,34%); Centro-Oeste 30,378 milhões de toneladas (32,98%); Sudeste 17,542 milhões de toneladas (14,69%); Nordeste 9,647 milhões de toneladas (8,08%) e Norte 3,466 milhões de toneladas (2,90%).

 



SITUAÇÃO DAS LAVOURAS EM AGOSTO EM RELAÇÃO A JULHO DE 2004

Na comparação com a safra de julho de 2004, as variações de dois produtos destacaram-se em agosto: feijão em grão 2ª safra (-7,40%) e trigo em grão (-2,02%).

No caso do feijão 2ª safra, que apresenta queda de 7,40% na estimativa de produção para agosto, a diminuição mais relevante é decorrente do estado da Bahia (-20%), onde as condições climáticas foram muito severas para a cultura (estiagem), principalmente na região nordeste do Estado, sobressaindo-se os municípios de Euclides da Cunha, Ribeira do Pombal, Ipirá e Serrinha.

Quanto à cultura do trigo, a variação da estimativa de produção (-2,02%), em relação a julho, é oriunda dos estados do Paraná e Mato Grosso do Sul, com reduções de 3,84% e 11,71%, respectivamente. Essas perdas foram ocasionadas pelas estiagens observadas em agosto.

 

SITUAÇÃO DAS LAVOURAS EM AGOSTO EM RELAÇÃO À PRODUÇÃO OBTIDA EM 2003

Dentre os produtos analisados, os que apresentam variação positiva na estimativa de produção em relação ao ano anterior são: algodão herbáceo em caroço (60,11%), arroz em casca (28,52%), sorgo (13,55%) e trigo (1,50%). Com variação negativa ficaram: feijão em grão 1ª safra (-10,45%), feijão em grão 2ª safra (-3,64%), feijão em grão 3ª safra (-11,02%), milho em grão 1ª safra (-9,93%), milho em grão 2ª safra (-19,72%) e soja em grão (-4,38%).

Para o milho 2ª safra (safrinha), espera-se colher uma produção da ordem de 10,675 milhões de toneladas. Esse valor é 19,72% menor (em números absolutos, 2,6 milhões de toneladas a menos) do que o colhido em 2003 (13,298 milhões de toneladas). A produção total de milho em 2003 foi de 42 milhões de toneladas. No Paraná, maior produtor nacional de milho safrinha, espera-se uma redução de 39% na produção para 2004, sendo aguardado um volume de 3,661 milhões de toneladas. A colheita encontra-se em andamento, com 60% da área plantada já colhida. O produto colhido apresenta qualidade de regular para boa. A falta de chuvas durante o mês de agosto favoreceu a colheita do milho.

No caso do feijão 2ª safra, a produção esperada é da ordem de 1,178 milhão de toneladas, inferior 3,64% à colhida no ano passado. A maior queda, neste mês, decorre do estado da Bahia, por causa do clima adverso. Porém, mesmo com a queda de 20% na produtividade em relação a julho (a mesma se situando num patamar de 603 kg/ha ), o Estado pretende colher um volume maior: 255 mil toneladas contra 235 mil toneladas obtidas na safra anterior.

Em relação ao trigo, espera-se um volume em torno de 6,120 milhões de toneladas. Deste total, cerca de 90% são produzidos nos estados do Paraná e Rio Grande do Sul, sendo que o Paraná é o maior produtor brasileiro desse cereal e, sozinho, responde por 51% da produção. Nesse Estado, aguarda-se para esta safra uma produção de 3,117 milhões de toneladas, contra 3,091 milhões de toneladas em 2003 (0,82%). Em agosto, as condições climáticas não foram benéficas à cultura do trigo, pois a falta de chuvas e a ocorrência de doenças fúngicas (principalmente, brusone) nas regiões Norte e Oeste, onde se concentram os grandes pólos tritícolas do Paraná, prejudicaram a produção. Nestas regiões, onde os plantios são realizados mais cedo, a colheita já se iniciou e 5% da área plantada já foi colhida. Os campos de trigo encontram-se nos seguintes estágios: 50% estão em desenvolvimento; 30% na fase de floração 30% e 20% em frutificação.

 

   PECUÁRIA

Resultados do segundo trimestre de 2004 mostram crescimento no abate de bovinos

Bovinos

A Pesquisa Trimestral do Abate de Animais indicou que 6,426 milhões de bovinos foram abatidos no segundo trimestre de 2004 - um aumento de 7,62% em relação ao primeiro trimestre de 2004, e de 25,22% na comparação com o segundo trimestre de 2003.

Quanto ao peso total das carcaças de animais - 1,468 bilhão de quilos - houve aumento de 7,93% sobre o primeiro trimestre de 2004 e de 23,57% sobre o segundo trimestre de 2003. Considerando o segundo trimestre de 2003, todas as categorias pesquisadas apresentaram aumentos no peso total das carcaças: 16,06% para bois; 34,27% para vacas e 35,88% para novilhos. A exceção é a categoria vitelos, que teve queda de 42,21%.

Suínos

No segundo trimestre de 2004 foram abatidos 5,407 milhões de suínos - um aumento de 1,56% sobre o primeiro trimestre de 2004 e uma queda de 2,39% em relação ao segundo trimestre de 2003.

Quanto ao peso de carcaça suína, as variações foram de 2,17% e -1,55%, respectivamente, sobre o primeiro trimestre de 2004 e o segundo trimestre de 2003. Observa-se que os animais continuam sendo abatidos com um peso médio igual ao do segundo trimestre de 2003 e do primeiro trimestre de 2004, em torno de 86 quilos.

Aves

No segundo trimestre de 2004 foram abatidos 878,750 milhões de frangos, refletindo um aumento de 2,98% sobre o primeiro trimestre de 2004 e superando em 14,14% o segundo trimestre de 2003. Em relação ao peso da carcaça, os aumentos foram de 5,59%, na comparação com o primeiro trimestre de 2004 e de 15,36%, na comparação com o segundo trimestre de 2003.

Produção de leite

O volume de leite captado pelas empresas processadoras no Brasil, no segundo trimestre de 2004, chegou a 3,288 bilhões de litros. Isso representa uma queda de 9,24% sobre o primeiro trimestre de 2004 e um crescimento de 4,72% sobre o segundo trimestre de 2003.

No segundo trimestre de 2004, o volume de leite industrializado pelas empresas foi de 3,278 bilhões de litros. Na comparação com o primeiro trimestre de 2004, esse volume foi 9,17% menor e, em relação ao segundo trimestre de 2003, houve aumento de 4,86%.

Os principais estados captores de leite, organizados por ordem decrescente, em termos de participação nacional, são: Minas Gerais (29,19%), São Paulo (17,18%), Goiás (12,30%), Rio Grande do Sul (10,29%), Paraná (8,29%) e Rondônia (3,60%).

Produção de couro de bovinos

Os dados da pesquisa trimestral do couro, no segundo trimestre de 2004, indicam uma aquisição de, aproximadamente, 8,696 milhões de peças de couro cru no País. Esse total representa um aumento de 3,16% sobre o primeiro trimestre de 2004 e de 20,57% sobre o segundo trimestre de 2003. Quanto ao couro curtido, foi registrado um volume de 8,621 milhões de peças. Em ambas as comparações houve aumento: 2,21% em relação ao primeiro trimestre de 2004 e 17,60% sobre o segundo trimestre de 2003.

Os dados permitem dizer que houve um percentual de diferença de 0,86% entre o produto adquirido e o industrializado no segundo trimestre de 2004.

Produção de ovos de galinha

No segundo trimestre de 2004 foram produzidos 475,290 milhões de dúzias de ovos de galinha - um aumento de 1,71% sobre o primeiro trimestre de 2004 e de 3,94% sobre o segundo trimestre de 2003.