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Em agosto, desocupação foi de 11,4%

Variação em relação à taxa de desocupação de julho (11,2%) não foi estatisticamente significativa. Rendimento médio da população ocupada (R$ 893,10) caiu 1,4% em relação a julho e 0,9% em relação a agosto do ano passado.

23/09/2004 06h31 | Atualizado em 23/09/2004 06h31

POPULAÇÃO OCUPADA (PO)

O número de pessoas ocupadas em agosto de 2004 (19,2 milhões) manteve-se estatisticamente estável em ao de relação a julho (19,1 milhões). O nível da ocupação – proporção de ocupados em relação à população em idade ativa – cresceu 1,0 ponto percentual no total das seis regiões, revelando um cenário favorável no mercado de trabalho em relação a agosto de 2003. Tal resultado deu-se, principalmente, pelas movimentações observadas nas regiões metropolitanas de Belo Horizonte (2,0 pontos percentuais) e São Paulo (1,5 ponto percentual).

Os homens continuavam sendo a maioria dos ocupados em agosto de 2004: 56,6%, enquanto as mulheres eram 43,4%. A população de 25 a 49 anos representava 63,1% dos ocupados. O percentual de ocupados com 11 anos ou mais de estudo em agosto de 2004 era de 48,5%. A PME estimou que 56,1% dos ocupados trabalhavam em empreendimentos com 11 ou mais pessoas, contra 6,8% nos empreendimentos que tinham entre 6 e 10 pessoas ocupadas e 37,1% naqueles com até 5 pessoas ocupadas.



Indústria extrativa, de transformação e distribuição de eletricidade, gás e água (17,9% da PO) Na comparação com julho, houve estabilidade tanto para o total das seis regiões quanto para cada uma delas, isoladamente. Em relação a agosto de 2003, houve crescimento de 5,3% no total das seis áreas. Foram registradas movimentações somente nas regiões metropolitanas de Belo Horizonte (10,2%) e São Paulo (8,1%)

Construção (7,1% da PO) Nas comparações mensal e anual, para o total das seis áreas, não houve alterações estatisticamente significativas. Somente Recife (15,6%) e Rio de Janeiro (8,6%) tiveram variações mensais significativas. No ano, houve estabilidade em todas as seis regiões metropolitanas.

Comércio (19,6% da PO) Na comparação mensal, tanto para o total das seis áreas quanto para cada uma delas, houve estabilidade. Em relação a agosto de 2003 houve estabilidade para o total das seis regiões metropolitanas (2,7%) e em cada uma delas, exceto Belo Horizonte (9,9%).

Serviços prestados à empresa, aluguéis, atividades imobiliárias e intermediação financeira (13,6% da PO) No total das seis áreas houve estabilidade neste contingente de ocupados, tanto em relação em relação julho (-1,4%) quanto em relação a agosto do ano passado (3,5%). A única alteração observada neste setor da atividade foi em Recife, na comparação mensal: queda de 9,8%.

Educação, saúde, serviços sociais, administração pública, defesa e seguridade social (16,0% da PO) Houve estabilidade em relação a julho (-1,1%) para o total das seis áreas. Na comparação anual, houve alta de 5,3%. As regiões metropolitanas não apresentaram alteração estatisticamente significativa em ambas as comparações, neste grupamento.

Serviços domésticos (7,9% da PO) No total das seis áreas, houve estabilidade na comparação com julho e alta de 8,2% em relação a agosto do ano passado. Não houve alteração no âmbito regional em relação a julho. Na análise anual, São Paulo (12,6%) e Porto Alegre (17,4%) apresentaram as únicas variações.

Outros serviços (alojamento, transporte, limpeza urbana e serviços pessoais (17,1% da PO) Para o total das seis áreas, não houve variação estatisticamente significativa em relação a julho (0,7%). No confronto com agosto de 2003 a variação foi de 3,8%, com o aumento do contingente de ocupados neste grupamento em Salvador (12,5%) e Belo Horizonte (7,6%). Nas demais áreas houve estabilidade.

CATEGORIAS DE OCUPAÇÃO

Empregados COM carteira de trabalho assinada no setor privado1 (38,6% da PO) Não houve movimentação significativa nesta forma de inserção no mercado de trabalho, na comparação mensal (-0,6%) ou na anual (1,5%). Na comparação com julho, houve estabilidade em todas as regiões. Em relação a agosto de 2003 houve alteração somente em Belo Horizonte (6,8%).

Empregados SEM carteira no setor privado1 (15,9% da PO) Houve estabilidade em relação a julho, mas aumento considerável (5,0%) em relação a agosto de 2003. Houve estabilidade em todas as regiões, em relação a julho. Na comparação com agosto de 2003 apenas em Belo Horizonte houve variação (13,5%) significativa.

Trabalhadores por conta própria (20,3% da PO) Houve estabilidade na comparação com julho (1,0%) e variação estatisticamente significativa em relação a agosto de 2003 (4,2%).

Salvador (9,2%) e Porto Alegre (-6,6%) apresentaram variação significativa em relação a julho. Em relação a agosto do ano passado, houve altas em São Paulo (7,8%) e Salvador (18,4%). Houve queda em Recife (-7,6%) e Porto Alegre (-8,4%). A região metropolitana do Rio de Janeiro não apresentou variação significativa (4,5%).

RENDIMENTO MÉDIO REAL2

Em agosto, o rendimento médio real habitualmente recebido pelas pessoas ocupadas nas seis regiões metropolitanas foi estimado em R$ 893,10 (aproximadamente três salários mínimos e meio). O rendimento caiu 1,4% frente a julho (R$905,97) e 0,9% em relação a agosto de 2003 (R$ 901,49).

Em agosto, o rendimento médio real habitualmente recebido pelos empregados com carteira de trabalho assinada no setor privado (R$ 925,50) caiu 1,6% na comparação mensal e 0,9% na anual.

O rendimento dos empregados sem carteira de trabalho assinada no setor privado (R$ 581,30) subiu 0,9% em relação ao mês passado e caiu 2,9% na comparação com agosto de 2003.

O rendimento médio real habitualmente recebido pelos trabalhadores por conta própria (R$ 705,30) caiu 1,8% na comparação com julho e, embora em intensidade menor, também caiu (-0,3%) em relação a agosto de 2003.

Em relação a julho, houve perda real no rendimento dos trabalhadores nos seguintes grupamentos de atividades: indústria extrativa, de transformação e distribuição de eletricidade, gás e água (-2,8%); comércio (-0,9%); serviços prestados à empresa, aluguéis, atividades imobiliárias e intermediação financeira (-1,7%); educação, saúde, serviços sociais, administração pública, defesa e seguridade social (-1,0%). Nos demais grupamentos, o desempenho do rendimento foi inverso: construção, (1,7%); outros serviços (alojamento, transporte, limpeza urbana e serviços pessoais) (0,9%); serviços domésticos (1,2%).

Na comparação com agosto de 2003, houve queda no rendimento médio real dos trabalhadores de: indústria extrativa, de transformação e distribuição de eletricidade, gás e água (-0,8%); comércio (-1,5%); serviços prestados à empresa, aluguéis, atividades imobiliárias e intermediação financeira (-1,1%);serviços domésticos (-3,1%); outros serviços (alojamento, transporte, limpeza urbana e serviços pessoais), (-7,1%). Os demais grupamentos apresentaram desempenho positivo: construção (2,8%); educação, saúde, serviços sociais, administração pública, defesa e seguridade social (3,1%).

Em relação a julho, houve redução no rendimento médio real habitualmente recebido em Salvador (-2,1%), Rio de Janeiro (-2,6%), São Paulo (-1,5%) e Porto Alegre (-1,2%). Tiveram ganho real as regiões metropolitanas do Recife (3,1%) e de Belo Horizonte (1,8%). No confronto com agosto de 2003, houve queda no rendimento dos trabalhadores de Salvador (-3,3%), Rio de Janeiro (-5,2%) e São Paulo (-0,5%). Em Recife (5,3%), Belo Horizonte (6,2%) e Porto Alegre (0,5%) registrou-se ganho no rendimento médio real do trabalhador.



POPULAÇÃO NÃO ECONOMICAMENTE ATIVA (PNEA)

A população com 10 anos ou mais de idade, não classificada pela pesquisa como ocupada ou desocupada para o total das seis Regiões Metropolitanas foi estimada em 16,0 milhões. Não houve alteração significativa em relação a julho (-1,0%). Houve alta de 1,8% em relação a agosto de 2003. Neste contingente, 64,6% eram mulheres e 35,4% homens, enquanto entre os economicamente ativos as mulheres representavam 44,9% e os homens 55,1%.

Os grupos de pessoas com menos de 18 anos e com 50 anos ou mais de idade representavam, respectivamente, 31,9% e 34,8% da PNEA. Na PEA, tais grupos representavam 3,2% e 16,7%, respectivamente. Na PNEA, 79,6% declararam não ter o ensino médio.

Ainda na PNEA, 18,1% gostariam de trabalhar e estavam disponíveis para isso, mas somente 6,7% trabalharam ou procuraram trabalho no ano anterior (os chamados marginalmente ligados à PEA). Cabe registrar, ainda, que 0,07% dos integrantes da PNEA declararam ter desistido de procurar trabalho por não terem encontrado qualquer tipo de trabalho, ou trabalho com remuneração adequada, ou de acordo com as suas qualificações.

1 Exclusive trabalhador doméstico, militar, funcionário público ou estatutário e outros empregados do setor público.

2 Rendimento habitualmente recebido

Variação em relação à taxa de desocupação de julho (11,2%) não foi estatisticamente significativa. Rendimento médio da população ocupada (R$ 893,10) caiu 1,4% em relação a julho e 0,9% em relação a agosto do ano passado.



A taxa de desocupação (percentual de desocupados em relação a população economicamente ativa) de agosto (11,4%) nas seis regiões metropolitanas investigadas pela PME, não teve variação estatisticamente significativa frente a julho (11,2%), mas teve queda estatisticamente significativa (1,6 ponto percentual) em relação a agosto de 2003 (13,0%).

Em relação a julho, a variação da taxa de desocupação foi significativa apenas em Salvador (14,9% para 16,6%). Nas demais regiões metropolitanas houve estabilidade: Recife (13,4% para 13,5%); Belo Horizonte (10,7% para 10,2%); Rio de Janeiro (8,1% para 8,6%); São Paulo (12,5% para 12,6%) e Porto Alegre (8,9% para 8,5%). No confronto com agosto de 2003, houve estabilidade nas regiões metropolitanas de Recife (15,0% para 13,5%); Salvador (17,6% para 16,6%) e Rio de Janeiro (9,5% para 8,6%). Houve quedas em Belo Horizonte (12,1% para 10,2%); São Paulo (14,9% para 12,6%) e Porto Alegre (9,8% para 8,5%).

PESSOAS DESOCUPADAS (PD)

Depois de cair três meses consecutivos, o contingente de desocupados nas seis regiões metropolitanas investigadas pela PME (2,5 milhões) aumentou em relação a julho (2,4 milhões), embora essa alta não seja estatisticamente significativa. Já em relação a agosto de 2003 (2,8 milhões), a queda foi considerável (-11,2%).

Em relação a julho, o número de desocupados manteve-se estável em Recife (0,6%), Belo Horizonte (-3,3%), Rio de Janeiro (7,4%), São Paulo (-0,4%) e Porto Alegre (-5,5%), e cresceu somente em Salvador (15,7%). Em relação a agosto de 2003 diminuiu o número de desocupados em Recife (-12,4%), Belo Horizonte (-12,8%), São Paulo (-13,9%) e Porto Alegre (-13,3%). Salvador (-1,9%) e Rio de Janeiro (-7,0%) apresentaram estabilidade.

As mulheres continuaram a representar a maior parcela dos desocupados: eram 53,1% em agosto de 2002 e 55,4% em agosto de 2003, subindo para 56,1% em agosto de 2004.

Entre os desocupados, 19,6% buscavam seu primeiro trabalho e 26,0% eram os responsáveis por sua família. Com relação ao tempo de procura: 22,0% buscavam trabalho por um período não superior a 30 dias; 40,7%, por um período superior a 30 dias e inferior a 6 meses e 11,9%, por um período de 7 a 11 meses; e 25,4% por pelo menos 1 ano. A população com menos de 24 anos de idade representava 46,9% dos desocupados, entre os quais mais de 90% tinham entre 16 e 24 anos. Tinham pelo menos o ensino médio, em agosto de 2002, 36,7% dos desocupados, contra 39,9% em agosto de 2003 e 42,8% em agosto de 2004.