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IBGE retrata o setor de Serviços do País

Segmento dos serviços prestados às famílias tem mais empresas, mas o de serviços prestados às empresas emprega mais gente. Os serviços de informação faturam mais, têm maior produtividade e remuneram muito acima da média do setor.

16/09/2004 07h01 | Atualizado em 16/09/2004 07h01

A menor participação no número de empresas foi da atividade de serviços recreativos (6,2%), enquanto a de serviços pessoais teve a menor participação em número de ocupados (5,8%) e receita operacional líquida (6,3%).

Serviços prestados às empresas

Em 2002, o segmento gerou cerca de R$ 56,5 bilhões de receita operacional líquida e ocupou 2 314 mil pessoas. A atividade de serviços técnico-profissionais liderou em receita líquida (53,2%) e número de empresas (51,3%). Os serviços de limpeza em prédios e domicílios, serviços fotográficos e outros serviços lideraram em postos de trabalho (43,9%) – cuja remuneração média era de 2,0 salários mínimos – e ficaram na segunda posição em faturamento (27,8%) e número de empresas (45,1%).

 



Serviços de informação

Este segmento gerou um faturamento líquido de R$ 91,9 bilhões. A atividade de telecomunicações foi a maior em faturamento (65,1%) e média salarial (15,1 salários mínimos), mas a menor em ocupação (19,0% dos 431 mil postos de trabalhos) e número de empresas: 4,0% das 51 mil do segmento (Gráfico 4).

 



Com remuneração média de 6,7 salários mínimos, o setor de Informática teve a maior participação em número de empresas (80,9%) e de pessoal ocupado (59,1%) e a segunda maior participação na receita (21,9%). As atividades audiovisuais ficaram na segunda posição em ocupação (21,9%) e remuneração média (7,4 salários mínimos), e apresentaram a menor participação na receita operacional líquida: 13,0%.

Transportes, serviços auxiliares e correio

As atividades de transportes, serviços auxiliares e correio tinham 95 mil empresas, 1 472 mil postos de trabalho e faturaram R$ 85,1 bilhões. O transporte rodoviário liderou (Gráfico 5) em número de empresas (69,3%), pessoal ocupado (66,7%) e receita (46,3%). O transporte aéreo pagou a maior remuneração média (13,8 salários mínimos).

 



No transporte rodoviário, o setor de cargas foi responsável por 70,6% do número de empresas e 54,4% da receita operacional líquida (Gráfico 6), enquanto o de passageiros respondeu por 59,4% do total de postos de trabalho. A remuneração média nestes dois segmentos foi similar: 3,5 e 3,0 salários mínimos mensais, respectivamente.



Atividades imobiliárias e aluguel de bens

As 50 mil empresas do segmento empregaram 233 mil pessoas e faturaram R$ 10,1 bilhões. Cerca de 54,0% dessas empresas e 50,6% do pessoal ocupado encontravam-se nas atividades de administração, corretagem e aluguel de imóveis de terceiros.

 



As atividades de aluguel de veículos, máquinas e objetos pessoais e domésticos tiveram a maior participação (37,6%) na receita líquida. A remuneração média dessas três atividades era em torno de 2,8 salários mínimos.

Outros serviços

A maioria (43,3%) das 177 mil empresas deste segmento atuava como representantes comerciais e agentes do comércio. Os serviços auxiliares financeiros tiveram a maior participação (31,8%) no faturamento total (R$ 18,4 bilhões). Entre as 651 mil pessoas aí ocupadas, 37,5% atuavam em manutenção e reparação de veículos e objetos pessoais. Os serviços auxiliares financeiros pagavam a melhor remuneração média (5,7 salários mínimos mensais).

 



Os serviços prestados às famílias, nos quais predominam empresas de pequeno e médio porte, reuniam a maior parte (38,4%) das empresas, o segundo maior percentual (25,5%) dos postos de trabalho, mas apenas 9,9% do faturamento líquido das empresas pesquisadas. O grupo serviços prestados às empresas gerou mais postos de trabalho (33,8%), faturou 19,4% da receita operacional líquida e reuniu 22,2% das empresas. O segmento imobiliário foi o menos significativo, com 5,2% das empresas, 3,4% dos ocupadas e 3,5% da receita líquida.

 



O segmento das atividades de transporte e de correio, reunindo apenas 10,1% das empresas pesquisadas, chama a atenção por representar 21,5% dos ocupados e 29,3% da receita operacional líquida do serviços não-financeiros.

Com uma produtividade (R$ 213,3 mil) muito acima da média do setor (R$ 42,4 mil), o segmento dos serviços de informação também pagou a maior remuneração média mensal (8,5 salários mínimos), superando a média (3,2 salários mínimos) nacional dos Serviços (Tabela 1).

O segmento de Transporte, serviços auxiliares e correio apresentou a segunda maior produtividade (R$57,7 mil) e remuneração média (4,2 salários mínimos), ambas acima das médias do setor, mas inferiores às dos serviços de informação. As empresas que prestam serviços às famílias tiveram a menor produtividade (R$ 16,4 mil ) e a menor remuneração média (1,7 salário mínimo) dentre os segmentos pesquisados.

Estrutura regional

Em 2002, o Sudeste manteve a liderança com 66,9% da receita bruta de serviços (contra os 68% de 1998), 61,2% do pessoal ocupado e 60,3% das empresas. O Sul permaneceu em segundo, mas diminuiu sua participação no total de empresas e de pessoal ocupado. O Centro-Oeste manteve-se estável em número de empresas (5,9%) e aumentou sua participação na receita bruta de serviços, de 5,9% em 1998 para 6,5% em 2002 (Tabela 2).

 



Serviços prestados às famílias

Em 2002, este segmento tinha cerca de 363 mil empresas, com 1 755 mil ocupados e faturamento líquido de R$ 28,7 bilhões. O destaque foi o serviço de alimentação, com 79,8% das empresas, 67,5% da receita operacional líquida (Gráfico 2), 72,1% dos postos de trabalho e rendimento médio mensal de cerca de 1,7 salário mínimo.

 



Segmento dos serviços prestados às famílias tem mais empresas, mas o de serviços prestados às empresas emprega mais gente. Os serviços de informação faturam mais, têm maior produtividade e remuneram muito acima da média do setor. O Sudeste concentra 66,9% da receita bruta de Serviços do Brasil.

No Brasil, em 2002, a Pesquisa Anual de Serviços detectou cerca de 945 mil empresas de serviços mercantis não-financeiros ocupando 6 856 mil pessoas e pagando R$ 55,1 bilhões em salários, retiradas e outras remunerações. Foi de R$ 290,5 bilhões a receita operacional líquida das atividades pesquisadas. Entre elas, os serviços de informação (que incluem as empresas de telecomunicações e televisão) tiveram a maior parcela neste faturamento (31,6%), mas agruparam 5,4% das empresas e geraram 6,3% dos empregos do setor (Gráfico 1).