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IPCA de agosto fica em 0,69%

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo - IPCA do mês de agosto teve variação de 0,69%, ficando 0,22 ponto percentual abaixo da taxa de julho (0,91%), quando atingiu o maior percentual do ano.

10/09/2004 06h31 | Atualizado em 10/09/2004 06h31

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo - IPCA do mês de agosto teve variação de 0,69%, ficando 0,22 ponto percentual abaixo da taxa de julho (0,91%), quando atingiu o maior percentual do ano. Em agosto de 2003 a taxa foi de 0,34%.

Com o resultado de 0,69% em agosto, o IPCA acumula 5,14% no ano, também abaixo do acumulado em igual período de 2003 (7,22%). Em doze meses, o índice ficou em 7,18%, acima do resultado dos doze meses imediatamente anteriores (6,81%).

A variação do álcool combustível (11,49%) foi a maior contribuição individual do IPCA do mês, 0,10 ponto percentual na taxa de 0,69%, devido à valorização da cana-de-açúcar. Na região metropolitana de Curitiba, que apresentou o maior índice regional (1,38%), os preços do álcool ficaram 21,99% mais caros.

A valorização da cana-de-açúcar teve reflexo, também, sobre os gastos com a alimentação (de 0,67% em julho para 0,85% em agosto), provocando a alta do açúcar refinado (de 7,57% para 14,67%) e do cristal (de 2,77% para 5,42%).

Mesmo assim, amenizados os efeitos de aumentos ocorridos nas tarifas de energia elétrica e de telefone fixo e nos preços da gasolina, o IPCA apresentou desaceleração nas taxas de crescimento dos três itens, de um mês para o outro. A energia elétrica cai de 3,67% em julho para 0,50% em agosto; o telefone fixo, de 4,88% em julho para 0,62% em agosto e a gasolina, de 2,46% em julho para 1,64% em agosto.

 

Feijão com arroz mais baratos

O grupo Alimentação e Bebidas, que subiu de 0,67% para 0,85%, além dos açúcares, teve, em agosto, produtos com altas importantes como o chuchu, que subiu 43,77%; a cebola, com alta de 31,34% no mês e que já acumula alta 196,98% no ano ou o tomate, com preços 28,35% mais caros em agosto e 90,88% no ano. Ainda que a alimentação tenha registrado variação mais acentuada de julho para agosto, produtos importantes no consumo ficaram mais baratos, como o feijão carioca (- 9,39%) e o arroz (- 3,36%). Além do tradicional feijão com arroz, outros tiveram seus preços reduzidos: iogurte (-1,05%); ovos (-1,50%), óleo de soja (-2,29%) e farinha de mandioca (com -4,95% em agosto e -11,19% no ano).

No grupo de produtos não alimentícios, a variação foi de 0,64% em agosto, ficando abaixo do resultado de 0,98% de julho. Um dos destaques foi o item "salário de empregado doméstico", que mostrou reflexos do aumento do salário mínimo ao passar de 0,74% em julho para 1,40% em agosto. Em ônibus urbanos e artigos de vestuário, os resultados de agosto ficaram muito próximos aos de julho (0,52% nos dois meses, no caso dos ônibus e de 0,51% para 0,50%, em vestuário).

Entre as regiões pesquisadas, o maior índice foi registrado em Curitiba (1,38%), em razão, principalmente, da alta nos preços de alimentos (1,91%), gasolina (8,72%) e álcool (21,99%). O menor índice foi registrado em Salvador (0,26%), onde os alimentos apresentaram queda de 0,60%.

 



INPC DE AGOSTO FOI DE 0,50%

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor - INPC teve variação de 0,50% em agosto, abaixo da taxa de 0,73% do mês de julho em 0,23 ponto percentual. Com o resultado de agosto, o INPC acumula alta de 4,41% no ano, ficando abaixo do acumulado em igual período de 2003 (8,08%). Nos últimos doze meses, a taxa ficou em 6,64%, acima do resultado dos doze meses imediatamente anteriores, 6,30%. Em agosto de 2003 o INPC ficou em 0,18%.

Os preços dos Alimentos subiram 0,76%, acima da taxa de 0,53% registrada em julho e os não alimentícios tiveram variação de 0,39%, inferior à de julho (0,82%).

Entre as regiões, a maior taxa foi registrada no Rio de Janeiro (1,12%) e a menor em Salvador (0,04%). Recife não registrou variação de preços.

 



Nota: O IPCA é calculado pelo IBGE desde 1980, se refere às famílias com rendimento monetário de 01 a 40 salários-mínimos, qualquer que seja a fonte, e abrange nove regiões metropolitanas do país, além do município de Goiânia e de Brasília. Quanto ao INPC, é calculado desde 1979, se refere às famílias com rendimento monetário de 01 a 08 salários-mínimos, sendo o chefe assalariado, e tem a mesma abrangência geográfica.

Para cálculo dos índices de agosto foram comparados os preços coletados no período de 29 de julho a 26 de agosto (referência) com os preços vigentes no período de 29 de junho a 28 de julho (base).