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PIB cresce 4,2% no primeiro semestre de 2004

O Produto Interno Bruto a preços de mercado cresceu 4,2% no primeiro semestre de 2004, em relação a igual período de 2003.

31/08/2004 06h31 | Atualizado em 31/08/2004 06h31

Em relação ao primeiro trimestre PIB cresce 1,5%, com destaque para Serviços

O PIB a preços de mercado apresentou crescimento de 1,5% do primeiro para o segundo trimestre de 2004, na série com ajuste sazonal. Nessa comparação, Agropecuária e Indústria apresentaram taxas estáveis (–0,3% e 0,2% respectivamente) e o setor de Serviços, crescimento de 2,5%.

O gráfico I.1, a seguir, apresenta as variações em relação ao trimestre imediatamente anterior do PIB a preços de mercado e de seus principais setores para os últimos quatro trimestres.



FBCF, que indica investimentos, mantém o crescimento iniciado no 2º semestre de 2003

Em relação aos componentes da demanda, a Formação Bruta de Capital Fixo mostrou crescimento de 1,5%, ratificando a retomada iniciada no terceiro trimestre de 2003, após um primeiro semestre com quedas superiores a 5,0%. O Consumo das Famílias apresentou taxa de 1,5% no segundo trimestre em relação ao primeiro trimestre de 2004 e o Consumo do Governo registrou uma variação de 0,2%. Nesta comparação, as Exportações de Bens e Serviços aumentaram 2,2% e as Importações, 1,6%.

O gráfico I.2, a seguir, apresenta as variações, em relação ao trimestre imediatamente anterior, dos componentes da demanda para os últimos quatro trimestres.



Taxa de 5,7% em relação ao mesmo trimestre do ano anterior  é a maior desde o terceiro trimestre de 1996

Sobre o segundo trimestre de 2003, a Indústria cresceu 6,6%, a Agropecuária 5,0% e os Serviços 4,4%.. Em Serviços, o crescimento foi generalizado e Comunicações, depois de três trimestres de queda, tem variação de 0,1%.

O PIB a preços de mercado apresentou elevação de 5,7% no segundo trimestre de 2004, em relação ao mesmo trimestre de 2003. Tal resultado é o maior verificado desde o terceiro trimestre de 1996,quando a taxa trimestral alcançou 6,3%. O Valor Adicionado a preços básicos apresentou um aumento de 5,3% no segundo trimestre e os Impostos sobre Produtos, uma elevação de 9,1%. Esta elevação no volume dos impostos sobre produtos reflete o comportamento de setores sobre os quais há maior incidência de impostos como: Material Elétrico, Equipamentos Eletrônicos e Automóveis, cujas altas foram superiores à média.

Os três setores que contribuem para a geração do Valor Adicionado apresentaram taxas positivas na comparação com igual período do ano anterior. A Indústria cresceu 6,6%, a Agropecuária 5,0% e os Serviços 4,4%.

A taxa da Agropecuária pode ser explicada pelo desempenho positivo de alguns produtos cujas safras são relevantes no segundo trimestre, como foi o caso do café em coco e do arroz em casca. Tais produtos estão com uma projeção de crescimento de, respectivamente, 27,2% e de 20,1% da produção de acordo com a pesquisa de safra agrícola, do IBGE, para o ano de 2004.

Na atividade industrial, o subsetor que obteve a maior taxa de crescimento foi o da Indústria de Transformação (8,5%), impulsionado pelos aumentos de produção nas categorias de bens duráveis (com destaque para veículos automotores) e de bens de capitais (destaque para máquinas e equipamentos 1). A Construção Civil, após cinco trimestres sucessivos de quedas, registrou acréscimo de 6,7%. Os Serviços Industriais de Utilidade Pública (SIUP) também apresentaram variação positiva, embora em menor intensidade (2,7%). A Extrativa Mineral (-1,9%) foi o único subsetor industrial que apresentou taxa negativa no segundo trimestre de 2004, refletindo o desempenho do Petróleo.

Houve crescimento generalizado no setor de serviços. Dos sete subsetores que o compõe, seis apresentaram taxas positivas. Comércio e Transportes apresentaram crescimentos de 9,9% e 6,5%, respectivamente, como conseqüência do crescimento observado na Agropecuária e, principalmente, na Indústria de Transformação. Os outros subsetores que apresentaram variações positivas foram Outros Serviços (7,5%), Instituições Financeiras (5,2%), Aluguel (1,5%) e Administração Pública (1,8%). O subsetor de Comunicações, após registrar três trimestres consecutivos de taxas negativas de crescimento, registrou um resultado de 0,1%. A redução em volume da telefonia fixa e do correio são as justificativas para este valor negativo.

No segundo trimestre do ano, Consumo das famílias cresce 5,0% em relação ao mesmo trimestre do ano passado

Depois de sucessivas quedas nessa comparação, Consumo das Famílias cresce pela segunda vez consecutiva. Também Formação Bruta de Capital Fixo, depois de sucessivos resultados negativos, registra, no segundo trimestre deste ano, crescimento de 11,7%.

Dentre os componentes da demanda, no segundo trimestre de 2004 em relação ao mesmo trimestre de 2003, o Consumo das Famílias registrou crescimento de 5,0%. Este item, que vinha apresentando quedas sucessivas nesta comparação, obteve pela segunda vez consecutiva uma variação positiva. Da mesma forma, a Formação Bruta de Capital Fixo, após sucessivos resultados negativos ao longo dos quatro trimestres do ano passado, registrou, neste período, uma taxa de crescimento significativa (11,7%). O Consumo do Governo apresentou um aumento de 1,3%.

Quanto à demanda externa, as Exportações de Bens e Serviços mantiveram-se em crescimento, registrando taxa de 16,5% e consolidando uma trajetória de crescimento iniciada no segundo semestre de 2002. As Importações de Bens e Serviços registraram, mais uma vez, elevação nesta comparação, da ordem de 14,1%, que é o maior valor observado desde o primeiro trimestre de 2001.

O gráfico I.7 abaixo apresenta as taxas de variação trimestral dos componentes da demanda para os quatro últimos trimestres.



A taxa acumulada dos últimos quatro trimestres mostra o subsetor de Comunicações com queda e Transporte e Comércio com as maiores altas

O PIB a preços de mercado, acumulado nos quatro trimestres terminados no segundo trimestre de 2004, apresentou variação em volume, de 1,7%, em relação aos quatro trimestres anteriores. Este resultado foi alcançado em virtude da variação do Valor Adicionado a preços básicos, de 1,6%, e dos Impostos sobre Produtos de 2,3%.

O resultado do Valor Adicionado (1,6%) decorreu de comportamento semelhante dos três setores que o compõem. Indústria e Serviços cresceram 1,4% e 1,3%, respectivamente, enquanto que Agropecuária cresceu 3,4%. Dentre os subsetores da indústria, a Transformação, os Serviços Industriais de Utilidade Pública e a Extrativa Mineral apresentaram, respectivamente, as seguintes variações: 3,4%, 1,4% e 0,4%. Por outro lado, a Construção Civil manteve-se com uma taxa negativa (-4,9%) na comparação do índice acumulado em quatro trimestres.

Excetuando-se o subsetor de Comunicações, que, por mais um período, apresentou taxa negativa neste tipo de comparação (-1,7%), os demais componentes do setor Serviços apresentaram variações positivas. Os subsetores Transporte (3,6%) e Comércio (1,9%) registraram as maiores altas, sendo que este último, após quatro períodos de resultados negativos, reverteu sua taxa. Instituições Financeiras, Aluguéis e Outros Serviços apresentaram variações de 1,3% e Administração Pública, de 0,9%.

Considerando os resultados pela ótica da demanda, nos últimos quatro trimestres, o Consumo do Governo e o Consumo das Famílias apresentaram variações de 1,1% e 0,4%, respectivamente. Já a Formação Bruta de Capital Fixo declinou 0,6%. Pelo lado da demanda externa, as Exportações de bens e serviços cresceram 12,1% e as Importações 7,2%.



 



1Para obter maiores detalhes sobre o comportamento da produção industrial consultar a Pesquisa Industrial Mensal Produção Física -PIM-PF do IBGE.


Obs.: 1- Como as informações utilizadas para o cálculo dos indicadores de volume de algumas atividades não são disponibilizadas a tempo da divulgação das Contas Nacionais Trimestrais – indicadores de volume, foram utilizados modelos de projeção para a estimação dos resultados provisórios para o último trimestre divulgado. Para o segundo trimestre de 2004, foram estimados os resultados para a Pecuária (bovinos, suínos, ovos, leite e aves), Aluguel (efetivo e imputado), Energia Elétrica (maio e junho) e Telefonia Móvel.

 

2-Desde outubro de 2000 as estatísticas trimestrais para o PIB brasileiro têm sido divulgadas em duas edições. A primeira, com os indicadores de volume, publicada 60 dias após o final de cada trimestre, e a segunda, 90 dias após o fim do trimestre, com a revisão dos indicadores de volume previamente divulgados e os valores correntes, em reais.

3 -As revisões de dados e mudanças metodológicas realizadas nas Contas Nacionais Trimestrais concentram-se na divulgação de Contas Nacionais Trimestrais – indicadores de volume e valores correntes para o terceiro trimestre do ano.

 

O Produto Interno Bruto a preços de mercado cresceu 4,2% no primeiro semestre de 2004, em relação a igual período de 2003. No segundo trimestre de 2004, o crescimento foi de 1,5% em relação ao primeiro trimestre do ano e de 5,7% na comparação com o segundo trimestre de 2003. Nos últimos quatro trimestres, ou seja, de julho de 2003 a junho de 2004, a variação foi de 1,7%, contra igual período imediatamente anterior.



Os três setores crescem no primeiro semestre, com destaque para Agropecuária

O PIB a preços de mercado, no 1º semestre de 2004, apresentou crescimento de 4,2% em relação a igual período de 2003, constituindo-se no maior crescimento observado no primeiro semestre desde o ano 2000, quando o crescimento foi de 4,7%. Na mesma base de comparação, os setores da Agropecuária e da Indústria cresceram 5,7% e 4,7%, respectivamente, e o setor de Serviços 2,8%.



Dentre os quatro subsetores do setor Industrial, três apresentaram taxas positivas na comparação semestral de 2004, sendo destaque o crescimento de Transformação (7,3%).. Construção Civil e Serviços Industriais de Utilidade Pública apresentaram, ambos, crescimento de 2,0%. Já a Extrativa Mineral registrou uma variação negativa de 2,9%.

No setor de Serviços, as maiores elevações foram em Comércio e Transportes (7,6% e 6,9%, respectivamente). Também apresentaram crescimento os subsetores Instituições Financeiras (3,6%), Outros Serviços (2,6%), Administração Pública (1,5%) e Aluguéis (1,3%). Comunicações registrou queda de 1,0%.

No primeiro semestre do ano, Consumo das Famílias cresce 3,1%

Na análise da demanda, considerando a comparação do 1º semestre de 2004 contra o 1º semestre de 2003, o Consumo das Famílias cresceu 3,1% e a Formação Bruta de Capital Fixo 6,8%, a mais alta taxa da série histórica desde 2001. O Consumo do Governo ampliou-se em 1,4%. Já no âmbito externo, os componentes Exportações de Bens e Serviços e Importações de Bens e Serviços apresentaram taxas positivas de 17,8% e 13,0%, respectivamente. Segundo a Fundação Centro de Estudos de Comércio Exterior- Funcex, a ampliação das exportações foi generalizada, no entanto, podem ser citados, como destaque, o aumento de bens de capital e de bens de consumo duráveis. Quanto às importações, as maiores elevações, na comparação semestral, foram de combustíveis e de bens intermediários.