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Nova estimativa para a safra de 2004 é de 119,5 milhões de toneladas

26/08/2004 06h31 | Atualizado em 26/08/2004 06h31

A sétima estimativa do IBGE para safra nacional de cereais, leguminosas e oleaginosas, com base nos dados de julho, indicou que a produção poderá alcançar um volume de 119,479 milhões de toneladas, em 2004. Este montante é 3,36% inferior à safra obtida em 2003 (123,632 milhões de toneladas). Na comparação com a estimativa de junho, que era de 118,803 milhões de tonelada, os números de julho apontaram aumento de 0,57%. Registrou-se que a quase totalidade dos produtos cultivados na primeira safra (safra de verão) encontravam-se colhidos, restando apenas algumas áreas de milho e arroz.

Entre as Grandes Regiões, em termos absolutos, a produção estava assim distribuída: Sul 49,444 milhões de toneladas (41,4%), Centro-Oeste 39,311 milhões de toneladas (32,9%), Sudeste 17,350 milhões de toneladas (14,5%), Nordeste 9,911 milhões de toneladas (8,3%) e Norte 3,462 milhões de toneladas (2,9%).

 



Em relação ao mês anterior, todos os produtos têm resultados positivos

Na comparação com a safra de junho de 2004, quatro produtos destacaram-se no Levantamento Sistemático da Produção Agrícola de julho: feijão em grão 3ª safra (19,87%), milho em grão 2ª safra (0,57%), soja em grão (0,35%) e trigo em grão (0,42%).

Para o feijão de 3ª safra, o expressivo aumento de 19,87% refletiu a reavaliação de 129,95% no dado de produção de Minas Gerais, em função da confirmação do plantio em várias regiões do estado. A atual projeção ainda poderá apresentar alteração tendo em vista que o plantio do produto é feito, em muitas regiões, até meados do mês de agosto.

O crescimento de 0,57% verificado na produção do milho de 2ª safra, deveu-se às novas avaliações na área plantada nos estados de Minas Gerais e Paraná. O excesso de chuvas nesse período de colheita tem causado algumas perdas na qualidade do produto.

No que se refere à soja, o aumento de 0,35% apresentado em julho foi conseqüência, principalmente, de reavaliações na área colhida, já que a colheita foi concluída.

Com relação à cultura do trigo, o acréscimo observado decorreu das novas avaliações nos dados de Minas Gerais (4,39%) e Paraná (1,55%). No Paraná, a atual estimativa (3.241.008 t), poderá não ser alcançada, uma vez que as condições climáticas adversas (excesso de umidade/temperaturas elevadas) estão facilitando o desenvolvimento de doenças fúngicas, especialmente a bruzone.

 

Em relação a 2003, algodão herbáceo em caroço cresce mais de 60%

Dentre os produtos analisados, apresentaram variação positiva na estimativa de produção em relação ao ano anterior: algodão herbáceo em caroço (60,24%), arroz em casca (28,52%), feijão em grão 2ª safra (4,06%), sorgo (11,50%) e trigo (3,59%). Com variação negativa ficaram: feijão em grão 1ª safra (-10,33%), feijão em grão 3ª safra (-12,67%), milho em grão 1ª safra (-9,85%), milho em grão 2ª safra (-20,15%) e soja em grão (-4,47%).

Para o milho da 2ª safra (safrinha), espera-se colher uma produção da ordem de 10,617 milhões de toneladas, 20,15% menor do que a colhida em 2003 (13,298 milhões de toneladas), portanto cerca de 2,7 milhões de toneladas a menos. A área plantada nessa safra é de 3,3 milhões de hectares (-7,24%). Entre os maiores Estados produtores, apenas Mato Grosso aponta estimativa de produção maior que a de 2003 (+14,62%) situando-se em 2,545 milhões de toneladas. Os demais Estados apresentaram variações negativas, destacando-se que o Paraná, responsável por 35,27% da produção nacional sofre, em relação à safra passada, uma redução de cerca de 38% na produção.

Para o trigo, a estimativa nacional para safra de 2004 é de 6,246 milhões de toneladas, contra 6,029 milhões de toneladas obtidas no ano passado, o que representa um crescimento de 3,59%. Paraná e Rio Grande do Sul, responsáveis por cerca de 90% da produção, registram respectivamente, produções de 3,241 milhões de toneladas (+4,85%) e 2,356 milhões de toneladas (-1,63%). Conforme mencionado anteriormente a safra paranaense desse cereal poderá ser ainda reavaliada haja vista o excesso de umidade acompanhado de temperaturas elevadas para o período, o que proporciona o surgimento de doenças fúngicas.