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IPCA-15 de agosto teve variação de 0,79%

O Índice de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15) teve variação de 0,79% em agosto, menos do que em julho, mês em que a taxa, pressionada pelos combustíveis, energia elétrica, telefone fixo e alimentos, chegou a 0,93%, constituindo-se na maior do ano.

24/08/2004 06h31 | Atualizado em 24/08/2004 06h31

O Índice de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15) teve variação de 0,79% em agosto, menos do que em julho, mês em que a taxa, pressionada pelos combustíveis, energia elétrica, telefone fixo e alimentos, chegou a 0,93%, constituindo-se na maior do ano. De janeiro a agosto, o índice acumula taxa de 5,12% e nos últimos doze meses, de 7,09%. Os preços para cálculo foram coletados no período de 14 de julho a 12 de agosto e comparados com os preços vigentes de 10 de junho a 13 de julho.

A alta da gasolina nas bombas, reflexo do reajuste de 10,8% nas distribuidoras em 15 de junho, ficou concentrada no mês de julho, com 5,64%, passando, em agosto, para 0,28%. O álcool, cujos preços têm aumentado em função da valorização da cana-de-açúcar, ficou 6,39% mais caro em agosto. Mesmo alta, a variação mostrou decréscimo em relação aos 7,11% de julho.

Os alimentos, com redução na taxa de crescimento de vários produtos ou mesmo queda, passaram de 0,91% em julho para 0,58% no mês de agosto. O leite pasteurizado, que havia aumentado de preço, 5,66% em julho, teve alta bem menor em agosto, 1,42%. As carnes, 1,03% mais caras em julho, ficaram 0,90% menores. Os preços do óleo de soja se mantiveram em queda, –4,05% em julho e –2,56% em agosto. O feijão carioca (-7,10%), as hortaliças (-2,57%) e o arroz (-2,24%) são exemplos de produtos cujos preços também se apresentaram em queda. Em alta, os principais destaques ficaram com o tomate (17,30%), a batata-inglesa (16,84%), a cebola (16,47%), e o açúcar refinado e cristal, respectivamente (9,38%) e (3,45%).

Os artigos de vestuário (de 1,08% para 0,50%) e os automóveis novos (de 0,85% para 0,27%), junto com a gasolina e os alimentos, foram os principais responsáveis pela redução na taxa do IPCA-15 de julho para agosto.

Por outro lado, a energia elétrica subiu de 0,67% para 3,58%, exercendo impacto positivo sobre o resultado, 0,17 ponto percentual. Individualmente, o maior. A alta foi conseqüência, principalmente, do reajuste médio de 14% ocorrido em julho nas contas de São Paulo. O telefone fixo, em função do reajuste contratual de julho, subiu de 1,88% para 3,55% e pressionou o resultado. Outro destaque ficou com as tarifas dos ônibus urbanos, que passaram de –0,14% para 1,22%, em decorrência do reajuste de 6,66% ocorrido no Rio de janeiro também no mês de julho. Destacou-se, ainda, o item salário de empregado doméstico, que mostrou reflexos do aumento do salário mínimo ao passar de 0,74% para 1,40%.

Entre as regiões, o maior resultado ficou com o Rio de Janeiro (1,18%) tendo em vista o reajuste das tarifas dos ônibus urbanos. O menor índice foi registrado em Fortaleza (0,31%).

O IPCA-15 refere-se às famílias com rendimento monetário de 1 a 40 salários mínimos, qualquer que seja a fonte, e abrange as regiões metropolitanas do Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife, São Paulo, Belém, Fortaleza, Salvador e Curitiba, além de Brasília e Goiânia. O IPCA-15 é calculado segundo a mesma metodologia do IPCA, que tem coleta de preços realizada ao longo do mês civil. A diferença entre os dois índices está no período de coleta dos preços. A tabela a seguir contém os resultados dos índices regionais.