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No primeiro semestre, produção industrial cresce em todos os locais pesquisados

Os índices regionais da produção industrial mostram que o resultado de 7,7%, observado para o total do País no final do primeiro semestre, refletiu um aumento no ritmo de produção nos 14 locais pesquisados.

13/08/2004 06h31 | Atualizado em 13/08/2004 06h31

No que tange ao fechamento do primeiro semestre do ano, a indústria fluminense registra crescimento nulo (0,0%), com seis das treze atividades pesquisadas ainda apresentando resultados negativos. A performance adversa da indústria extrativa, em função sobretudo de paradas programadas para manutenção de plataformas de extração de petróleo ao longo dos cinco primeiros meses do ano, é a principal influência negativa no resultado geral da indústria. A indústria de transformação, por sua vez, revela expansão na produção (1,4%), cabendo à metalurgia básica (8,8%) e veículos automotores (22,4%) os principais destaques positivos. Em contraste, outros produtos químicos (-11,3%) é o ramo da indústria de transformação que mais pressiona negativamente o índice global, em decorrência principalmente do recuo na fabricação de oxigênio.

Em junho, a produção industrial de São Paulo se expande 17,7% frente a igual mês de 2003. Nos demais indicadores, foram registrados 13,4% de crescimento no segundo trimestre de 2004, 10,6% no índice acumulado e 5,0% no acumulado dos últimos doze meses.

O acréscimo de 17,7% na comparação com junho de 2003 deve-se às performances positivas de dezoito entre os vinte setores que compõem a indústria. Os principais impactos positivos foram observados em alguns setores fabricantes de bens de consumo duráveis, com destaque para automóveis e telefones celulares, produtos apontados como os mais importantes na expansão de veículos automotores (43,2%) e material eletrônico e equipamentos de comunicações (84,7%). Em contraposição, nota-se que os dois segmentos em queda foram fabricação de produtos farmacêuticos (-14,6%) e bebidas (-10,2%), pressionados principalmente pela menor produção de medicamentos e refrigerantes.

No corte trimestral, a indústria paulista passa de um aumento de 7,7% no primeiro trimestre para 13,4% no segundo, sendo os acréscimos mais expressivos, em termos de importância, registrados em veículos automotores (de 23,9% para 38,3%) e fabricação de máquinas e equipamentos (de 10,7% para 24,7%).

O bom resultado do indicador acumulado no ano (10,6%) deve-se, basicamente, a veículos automotores (31,0%), máquinas e equipamentos (17,7%) e material eletrônico e equipamentos de comunicações (32,6%), sobressaindo, no segundo setor citado, as motoniveladoras como os principais itens para o avanço da produção de bens de capital. Em contrapartida, os principais destaques negativos vieram de produtos farmacêuticos (-15,1%), edição e impressão (-2,0%) e bebidas (-1,3%), em razão dos recuos de medicamentos, livros didáticos e cachaça, entre outros.

Em junho de 2004, os índices da produção industrial do Paraná prosseguem apresentando comportamento positivo, porém com menos intensidade que a observada nos meses anteriores. Os acréscimos foram de 1,7% no mensal, 2,7% no segundo trimestre, 5,6% no acumulado do ano e 6,4% nos últimos doze meses.

Das quatorze atividades pesquisadas, sete mostraram desempenho positivo em relação a junho de 2003. As principais contribuições positivas vieram de veículos automotores (97,3%) e máquinas e equipamentos (34,6%), sobretudo devido à maior produção de caminhões; automóveis; e de refrigeradores domésticos. Do lado contrário, com quedas acentuadas, refino de petróleo e álcool (-83,7%) e edição e impressão (-36,0%) exerceram as principais pressões negativas.

Em bases trimestrais, observa-se uma desaceleração do ritmo de crescimento na passagem do primeiro (8,7%) para o segundo trimestre (2,7%), que se deve, sobretudo, aos movimentos assinalados nas indústrias de refino de petróleo e álcool, que passa de -3,2% para -44,6%, e de edição e impressão, que passa de 50,2% para -14,9%.

No encerramento do primeiro semestre, a indústria cresceu 5,6%, impulsionada pelos desempenhos favoráveis de dez ramos. Os principais impactos positivos vieram de veículos automotores (34,0%), madeira (23,4%) e alimentos (5,7%), onde sobressaíram os itens caminhões e automóveis; painéis de madeira e madeira compensada; café solúvel e carne de aves, entre outros. Já entre os quatro segmentos que reduziram a produção, vale destacar refino de petróleo e álcool com a principal contribuição negativa (-24,2%), vindo a seguir outros produtos químicos (-7,9%), minerais não-metálicos (-8,7%) e máquinas e materiais elétricos (-3,8%).

Em junho, os principais indicadores da indústria de Santa Catarina foram positivos. Em relação a junho de 2003, a produção registrou aumento de 18,2%, sendo este o quinto resultado positivo consecutivo neste tipo de confronto. Com isso, os indicadores para períodos mais abrangentes, apresentam expansão tanto no acumulado do primeiro semestre (8,6%) como nos últimos doze meses (1,1%).

O confronto junho 04/junho 03 registra expansão de 18,2% no resultado global, refletindo o comportamento favorável em dez dos onze ramos industriais investigados. Este índice positivo foi influenciado, sobretudo, pelos acréscimos observados em máquinas e equipamentos (24,9%) e alimentos (11,7%), principalmente em função da maior demanda externa por refrigeradores e congeladores e carnes e miudezas de aves, respectivamente. Vale citar também os avanços em têxtil (20,2%), veículos automotores (57,4%) e borracha e plástico (31,6%) que registram, respectivamente, aumentos na produção de toalha de banho, rosto e mãos; carrocerias para caminhões e ônibus e peça e acessórios plásticos. Minerais não-metálicos (-6,4%) é a única atividade que assinala resultado negativo.

A evolução da atividade fabril catarinense no segundo trimestre de 2004 (14,0%) mostra resultado significativamente superior ao do período janeiro-março (3,2%). Para este movimento, foi importante a reação verificada tanto em veículos automotores ( queda de 28,4% no primeiro trimestre e crescimento de 19,7% no segundo), como em borracha e plástico (de -0,9% para 29,7%).

No fechamento do primeiro semestre, a indústria catarinense, com expansão de 8,6%, além de apresentar resultado superior ao verificado para o Brasil (7,7%), mantém ritmo de crescimento acima do assinalado em maio (6,6%). O desempenho favorável deste semestre reflete os resultados positivos alcançados por oito das onze atividades industriais analisadas, com destaque para máquinas e equipamentos (18,1%), impulsionada pela maior produção de refrigeradores e congeladores, e alimentos (10,2%), apoiada no acréscimo de produtos de salamaria. Em contrapartida, entre as três atividades que mostram queda, a de maior pressão negativa sobre o índice geral é a de minerais não-metálicos (-7,0%), principalmente pela redução na fabricação de ladrilhos e placas de cerâmica.

A indústria do Rio Grande do Sul, em junho, apresentou uma expansão de 14,7% ante mesmo mês do ano anterior, resultado bem mais favorável que o de maio (4,0%). Também registraram crescimento os indicadores para períodos mais abrangentes: 5,6% no acumulado do ano e 2,0% no acumulado dos últimos doze meses.

Na comparação junho 04/ junho 03, o acréscimo de 14,7% foi proporcionado pelas performances positivas de doze dos quatorze ramos pesquisados, cabendo a fumo (55,5%), refino de petróleo e álcool (21,3%) e veículos automotores (30,5%) as maiores pressões positivas.

Em bases trimestrais, os índices mostram uma aceleração da atividade fabril na passagem do primeiro (4,2%) para o segundo (6,9%) período. Nesta mesma comparação, sete dos quatorze ramos pesquisados aumentaram a produção, com destaque para fumo, que passou de -13,0% para 24,8%, em decorrência do incremento de produtos de fumo; e produtos químicos, de -3,8% para 2,3%, impulsionado pela produção de etileno e adubos.

A indústria gaúcha, no primeiro semestre do ano, assinalou um crescimento de 5,6%. Para esse resultado, contribuíram positivamente onze dos quatorze ramos pesquisados. Dentre estes, os mais expressivos foram: máquinas e equipamentos (19,7%), veículos automotores (17,7%) e fumo (9,9%), que registraram, respectivamente, aumentos na produção de máquinas para colheita; semeadores; plantadeiras; reboques, semi-reboques; e produtos de fumo. Por outro lado, calçados e artigos de couro (-6,7%) e alimentos (-0,9%) exerceram as maiores pressões negativas. Estas indústrias assinalaram quedas na produção dos itens: tênis passeio, calçado de couro; tortas de soja e carnes de aves.

Em junho, todos os indicadores da indústria de Goiás registraram crescimento. Na comparação com igual mês do ano anterior, a expansão foi 3,6%, resultado bem inferior ao de maio (13,6%). Nos indicadores para períodos mais abrangentes, os acréscimos foram de 4,8% no acumulado do ano e de 2,9% no acumulado dos últimos doze meses.

Na comparação junho 04/ junho 03, a indústria goiana perde dinamismo em relação a maio (13,6%) ao registrar um crescimento de 3,6%. O setor de alimentos e bebidas, com o maior peso no parque fabril goiano, foi o principal responsável por esse movimento, quando se observa que, em maio, a atividade cresceu 15,9%, enquanto em junho a taxa foi de 4,7%. No resultado do mês, foi esse o setor que mais influenciou positivamente o resultado geral, assinalando acréscimos na produção de molhos de tomates e carnes bovinas. A segunda maior contribuição positiva foi proporcionada por minerais não metálicos (18,7%), que registrou aumento na produção de cimento, painéis, ladrilhos e telhas de fibrocimento. Por outro lado, a única contribuição negativa veio de produtos químicos (-5,9%), devido ao decréscimo na produção de medicamentos e adubos de origem animal.

Na passagem do primeiro para o segundo trimestre deste ano, a indústria goiana mostra ligeira melhora no ritmo de crescimento, passando de um incremento de 4,3 para 5,3%. O destaque, na passagem entre os dois períodos, foi a indústria de minerais não metálicos, que passou -0,9% para 17,9%, devido à maior produção de cimento e de painéis, ladrilhos e telhas de fibrocimento. Ao contrário da maioria dos locais, neste estado a atividade fabril cresce desde o primeiro trimestre de 2003. Portanto, a base de comparação já se caracterizava como uma fase de crescimento.

A indústria goiana encerra o primeiro semestre com expansão de 4,8%, com três dos cinco segmentos pesquisados alcançando desempenhos positivos e cabendo a alimentos e bebidas (6,0%) e produtos químicos (16,9%) as principais pressões positivas. Estes ramos apresentaram, respectivamente, aumentos na produção dos itens: molhos de tomates preparados, tortas e bagaços de soja e adubos de origem animal. Em contrapartida, o principal impacto negativo foi proporcionado pela indústria extrativa (-10,0%), em decorrência da queda na produção de amianto em fibras.

Apenas Rio de Janeiro apresenta estabilidade

Os índices regionais da produção industrial mostram que o resultado de 7,7%, observado para o total do País no final do primeiro semestre, refletiu um aumento no ritmo de produção nos 14 locais pesquisados. E, embora o Rio de Janeiro, tenha apresentado crescimento nulo no semestre, a região reverteu sua trajetória de queda, saindo de -0,2% no primeiro trimestre, para 0,2% no segundo trimestre, se mantendo, no entanto, como o local de menor dinamismo neste ano.

 



Os demais locais mostram aumento da produção industrial no primeiro semestre de 2004, com região Nordeste, Pernambuco, Bahia, Ceará e São Paulo, experimentando considerável aceleração nas taxas de crescimento ao longo dos primeiros seis meses do ano. Nordeste passa de um crescimento de 2,0% no primeiro trimestre, para um aumento de 9,6% no trimestre seguinte, com os índices de Pernambuco variando de 4,3% para 11,1%, Bahia (de 7,3% para 12,7%) e Ceará (de 2,0% para 6,3%). A indústria paulista, que havia registrado 7,7% no primeiro trimestre de 2004, alcança a taxa de 13,4% no segundo, sendo essa diferença explicada, principalmente, pelo aumento na produção de automóveis.

Com crescimento menos intenso, estão as indústrias de Minas Gerais (de 0,6% no primeiro trimestre para 3,9% no segundo), Espírito Santo (de 2,5% para 5,5%), Pará (de 7,1% para 9,8%), Rio Grande de Sul (de 4,2% para 6,9%), Amazonas (de 16,0% para 18,3%) e Goiás (de 4,3% para 5,3%). No total do País, o resultado de 7,7% para o final do primeiro semestre, reflete uma aceleração da atividade industrial de 6,0% no primeiro para 9,3% no segundo.

A tendência de ganho de ritmo, de um trimestre para outro, é observada em praticamente todas as áreas pesquisadas, com exceção do Paraná, que cresceu 8,7% no primeiro trimestre e 2,7% no segundo, em função de paralisação do setor de refino de petróleo para ampliação da capacidade produtiva. Santa Catarina, por outro lado, liderou esse movimento de aceleração da taxa, com acréscimo de 3,2% no primeiro trimestre e 14,0% no segundo.

Na comparação com junho de 2003, todos os locais crescem

No confronto junho 04/ junho 03, que para o total do país mostrou crescimento de 13,0%, os índices regionais foram positivos para os 14 locais, embora a magnitude de alguns resultados se explique, em grande parte, pela base de comparação que, em junho de 2003, indicava trajetória declinante de produção na maioria dos locais. Assim, as taxas mais expressivas foram registrada em Amazonas (22,1%), Bahia (21,7%), Santa Catarina (18,2%) e São Paulo (17,7%).

Em junho, os indicadores da produção industrial amazonense foram amplamente positivos, permanecendo na liderança em relação às demais áreas investigadas. O estado apresentou, respectivamente, crescimentos de 22,1% no índice mensal, 18,3% no trimestral, 17,2% no acumulado do ano e 12,8% no dos últimos doze meses.

Na comparação junho 04/ junho 03, dez entre as onze atividades se expandiram, com destaque para material eletrônico e equipamentos de comunicações (34,5%) e alimentos e bebidas (17,8%), em virtude, sobretudo, da maior produção de televisores, celulares e preparações em pó e em xarope para elaboração de bebidas. O único segmento em queda foi o de produtos de metal (-11,5%), por conta, principalmente, do recuo na fabricação de aparelhos de barbear.

Na passagem do primeiro para o segundo trimestre de 2004, foi observada uma aceleração no ritmo produtivo de sete atividades, principalmente, alimentos e bebidas (de 9,5% para 19,5%) e fabricação de máquinas e equipamentos (de -14,9% para 18,5%). Na indústria geral, o crescimento foi de 16,0% para 18,3% e completou o quarto trimestre consecutivo com taxa positiva.

No que se refere ao acumulado janeiro-junho, nove ramos sustentaram o acréscimo de 17,2% verificado no cômputo geral, contribuindo, com as influência mais significativas, material eletrônico e equipamentos de comunicações (37,8%) e alimentos e bebidas (14,5%). Do lado contrário, além de produtos de metal (-8,6%), a fabricação de máquinas e equipamentos (-3,1%) também aparece com resultado negativo, devido à queda na produção de aparelhos de ar condicionado.

A indústria do Pará teve expansão de 13,5% frente a junho de 2003, superando o resultado de maio (6,8%). Também registraram expansões os indicadores para períodos mais abrangentes: 8,5% no acumulado do ano e 7,8% nos últimos doze meses.

Na comparação com igual mês do ano anterior, o crescimento de 13,5% é determinado, em grande parte, pela indústria extrativa (17,8%), cujo desempenho foi bem mais favorável que o de maio (-2,1%), impulsionado por uma maior extração de minérios de ferro para atender ao mercado externo. Também apresentaram resultados positivos quatro dos cinco segmentos da indústria de transformação, cabendo a alimentos e bebidas (47,1%) e celulose e papel (30,2%) as maiores pressões positivas. Estes ramos assinalaram, principalmente, aumentos na produção dos itens: crustáceos congelados e papel higiênico.

Em bases trimestrais, a indústria paraense vem crescendo desde o início de 2003, portanto, há seis trimestres.

O crescimento de 8,5%, no primeiro semestre do ano, foi conseqüência dos resultados positivos das seis atividades pesquisadas. Os maiores impactos positivos vieram da indústria extrativa (9,5%), metalurgia básica (7,5%) e celulose e papel (27,8%), que assinalaram, respectivamente, aumentos na produção dos itens: minérios de alumínio, óxido de alumínio e papel higiênico.

A indústria da região Nordeste, em junho, registrou crescimento de 15,3%, quando comparada com igual mês do ano passado. Os demais indicadores, para períodos mais abrangentes, também foram positivos: 5,7% no acumulado do ano e 0,9% no acumulado nos últimos doze meses.

Pelo quinto mês consecutivo, a indústria do Nordeste, apresenta resultados favoráveis no confronto com igual mês do ano passado. Para a formação da taxa de 15,3%, de junho, contribuiu a expansão em dez dos onze setores industriais, destacando-se produtos químicos (19,5%), refino de petróleo e álcool (23,3%) e alimentos e bebidas (13,5%), em função do incremento nos itens castanha de caju beneficiada e amendoim e castanha de caju torrados. Em sentido contrário, a única atividade a registrar queda foi metalurgia básica (-3,0%).

A indústria do Nordeste mostrou, nos dois primeiros trimestres do ano, reversão do quadro negativo apresentado nos dois últimos trimestres do ano passado. O crescimento do segundo trimestre deste ano (9,6%), intensificou a recuperação já apresentada no primeiro trimestre (2,0%), e foi sustentado pelo bom desempenho de produtos químicos (de 1,7% para 11,5%) e por alimentos e bebidas (de 3,4% para 11,9%).

 



A produção industrial do Ceará, em junho, cresceu 12,7%, em relação ao mesmo mês do ano passado e 4,1% no semestre, enquanto o acumulado nos últimos doze meses ainda apresenta queda (-0,1%), mas em trajetória de recuperação. Vale mencionar que alimentos e bebidas foi a maior contribuição positiva nos três principais indicadores industriais.

O crescimento de 12,7% no indicador mensal de junho refletiu o resultado positivo em sete das dez atividades industriais pesquisadas, sendo o mais expressivo, o obtido por alimentos e bebidas (19,4%), em função, principalmente, do aumento da produção de castanha de caju beneficiada e de amendoim e castanha de caju torrados. Também merece destaque o bom desempenho de calçados e artigos de couro (30,7%), determinado, sobretudo, pelo aumento da fabricação de calçados de plástico e de couro; e de têxtil (9,8%), decorrente da expansão dos itens tecido de malha de fibra artificial e de algodão.

O indicador acumulado do ano registra crescimento, apesar de ter havido expansão somente em três dos dez setores industriais investigados. A taxa de 4,1% foi determinada, principalmente, pela boa performance de alimentos e bebidas (16,3%), com destaque novamente para os produtos amendoim e castanha de caju torrados e castanha de caju beneficiada e por calçados e artigos de couro (15,3%), onde é relevante o incremento da produção de calçados de plástico.

Nos dois primeiros trimestres deste ano, a indústria do Ceará apresentou trajetória positiva e ascendente, recuperando-se do fraco desempenho registrado por três trimestres consecutivos em 2003. O resultado do segundo trimestre deste ano (6,3%), superior ao obtido no período anterior (2,0%), deve-se, principalmente, à melhor performance de têxtil (que passou de -8,0% para 3,8%).

Em junho, a indústria de Pernambuco registrou expansão de 16,9% em comparação com igual mês do ano anterior, 7,4% no acumulado do ano e 5,0% nos últimos doze meses.

Pelo quinto mês consecutivo a indústria pernambucana apresentou crescimento na comparação com o mesmo mês do ano anterior, com acréscimos em oito dos onze setores industriais pesquisados. A maior contribuição positiva para a formação da taxa de 16,9% foi observada em metalurgia básica (62,4%), devido, principalmente, a maior produção de chapas e tiras de alumínio e vergalhão de aço ao carbono. Vale ressaltar ainda o bom desempenho de alimentos e bebidas (14,0%) e produtos químicos (10,3%), explicados, respectivamente, pelo incremento nos itens arroz semibranqueado e tintas e vernizes para construção. Do lado negativo, os maiores impactos foram assinalados em têxtil (-19,1%) e borracha e plástico (-1,6%), em função da menor produção de tecido de algodão; e rolha, tampa e cápsula de plástico para fechar recipiente, respectivamente.

Na análise trimestral, a indústria pernambucana, confirma a trajetória de expansão, iniciada no terceiro trimestre de 2003, registrando, no segundo trimestre deste ano, crescimento de 11,1%. Este desempenho foi superior ao obtido no primeiro trimestre do ano (4,3%), sendo explicado, principalmente, pela expansão em metalurgia básica, que passou de um crescimento de 7,2% para 40,7% e pela recuperação de minerais não metálicos que passou de queda de 13,6% para expansão de 1,2%.

A produção industrial da Bahia, em junho, apresentou expansão de 21,7% na comparação com igual mês do ano anterior, praticamente dobrando o ritmo de crescimento registrado em maio (11,3%). Os demais indicadores também foram positivos: 10,0% no acumulado do ano e 2,4% no acumulado nos últimos doze meses.

O bom desempenho de 21,7% no confronto junho 2004/junho 2003 deve-se, principalmente, ao forte crescimento de produtos químicos (28,8%); refino de petróleo e álcool (25,4%), e alimentos e bebidas (20,2%), este último em função do incremento nos itens cerveja e chope; e óleo de soja em bruto. Por outro lado, a atividade borracha e plástico (-1,6%), influenciada pela queda da produção de chapa ou folha de plástico e em pneumáticos para ônibus e caminhões, foi a única atividade que recuou.

No indicador acumulado do ano houve crescimento, com taxas positivas em todas as atividades investigadas, com os dois primeiros trimestres do ano apresentando trajetória de recuperação depois da queda verificada nos dois últimos trimestres do ano passado. O crescimento de 12,7% no segundo trimestre intensificou o ritmo de crescimento verificado no primeiro (7,3%) e está relacionado, sobretudo, ao dinamismo do setor de produtos químicos e alimentos e bebidas.

Os principais indicadores da produção industrial do estado de Minas Gerais prosseguiram, em junho, assinalando taxas positivas em seus principais confrontos: 6,1% em relação a junho de 2003; 2,3% no acumulado no ano e 1,5% nos últimos doze meses.

Na comparação com junho do ano passado, a produção industrial mineira assinalou crescimento de 6,1%, atingindo sua melhor marca neste ano. No entanto, a análise deste resultado deve ser relativizada, pois incorpora o efeito da fraca base de comparação. A indústria extrativa, que há quatro meses consecutivos assinalava queda, volta a registrar expansão (7,4%), puxada pela produção de minério de ferro e seus concentrados, que se beneficiam do momento favorável para as vendas externas, especialmente para a Ásia. Na indústria de transformação, nove atividades industriais apontaram crescimento, com destaque para veículos automotores (35,2%), a mais expressiva, tanto em volume quanto em impacto na taxa global. Outros dois segmentos que merecem destaque são: fabricação de máquinas e equipamentos (24,1%); têxtil (15,7%) e produtos químicos (10,0%), respectivamente, com eletrodomésticos, tecidos de algodão e inseticidas.

No confronto por trimestres, verifica-se que o segundo período (abril-junho) apontou a maior expansão do ano, assinalando 3,9% contra 0,6% do primeiro, com a indústria mineira fechando o primeiro semestre com expansão de 2,3% frente ao mesmo período do ano passado. Grande parte deste crescimento deve ser atribuído a dez atividades fabris. A indústria de veículos automotores (16,1%) foi a que contribuiu com o maior impacto positivo no cômputo geral, seguida por fabricação de máquinas e equipamentos (15,6%) e fabricação de alimentos (3,2%).

Os indicadores da produção industrial do estado do Espírito Santo, em junho, apontaram taxas positivas em suas principais comparações: 9,6% em relação a junho de 2003, 4,0% no acumulado no ano e 2,5% nos últimos doze meses.

A produção industrial capixaba no mês de junho cresceu 9,6% em relação a igual mês do ano passado, exibindo deste modo, sua melhor performance no ano. O desempenho da indústria de transformação foi de 11,0% e da extrativa, de 6,3%, sendo a fraca base de comparação a razão principal dessas elevadas taxas.

Da indústria de transformação, todos os segmentos cresceram, com destaque para alimentos e bebidas (37,9%), celulose (7,0%) e metalúrgica básica (5,8%). No segundo trimestre deste ano, a atividade industrial se expande 5,5% frente igual período do ano passado, com as indústrias extrativas e a metalúrgica assegurando o maior vigor da produção na passagem do primeiro para o segundo trimestre. A primeira passou de uma queda de 0,7% para uma expansão de 6,1%, e a segunda de 2,3% para 7,4%.

Com o resultado de junho, a produção acumulada no ano avançou 4,0%, com todas as atividades apresentando resultados positivos. Alimentos e bebidas (11,2%) aparece com o maior impacto positivo, seguido por metalúrgica básica (4,8%) e indústrias extrativas (2,7%).

A produção industrial do Rio de Janeiro prossegue, em junho, assinalando expansão (3,2%) na comparação com igual mês do ano anterior, sendo esta a quarta taxa positiva no ano neste tipo de confronto. Nos indicadores para períodos mais abrangentes a indústria fluminense registra crescimento nulo no acumulado no ano (0,0%) e queda de 1,0% nos últimos doze meses. Vale mencionar que o Rio de Janeiro assinala, este mês, marcas superiores às de maio em todas as comparações: 1,7%, -0,6% e -1,2%, respectivamente.

Na comparação junho 04/junho 03, o resultado global de 3,2% foi determinado pelo incremento na atividade industrial na maioria (dez) das treze atividades pesquisadas. A indústria extrativa, com crescimento de 3,2%, registra seu primeiro resultado positivo no ano, cabendo à extração de petróleo a principal influência positiva. A indústria de transformação, por sua vez, também assinala acréscimo (3,3%), o quarto resultado positivo no ano.

Em base trimestrais, o acréscimo de 0,2% na atividade fabril fluminense, no segundo trimestre do ano, dá prosseguimento ao relativo ganho de dinamismo iniciado no terceiro trimestre de 2003 (-3,0%), mas interrompido com as quedas (- 0,8%) no quarto trimestre e (- 0,2%) no primeiro trimestre deste ano. Este movimento, embora com taxas negativas, acompanha a trajetória nacional e atinge, na passagem do primeiro para o segundo trimestre, nove ramos industriais, sendo particularmente importante em outros produtos químicos (de -16,5% para -6,1%), minerais não-metálicos (de 0,5% para 23,3%) e veículos automotores (de 13,0% para 31,7%).