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Emprego Industrial cresce 1,0% em maio

Entre abril e maio deste ano, o número de contratações no setor industrial volta a superar o de demissões, na série livre de influências sazonais, com o nível de emprego mostrando acréscimo de 1,0%.

16/07/2004 06h31 | Atualizado em 16/07/2004 06h31

Entre abril e maio deste ano, o número de contratações no setor industrial volta a superar o de demissões, na série livre de influências sazonais, com o nível de emprego mostrando acréscimo de 1,0%. O aumento de postos de trabalho verificado em maio, tem reflexo no indicador de média móvel trimestral, que mostra trajetória ascendente do emprego. Esse resultado se confirma no confronto com o mesmo mês do ano passado, com o emprego crescendo 0,9%, o que não era observado desde abril de 2003. Contudo, nas outras comparações, para períodos mais abrangentes, as taxas ainda permanecem negativas, porém com resultados menos intensos do que em meses anteriores: -0,3% no acumulado no ano e -0,9% no dos últimos 12 meses.

 



No confronto maio 03/ maio 04, o nível de emprego se amplia em nove das 14 áreas investigadas, com Minas Gerais (3,8%), seguido por região Norte e Centro-Oeste (4,8%) e Paraná (3,6%) exercendo as maiores influências positivas no índice nacional. Em Minas Gerais, o acréscimo de pessoal, observado na indústria de borracha e plástico (45,0%), foi determinante na formação do resultado local; nas regiões Norte e Centro-Oeste, a expansão mais significativa ficou com alimentos e bebidas (8,1%) e, no Paraná, vestuário (16,3%) foi a principal contribuição positiva. Também neste confronto, Santa Catarina (2,4%) pressiona positivamente o índice geral, em razão, principalmente, das contratações observadas em madeira (10,5%) e máquinas e equipamentos (12,8%).

Entre os locais que mostram perdas de postos de trabalhos, sobressaem Rio de Janeiro (-3,6%), Rio Grande do Sul (-1,1%) e Pernambuco (-4,6%), pressionados pela redução no contigente de trabalhadores em produtos de metal (-38,3%), calçados e couro (-6,5%) e alimentos e bebidas (-11,6%), respectivamente.

Ainda neste confronto, são observados, no total do país, acréscimos no emprego em 12 dos 18 setores analisados, sobressaindo, em função do dinamismo na produção, os aumentos nas contratações nos ramos de máquinas e equipamentos (12,5%) e alimentos e bebidas (2,6%). Em contraste, os setores onde as demissões exerceram maior pressão no cômputo geral, foram vestuário (-8,8%), produtos de metal (-8,8%), papel e gráfica (-6,0%) e minerais não-metálicos (-5,3%).

         Emprego reduz o ritmo de queda no acumulado no ano

Minas Gerais se destaca com aumento de contratações no setor de alimento e bebidas

O indicador acumulado no ano, negativo desde julho do ano passado, mostra ligeira desaceleração no ritmo de queda frente aos meses anteriores, uma vez que registra -0,8% em março, -0,6% em abril e -0,3% em maio. O número de demissões foi maior que o de admissões em dez locais pesquisados, entre os quais destacaram-se, com as principais influências negativas, as indústrias de São Paulo (-1,1%) e, consequentemente, as da região Sudeste (-0,7%). Também vale destacar, em termos de impacto, os recuos assinalados no Rio Grande do Sul (-2,4%) e Rio de Janeiro (-3,9%).

Em contraposição, Minas Gerais se revela, mais uma vez, como o estado com a maior contribuição positiva sobre o emprego, registrando 3,0% de crescimento, apoiado sobretudo na expansão das contratações no setor de alimentos e bebidas (10,0%).

No âmbito setorial, ainda no indicador acumulado para janeiro-maio, oito ramos reduziram as admissões, com destaque para vestuário (-10,7%). Em contrapartida, respondendo pelas pressões positivas mais significativas, destaca-se novamente máquinas e equipamentos, com ampliação de 11,4% nos postos de trabalho.

 



Também no indicador acumulado nos últimos 12, verifica-se suave desaceleração no ritmo de queda do emprego entre abril (-1,0%) e maio (-0,9%), com dez locais e nove setores pesquisados mostrando redução no contigente de trabalhadores. A maior contribuição negativa veio de vestuário (-8,7%), enquanto a maior positiva deveu-se a máquinas e equipamentos (7,3%). Regionalmente, São Paulo (-1,7%) determinou a principal influência negativa, seguido novamente por quedas no Rio Grande do Sul (-2,5%) e no Rio de Janeiro (-4,4%). Por outro lado, os quatro locais com índices positivos foram: região Norte e Centro-Oeste (2,8%), Paraná (2,0%), Minas Gerais (0,8%) e Santa Catarina (0,3%).

                Número de horas pagas cresce 0,3% em maio

Em maio, o total de horas pagas aos trabalhadores da indústria cresceu 0,3% em relação a abril, já descontado o efeito sazonal e 0,6% na comparação com maio do ano passado, embora no acumulado tenha ficado estável (0,0%) e no acumulado nos últimos 12 meses registre queda de 0,9%.

O crescimento de 0,6% sobre maio do ano passado no número de horas pagas deu-se, principalmente, nas atividades de máquinas e equipamentos (14,5%), borracha e plástico (7,7%) e meios de transporte (5,4%). Por outro lado, as principais contribuições negativas ficaram por conta das indústrias de vestuário (-9,8%), produtos de metal (-8,9%) e papel e gráfica (-4,6%).

As regiões que registraram os maiores aumentos de horas pagas, ainda no confronto maio 04/ maio 03, foram Minas Gerais (4,1%), Região Norte e Centro-Oeste (3,4%) e Paraná (2,8%). Na indústria mineira, os segmentos de borracha e plástico (83,8%), máquinas e aparelhos eletro-eletrônicos (18,2%) e alimentos e bebidas (4,1%) exerceram os maiores impactos positivos; na indústria da região Norte e Centro-Oeste os destaques foram alimentos e bebidas (5,0%), máquinas e aparelhos eletro-eletrônicos (12,5%) e meios de transporte (11,1%). Já na indústria paranaense, o segmento de vestuário, com expansão de 9,6%, foi a principal pressão positiva. Em contrapartida, as principais influências negativas foram representadas por Rio de Janeiro (-5,2%), Rio Grande do Sul (-1,2%) e São Paulo (-0,2%). Nestas regiões, os segmentos de produtos de metal (-40,5%), calçados e couro (-6,4%) e vestuário (-29,3%) foram, respectivamente, os maiores impactos negativos.

                Rendimento cai em maio em relação a abril, 

                   mas cresce nas demais comparações

A folha de pagamento dos trabalhadores da indústria, na série livre de influências sazonais, recuou 1,1% em relação ao mês de abril, queda menos acentuada do que a registrada de março para abril (-2,3%). Já, nos demais indicadores, o valor da folha de pagamento industrial apresentou crescimento: 7,2% em comparação a maio do ano passado, 8,8% no acumulado do ano e 1,9% no acumulado nos últimos 12 meses. Em relação à folha de pagamento média, os três principais indicadores também registraram resultados positivos: 6,3% no confronto com maio do ano anterior, 9,2% no acumulado do ano e 2,8% para o acumulado nos últimos 12 meses.

No indicador mensal de maio, a folha de pagamento real expandiu-se 7,2%, refletindo o resultado favorável em treze dos quatorze locais pesquisados. O maior impacto positivo na folha de pagamento ocorreu na região Sudeste (7,0%), em função do desempenho dos estados de São Paulo (8,6%) e Minas Gerais (12,5%). O bom resultado de São Paulo foi determinado, principalmente, pelo setor de máquinas e equipamentos (50,4%) e, em menor medida, por meios de transporte (7,5%). Em Minas Gerais, produtos químicos (36,4%) e alimentos e bebidas (18,6%) foram os destaques. Vale citar também a boa performance da região Norte e Centro-Oeste (11,3%), impulsionada pelo crescimento do valor da folha salarial em alimentos e bebidas (22,0%) e em máquinas e aparelhos eletro-eletrônicos (25,9%). O único local que apresentou diminuição no valor da folha foi o Rio de Janeiro (-10,4%), com forte pressão negativa da indústria extrativa (-54,5%).

O indicador acumulado do ano registrou, em maio, expansão de 8,8% no valor real da folha de pagamento, com acréscimos em todos os locais pesquisados. Os maiores impactos positivos ocorreram na região Sudeste (8,9%), devido aos ganhos salariais em São Paulo (9,0%) e Minas Gerais (12,4%), com destaque para máquinas e equipamentos (47,6%) e metalurgia básica (19,2%), respectivamente. Em seguida, vale mencionar o estado do Paraná, que expandiu sua massa salarial em 9,5%, sobretudo, devido, a alimentos e bebidas (17,9%).

Em termos setoriais, as contribuições mais significativas para a formação da taxa de 8,8% vieram de máquinas e equipamentos (29,7%), produtos químicos (11,6%) e alimentos e bebidas (8,5%). Inversamente, as principais pressões negativas foram assinaladas em têxtil (-9,7%) e produtos de metal (-3,1%).

Em relação à folha de pagamento média real, houve crescimento em quase todas as atividades industriais (16 das 18) e em todos os locais pesquisados, variando entre os 6,7% registrados em Pernambuco e os 14,2% no Espírito Santo, conforme mostrado no gráfico abaixo.