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Vendas do comércio crescem 10,01% em maio

O volume de vendas do varejo cresce pelo sexto mês consecutivo, acumula alta de 8,48% no ano e de 1,80% nos últimos 12 meses. Exceto Roraima, todas as Unidades da Federação registraram alta.

15/07/2004 06h31 | Atualizado em 15/07/2004 06h31

Com alta de 5,17% no volume de vendas em relação a maio de 2003, a atividade de Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo contribuiu, este mês, com o segundo maior impacto sobre a taxa geral do varejo. Com 4,77% de crescimento no acumulado do ano, o segmento encerra o período com resultado abaixo da média do varejo (8,48%) e ainda continua com taxa negativa no acumulado dos últimos 12 meses (-0,44%), fruto das fortes quedas assinaladas em 2003.

O ramo específico de Hipermercados e supermercados apresenta resultados muito próximos dos que foram revelados pelo grupo como um todo, com taxas de 5,20% com relação a maio de 2003; 4,84% no acumulado do ano; e -0,35% no acumulado dos últimos 12 meses.

Pela primeira vez no ano, o segmento de Tecidos, vestuário e calçados registra desempenho acima da média do setor varejista, ao aumentar seu volume de vendas em 22,47% com relação a maio do ano passado. Contribuíram para isto, além da própria recuperação econômica, o nível baixo de vendas dos produtos do gênero, em maio do ano passado, e perspectivas de um inverno mais rigoroso em 2004, que vem fomentando as vendas de agasalhos. Isso causou acentuada melhora nos índices acumulados da atividade, com as taxas se elevando, no acumulado do ano, de 0,69% em abril para 5,68% em maio; e no acumulado dos últimos 12 meses, de -2,79% para -0,02%.

Vale frisar que o grupo de Tecidos, vestuário e calçados vem se caracterizando por um comportamento distinto das demais atividades do varejo. A recuperação do seu volume de vendas vem sendo mais lenta do que a dos demais segmentos do varejo. Isto pode ser atribuído a um efeito-base relativamente menor incorporado nas suas atuais taxas de desempenho, pois foi a atividade que menos se retraiu ao longo do primeiro semestre de 2003.

Os 4,13% de variação no volume de vendas de Combustíveis e lubrificantes, em maio, traduzem uma queda no ritmo de crescimento da atividade diante dos meses anteriores: 11,57% em março e 9,23% de abril. A conseqüência disto foi redução no patamar de crescimento do acumulado no ano: de 7,97% em abril para 7,16% em maio. Já o acumulado dos últimos 12 meses manteve-se ascendente: de 0,13% para 0,65% entre abril e maio.

O segmento de Veículos, motos, partes e peças, depois de arrefecer o ritmo de crescimento em abril, volta a expandir-se em maio, com o volume de vendas aumentando 21,44% com relação a igual mês do ano anterior. Com isto, ampliam-se também as taxas acumuladas, que atingiram 14,48% no ano e 3,93% no acumulado dos últimos 12 meses. Este último já sinalizava reduções no ritmo queda desde o inicio de 2003.

 



No conjunto das novas atividades pesquisadas, que tem como base de dados a amostra selecionada em 2003, o destaque continua sendo o segmento de Equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação, com aumentos no volume de vendas de 19,77% na relação maio 04/maio 03 e de 23,97% no acumulado do ano (Tabela 2). O ramo de informática certamente vem ditando o ritmo deste crescimento.

A segunda maior taxa do volume de vendas coube a Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos: 8,99% contra maio de 2003 e 10,42% no ano. Já o volume de vendas do grupo Outros artigos de uso pessoal e doméstico variou 5,48% sobre maio de 2003 e 16,11% no acumulado do ano; Livros, jornais, revistas e papelaria, registrou 1,88% e -1,94% nos indicadores mensal e acumulado do ano, respectivamente. Material de construção cresceu 1,07% contra maio de 2003 e caiu 0,70% no acumulado do ano.

O volume de vendas do varejo cresce pelo sexto mês consecutivo, acumula alta de 8,48% no ano e de 1,80% nos últimos 12 meses. Exceto Roraima, todas as Unidades da Federação registraram alta. As vendas de Móveis e Eletrodomésticos, maior influência sobre a taxa global, cresceram 35,58%. Todas as atividades varejistas pesquisadas pelo IBGE tiveram alta em maio.

Em maio de 2004, a Pesquisa Mensal de Comércio apurou mais um resultado positivo do comércio varejista do País. Com relação a maio de 2003, o setor registrou um crescimento de 10,27% na receita nominal de vendas e de 10,01% para o volume de vendas (Gráfico 1). No acumulado dos cinco primeiros meses de 2004 as variações alcançaram 9,81% na receita nominal e 8,48% para o volume de vendas. No acumulado dos últimos 12 meses, enquanto a receita cresceu 11,21% o volume segue em gradativa recuperação (1,80%).

Em volume de vendas, o acumulado do ano em maio (8,48%) supera o de abril (8,07%), e o mesmo ocorre com o acumulado dos últimos 12 meses: 1,80% contra 0,44%, respectivamente. Com relação à receita nominal, o aumento no acumulado do ano foi bem menor: de 9,68% em abril para 9,81% em maio. Já o acumulado dos últimos 12 meses permanece reduzindo o seu ritmo de crescimento: 11,21% em maio contra os 11,61% de abril.

 



Com exceção de Roraima (-8,24%), o volume de vendas cresceu em todas as Unidades da Federação, em relação a maio de 2003. Amazonas (29,56%), Acre (25,66%), Rondônia (24,30%), Mato Grosso (23,95%) e Tocantins (22,83%) tiveram as maiores altas, mas os maiores impactos sobre o volume de vendas global vieram de São Paulo (8,76%), Rio de Janeiro (12,36%), Paraná (11,40%), Minas Gerais (7,81%), Santa Catarina (12,81%) e Rio Grande do Sul (4,82%).

Em maio, as taxas de Rio e São Paulo voltaram a se distanciar, após dois meses muito próximas. O volume de vendas no Rio cresceu 12,36% e em São Paulo, 8,76% em relação a maio de 2003. Mas, acumulando alta de 8,01% no ano e de 1,51% nos 12 últimos meses, São Paulo superou o Rio (7,03% e -0,87%, respectivamente).

Em maio, o volume de vendas de todas as atividades pesquisadas do comércio varejista cresceu em relação ao mesmo mês do ano anterior. Para os segmentos cuja base de dados tem inicio em janeiro de 2000 (série encadeada), os resultados, por ordem decrescente de impacto sobre a taxa global, foram: 35,58% para Móveis e eletrodomésticos; 5,17% em Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo; 22,47% para Tecidos, vestuário e calçados; e 4,13% em Combustíveis e lubrificantes. Na atividade de Veículos, motos, partes e peças, que não compõe a taxa do varejo, o aumento sobre maio/03 foi de 21,44% (Tabela 1).

Para as novas atividades pesquisadas, cuja base de dados começa em janeiro de 2003, as taxas mensais do volume de vendas foram: 19,77% em Equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação; 8,99% para Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos; 5,48% em Outros artigos de uso pessoal e doméstico; 1,88% em Livros, jornais, revistas e papelaria e 1,07% para Material de construção.

A atividade de Móveis e eletrodomésticos cresceu 35,58% sobre maio de 2003 e segue exercendo a principal influência no desempenho positivo do varejo do País. No acumulado do ano, aumentou seu volume de vendas em 28,10% com relação ao mesmo período do ano anterior; e no acumulado dos últimos 12 meses, cresceu 14,35%.

                                                  TABELA 1