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Em maio, produção industrial cresce 2,2% frente a abril; 7,8% em relação a maio de 2003; 6,5% no acumulado do ano e 2,8%, nos últimos doze meses

Em maio, os índices da produção industrial mostraram crescimento nos diferentes tipos de comparação. Na série com ajustamento sazonal, a indústria cresceu 2,2% na passagem de abril para maio, o terceiro resultado positivo consecutivo...

08/07/2004 06h31 | Atualizado em 08/07/2004 06h31

Em maio, os índices da produção industrial mostraram crescimento nos diferentes tipos de comparação. Na série com ajustamento sazonal, a indústria cresceu 2,2% na passagem de abril para maio, o terceiro resultado positivo consecutivo, levando a uma expansão de 4,5% entre os meses de fevereiro e maio deste ano.

Em relação a maio de 2003, há crescimento de 7,8%, o que mantém uma seqüência de nove meses de taxas positivas neste tipo de indicador. O comportamento da atividade industrial neste último mês acentua o resultado positivo registrado no indicador acumulado, que passa de 6,1% em abril para 6,5% em maio. O acumulado nos últimos doze meses (2,8%) também sinaliza aceleração frente ao resultado de abril (2,0%).

O aumento observado no ritmo de produção entre abril e maio, atingiu 18 das 23 atividades, que têm séries mensais sazonalmente ajustadas e as quatro categorias de uso. Os destaques foram veículos automotores (4,7%), alimentos (2,0%), máquinas e equipamentos (4,0%) e material eletrônico e de comunicações (6,4%). Também cabe destacar o crescimento observado em setores tradicionalmente associados ao mercado interno, como calçados e couros (8,0%), farmacêutica (4,1%), têxtil (2,6%), minerais não-metálicos (2,2%) e vestuário (0,9%).

Ainda na comparação mês/mês anterior, entre as categorias de uso, o setor de bens de capital sustentou o maior ritmo de crescimento (3,7%) na passagem de abril para maio, seguido por bens de consumo durável (3,2%). Os bens intermediários e os de consumo semiduráveis e não duráveis (ambos com taxa de 1,7%), tiveram crescimento abaixo da média nacional (2,2%).

O comportamento favorável da atividade industrial em maio tem impacto nos índices de média móvel trimestral, que passam a apresentar trajetória positiva em todas as categorias de uso. Na indústria geral, o crescimento observado neste indicador entre os trimestres encerrados em abril e maio é de 1,5%, com bens de consumo duráveis apresentando o maior aumento (2,8%), seguido de bens de capital (2,5%), bens intermediários (1,2%) e bens de consumo semiduráveis e não duráveis (0,5%).

Na comparação com maio de 2003, o crescimento de 7,8% reflete o comportamento positivo de 22 das 27 atividades pesquisadas. Dentre essas, as de maior impacto sobre o índice global, por ordem de importância, foram: veículos automotores (27,4%), máquinas e equipamentos (20,4%) e material eletrônico e de comunicações (33,9%). Nestes ramos, os produtos com maior influência no índice geral foram: automóveis; refrigeradores e congeladores e equipamentos para o setor de telefonia. Das cinco atividades em queda, refino de petróleo e álcool (-4,3%) e extrativa (-4,8%) foram as que mais impactaram o índice, cujos respectivos destaques negativos foram gasolina e petróleo.

Ainda na comparação com maio de 2003, entre as categorias de uso, a taxa mais elevada foi do segmento de bens de capital (26,0%), apoiado no aumento da produção de equipamentos para o setor de telefonia; computadores; caminhões e aviões. A produção de bens duráveis superou em 23,4% a de maio do ano passado, com destaque para o desempenho da produção de eletrodomésticos, tanto "linha branca1" (43,3%), quanto "linha marrom2" (42,6%) e automóveis (22,2%).

A produção de bens intermediários cresce 6,7%, influenciada pelo desempenho do subsetor de insumos industriais elaborados (6,1%), cujo destaque foi o item celulose. Também cabe mencionar o comportamento favorável do subsetor de peças e acessórios para equipamentos de transporte industrial (22,6%), influenciado, sobretudo, pelo grupamento de peças e acessórios para veículos automotores (autopeças), que cresce 29,6%. Refletindo a queda na extração de petróleo, a pressão negativa mais significativa veio de combustíveis e lubrificantes básicos (-9,1%). O grupamento de insumos para a construção civil, com aumento de 3,6%, registra sua terceira taxa positiva consecutiva. Em relação ao setor de bens de consumo semiduráveis e não duráveis houve ligeiro crescimento (0,9%), reflexo do comportamento positivo de vários subsetores, em particular, o de alimentos e bebidas elaborados para consumo doméstico (4,1%), cujos destaques foram os itens de preparações e conservas de carnes e café solúvel. A única pressão negativa foi do grupamento carburantes (-17,3%), influenciada, principalmente, pela queda na produção de gasolina.

No ano, a indústria brasileira acumula crescimento de 6,5%. No período, a indústria de transformação cresceu 6,9% e a extrativa, caiu 1,7%. Em abril, a indústria de transformação já apresentava esse mesmo ritmo (6,5%), mas a extrativa tinha taxa de -0,9%. O crescimento da indústria de transformação atingiu 22 dos 26 setores pesquisados. O setor de veículos automotores (23,1%) se mantém com o resultado mais significativo, seguido por aparelhos eletrônicos e de comunicação (35,6%) e máquinas e equipamentos (13,5%). O maior impacto negativo na formação do índice global continua sendo de farmacêutica (-5,1%), porém de forma menos acentuada do que em abril (-7,3%).

No acumulado de janeiro a maio desse ano, 57 dos 76 subsetores pesquisados tiveram expansão. Dentre esses, vale citar o crescimento de segmentos mais relacionados às exportações e à agricultura: extração de minerais metálicos não ferrosos (32,9%); sucos e concentrados de frutas (38,7%); fabricação de café (23,2%); celulose e pastas para fabricação de papel (8,8%); tratores e máquinas agrícolas (23,4%) e defensivos agrícolas (6,8%). Há também índices positivos em alguns subsetores fabricantes de bens de consumo duráveis, como eletrodomésticos "linha marrom"(39,5%) e "linha branca"(22,1%) e automóveis (24,1%).

A análise do indicador acumulado nos primeiros cinco meses do ano, a partir dos índices por categorias de uso, mostra que bens de capital (22,5%) apresenta a taxa mais elevada, seguida de bens de consumo duráveis (21,5%), ambas com desempenhos bastante acima da média nacional (6,5%). A categoria de bens intermediários cresce 5,2% e a de bens de consumo semiduráveis e não duráveis, 1,3%, a terceira taxa positiva este ano nessa comparação.

1 Refrigeradores e congeladores; fogões; máquina de lavar e secadora.

2 Televisores, aparelhos de som e DVDs.