Também no acumulado no ano, a atividade de Móveis e eletrodomésticos continua sendo o destaque positivo do varejo em 2004. O volume de vendas acumulado pelo segmento no primeiro trimestre do ano superou em 23,78% o do mesmo período de 2003; enquanto que o acumulado dos últimos 12 meses assinalou taxa de crescimento da ordem 6,58%.

A atividade de Combustíveis e lubrificantes tem aumento de 7,51% no trimestre, respondendo pelo segundo maior impacto positivo na determinação da taxa de desempenho do comércio varejista. No acumulado dos últimos 12 meses, o setor ainda apresenta resultado negativo, com variação de -1,14%.

A atividade de Vestuário, calçados e tecidos recupera-se da queda mensal de 5,87% registrada em fevereiro. O desempenho positivo em março (7,33%) possibilitou um resultado positivo para o primeiro trimestre, de 1,08%, sobre o mesmo período do ano anterior. No acumulado dos últimos 12 meses, porém, a taxa de -2,79% observada em março ainda mantém o segmento como o destaque negativo do varejo neste tipo de indicador.

A atividade de Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo, que teve o menor desempenho em março (4,42%) em relação a março do ano passado, obteve uma taxa de 4,14% no primeiro trimestre de 2004, superando os 3,99% do bimestre. Do mesmo modo, o indicador acumulado dos últimos 12 meses continuou diminuindo o ritmo de queda revelando, em março, taxa de -2,00% contra -3,53% de fevereiro.

Os resultados um pouco menores para o grupo específico de Hipermercados e supermercados, com variações no volume de vendas de 4,37% sobre março/03 e de 4,10% no acumulado do trimestre, indicam que as maiores unidades empresariais do ramo vêm obtendo desempenho abaixo da média estabelecida na atividade como um todo.

Carros e motos voltam a crescer

Veículos e motos, partes e peças foi outra atividade que voltou a crescer depois de assinalar resultado negativo em fevereiro (-0,82%). Os 32,03% de aumento no volume de vendas obtidos na relação março 04/março 03 propiciaram melhora nos seus demais indicadores. No acumulado do ano, a taxa de desempenho evolui de 3,72% nos dois primeiros meses de 2004 para 12,65% no primeiro trimestre. Do mesmo modo, no acumulado dos últimos 12 meses, a queda do volume de vendas reduz-se dos -5,82% registrados em fevereiro para -1,86% este mês.

Os resultados para os novos segmentos pesquisados, mostrados na Tabela 3, têm como base a nova amostra iniciada em 2003, sem encadeamento, portanto, com a série que tem início em 2000. Em março, todos os novos ramos alcançaram resultados mensais positivos. Em termos de volume de vendas, o maior desempenho ocorreu em Equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação, com acréscimos de 51,04% sobre igual mês de 2003 e 25,18% no acumulado do primeiro trimestre do ano. Segue, pela ordem decrescente do indicador mensal, Outros artigos de uso pessoal e doméstico (29,77% sobre março/03 e 21,29% no trimestre); Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (22,28% no mensal e 11,19% no acumulado do ano); Material de construção (11,06% e -2,39%); e Livros, jornais, revistas e papelaria (8,57% e -3,40%).

Móveis e eletrodomésticos, com crescimento de 36,57%, é a atividade com maior impacto na expansão do varejo em março.

Em março, a Pesquisa Mensal de Comércio apurou mais um resultado positivo para o comércio varejista, com crescimento de 11,36% no volume de vendas e de 11,63% na receita nominal de vendas, em relação a março de 2003. No acumulado de 12 meses, enquanto a receita se mantém positiva, com variação de 12,35%, o volume de vendas se retrai em 0,61%.

Assim como ocorreu nos resultados de janeiro e fevereiro, a taxa de desempenho do setor em março também está sob a influência do reduzido nível de vendas na base de comparação, pois o primeiro trimestre de 2003 se caracterizou como o mais baixo de toda a série de resultados trimestrais do varejo nacional, iniciada em 2000. O mês de março/03, em particular, foi ainda afetado pela redução do número de dias úteis devido ao carnaval que, em de 2004, caiu em fevereiro.

Na relação março 04/março 03, apenas o Estado de Roraima registrou queda no volume de vendas, com -12,14% de variação. Dentre os que assinalaram resultados positivos, se destacam com as maiores taxas Rondônia (33,48%); Espírito Santo (26,25%); Maranhão (25,75%); Mato Grosso (22,34%); Alagoas (20,14%); e Piauí (19,67%).

Móveis e eletrodomésticos são o destaque em março

Nos resultados por atividade, coube mais uma vez a Móveis e eletrodomésticos, com aumento mensal de 36,57% no volume de vendas, o principal impacto para a expansão do varejo em março. As demais contribuições positivas se estabeleceram em Combustíveis e lubrificantes (11,46%); Tecidos, vestuário e calçados (7,33%) e Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (4,42%). A segunda maior taxa de crescimento, em março, deveu-se a Veículos, motos, partes e peças, com taxa de variação no volume de vendas de 32,03% sobre igual mês do ano anterior (Tabela 2).

Comércio encerra o trimestre com crescimento de 7,48% nas vendas

O comércio varejista encerra o primeiro trimestre de 2004 com acréscimos de 7,48% no volume e de 9,89% na receita nominal sobre o primeiro trimestre de 2003.