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Taxa de Desocupação é de 13,1% em abril

25/05/2004 06h31 | Atualizado em 25/05/2004 06h31

OBS.: Para o cálculo do rendimento real o deflator utilizado para cada área é o Índice de Preços ao Consumidor da região metropolitana, produzido pelo IBGE. Para o rendimento do conjunto das seis regiões metropolitanas abrangidas pela pesquisa, o deflator é a média ponderada do índice de preços dessas regiões. A variável de ponderação é a população residente na área urbana da região metropolitana.

População Não Economicamente Ativa (PNEA) manteve-se estável nas duas comparações

A PME estimou, em abril, um contigente de 15,9 milhões de pessoas com 10 anos ou mais de idade que não estavam ocupadas e nem desocupadas - denominadas não economicamente ativas - no total das seis Regiões Metropolitanas investigadas. Este indicador ficou estável tanto em relação ao mês passado (-0,7%), quanto na comparação com o mesmo período de 2003.

1 Exclusive trabalhador doméstico, militar, funcionário público ou estatutário e outros empregados do setor público.

2Rendimento habitualmente recebido

Em abril de 2004, a taxa de desocupação ficou em 13,1%, resultado estável em relação a março (12,8%) e 0,7 ponto percentual acima na comparação com abril de 2003 (12,4%). O rendimento médio real caiu tanto em relação a março de 2004 (-0,9%), quanto em relação a abril de 2003 (-3,5%).

Na análise regional, em relação a março de 2004, houve significativo aumento da taxa de desocupação em três regiões: Recife (que passou de 12,6% para 14,3%); Rio de Janeiro (de 9,8% para 10,7%); e Porto Alegre (de 9,6% para 10,7%). Já Salvador (de 17,1% para 16,6%), Belo Horizonte (de 12,1% para 11,4%) e São Paulo (de 14,6% para 14,5%) mantiveram-se estáveis. No confronto com abril de 2003, apenas a Região Metropolitana do Rio de Janeiro apresentou variação significativa (de 9,2% para 10,7%).

O gráfico abaixo mostra a série histórica, de abril de 2003 a abril de 2004, da taxa de desocupação, para o total das seis Regiões Metropolitanas abrangidas pela pesquisa.



Em relação a abril de 2003, número de desocupados cresce 8,5%

Segundo a PME, em abril, havia 2,8 milhões de pessoas procurando trabalho nas seis regiões metropolitanas abrangidas pela pesquisa. Em relação a março, o número de desocupados manteve-se estável (3,2%), mas na comparação com abril de 2003, o aumento foi de aproximadamente 8,5%, ou seja, 220 mil pessoas.

Entre as regiões, na comparação com março de 2004, Salvador (-3,1%), Belo Horizonte (-5,6%) e São Paulo (0,0%) mantiveram-se estáveis. Já Recife (17,6%), Rio de Janeiro (10,4%) e Porto Alegre (13,9%) apresentaram aumento no número de pessoas desocupadas. No confronto anual, houve estabilidade em Recife (4,7%), Salvador (-1,1%), São Paulo (5,1%) e Porto Alegre (12,3%), e aumento em Belo Horizonte (12,4%) e no Rio de Janeiro (20,7%).

Vale destacar que, a região metropolitana de Belo Horizonte, que vinha apresentando variações acima de 25% no total de desocupados nos últimos quatro meses, na variação anual, apresentou os primeiros sinais de recuperação.

A maior parcela no contingente de desocupados continuou sendo de mulheres: representavam 52,9% em abril de 2002, 54,4% em abril de 2003 e 56,3% em abril de 2004.

Destaca-se que, entre os desocupados, 20,0% estavam em busca de seu primeiro trabalho e apenas 26,3% eram responsáveis pela família.

Quanto ao tempo de procura, 18,0% estavam na busca de trabalho por um período não superior a 30 dias; 47,5%, por um período superior a 31 dias e inferior a 6 meses; 7,4%, por um período de 7 meses a 11 meses; e 27,0% por um período de pelo menos 1 ano.

A população jovem, com menos de 24 anos de idade, representava 47,0% dos desocupados, sendo que mais de 90% tinha entre 16 e 24 anos. Quanto à escolaridade, em abril de 2004 eram 43,1% os desocupados com pelo menos o 2° grau completo, enquanto em abril de 2003, eles representavam 39,2%.

Em abril, número de Pessoas em Idade Ativa (PIA) cresce 645 mil

O total de pessoas de 10 anos ou mais de idade foi estimado em 37,4 milhões segundo a Pesquisa Mensal de Emprego de abril de 2004.

Na comparação com março, a variação foi de 0,3% e, em relação a abril de 2003, o crescimento chegou a 1,8%, o que representa um aumento de 645 mil pessoas em idade ativa.

População Economicamente Ativa (PEA) cresce na comparação mensal e anual

O total de pessoas voltadas para o mercado de trabalho, ou seja, classificadas pela pesquisa como ocupadas ou como desocupadas, apresentou variação positiva tanto na comparação mensal (1,0%) quanto na comparação anual (3,3%).

Em abril, a participação das mulheres continuou crescendo: 1,6 ponto percentual em relação ao mesmo mês do ano anterior. Com isso, a participação das mulheres em abril ficou em 45,2% e a dos homens, 54,8%.

Na distribuição por faixa etária, o resultado foi o seguinte: 0,6% para a faixa de 10 a 14 anos de idade; 2,9%, de 15 a 17 anos; 19,3%, de 18 a 24 anos; 61,3%, de 25 a 49 anos e 15,8%, de 50 anos ou mais. O grupo de jovens de 16 a 24 anos, população alvo do Programa do Primeiro Emprego, representava 21,8% da PEA, em abril de 2004.

Na comparação com março, população ocupada manteve-se estável; em relação a abril de 2003, cresce 2,5%

O total de pessoas ocupadas não apresentou variação de março para abril deste ano. Na comparação com abril de 2003, aumentou 2,5%. Os homens ainda são a maioria dos ocupados (56,4%), enquanto as mulheres representam 43,6%. A população de 25 a 49 anos representava 63,5% do total de ocupados. Já entre os ocupados que tinham 11 anos ou mais, o percentual chegou a 48,4%.

A parcela da população em idade ativa classificada como ocupada em abril de 2003 foi estimada em 49,7%, enquanto em abril deste ano atingiu 50,0%.

A pesquisa investigou, ainda, há quanto tempo o trabalhador exercia seu trabalho na semana de referência. Verificou-se a seguinte distribuição em abril de 2004: 2,7% das pessoas ocupadas estavam no trabalho a menos de 30 dias; 19,8% de 31 dias a menos de 1 ano; 10,5% de 1 ano a menos de 2 anos; e 67,0% em um período igual ou superior a dois anos.

Os dados também mostraram que 82,0% dos trabalhadores tinham jornada de trabalho de pelo menos 40 horas semanais.

Análise dos resultados em relação aos principais grupamentos de atividade

Indústria extrativa, de transformação e distribuição de eletricidade, gás e água (17,7% da população ocupada)

Este grupamento apresentou sua primeira variação positiva desde o início do ano: 4,5% na comparação com o mês anterior. Este crescimento foi influenciado, principalmente, pelos resultados de Recife e Rio de Janeiro, cujas variações foram estatisticamente significativas. Em Recife, houve crescimento tanto em relação a março (14,6%), quanto em relação a abril de 2003 (14,1%). Já no Rio de Janeiro, o crescimento observado foi apenas na comparação com março deste ano (8,9%).

Na comparação com abril de 2003, o grupamento manteve-se estável.

Construção Civil (7,4% da população ocupada)

Tanto em relação a março de 2004 (-3,5%) como em relação a abril de 2003 (-4,1%), as variações, segundo a nova metodologia de análise da PME, não apresentaram alteração estatisticamente significativa.

Também, na análise regional houve estabilidade em ambas as comparações (mês anterior e mesmo mês do ano anterior) para todas as regiões abrangidas pela pesquisa.

Comércio (20,1% da população ocupada)

Houve estabilidade tanto na comparação com março de 2004 (-1,2%), quanto no confronto com abril do ano passado (3,3%).

No estudo regional, quando foram comparadas as estimativas de abril com as de março de 2004, apenas a Região Metropolitana de Porto Alegre mostrou variação (8,4%). Para as outras regiões, ambos os resultados mantiveram-se estáveis.

Serviços prestados à empresa, aluguéis, atividades imobiliárias e intermediação financeira (13,6% da população ocupada)

No total das seis áreas, observou-se estabilidade no contingente de ocupados em relação ao mês passado (1,5%). Frente a abril de 2003, o comportamento também foi de estabilidade (3,5%).

Na análise regional, também houve estabilidade nas seis regiões em ambas as comparações.

Educação, saúde, serviços sociais, administração pública, defesa e seguridade social (15,8% da população ocupada)

No total das áreas, este grupamento apresentou estabilidade em relação a março último (0,1%) e na comparação anual (1,9%).

Na análise regional, a única região que apresentou variação significativa foi Recife (-8,8%).

Nas demais regiões, o quadro foi de estabilidade em ambas as comparações (mês anterior e mesmo mês do ano anterior).

Serviços domésticos (7,7% da população ocupada)

Juntas, as seis regiões da PME mantiveram-se estáveis tanto na comparação com o mês anterior (0,7%), quanto na comparação anual (3,5%).

A análise regional também mostrou estabilidade nas duas comparações.

Outros serviços: alojamento, transporte, limpeza urbana e serviços pessoais (17,0% da população ocupada)

Não foi observada, para o total das seis áreas, variação estatisticamente significativa em relação ao mês passado (0,8%). Entretanto, na comparação como mesmo mês do ano anterior a variação foi de 3,7%.

Na comparação regional mensal e anual, todas as regiões ficaram estáveis.

Análise da forma de inserção do trabalhador no mercado de trabalho

Empregados COM carteira de trabalho assinada no setor privado 1 (39,1% da população ocupada)

Não se observou movimentação significativa nesta forma de inserção no mercado de trabalho nas duas formas de comparação: mensal (-0,2%) e anual (0,7%).

Na análise regional, as seis áreas pesquisadas ficaram estáveis.

Empregados SEM carteira no setor privado 1 (15,9% da população ocupada)

Em relação a março de 2004, o contingente de trabalhadores contratados sem registro na carteira de trabalho cresceu consideravelmente (5,1%). Em relação a abril de 2003, o aumento foi de 4,7%.

Na análise regional, Salvador apresentou queda de 8,3% em relação a março de 2004. Já Belo Horizonte (8,2%), São Paulo (9,0%) e Porto Alegre (9,9%) tiveram taxas positivas. Na comparação anual, apenas a Região Metropolitana de São Paulo apresentou aumento na participação dos empregados sem carteira: 13,8%, ou seja, 182 mil pessoas, o equivalente a 2,0% da população ocupada daquela região.

Trabalhadores por conta própria (20,5%, da população ocupada)

Na comparação com março deste ano, este indicador apresentou estabilidade (-1,6%). Entretanto, a comparação com abril de 2003 mostrou considerável aumento: 241 mil pessoas (6,7%).

No âmbito regional, na comparação mensal, o quadro foi de estabilidade em todas as áreas pesquisadas.

Já em relação a abril do ano passado, três áreas apresentaram estabilidade: Salvador (5,7%), Belo Horizonte (-0,7%) e Porto Alegre (0,8). Nas outras regiões, houve crescimento no contingente dos trabalhadores por conta própria: 10,0% em Recife; 8,1% no Rio de Janeiro e 8,5% em São Paulo.

Em abril, rendimento médio real 2 fica em R$ 868,50 (3,5 salários mínimos)

O rendimento médio real habitualmente recebido pelas pessoas ocupadas, no total das seis regiões metropolitanas, ficou em R$ 868,50 em abril, o equivalente a 3,5 salários mínimos. Em comparação com o rendimento de março, este indicador apresentou queda (-0,9%).

Em abril de 2004, o rendimento médio real habitualmente recebido pelos empregados com carteira de trabalho assinada no setor privado ficou em R$ 906,70, apresentando queda de 0,8% na comparação mensal. O rendimento recebido pelos empregados sem carteira de trabalho assinada no setor privado, estimado em R$ 542,30, também apresentou queda de 0,8% frente a março de 2004. Não foi diferente a situação do rendimento médio real recebido pelos trabalhadores por conta própria (R$ 704,70), que mostrou queda de 0,7% na comparação com março de 2004.

Na comparação com março de 2004, verificou-se perda real no rendimento dos trabalhadores nos seguintes grupamentos de atividades: indústria extrativa, de transformação e distribuição de eletricidade, gás e água (-0,6%); comércio (-1,4%); serviços prestados à empresa, aluguéis, atividades imobiliárias e intermediação financeira (-3,4%); educação, saúde, serviços sociais, administração pública, defesa e seguridade social, (-1,7%). Já construção (2,8%) e serviços domésticos (1,6%) tiveram desempenho positivo no rendimento. O grupamento outros serviços (alojamento, transporte, limpeza urbana e serviços pessoais) não apresentou variação.

Na comparação com abril de 2003, rendimento caiu 3,5%

Na comparação de abril de 2004 com abril de 2003, o rendimento médio real habitualmente recebido pelas pessoas ocupadas no total das seis áreas caiu 3,5%. Na análise regional, houve perda real no rendimento médio real habitualmente recebido de Recife (-7,1%), Belo Horizonte (-1,3%) e São Paulo (-7,7%), enquanto Salvador (4,8%), Rio de Janeiro (1,9%) e Porto Alegre (1,9%) apresentaram ganho real.

Quanto às categorias de posição na ocupação, a comparação anual mostrou redução no rendimento dos empregados com carteira de trabalho assinada no setor privado (-2,9%) e dos empregados sem carteira de trabalho assinada (-4,3%). Por outro lado, nesta comparação, o rendimento médio real habitualmente recebido dos trabalhadores por conta própria apresentou variação positiva pelo segundo mês consecutivo (2,7% em março e 3,2% em abril).

Na comparação com abril de 2003, houve perda no rendimento médio real dos trabalhadores em abril de 2004 nos seguintes grupamentos: indústria extrativa, de transformação e distribuição de eletricidade, gás e água (-6,2%); construção (-7,3%); comércio (-0,6%); serviços prestados à empresa, aluguéis, atividades imobiliárias e intermediação financeira (-7,0%); educação, saúde, serviços sociais, administração pública, defesa e seguridade social (-1,9%); e outros serviços (-1,2%). O único grupamento com desempenho positivo foi o de serviços domésticos (1,1%).

O gráfico a seguir mostra a série histórica, de abril de 2003 a abril de 2004, do rendimento médio real da população ocupada, para o total das seis Regiões Metropolitanas abrangidas pela pesquisa.