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Vendas do varejo crescem 9,89% em abril

16/06/2004 06h31 | Atualizado em 16/06/2004 06h31

Alta de 9,89% foi em relação abril de 2003. Volume de vendas cresceu em 24 das 27 unidades da federação e seu acumulado nos últimos 12 meses teve a primeira alta (0,42%) desde dezembro de 2001. Em relação ao mesmo período do ano passado, o volume de vendas acumulado de janeiro a abril cresceu 8,01%.

Em abril de 2004, a Pesquisa Mensal de Comércio apurou mais um resultado positivo para o comércio varejista do País. Em relação a igual mês do ano anterior, o volume de vendas cresceu 9,89% e a receita nominal 9,17% (Gráfico 1). No acumulado de janeiro a abril sobre o mesmo período de 2003, o crescimento foi de 8,01% no volume e de 9,61% na receita. No acumulado dos últimos 12 meses, o volume de vendas apresentou sua primeira variação positiva (0,42%) na série histórica iniciada em dezembro/01, e a receita nominal cresceu 11,59%.



Em abril, vinte e quatro das 27 Unidades da Federação assinalaram resultados mensais positivos no volume de vendas, número inferior ao de março, quando 26 Estados registraram crescimento. As maiores contribuições para a expansão do varejo nacional vieram de São Paulo (9,26%), Rio de Janeiro (8,73%), Minas Gerais (12,63%), Rio Grande do Sul (8,30%), Paraná (11,34%) e Santa Catarina (12,89%). As quedas no volume de vendas ocorreram em Roraima (-16,37%), Tocantins (-1,77%) e Amapá (-1,66%).

Nos últimos dois meses, São Paulo e Rio de Janeiro, que agregam praticamente metade da receita do varejo nacional, vêm obtendo taxas mensais de desempenho muito próximas. Em abril, suas variações no volume de vendas foram de 9,26% e 8,73%, respectivamente. Todavia, estes Estados acumulam em 12 meses taxas bem diferenciadas (0,32% e -3,01%, respectivamente), conseqüência de trajetórias discrepantes ao longo de 2003.

Entre os grupos de atividades (Tabela 1), cresceu o volume de vendas de Móveis e eletrodomésticos (32,79%); Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (6,72%); e Combustíveis e lubrificantes (9,05%). O segmento de Tecidos, vestuário e calçados sofreu a única queda do mês (-2,27%).

Continua vindo de Móveis e Eletrodomésticos a principal contribuição para o crescimento do varejo nacional. As taxas do volume de vendas de abril foram de 32,79% sobre abril do ano passado (segundo mês consecutivo acima dos 30% neste indicador), de 25,85% no acumulado dos quatro primeiros meses de 2004 e de 10,27% para o acumulado dos últimos 12 meses.

Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo cresceu 6,72% em relação a abril de 2003, taxa maior que a de março (3,86%), nesta comparação. Mas os acumulados de 4,66% para janeiro-abril e de -1,42% nos últimos 12 meses continuam abaixo da média nacional (8,01% e 0,42%, respectivamente).

O ramo específico de Hipermercados e supermercados, que vinha revelando desempenho levemente menor do que o da atividade como um todo, apresentou este mês taxas maiores: de 7,19% em relação a abril do ano passado, de 4,75% no acumulado do ano e de -1,29% no acumulado dos últimos 12 meses.

A atividade de Combustíveis e lubrificantes exerceu, em abril, o terceiro maior impacto positivo sobre a taxa global do setor, com resultados muito próximos da média do varejo: seu volume de vendas aumentou 9,05% em relação a abril do ano anterior, acumulou alta de 7,93% no ano e de 0,12% nos últimos 12 meses.



A atividade de Tecidos, vestuário e calçados vem alternando quedas e altas no volume de vendas, ao longo dos quatro primeiros meses de 2004. Suas taxas mensais foram de -2,27% em abril, de 7,12% em março, de -5,87% em fevereiro e de 1,70% em janeiro. Esta alternância fez com que o volume de vendas acumulado de janeiro a abril se apresentasse com 0,13% de crescimento sobre o mesmo período do ano anterior. Também aumentou a queda acumulada nos últimos 12 meses: de -2,80% em março para -2,94% em abril.

O volume de vendas do segmento de Veículos, motos, partes e peças cresceu 13,27% em relação a igual mês de 2003. Esta taxa, expressiva, denota queda no ritmo de crescimento da atividade, se comparada a março (32,21%), mas não afetou a alta dos indicadores acumulados: 12,85% no ano e 1,24% nos últimos 12 meses. Em março, as taxas haviam sido 12,72% e -1,85%, respectivamente. Na tabela 2, os números dos novos segmentos pesquisados, com base na nova amostra da PMC iniciada em 2003 e sem encadeamento com a série anterior, iniciada em 2000.



Todos os cinco novos ramos pesquisados do varejo apresentaram resultados positivos na relação mês/igual mês do ano anterior. Em volume de vendas, o destaque foi Equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação, com taxas de 24,34% sobre abril do ano anterior e 24,98% no acumulado do ano.

O volume de vendas do segmento Outros artigos de uso pessoal e doméstico também ficou acima da média: 13,59% com relação a abril/03 e 19,15% no acumulado de janeiro a abril sobre o mesmo período de 2003.

O grupo de Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos variou em torno da média. Seu volume de vendas, em abril, cresceu 9,59% com relação a igual mês de 2003 e 10,80% no acumulado do ano. Este e o dois segmentos anteriores cresceram em todos os quatro meses do ano.

Em abril, os ramos de Livros, jornais, revistas e papelaria e de Material de construção obtiveram os menores acréscimos mensais no volume de vendas: 0,78% e 2,22%,respectivamente. Em decorrência das variações negativas assinadas em janeiro e fevereiro, ambos os segmentos acumularam quedas nos quatro primeiros meses de 2004: de -2,63% para Livros e papelaria e de -1,08% para Material de construção.