Desocupação em maio foi de 12,2%
Em relação a abril, houve aumento de 148 mil pessoas na população ocupada e queda de 189 mil pessoas na população desocupada, enquanto a taxa de desocupação caiu 0,9 ponto percentual.
24/06/2004 06h31 | Atualizado em 24/06/2004 06h31
O rendimento médio real habitualmente recebido nas seis áreas caiu 1,4% em relação a maio de 2003. Pela mesma comparação, o rendimento caiu nas regiões metropolitanas de Recife (-11,6%), Belo Horizonte (-0,7%) Rio de Janeiro (-5,7%) Porto Alegre (-2,1%), subiu 6,3% em Salvador e ficou estável em São Paulo (0,3%).
Na comparação com maio de 2003, houve queda no rendimento médio real dos trabalhadores nos grupamentos: construção (-4,0%); outros serviços (alojamento, transporte, limpeza urbana e serviços pessoais), (-6,9%); serviços prestados à empresa, aluguéis, atividades imobiliárias e intermediação financeira (-2,5%) e educação, saúde, serviços sociais, administração pública, defesa e seguridade social (-1,9%). Foi observado aumento no rendimento dos grupamentos da indústria extrativa, de transformação e distribuição de eletricidade, gás e água (2,2%); comércio (1,7%); serviços domésticos (0,6%).
POPULAÇÃO ECONOMICAMENTE ATIVA (PEA)
A pesquisa detectou 21.488 mil pessoas economicamente ativas (ocupadas ou buscando por ocupação na semana de referência), número estável em relação a abril de 2004 e 2,2% maior que o do mesmo mês do ano anterior (ou mais 460 mil pessoas no mercado de trabalho, nas seis regiões metropolitanas pesquisadas).
Os homens representavam 55,1% e as mulheres 44,9% da PEA. Por grupos etários, 0,6% tinham de 10 a 14 anos, 2,9% de 15 a 17 anos, 19,4% de 18 a 24 anos, 61,0% de 25 a 49 anos e 16,2% 50 anos ou mais de idade.
1 Exclusive trabalhador doméstico, militar, funcionário público ou estatutário e outros empregados do setor público.
2 Rendimento habitualmente recebidoEm relação a abril, houve aumento de 148 mil pessoas na população ocupada e queda de 189 mil pessoas na população desocupada, enquanto a taxa de desocupação caiu 0,9 ponto percentual. O rendimento médio real (R$ 866,10) caiu 0,7% em relação a abril e 1,4% em relação a maio de 2003.
Em maio de 2004, a Pesquisa Mensal de Emprego do IBGE estimou em 12,2% a taxa de desocupação, detectando uma queda de 0,9 ponto percentual abaixo em relação a abril (13,1%) e de 0,6 ponto percentual em relação a maio de 2003 (12,8%).
Na comparação com abril de 2004, houve queda significativa em três das seis regiões metropolitanas pesquisadas: Rio de Janeiro (de 10,7% para 9,6%); São Paulo (de 14,5% para 13,6%) e Porto Alegre (de 10,7% para 9,7%), e estabilidade nas demais regiões. Em relação a maio de 2003, Recife foi a única região a apresentar variação significativa (de 15,1% para 13,3%).
POPULAÇÃO DESOCUPADA (PD)
Em maio, a PME detectou 2,6 milhões de desocupados nas seis regiões metropolitanas, uma queda de 6,7% (ou menos 189 mil pessoas) em relação a abril de 2004. A redução dos desocupados foi observada em todas as regiões metropolitanas: Recife (-8,3%), Salvador (-1,2%), Belo Horizonte (-5,0%), Rio de Janeiro (-11,0%), São Paulo(-5,5%) e Porto Alegre (-9,8%). Em relação a maio de 2003, a queda foi mais discreta (-2,9%) e não significativa, estatisticamente.
POPULAÇÃO OCUPADA (PO)
A população ocupada nas seis regiões metropolitanas pesquisadas foi estimada em 18,9 milhões de pessoas, um aumento de 0,8% (ou mais 148 mil pessoas) em relação ao mês passado. Em relação a maio de 2003, houve aumento de 2,9%, (ou mais 538 mil pessoas). A população masculina (56,7% dos ocupados) cresceu 2,8% em relação a maio do ano passado, e a feminina (43,3% dos ocupados), 3,1%.
O número de empregadores (5,4% da população ocupada) aumentou 3,8% em relação a abril de 2004, enquanto, na comparação anual, o movimento foi inverso: queda de 2,4%.
A subocupação por insuficiência de horas trabalhadas (pessoa que efetivamente trabalhou menos de 40 horas em todos os trabalhos e estava disponível para trabalhar mais horas), que atinge 4,6% da população ocupada, caiu 14,7% em relação a abril de 2004. No confronto anual , houve queda de 3,1%.
OCUPADOS NOS GRUPAMENTOS DE ATIVIDADE
Indústria extrativa, de transformação e distribuição de eletricidade, gás e água, (17,7% da PO). Na comparação com abril, as variações não foram estatisticamente significativas no conjunto das seis regiões e também em cada uma delas. Em relação a maio de 2003, apenas Belo Horizonte apresentou variação (7,7%).
Construção (7,1% da PO). Tanto em relação a abril de 2004 (-2,9%) como em relação a maio de 2003 (-4,1%), as variações não foram significativas. Também na análise regional houve estabilidade em ambas as comparações (mês anterior e mesmo mês do ano anterior) para quase todas as regiões abrangidas pela pesquisa, exceto Porto Alegre que, na comparação mensal, teve queda de 10,9% nos ocupados neste grupamento.
Comércio reparação de veículos automotores e de objetos pessoais e domésticos e comércio a varejo de combustíveis (20,0% da PO). Em comparação com abril de 2004, houve estabilidade em cinco das seis regiões pesquisadas. Em Salvador, a população ocupada do comércio cresceu 6,1% em relação ao mês passado. Em relação a maio de 2003, assim como nas outras regiões, houve estabilidade.
Serviços prestados à empresa, aluguéis, atividades imobiliárias e intermediação financeira (13,7% da PO) Nas seis áreas houve aumento de 2,2% nos ocupados deste grupamento em relação ao mês passado. Frente a maio de 2003, houve elevação de 4,6%. Tanto na comparação mensal como na anual, houve estabilidade em cinco das seis regiões. Recife apresentou 10,0% de variação em relação a abril e 13,6% em relação a maio de 2003.
Educação, saúde, serviços sociais, administração pública, defesa e seguridade social, 15,9% da população ocupada. Houve estabilidade em relação a abril (1,7%) para as seis áreas. Na comparação com o mesmo período do ano passado, houve crescimento de 5,5 % no contingente de ocupados.
São Paulo foi única região com variações significativas (5,9% e 10,4%) nas comparações mensal e anual, respectivamente. Nas demais regiões, o quadro foi de estabilidade em ambas as comparações.
Serviços domésticos (7,9% da PO) Houve estabilidade em relação ao mês anterior e ao mesmo mês do ano anterior em cinco das seis regiões. No Rio de Janeiro, em relação a maio de 2003, a PO subiu 12,1%.
Outros serviços (alojamento, transporte, limpeza urbana e serviços pessoais (16,9% da PO) Não houve variação estatisticamente significativa em relação a abril. Em relação a maio de 2003, a variação foi de 3,7%. Regionalmente, apenas São Paulo apresentou variação significativa (6,8%), em relação a maio de 2003.
CATEGORIAS DE OCUPAÇÃO
Empregados COM carteira de trabalho assinada no setor privado1, 39,3% da população ocupada - Não houve movimentação significativa nesta forma de inserção no mercado de trabalho na comparação mensal (1,1%) e anual (1,9%). Apenas Salvador teve alteração significativa (4,5%) na comparação com abril.
Empregados SEM carteira no setor privado1 (16,0% da PO) Houve estabilidade (1,8%) na comparação mensal. Na comparação anual, o mercado de trabalho absorveu um contingente considerável (6,1% ou mais 176 mil pessoas) de trabalhadores sem registro na carteira de trabalho no setor privado, nas seis regiões pesquisadas.
Em relação a abril de 2004, houve estabilidade em todas as áreas. Na comparação anual, apenas Belo Horizonte e São Paulo apresentaram aumento na participação dos empregados sem carteira: 14,3% e 12,1% respectivamente.
Trabalhadores por conta própria (19,8%, da PO) O número de “trabalhadores por conta própria” (pessoas que trabalham explorando o próprio empreendimento, sozinhas ou com sócios, sem empregados e contando, ou não, com a ajuda de trabalhador não remunerado membro da unidade domiciliar) manteve-se estável em relação a abril e cresceu 3,8% na comparação com maio de 2003.
Na comparação mensal, o quadro foi de estabilidade em quase todas as áreas pesquisadas, à exceção do Rio de Janeiro que apresentou redução de 5,7% no contingente de trabalhadores por conta própria. Em relação a maio do ano passado, apenas São Paulo apresentou variação significativa (8,1%).
RENDIMENTO MÉDIO REAL2
Em maio de 2004, o rendimento médio real habitualmente recebido pelos trabalhadores foi estimado em R$ 866,10. Houve queda de 0,7% em comparação com abril, e de 1,4% em relação a maio de 2003. A tabela abaixo mostra o desempenho deste indicador nas categorias de ocupação.