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Nova estimativa para a safra de 2004 é de 119,6 milhões de toneladas

24/06/2004 06h31 | Atualizado em 24/06/2004 06h31

Nova estimativa do IBGE, com base em dados de maio, indica que a produção total de cereais, leguminosas e oleaginosas no país deve alcançar 119,6 milhões de toneladas, em 2004. Este montante é 3,28% inferior ao de 2003 (123,6 milhões de toneladas). Comparativamente à estimativa de abril, que era de 120,9 milhões de toneladas, os números de maio apontam queda de 1,1%.



Entre as Grandes Regiões, a que apresenta queda mais acentuada em relação ao resultado de 2003 é a Sul (-15,73%), que tem a maior participação na produção agrícola brasileira (41,63%). As outras regiões registram aumento de produção: Nordeste com 28,27%, Norte com 17,19%, Sudeste com 5,75% e Centro-Oeste com 4,24%.

Os produtos de maior impacto na queda da produção, em relação a 2003, são a soja e o milho em grão 1ª safra. A retração na produção do milho 1ª safra deve-se à forte concorrência da soja, que resultou numa diminuição da área cultivada.Além disso, a cultura enfrentou problemas com a estiagem. Quanto à soja, particularmente nas regiões Sul e Centro-Oeste, problemas climáticos e fitossanitários (ferrugem asiática) causaram a queda de 2 milhões de toneladas em relação a 2003.

Em relação à safra de 2003, soja e milho caem e algodão e arroz crescem

Na comparação com a safra de 2003, os seguintes produtos apresentam variação negativa na estimativa de produção: feijão em grão 1ª safra (-9,00%), feijão em grão 3ª safra (-26,28%), milho em grão 1ª safra (-9,10%), milho em grão 2ª safra (-19,28%) e soja (-3,91%).

Com variação positiva: algodão herbáceo em caroço (54,95%), arroz em casca (25,51%), feijão em grão 2ª safra (7,16%), sorgo (9,93%) e trigo (2,00%).

Os produtos das lavouras de verão encaminham-se para a conclusão da colheita. A partir deste levantamento, as pesquisas se direcionam para o processo de acompanhamento dos produtos de inverno e os de 2ª e 3ª safras, com mais ênfase para o milho 2ª safra e o trigo.

Para o milho da 2ª safra, verifica-se uma expressiva queda de 19,28% na produção, reflexo da estiagem ocorrida na época do plantio. A produção para 2004 é estimada em cerca de 10,7 milhões de toneladas.

Com relação ao trigo, ainda sem contar com as informações de todos os estados produtores, a atual projeção aponta para uma produção de 6,15 milhões de toneladas, maior 2,00% que a do ano anterior. Essa avaliação deve ser analisada com cautela, já que a implantação da lavoura ainda não é definitiva. Além disso, as previsões meteorológicas indicam uma primavera chuvosa, o que poderá comprometer a produtividade da cultura, já que esse é o período de maturação e colheita do trigo.

Em relação a abril, más condições climáticas prejudicam feijão 1ª safra, milho e soja

Na comparação com o mês de abril de 2004, destacam-se as variações nas estimativas de produção de quatro produtos: feijão em grão 1ª safra (-8,75%), feijão em grão 2ª safra (+3,33%), milho em grão 1ª safra (-2,63%) e soja (-1,11%).

A queda observada na produção do feijão em grão 1ª safra, em maio, deve-se às novas informações oriundas dos estados do Piauí (onde a queda na produção foi de 43,91%), Ceará (-40,04%) e Rio Grande do Norte (-8,90%). As condições climáticas desfavoráveis foram responsáveis pela redução da produtividade desses estados.

O feijão 2ª safra, apresenta um aumento de 3,33% na estimativa de maio. Os maiores ganhos são observados no Maranhão (+134,31%), Piauí (+39,00%) e Bahia (+14,44%). De maneira geral, as condições do tempo melhoraram, especialmente no nordeste da Bahia, estado que é o maior produtor nacional dessa safra do produto.

Com relação ao milho da 1ª safra, a queda decorre de reavaliações nos dados do Piauí(-41,83%), Ceará (-44,13%), Rio Grande do Norte (-29,50%) e Rio Grande do Sul (-10,23%). A causa dessas reduções foi, notadamente, a estiagem ocorrida nesses estados.

Quanto à soja, a cultura também foi muito prejudicada pelas adversidades climáticas. No Piauí e Rio Grande do Sul, os longos períodos de estiagem determinaram queda na produção de 12,29% e 2,73%, respectivamente. Já para o estado de Goiás, a retração de 4,64% é conseqüência do excesso de chuvas no final do ciclo da cultura, que propiciou a incidência da doença designada “ferrugem asiática”.

PECUÁRIA

Abate de bovinos aumenta 13,06% no primeiro trimestre de 2004

Nos três primeiros meses do ano de 2004 foram abatidas cerca de 6 milhões de unidades de bovinos. Este número representa um aumento de 13,06% sobre o mesmo período de 2003. Com exceção de vitelos, todas as categorias apresentaram aumento no número de animais abatidos. O peso de carcaça apresentou aumento de 11,04%.

Em relação ao último trimestre de 2003, houve aumento de 1,73% no número de animais abatidos. O aumento no peso de carcaças foi de 1,01%. A única categoria que apresentou crescimento foi a das vacas (23,72%).

Abate de suínos cai 4,88% no primeiro trimestre

No primeiro trimestre de 2004 foram abatidos 5,370 milhões de suínos, representando quedas de 4,88% em relação ao mesmo período de 2003 e de 6,58% em relação ao quarto trimestre de 2003. O peso das carcaças caiu 2,14%, com relação ao primeiro trimestre de 2003, e 6,18%, com relação ao último trimestre daquele ano.

Abate de frangos aumenta 9,79% no primeiro trimestre

No primeiro trimestre de 2004 foram abatidos 852,822 milhões de frangos. Este número representa um aumento de 9,79% sobre o mesmo período do ano anterior e de 1,61% sobre o quarto trimestre de 2003. Com relação ao peso das carcaças, registrou-se aumento de 13,07% em relação ao primeiro trimestre de 2003 e de 3,32% em relação ao quarto trimestre de 2003. O peso médio de abate dos frangos tem estado em torno de 1,96 quilogramas.

Volume de leite industrializado aumenta 3,03% no primeiro trimestre

O volume de leite captado pelas empresas processadoras de leite no Brasil chegou a 3,618 bilhões de litros, no primeiro trimestre de 2004. Isto representa um aumento no volume de leite adquirido em torno de 2,76% sobre o mesmo período de 2003 e queda de 2,80% quando comparado ao quarto trimestre de 2003.

O volume industrializado pelas empresas, 3,604 bilhões de litros, foi 3,03% superior aos 3,498 bilhões de litros do mesmo período de 2003 e 2,68% menor que os 3,704 bilhões de litros processados no quarto trimestre de 2003.

Aquisição de couro cresce 7,50% no primeiro trimestre do ano

Os dados da pesquisa trimestral do couro indicam uma aquisição de aproximadamente 8,224 milhões de unidades do produto no primeiro trimestre de 2004 — um aumento de 7,50% com relação ao primeiro trimestre de 2003 e de 6,01% em comparação ao quarto trimestre daquele ano.

Quanto ao couro curtido, observa-se aumento de 8,59% com relação ao primeiro trimestre de 2003 e de 7,04% com relação ao quarto trimestre de 2003. Ao todo, foram curtidas 8,229 milhões de unidades de couro no mercado brasileiro.

Produção de ovos de galinha aumenta 5,98% no primeiro trimestre de 2004

No primeiro trimestre de 2004 foram produzidas 467,305 milhões de dúzias de ovos de galinha, representando aumentos de 5,98% com relação ao mesmo período de 2003 e de 0,40% com relação ao quarto trimestre de 2003.

Rede armazenadora agrícola cresce 0,3% no segundo semestre de 2003

Os resultados da Pesquisa de Estoques referente ao segundo semestre de 2003 indicam que a rede armazenadora de produtos agrícolas, em operação no país, apresentou ligeiro aumento (0,3%) no número de estabelecimentos ativos, comparativamente aos existentes em 31 de dezembro de 2002. No final do segundo semestre de 2003, esta rede contava com cerca de 8.691 estabelecimentos ativos, dos quais 43,9% encontravam-se na região Sul, 26,5% na região Sudeste, 17,4% na Centro-Oeste, 8,9% na Nordeste e 3,3% na região Norte.

A capacidade útil das unidades armazenadoras é de 78.788.724 metros cúbicos, pelo somatório dos armazéns dos tipos convencionais, estruturais e infláveis. Deste total, pouco mais de 70,0% concentra-se nas regiões Sudeste e Sul. Os armazéns graneleiros e granelizados totalizaram 41.874.686 toneladas de capacidade útil, sendo que a Região Centro-Oeste deteve 45,4% desta capacidade de armazenamento e a Sul, 39,5%. A capacidade total nacional dos silos para grãos é de 30.174.409 toneladas, sendo que a Região Sul deteve 56,0% deste total, a Região Centro-Oeste deteve 22,5% e a Sudeste, 17,1%.