Nossos serviços estão apresentando instabilidade no momento. Algumas informações podem não estar disponíveis.

Desocupação de março foi de 12,8%

Taxa cresceu 0,8 ponto percentual em relação a fevereiro e 0,7 ponto percentual em relação a março de 2003. O rendimento médio real habitualmente recebido (R$873,90) aumentou 1,4% em relação a fevereiro e caiu 2,4% na comparação com março do ano passado.

27/04/2004 06h31 | Atualizado em 27/04/2004 06h31

Taxa cresceu 0,8 ponto percentual em relação a fevereiro e 0,7 ponto percentual em relação a março de 2003. O rendimento médio real habitualmente recebido (R$873,90) aumentou 1,4% em relação a fevereiro e caiu 2,4% na comparação com março do ano passado.

Em março de 2004, a taxa de desocupação para as seis áreas investigadas pela Pesquisa Mensal de Emprego foi de 12,8%. As variações foram significativas: 0,8 ponto percentual acima da taxa de fevereiro de 2004 (12,0%) e de 0,7 ponto percentual acima da de março de 2003 (12,1%).

Regionalmente, em relação a fevereiro de 2004, houve movimentação significativa em três regiões: Rio de Janeiro (de 8,6% para 9,8%), São Paulo (13,3% para 14,6%) e Porto Alegre (8,5% para 9,6%). Nas demais regiões houve estabilidade: Recife (12,7% para 12,6%), Salvador (17,1% para 17,1%) e Belo Horizonte (11,9% para 12,1%). Contra igual mês do ano passado, apenas em Belo Horizonte houve movimentação significativa (10,3% para 12,1%).



PESSOAS ECONOMICAMENTE ATIVAS (PEA)

A PME detectou 21,3 milhões de pessoas economicamente ativas em março de 2004, um crescimento de 1,4% em relação a fevereiro. Também houve crescimento (2,7% ou mais 552 mil pessoas no mercado de trabalho, ocupadas ou buscando ocupação) na comparação com março do ano passado, quando a PEA fora estimada em 20,8 milhões de pessoas.

Em março de 2004, as mulheres representavam 44,9% e os homens 55,1% da PEA. Houve um aumento de 0,7 ponto percentual na participação de mulheres, em relação a março de 2003.

POPULAÇÃO OCUPADA

O total de pessoas ocupadas não apresentou variação de fevereiro para março de 2004. Na comparação com março do ano passado o acréscimo foi de 1,9%.

Os homens ainda eram a maioria dos ocupados (56,8%), enquanto as mulheres eram 43,2%. A população de 25 a 49 anos representava 64,4% do total de ocupados. Entre março de 2002 e março de 2004, o número de pessoas ocupadas com 11 anos ou mais de estudo aumentou em 3,8%.

Também aumentou o percentual de pessoas ocupadas com tempo permanência no trabalho igual ou superior a dois anos. Em março de 2002 este percentual era 64,8%; em março de 2003 era de 66,8%e , em março de 2004, chegou a 67,2%.

Em março de 2004, 46,3% da PO trabalhavam de 40 a 44 horas por semana.

Série histórica, de março de 2003 a março de 2004, da população ocupada, para as seis Regiões Metropolitanas.



PO: GRUPAMENTOS DE ATIVIDADE

Indústria extrativa, de transformação e distribuição de eletricidade, gás e água, 17,1% da população ocupada. Para o total das seis regiões, tanto na comparação com o mês anterior quanto na comparação anual, as variações apresentadas não são estatisticamente significativas. Em relação ao mês anterior a variação foi de -2,1% e no confronto com março de 2003 a variação foi positiva (1,9%).

Em relação a fevereiro, apenas o Rio de Janeiro apresentou variação estatisticamente significativa (-8,3%). No confronto anual, o quadro foi de estabilidade em todas as regiões pesquisadas.

Construção civil, 7,7% da população ocupada. Em relação a fevereiro de 2004 a variação foi de -0.3%. Frente a março de 2003 o resultado apresentado foi exatamente o inverso, variação de 0,3%. Situação que, segundo a nova metodologia de análise da PME, não denota alteração estatisticamente significativa nos dois tipos de comparação.

Houve estabilidade em ambas as comparações (mês anterior e mesmo mês do ano anterior) em todas as regiões.

Comércio, 20,5% da população ocupada. Verificou-se estabilidade tanto na comparação com fevereiro de 2004 (1,0%) quanto no confronto com março do ano passado (0,0%).

Contra fevereiro de 2004, apenas o Rio de Janeiro mostrou variação (5,8%). Para as outras regiões o quadro foi de estabilidade em ambas as comparações (mês anterior e mesmo mês do ano anterior).

Serviços prestados à empresa, aluguéis, atividades imobiliárias e intermediação financeira, 13,5% da população ocupada. No total das seis áreas foi observada estabilidade no contingente de ocupados em relação ao mês passado (1,4%). Frente a março de 2003 o comportamento também foi de estabilidade (2,5%).

Houve estabilidade em todas as regiões e em ambas as comparações (mês anterior e mesmo mês do ano anterior).

Educação, saúde, serviços sociais, administração pública, defesa e seguridade social, 15,9% da população ocupada. Foi registrado aumento no número de ocupados em comparação a fevereiro último (3,2%) nas seis áreas. Na comparação anual, houve elevação de 3,6%, devida ao acréscimo em Belo Horizonte (10,7%). Nas demais regiões houve estabilidade em ambas as comparações (mês anterior e mesmo mês do ano anterior).

Serviços domésticos, 7,7% da população ocupada. Para o total das seis regiões, tanto na comparação com o mês anterior quanto na comparação anual, as variações apresentadas não foram estatisticamente significativas, o grupamento variou de 1,5% em relação ao mês passado, e 2,6% no confronto com março de 2003.

Houve estabilidade em todas as regiões e em ambas as comparações (mês anterior e mesmo mês do ano anterior).

Outros serviços (alojamento, transporte, limpeza urbana e serviços pessoais), 17,0% da população ocupada. Não foi observada, para o total das seis áreas, variação estatisticamente significativa em relação ao mês passado (-1,1%), bem como na comparação com março de 2003 (2,5%).

Na comparação regional mensal nenhuma região apresentou variação estatisticamente significativa. Em relação a março de 2003, apenas em Belo Horizonte foi verificada variação estatisticamente significativa (7,9%).

PO: FORMA DE INSERÇÃO

Com carteira de trabalho assinada no setor privado1, 39,5% da população ocupada. Não houve movimentação significativa nesta forma de inserção: a variação foi de 0,2% para as seis regiões em ambas as comparações (mês anterior e mesmo mês do ano anterior). Na análise regional, houve estabilidade nas seis áreas.

Empregados sem carteira no setor privado1, 15,3% da população ocupada. Houve estabilidade nas seis regiões pesquisadas, em relação a fevereiro último e no confronto com março do ano passado (-0,5% e 0,7%, respectivamente). Só foi observada movimentação em Recife: estabilidade (6,7%) na comparação mensal e queda (-12,2%) na comparação com março do ano passado.

Trabalhadores por conta própria, 21,0%, da população ocupada. Houve estabilidade (1,3%) em relação a fevereiro de 2004, mas acréscimo considerável na comparação com igual período do ano passado (10,1% ou 359 mil pessoas). Na comparação mensal, houve estabilidade em todas as áreas pesquisadas.

Em relação a março de 2003, houve estabilidade em Porto Alegre (3,3%), e acréscimos em Recife (12,2%), Salvador (9,4%), Belo Horizonte (11,3%), Rio de Janeiro (8,5%) e São Paulo. (12,4%).

PESSOAS DESOCUPADAS (PD)

Em março de 2004, a Pesquisa Mensal de Emprego do IBGE detectou aproximadamente 2,7 milhões de desocupados nas seis regiões metropolitanas investigadas. Foram cerca de 203 mil pessoas (ou 8,1%) a mais de desocupados, desde fevereiro desse ano. Em relação a março do ano passado, o aumento foi de 8,4% – ou 211 mil pessoas desocupadas.

Contra fevereiro de 2004, as variações foram: Recife (-0,7%), Salvador (-1,3%), Belo Horizonte (2,2%), Rio de Janeiro (16,0%), São Paulo (8,7%) e Porto Alegre (15,9%). No confronto com o mesmo mês do ano passado, as variações (estatisticamente não significativas) foram: Recife (-1,9%), Salvador (7,1%), Rio de Janeiro (10,6%), São Paulo (8,0%) e Porto Alegre (-3,3%). Em Belo Horizonte, houve um crescimento de 25,6%.

As mulheres continuam sendo a maioria dos desocupados: eram 52,3% em março de 2002, 54,8% em março de 2003 e em março último chegaram a 56,4%.

Entre os desocupados, 20,0% estavam em busca de seu primeiro trabalho e apenas 26,3% eram responsáveis pela família. Com relação ao tempo de procura: 18,0% procuravam trabalho por um período não superior a 30 dias; 49,7%, por um período superior a 31 dias e inferior a 6 meses e 7,9%, por um período superior a 7 meses.

Os jovens (menos de 24 anos de idade) representavam 47,0% dos desocupados.

Em março de 2002, 37,1% dos desocupados tinham pelo menos o 2º grau completo, contra 40,1% em março do ano passado e 43,3% em março de 2004.

RENDIMENTO MÉDIO REAL2

Em março de 2004, o rendimento médio real das pessoas ocupadas, nas seis regiões metropolitanas investigadas, situou-se em R$ 873,90 (aproximadamente 3,6 salários mínimos). Houve crescimento de 1,4% em relação a fevereiro de 2004 e queda de 2,4% em relação a março de 2003.

Ainda em relação ao mês anterior, segundo as categorias de posição na ocupação, houve: estabilidade (0,2%) para empregados com carteira de trabalho assinada no setor privado1; aumento de 1,0% para empregados sem carteira de trabalho assinada no setor privado e aumento de 4,0% para trabalhadores por conta própria.

Apenas em Recife houve queda (-0,8%) no rendimento em relação a fevereiro de 2004. Houve crescimento em Salvador (0,7%), Belo Horizonte (1,4%), Rio de Janeiro (5,1%) e Porto Alegre (1,3%). Na Região Metropolitana de São Paulo houve estabilidade (-0,1%).

Na comparação com março de 2003, houve queda no rendimento dos empregados com carteira de trabalho assinada no setor privado (-0,5% ou de R$ 915,67 para R$ 911,50). Queda mais acentuada foi verificada para os empregados sem carteira de trabalho assinada no setor privado (-4,3% ou de R$ 569,94 para R$ 545,30). O rendimento dos trabalhadores por conta própria cresceu (2,7% ou de R$689,22 para R$ 707,70) depois de vários meses de queda.

Contra março de 2002, houve elevação do rendimento médio real em Salvador (0,7%), estabilidade em Porto Alegre (0,0%) e queda em Recife (-10,7%), Belo Horizonte (-2,2%), Rio de Janeiro (-1,4%) e São Paulo (-2,5%).

1 Exclusive trabalhador doméstico, militar, funcionário público ou estatutário e outros empregados do setor público.

2 Rendimento habitualmente recebido