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Comércio varejista cresce 5,11% em fevereiro e primeiro bimestre de 2004 fica em 5,56%

Na comparação com fevereiro de 2003, o comércio varejista do País cresceu tanto no volume de vendas (5,11%) como na receita nominal de vendas (7,71%). Com isto, o setor fecha o primeiro bimestre de 2004 com aumentos de 5,56% no volume de vendas ...

20/04/2004 06h31 | Atualizado em 20/04/2004 06h31

Nos resultados por atividade, novamente o segmento de Móveis e eletrodomésticos (16,35%) apresentou o maior crescimento mensal no volume de vendas do comércio varejista. Também tiveram variações positivas o segmento de Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (4,98%) e Combustíveis e lubrificantes (6,19%). Tecidos, vestuário e calçados (-5,97%), ao contrário, apresentou queda no volume de vendas. O setor de Veículos e motos, partes e peças, que não compõe o indicador geral do varejo, também caiu (-0,76%).

Com o crescimento de 16,35% em fevereiro, a atividade de Móveis e eletrodomésticos se mantém como o destaque positivo do varejo neste início de 2004. Nos primeiros dois meses do ano, seu volume de vendas acumulado superou em 17,69% o do mesmo período de 2003. Este segmento se distingue também no indicador acumulado dos últimos 12 meses, por ser o único com variação positiva (2,72%).

Com o resultado de 4,98% em fevereiro, a atividade de Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo completa um trimestre de crescimento no volume de vendas. Esta seqüência de taxas positivas proporcionou aumento no acumulado do ano (4,04%), bem como desaceleração da queda no indicador acumulado dos últimos 12 meses, cuja taxa passou de -4,22% em janeiro para -3,52% em fevereiro.

Representando os grandes estabelecimentos da atividade, o ramo de Hipermercados e supermercados obteve, em fevereiro, desempenho praticamente igual ao do grupo como um todo. Os resultados do volume de vendas foram: 4,92% na comparação com fevereiro de 2003; 4,00% no acumulado do ano e -3,32% no acumulado dos últimos 12 meses. No caso deste último indicador, a tendência é de desaceleração da queda, uma vez que, em janeiro, a variação foi de -3,96%.

Ressalte-se, porém, que as últimas taxas de desempenho de Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo estão, em parte, influenciadas pelo reduzido nível de vendas no final de 2002 e início de 2003, período em que houve acentuado aumento de preços dos produtos da cesta básica e conseqüente perda de poder aquisitivo da população. Este efeito-base fica claro quando se compara o nível de vendas da atividade em fevereiro deste ano com o de fevereiro de 2002 (-1,15%).

Com o crescimento de 6,19% sobre fevereiro de 2003, o segmento de Combustíveis e lubrificantes, mantém o quadro positivo apresentado em janeiro/04, quando aumentou o volume vendas em 5,00% sobre igual mês de 2003. Esse desempenho foi influenciado pela redução dos preços dos combustíveis automotivos - que, segundo o IPCA, caíram 13,1% entre março de 2003 e fevereiro de 2004 - e, conseqüente recuperação de consumo. Nos dois primeiros meses do ano, o segmento acumula 5,57%, e nos últimos 12 meses, -2,66%.

Depois de dois meses de resultados positivos, em fevereiro, a atividade de Tecidos, vestuário e calçado registrou queda de 5,97% na comparação com igual mês do ano anterior. Como conseqüência, o volume de vendas acumula no ano taxa de -2,19%, resultado inferior ao do mesmo período do ano passado. Do mesmo modo, o indicador acumulado dos últimos 12 meses acelerou sua queda e passou de -2,91% em janeiro para -3,64% em fevereiro.

Já a atividade de Veículos, motos, partes e peças, depois de três meses de crescimento, caiu 0,76% em fevereiro. No acumulado do ano, a taxa chegou aos 3,75% positivos sobre o mesmo período do ano passado, e no acumulado nos últimos 12 meses, continuou negativa (-5,81%), superando a de janeiro (-5,53%).

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A partir desse mês, para as novas atividades pesquisadas, estão também disponíveis as variações mensais do volume de vendas e da receita nominal de vendas do varejo nacional, cuja série se inicia em janeiro/04 (Tabela 2).



Quanto ao volume de vendas das novas atividades, as taxas de variação em fevereiro/04 em relação a fevereiro/03 foram positivas para os segmentos de Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (6,35%); Equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação (7,75%) e para Outros artigos de uso pessoal e doméstico (19,59%). Na mesma comparação, houve queda no volume de vendas de Livros, jornais, revistas e papelaria (-9,68%) e de Material de construção (-10,67%). Na comparação com fevereiro de 2003, o comércio varejista do País cresceu tanto no volume de vendas (5,11%) como na receita nominal de vendas (7,71%). Com isto, o setor fecha o primeiro bimestre de 2004 com aumentos de 5,56% no volume de vendas e de 9,03% na receita nominal.

Já no acumulado de 12 meses, o volume de vendas ficou negativo (-2,41%), enquanto a receita nominal de vendas cresceu 12,17% (Tabela 1).

A pequena redução na taxa mensal de crescimento do varejo, de 5,98% em janeiro para 5,11% este mês (Gráfico 1), foi influenciada pela diminuição do número de dias úteis, já que, neste ano, o carnaval foi comemorado em fevereiro. Assim como no mês anterior, 21 das 27 Unidades da Federação tiveram resultado mensal positivo.



Em fevereiro de 2004, em relação ao mesmo mês do ano anterior, os maiores aumentos no volume de vendas do comércio varejista ocorreram no Acre (22,49%); Mato Grosso (19,93%); Maranhão (16,69%); Espírito Santo (14,96%) e Santa Catarina (13,47%). No entanto, foram os resultados positivos de São Paulo (6,86%); Minas Gerais (5,58%); Rio Grande do Sul (4,44%); Santa Catarina (13,47%) e Paraná (8,90%) que determinaram o avanço do varejo no mês. Já entre os estados que apresentaram resultados negativos, destacaram-se Roraima (-19,41%), Piauí (-11,06%) e Pernambuco (-5,15%).