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Produção da Indústria cresce em oito dos 14 locais pesquisados, em fevereiro

14/04/2004 06h31 | Atualizado em 14/04/2004 06h31

Na análise trimestral, a indústria goiana mostra uma tendência semelhante à média nacional na passagem do primeiro para o segundo trimestre de 2003. A partir do terceiro trimestre as duas taxas passam a exibir movimentos bastante próximos.Rio Grande do Sul reverte queda de janeiro no índice mensal

A indústria do Rio Grande do Sul, em fevereiro último, registrou um crescimento de 2,9% ante igual mês do ano anterior, melhorando em relação a janeiro (-0,7%). O indicador acumulado no ano também teve aumento (1,1%). Já o acumulado dos últimos doze meses caiu 1,3%.

A expansão de 2,9% no confronto fevereiro 04/ fevereiro 03, foi determinada pelo desempenho positivo de oito dos 14 ramos pesquisados. Os aumentos mais expressivos foram de: refino de petróleo e álcool (19,8%), máquinas e equipamentos (15,1%) e metalurgia básica (31,5%). Esses setores registraram, respectivamente, aumentos na produção dos itens: óleo diesel e gás liquefeito de petróleo; máquinas para colheita e tratores agrícolas; e barras e vergalhões de aço. As maiores influências negativas foram dadas por fumo (-38,3%) e produtos de metal (-5,9%), que assinalaram, respectivamente, recuos nos itens produtos de fumo e talheres.

A taxa de 1,1% no acumulado no ano foi decorrência dos aumentos em oito dos 14 gêneros pesquisados. As indústrias de máquinas e equipamentos (15,8%), refino de petróleo e álcool (10,7%) e veículos automotores (10,3%) exerceram as maiores pressões positivas, apresentando, respectivamente, acréscimos na produção dos itens: máquinas para colheita e tratores agrícolas; óleo diesel e gasolina; reboques, semi-reboques, eixo e semi-eixo. Já a maior contribuição negativa veio de fumo (-25,5%), que registrou queda na produção de fumo e cigarros. Na comparação trimestral, a indústria do Rio Grande do Sul exibe, a partir do terceiro trimestre de 2003, a mesma tendência da média nacional, porém com taxas inferiores.



Goiás tem todas as taxas positivas

A indústria de Goiás, em fevereiro último, apresentou aumento de 4,1% em relação ao igual mês do ano anterior. Também exibiu taxas positivas nos indicadores mais abrangentes: 4,1% no acumulado do ano e 3,1% no acumulado dos últimos doze meses.

O crescimento do indicador mensal, de 4,1%, foi quase o mesmo resultado obtido em janeiro (4,2%). Esse crescimento foi determinado, sobretudo, pelo desempenho das indústrias de alimentos e bebidas (5,0%) e produtos químicos (19,2%), que assinalaram aumentos na produção dos itens: molhos de tomates, farinhas e “pellets” da extração do óleo de soja; e adubos e sabões para uso doméstico. O maior impacto negativo foi dado pela metalurgia básica (-7,4%), com recuo na produção de ferroníquel e ouro em barra.

O aumento de 4,1% no acumulado no ano reflete, sobretudo, o desempenho da indústria de alimentos e bebidas (9,9%), que apresentou acréscimos na produção de farinhas, “pellets” da extração do óleo de soja e óleo de soja bruto. A maior contribuição negativa ficou por conta da indústria extrativa (-13,1%), em decorrência da queda na produção de amianto e pedras britadas.



Paraná cresce em todas as comparações

Em fevereiro, os principais indicadores industriais do estado do Paraná foram positivos. Em relação a fevereiro de 2003, a produção registrou aumento de 5,8%, ficando acima da média nacional (1,8%). Na comparação para períodos mais abrangentes, o aumento foi de 5,1% no acumulado no ano e 5,4% nos últimos doze meses.

Para o índice mensal de 5,8%, contribuíram positivamente oito das 14 atividades pesquisadas, com destaque para a influência positiva de edição e impressão (111,3%), em virtude, sobretudo, de uma base de comparação deprimida. Nesta atividade industrial destaca-se o aumento na produção do item livros, brochuras e impressos didáticos. Os principais impactos negativos vieram de outros produtos químicos (-8,5%) e veículos automotores (-2,3%), em função das quedas em oxigênio e automóveis, respectivamente.

O aumento de 5,1% no acumulado no ano confirma a redução no ritmo de crescimento, já que no terceiro trimestre de 2003 a taxa havia sido de 8,5% e no quarto, de 5,8%. Mesmo assim, a indústria paranaense vem mantendo um dinamismo maior que a média nacional desde o ano passado. No primeiro bimestre, das 14 atividades, nove cresceram, sendo as de maior impacto: alimentos (7,4%), edição e impressão (24,8%), veículos automotores (9,8%) e madeira (16,2%). Nestes setores, os itens mais importantes foram, respectivamente: alimento à base de milho; livros, brochuras e impressos didáticos; caminhões; e madeira compensada. Já a principal contribuição negativa foi de refino de petróleo e produção de álcool (-3,8%), pressionada, principalmente, pela queda na fabricação de naftas para petroquímica.



Santa Catarina tem alta no mensal e queda nos acumulados

A indústria de Santa Catarina, em fevereiro, apresentou crescimento de 0,8% frente a igual mês do ano anterior, após o recuo de 2,9% assinalado em janeiro. Na comparação para períodos mais abrangentes os resultados prosseguem negativos: -1,1% no acumulado no ano e -4,9% nos últimos doze meses.

A expansão de 0,8% observada na comparação com igual mês do ano anterior reflete o crescimento em cinco das 11 atividades industriais pesquisadas, sendo o mais expressivo o obtido por alimentos (8,0%), em virtude do aumento na produção de óleo de soja em bruto. Cresceram também celulose e papel (10,3%), têxtil (4,9%) e máquinas e equipamentos (3,4%). Os principais produtos com aumento nesses setores foram: papel kraft para embalagem; toalha de banho, rosto e mãos; e refrigeradores e congeladores para uso doméstico. Entre as seis atividades com queda, destacam-se vestuário e acessórios (-15,4%), principalmente, em função do recuo na produção de camisetas de malha de algodão.

O recuo de 1,1% no bimestre mantém a desaceleração no ritmo de queda iniciado no segundo trimestre de 2003 (-7,5%), ambas as comparações contra igual período do ano anterior. Seis atividades industriais caíram, sendo que as principais pressões partiram de vestuário e acessórios (-21,5%), em função sobretudo do recuo no item camisetas de malha de algodão, e veículos automotores (-36,1%), devido à menor produção de carrocerias para caminhões e ônibus. As maiores influências positivas são de máquinas e equipamentos (10,7%) e alimentos (4,9%), devido, em grande parte, à maior produção de compressor e motocompressor e leite esterilizado, respectivamente.



Bahia reverte queda de janeiro no indicador mensal

A produção industrial da Bahia, em fevereiro, cresceu 12,0%, em relação ao mesmo mês do ano passado, revertendo, desse modo, a queda registrada em janeiro de 2004 para este mesmo indicador (-1,7%). Nos indicadores para períodos mais abrangentes, a indústria baiana também obtém resultados positivos: 4,5% no acumulado do primeiro bimestre e 0,1% nos últimos doze meses.

O crescimento de 12,0% na comparação fevereiro 04/fevereiro 03 refletiu o resultado positivo de cinco dos nove setores pesquisados. Podemos destacar o desempenho de refino de petróleo e álcool (34,5%), principalmente, devido ao aumento da produção de óleo diesel e gasolina; produtos químicos (5,7%), onde se destaca o crescimento de sulfato de amônio ou uréia; metalurgia básica (18,5%), em função do crescimento de barras, perfis, vergalhões e ligas de cobre e de ouro em barras; e veículos automotores (109,0%), refletindo o aumento da produção de automóveis, bem como a pequena base de comparação. Os principais impactos negativos vieram de alimentos e bebidas (-4,3%), em função da queda na produção de leite em pó e óleo de soja em bruto; e borracha e plástico (-8,4%), setor influenciado pela redução da produção de tubos, canos e mangueiras de plástico e chapas ou folhas de plástico.

A expansão de 4,5% no acumulado do primeiro bimestre ocorreu apesar da queda registrada em cinco dos nove setores industriais. As principais contribuições positivas vieram de: refino de petróleo e álcool (21,9%), metalurgia básica (34,4%) e veículos automotores (135,9%). Pelo lado negativo, contribuíram, principalmente, produtos químicos (-6,0%), em decorrência da queda de polietileno linear e policloreto de vinila (PVC), e alimentos e bebidas (-12,8%), com redução da produção de farinha e “pellets” da extração do óleo de soja e de óleo de soja em bruto. O crescimento no estado foi maior que a média nacional (2,7%), como se pode observar no gráfico abaixo.



Índice mensal cai em Minas pelo segundo mês consecutivo

Em fevereiro de 2004, a atividade fabril de Minas Gerais caiu 2,0% ante o mesmo período do ano passado. O resultado do bimestre janeiro-fevereiro (-1,0%) também foi negativo. Entretanto, no acumulado dos últimos doze meses, a produção industrial apontou tímida expansão (0,2%).

A queda de 2,0% em fevereiro foi a segunda consecutiva neste indicador. Este resultado foi conseqüência da perda na produção de sete das 14 atividades produtivas pesquisadas, com destaque para produtos de metal (-42,4%). A queda deste setor deveu-se, em grande parte, à fraca produção de estruturas de ferro e aço. Dentro do complexo metalúrgico, do qual faz parte o setor produtos de metal, a metalurgia básica aponta crescimento (3,9%), atribuído, sobretudo, ao desempenho favorável do mercado externo. O segundo maior impacto negativo veio do grupo veículos automotores (-10,3%), com destaque para a fraca produção de automóveis. Vale também destacar a participação negativa de minerais não-metálicos (-8,3%), que foi influenciado pela queda na produção de cimento comum, e de fumo (-14,5%), pela queda em cigarros.

Dentre as seis atividades em expansão, os destaques ficam por conta de refino de petróleo e álcool (27,9%), metalurgia básica (3,9%) e alimentos (4,6%), resultados explicados pelo aumento da produção de gasóleo (oléo diesel); bobinas e chapas de aço inoxidável; e iogurte adicionado de frutas, respectivamente.

A produção industrial no bimestre janeiro-fevereiro também foi negativa, acumulando queda de 1,0% sobre igual período do ano passado. Com isso, também não conseguiu manter o ritmo positivo obtido no último trimestre de 2003 (2,1%). Das 14 atividades pesquisadas, seis recuaram. Dentre elas, exerceram as maiores pressões negativas produtos de metal, com -38,4% (a maior queda da indústria local neste tipo de comparação), seguido por veículos automotores (-8,1%), fumo (-12,7%) e minerais não-metálicos (-3,7%). Das oito atividades que se expandiram, destacam-se refino de petróleo e álcool (20,3%), alimentos (3,8%) outros produtos químicos (7,6%) e indústrias extrativas (1,7%).



Espírito Santo cai no índice mensal e sobe nos acumulados

Em fevereiro, os principais indicadores industriais do Espírito Santo apontam sentidos distintos em algumas de suas principais comparações. No confronto mensal, o índice cai 0,7%, enquanto cresce 0,8% no acumulado no ano (janeiro-fevereiro) e 4,2% no acumulado dos últimos doze meses.

A queda de 0,7% frente a igual mês do ano anterior deve-se à perda de dinamismo em duas importantes atividades industriais: alimentos e bebidas (-11,4%), puxada pela menor produção de bombons, balas e caramelos; e minerais não-metálicos (-10,5%), resultado do decréscimo da produção de cimento comum e massa de concreto que, em linhas gerais, descreve a situação adversa que atravessa o setor de construção civil.

Já a atividade de celulose e papel teve boa performance (5,0%), relacionada ao aumento das vendas externas. A participação positiva das indústrias extrativas (1,6%) também foi valiosa para sustentar o crescimento da indústria geral, tendo no aumento da produção de minério de ferro e seus concentrados a explicação do bom resultado.

O resultado positivo do primeiro bimestre (0,8%) apontou ritmo mais lento que o do mês de janeiro (2,2%), mas superior ao do último trimestre do ano passado (-3,9%). Das cinco atividades pesquisadas, três apontaram crescimento, sobressaindo-se metalurgia básica (4,4%) e celulose e papel (4,7%). Pressionando negativamente, vale destacar alimentos e bebidas (-9,0%) e minerais não-metálicos (-3,2%).



Rio de Janeiro tem queda, após alta de janeiro, no índice mensal

A produção industrial do Rio de Janeiro caiu 2,7% em fevereiro de 2004 frente a igual mês do ano anterior, não repetindo, assim, o desempenho positivo de janeiro (1,5%). Nas demais comparações, os indicadores também foram negativos: -0,6% no acumulado do ano e -2,4% nos últimos doze meses.

A queda de 2,7% em relação a fevereiro do ano passado reflete resultados negativos em oito dos 13 setores pesquisados. Os principais impactos negativos são: edição e impressão (-17,5%), com destaque para a queda na produção de CDs e listas telefônicas; produtos químicos (-18,5%), em função do decréscimo da produção de oxigênio e polipropileno; e indústria extrativa (-6,3%), refletindo a queda em óleos brutos de petróleo e em gás natural. As maiores influências positivas foram: metalurgia básica (21,2%), decorrente, principalmente, do crescimento da produção de bobinas ou chapas de aço e barras de aço; e refino de petróleo e álcool (8,2%), onde se destaca a produção de óleo diesel e querosene de aviação.

Já a queda de 0,6% no acumulado para o primeiro bimestre decorre da retração em seis das 13 atividades. As maiores contribuições negativas concentram-se em produtos químicos (-15,8%), indústrias extrativas (-6,4%) e edição e impressão (-8,9%). Os principais produtos responsáveis são os mesmos do indicador mensal, mas em edição e impressão, além de CDs, destaca-se a queda na produção de livros. Os maiores crescimentos foram em metalurgia básica (16,7%), com destaque para os mesmos produtos do indicador mensal, e farmacêutica (31,9%), em função, principalmente, do aumento da produção de medicamentos à base de compostos heterocíclicos e medicamentos à base de nimesulida. A evolução trimestral da indústria do Rio de Janeiro apresenta, desde meados de 2003, trajetória similar à da indústria nacional, embora ainda tenha índices negativos.



São Paulo cresce pelo quarto mês seguido, no índice mensal

A indústria de São Paulo mostra, em fevereiro de 2004, crescimento de 2,6% na produção, o quarto aumento consecutivo na comparação com igual mês do ano anterior. Nos demais indicadores, os resultados são: 4,8% no acumulado do ano e -0,3% nos últimos doze meses.

O crescimento de 2,6% em fevereiro ficou acima da média nacional (1,8%), com aumento em onze dos 20 setores pesquisados. A fabricação de veículos automotores (16,9%), impulsionada pela maior produção de automóveis, foi a que exerceu a maior influência positiva. Em seguida, vêm outros produtos químicos (13,5%) e refino de petróleo e álcool (13,6%), influenciadas principalmente, pelos itens tintas e vernizes e óleo diesel. Entre os setores com queda de produção, destacam-se farmacêutica (-38,4%) e edição e impressão (-15,9%).

O crescimento de 4,8% no acumulado no ano supera amplamente o desempenho do último trimestre do ano passado (1,9%) e fica acima da média nacional (2,7%). Doze das 20 atividades ampliaram a produção, destacando-se o aumento da produção de automóveis, principal responsável pelo bom desempenho de veículos automotores (13,6%) e, por conseguinte, do conjunto geral da indústria. Também merece destaque o crescimento observado no refino de petróleo e álcool (15,1%), em função, principalmente, do aumento na produção de óleo diesel. A maior contribuição negativa permanece vindo de farmacêutica, com -22,3%.



Indústria do Amazonas cresce há oito meses no indicador mensal

A indústria do Amazonas mostra, em fevereiro, resultados positivos nos principais indicadores industriais. No confronto com igual mês do ano anterior, a produção avançou 0,1%, registrando, assim, o oitavo resultado positivo consecutivo neste tipo de comparação. Com isso, na comparação para períodos mais abrangentes, a indústria amazonense permaneceu apresentando crescimento: 7,8% no acumulado no ano e 4,5% nos últimos doze meses.

O ligeiro crescimento de 0,1% no confronto fevereiro 04/fevereiro 03 reflete o movimento positivo observado em cinco das 11 atividades industriais pesquisadas. O desempenho de material eletrônico e de comunicações (17,7%), impulsionado, sobretudo, pela maior produção de televisores a cores, responde pelo principal impacto positivo sobre o resultado global da indústria. Entre as seis atividades que apresentaram redução, outros equipamentos de transporte (-24,3%) exerce a maior influência negativa sobre o índice geral, devido aos recuos tanto na produção de motocicletas como no de peças e acessórios para motocicletas.

O crescimento acumulado de 7,8% no primeiro bimestre foi bastante influenciado pelo aumento de material eletrônico e de comunicações (31,0%), em função dos itens televisores a cores e telefones celulares. Por outro lado, entre as quatro atividades que apresentaram redução, os principais destaques negativos vieram de outros equipamentos de transporte (-11,4%) e de máquinas e equipamentos (-17,8%), pressionados pelos itens motocicletas e aparelhos de ar condicionado, respectivamente.



Pará cresce em todas as comparações

A indústria do Pará, em fevereiro, cresceu 16,2%, ante mesmo mês do ano anterior. Também exibiram taxas positivas os indicadores acumulado do ano (7,8%) e dos últimos doze meses (6,9%).

Na comparação fevereiro 04/fevereiro 03, o aumento de 16,2% é bem mais favorável do que o obtido em janeiro (0,5%). Esse movimento foi determinado, sobretudo, pelo desempenho da indústria extrativa (40,0%), de maior peso na estrutura fabril paraense, em decorrência do aumento na extração de minérios de alumínio. Este resultado está influenciado pela fraca base de comparação, devido à paralisação para manutenção de um importante informante desta atividade em fevereiro de 2003. Outras contribuições positivas relevantes foram as de metalurgia básica (18,3%) e celulose e papel (41,1%). Estes setores assinalaram, respectivamente, aumentos na produção de óxido de alumínio e alumínio não ligado em formas brutas; e papel higiênico e pastas químicas de madeira. O maior impacto negativo ficou por conta da indústria de alimentos e bebidas (-23,5%), que registrou queda na produção de palmitos preparados e café torrado e moído.

O acumulado do ano, de 7,8%, reflete aumentos em quatro dos seis ramos pesquisados. Os mais expressivos foram: extrativa (16,0%), em conseqüência do aumento na extração de minérios de alumínio e manganês; e metalurgia básica (18,3%), em função de uma maior produção de óxido de alumínio e ferro gusa. Já a maior contribuição negativa veio do setor de alimentos e bebidas (-24,8%), que registrou queda na produção de palmitos preparados e café torrado e moído.



Região Nordeste cai menos do que em janeiro, no índice mensal

A produção da indústria nordestina, em fevereiro, teve queda de 0,7% na comparação com igual mês do ano anterior, resultado bem mais favorável do que o registrado em janeiro (-7,2%). Também apresentaram queda os indicadores para períodos mais abrangentes: -4,2% no acumulado do ano e -2,8% no acumulado em 12 meses.

A retração de 0,7% no indicador mensal foi determinada pelo desempenho negativo de oito dos 11 ramos pesquisados. Os mais expressivos foram: produtos químicos (-12,1%), em decorrência da diminuição na produção de borracha de estireno-butadieno; vestuário e acessórios (-33,9%), que apresentou recuos na fabricação de calças compridas femininas; e metalurgia básica (-10,3%), em função da baixa produção de alumínio. A maior contribuição positiva foi de refino de petróleo e álcool (32,6%), setor impulsionado pelo aumento na produção de óleo diesel e gasolina.

A redução de 4,2% no indicador acumulado do ano reflete a queda em nove dos 11 setores pesquisados. As maiores pressões negativas partiram das indústrias de produtos químicos (-15,1%), alimentos e bebidas (-3,7%) e minerais não-metálicos (-15,4%). Os produtos que mais caíram nesses setores foram, respectivamente: borracha de estireno-butadieno e policloreto de vinila; açúcar cristal e leite em pó; e cimento portland, garrafas, garrafões e frascos de vidro para embalagem. O principal impacto positivo, como no indicador mensal, foi de refino de petróleo e álcool (18,2%), devido ao aumento na produção de óleo diesel e gasolina.



Ao contrário do índice nacional, a evolução trimestral da indústria nordestina foi declinante ao longo de 2003. No primeiro trimestre de 2004 a trajetória é de uma ligeira recuperação nas duas séries, embora o resultado para o nordeste ainda seja negativo.

Produção no Ceará cai desde setembro de 2003, no índice mensal

Em fevereiro, a indústria do Ceará mostra retração de 7,3% no confronto com igual mês do ano anterior, mantendo, desse modo, a série de taxas negativas apresentadas desde setembro de 2003. Com isso, os resultados nas demais comparações também foram negativos: -5,6% no acumulado do ano e -3,8% nos últimos doze meses.

Na comparação fevereiro 04/fevereiro 03, houve queda em oito dos dez setores investigados. O maior impacto negativo sobre este indicador veio de vestuário e acessórios (-51,6%), causado pelo declínio na produção de calças compridas e camisas de malha. Destacam-se também, do lado negativo, refino de petróleo e álcool (-27,9%), resultado da queda da produção de gasolina e óleo diesel, e têxtil (-6,4%), com perda acentuada em fios de algodão e tecidos de algodão. Expandiram-se calçados e artigos de couro (14,3%), destacando-se calçados de plástico, e alimentos e bebidas (4,9%), com influência de amendoim e castanha de caju torrada.

A queda de 5,6% no indicador acumulado do ano reflete retração em sete das dez atividades. As maiores pressões negativas, assim como no indicador mensal, vieram de refino de petróleo e álcool (-36,0%), têxtil (-10,6%) e vestuário e acessórios (-30,7%). Em refino de petróleo e álcool os produtos com queda são, além de gasolina, gás liqüefeito de petróleo. Já em têxtil e vestuário, os principais produtos em queda são os mesmos da comparação mensal. As três atividades que cresceram foram alimentos e bebidas (9,0%), calçados e artigos de couro (8,6%) e produtos químicos (5,7%). Conforme pode ser observado no gráfico abaixo, a queda na produção industrial do Ceará, no primeiro bimestre do ano, confirma a perda de dinamismo frente à indústria nacional, que vem ocorrendo desde o terceiro trimestre de 2003.



Pernambuco tem queda em todos os indicadores

Em fevereiro, os indicadores industriais de Pernambuco revelam queda. No confronto mensal, o índice recuou 6,2%, no entanto foi no índice acumulado que se observou a maior retração (-10,4%). Já o acumulado nos últimos doze meses registrou queda de 3,0%.

A queda no índice mensal é a segunda consecutiva. Das 11 atividades fabris pesquisadas, seis foram responsáveis pelo desempenho negativo. O maior impacto negativo foi de produtos químicos (-49,0%), reflexo da queda na produção de borracha de estireno-butadieno e adubos ou fertilizantes. Outros destaques negativos são: máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-19,3%) e minerais não-metálicos (-11,4%). Vale lembrar, que a fraca performance desses ramos pode ser explicada pela menor produção de pilhas e baterias elétricas; e garrafas, garrafões e frascos de vidro para embalagem; respectivamente.

No que se refere às atividades em expansão, vale mencionar metalurgia básica (38,7%) e alimentos e bebidas (8,0%); a primeira impulsionada pelo aumento da produção de chapas e tiras de alumínio e, a segunda, pela de açúcar refinado e óleos vegetais. Estes dois últimos produtos vêm sendo beneficiados em parte pela demanda externa favorável.

A queda de 10,4% no acumulado no ano reflete, em grande medida, a forte retração em produtos químicos (-48,1%). O crescimento da metalurgia básica (26,4%), juntamente com os de produtos de metal (3,9%) e de calçados e artigos de couro (13,5%), impediu uma queda mais acentuada da indústria como um todo. A indústria pernambucana vinha crescendo no último trimestre de 2003 (2,4%), mas não sustentou o crescimento no primeiro bimestre de 2004, deixando de acompanhar o movimento da indústria nacional no período (2,7%).



Em fevereiro, mais da metade das regiões pesquisadas apresenta taxas positivas na produção industrial, na comparação com o mesmo mês do ano anterior. Oito dos 14 locais apresentam índices positivos: Pará (16,2%), Bahia (12,0%), Paraná (5,8%), Goiás (4,1%), Rio Grande do Sul (2,9%), São Paulo (2,6%), Santa Catarina (0,8%) e Amazonas (0,1%). Seis apresentam queda: Região Nordeste e Espírito Santo (ambos com -0,7%), Minas Gerais (-2,0%), Rio de Janeiro (-2,7%), Pernambuco (-6,2%) e Ceará (-7,3%). A média nacional, neste mesmo indicador, foi de 1,8%.

Esta é a primeira divulgação de resultados regionais da Pesquisa Industrial Mensal de Produção Física (PIM-PF) do IBGE, após a reformulação de sua metodologia. A nova pesquisa ficou mais abrangente, produzindo índices regionais para 14 locais, em lugar de 12. Assim, passam a ser divulgados indicadores para Amazonas, Goiás e Pará, além dos locais anteriormente representados. Sai o indicador da Região Sul, embora os três estados da região continuem a ter seus resultados divulgados separadamente. Os 14 locais para os quais são divulgados indicadores são aqueles que, individualmente, contribuem com, no mínimo, 1% da produção industrial do país. Os estados que não atingem esse mínimo são pesquisados apenas para o índice nacional — com exceção de Acre e Roraima. A reformulação da pesquisa atualiza a seleção de atividades, produtos e informantes e elabora uma nova estrutura de peso dos índices, tendo como base estatísticas industriais mais recentes. Os dados da série antiga, iniciada em 1991, foram adaptados à nova classificação de atividades, para possibilitar a obtenção de uma série histórica.

No primeiro bimestre, Amazonas e Pará têm o maior ritmo de crescimento

No acumulado para o primeiro bimestre, a maioria (oito) dos locais pesquisados apresenta taxas positivas, sendo que seis superam a média nacional. As indústrias do Amazonas e do Pará sustentaram o maior ritmo de crescimento, ambas com taxa de 7,8%. Nesses locais destacam-se, respectivamente, os desempenhos da indústria de material eletrônico e de comunicações, apoiada no crescimento da produção de televisores e celulares, e da extrativa mineral, que juntamente com a metalurgia básica sustentam o resultado positivo do Pará. O Paraná, com a terceira maior taxa regional (5,1%), teve seu resultado impulsionado pelo aumento nas atividades de produção de alimentos, edição e gráfica e veículos automotores. Em São Paulo, esta última atividade foi a principal responsável pelo resultado global de 4,8%. Na Bahia (4,5%), os principais destaques foram as atividades de refino e álcool, metalurgia básica e veículos automotores. E, finalmente, a produção de alimentos e bebidas foi a principal atividade no desempenho industrial de Goiás nesse primeiro bimestre (4,1%).

Entre os seis locais com queda de produção no primeiro bimestre, destacam-se: Pernambuco (-10,4%), Ceará (-5,6%) e, conseqüentemente, Nordeste (-4,2%). Na indústria pernambucana, a principal pressão negativa vem da química, enquanto no Ceará vem das atividades de refino de petróleo, têxtil e vestuário.

Em comparação ao desempenho do índice no último trimestre de 2003, o acumulado para janeiro-fevereiro de 2004 assinala aumento de ritmo para o resultado do Brasil (de 2,0% para 2,7%) e em quatro locais: Amazonas (de 6,6% para 7,8%), Pará (de 5,7% para 7,8%), São Paulo (de 1,9% para 4,8%) e Goiás (de 0,8% para 4,1%). Nesses locais, destacam-se setores relacionados à produção de bens de consumo duráveis e/ou setores relacionados às exportações e à agroindústria.

Nos locais que mantiveram taxas negativas ou que reduziram seu desempenho entre os dois períodos, observa-se a participação de atividades tipicamente associadas à produção de bens de consumo semi e não duráveis. Estão neste caso as indústrias da Região Nordeste (-4,9% para -4,2%), Ceará (-4,4% para -5,6%), Pernambuco (2,4% para -10,4%) e Santa Catarina (-4,7% para -1,1%).