Na composição do custo nacional, o metro quadrado passou de R$ 463,61 em fevereiro para R$ 467,31 em março, sendo R$ 267,62 relativos aos materiais e R$ 199,69 a mão-de-obra.

Apesar da desaceleração de 0,13 ponto percentual em relação ao mês anterior (0,80%), os materiais registraram alta de 0,67% em março. Já a parcela de mão-de-obra (0,98%) registrou alta de 0,14 ponto percentual em relação a fevereiro (0,84%). Índices acumulados:

    . no ano: materiais 2,23% ; mão-de-obra 1,98%

    . em doze meses: materiais 8,52%; mão-de-obra 16,85%

Dissídios elevam índices no Sudeste e Sul

As regiões Sudeste e Sul apresentaram os maiores índices (0,92%), com destaque para o Rio de Janeiro (4,53%) e Rio Grande do Sul (1,66%), que tiveram aumentos salariais. Em seguida, o Centro-Oeste (0,81), completa o conjunto de regiões com índices acima da média nacional. Nordeste (0,59%) e Norte (0,54%) ficaram abaixo.

No ano, o Nordeste manteve o maior índice (2,87%), seguido pelo Sul (2,14%). Sudeste e Norte apresentaram acumulados semelhantes, 1,84% e 1,83%, respectivamente. O Centro-Oeste apresentou novamente o menor (1,69%). As taxas dos últimos doze meses foram: Sudeste (13,84%); Sul (11,94%); Centro-Oeste (11,74%). Norte (9,87%) e Nordeste (9,41%).

Os custos regionais por metro quadrado foram: R$ 501,54 (Sudeste); R$ 473,62 (Sul); R$ 450,68 (Norte); R$ 448,13 (Centro-Oeste) e R$ 424,27 (Nordeste).

Rio registra maiores índices

Devido ao dissídio salarial coletivo das categorias profissionais, o Rio de Janeiro apresentou o maior índice a nível nacional (4,53%). O estado se destacou ainda nos acumulados do ano (5,66%) e dos últimos doze meses (18,93%).

Os menores indicadores nestes períodos foram:

    . no ano: Distrito Federal (0,50%)

    . em doze meses: Paraíba (7,21%)

Estes resultados são calculados mensalmente pelo IBGE através de convênio com a CAIXA – Caixa Econômica Federal, a partir do SINAPI – Sistema Nacional de Pesquisa de Custos e Índices da Construção Civil. O SINAPI, criado em 1969, tem como objetivo a produção de informações de custos e índices de forma sistematizada e com abrangência nacional, visando a elaboração e avaliação de orçamentos, acompanhamento de custos, adequação de materiais e programação de investimentos. Em 2002 o Congresso Nacional aprovou, no artigo 93 da Lei de Diretrizes Orçamentárias para o exercício de 2003 (LDO 2003), a adoção do SINAPI como referência para delimitação dos custos de execução de obras públicas, o que foi mantido na LDO 2004, aprovada em 2003.

MARÇO/04