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Taxa de desocupação é de 12% em fevereiro

Em fevereiro de 2004, a taxa de desocupação ficou estável tanto em relação ao mês anterior (11,7%) quanto na comparação com fevereiro de 2003 (11,6%). O rendimento médio real cresceu ligeiramente (0,5%) em relação a janeiro de 2004 ...

25/03/2004 06h31 | Atualizado em 25/03/2004 06h31

PESSOAS DESOCUPADAS

Em fevereiro, havia 2,5 milhões de pessoas buscando trabalho nas seis regiões abrangidas na pesquisa, sendo 48,5% apenas na Região Metropolitana de São Paulo. O número de desocupados cresceu 3,3% em relação a janeiro de 2004 e 5,7% em relação a fevereiro de 2003.

Dos desocupados registrados pela pesquisa, 57,1% são mulheres e 42,9% são homens. As pessoas responsáveis pelas famílias representam 26,9% dos desocupados, enquanto em fevereiro do ano passado representavam 27,1%. Quanto ao tempo de procura, 46,4% estavam procurando trabalho por um período superior a 31 dias e inferior a 6 meses. Os jovens (com menos de 24 anos) representam 45,8% dos desocupados. Procuravam seu primeiro trabalho 19,4% dos desocupados. Quanto à escolaridade, em fevereiro de 2003 eram 40,0% os desocupados com pelo menos o ensino médio (2º grau) completo, enquanto em fevereiro de 2004 eles passaram a representar 42,6%.

A trajetória do número de desocupados nas seis regiões investigadas, colocando em foco a comparação com janeiro de 2004, foi de queda em Recife (-1,1%), Belo Horizonte (-1,9%) e Rio de Janeiro (-0,8%), e de aumento em Salvador (5,8%), São Paulo (5,4%) e Porto Alegre (9,7%).

Já no confronto com fevereiro de 2003, houve considerável aumento no contingente dos desocupados em quase todas as áreas investigadas pela pesquisa: Recife (3,0%), Salvador (18,4%), Belo Horizonte (25,4%), Rio de Janeiro (2,1%) e São Paulo (2,5%). Porto Alegre foi a única região que apresentou queda (-1,8%).

PESSOAS EM IDADE ATIVA (PIA) E PESSOAS ECONOMICAMENTE ATIVAS (PEA)

Estimou-se, para o total das seis Regiões Metropolitanas abrangidas pela pesquisa, em 37,3 milhões o total de pessoas em idade ativa, ou seja, com 10 anos ou mais de idade. Esta estimativa não apresenta variação em relação ao mês anterior. Na comparação com o mesmo mês de 2003 houve elevação de 1,7%, que significou um aumento de 613 mil pessoas em idade ativa.

A pesquisa revelou também que 56,4% da PIA eram economicamente ativas (ocupadas ou buscando ocupação). Esta taxa ficou estável tanto em relação ao mês passado quanto em relação a fevereiro de 2003. Em números absolutos, o total de pessoas economicamente ativas é de 21,0 milhões, número estável em relação a janeiro de 2004 e 2,0% maior que o de fevereiro de 2003 (20,6 milhões), o que representa mais 416 mil pessoas no mercado de trabalho (ocupadas ou buscando ocupação).

Os homens representam 55,4% da PEA, e as mulheres 44,6%. Estes números mostram crescimento de 1,8 ponto percentual na participação das mulheres no mercado de trabalho, em relação a fevereiro do ano passado.

Na distribuição por faixa etária obteve-se o seguinte resultado: 0,7% para a faixa de 10 a 14 anos de idade; 2,9% de 15 a 17 anos; 18,6% de 18 a 24 anos; 62,3% de 25 a 49 anos; e 15,6% de 50 anos ou mais.

As pessoas ocupadas representavam, em fevereiro deste ano, 88,0% da população economicamente ativa, taxa que também ficou estável em relação a janeiro deste ano e a fevereiro do ano passado.

POPULAÇÃO OCUPADA

O total de pessoas ocupadas não apresentou variação de janeiro para fevereiro deste ano. Na comparação com fevereiro do ano passado, aumentou 1,5%. Os homens ainda são a maioria dos ocupados (57,1%), enquanto as mulheres representam 42,9%. A população de 25 a 49 anos representa 64,4%. A pesquisa revelou também que 51,7% dos ocupados têm o ensino médio (2º grau) incompleto.

A população ocupada está assim distribuída entre os principais grupamentos de atividade:

. Indústria extrativa, de transformação e distribuição de eletricidade, gás e água (17,5% da população ocupada)

Este grupamento apresentou queda de 1,4% em relação a janeiro de 2004, o que representa uma redução de 47 mil pessoas ocupadas no total das seis regiões. Houve queda generalizada, em todas as regiões.

Já em relação a fevereiro de 2003, o quadro foi inverso: houve aumento de 1,2% das pessoas ocupadas nesse grupamento, o que significa mais 38 mil pessoas ocupadas. Apenas Recife (-1,6%) e Belo Horizonte(-2,8%) apresentaram queda. As demais regiões apresentaram elevação, com destaque para o Rio de Janeiro (3,3%) e São Paulo (1,7%).

. Construção civil (7,7% da população ocupada)

Foi o grupamento que apresentou maior aumento percentual em relação ao mês passado (2,0%). Frente a fevereiro do ano anterior o crescimento foi de 2,6%. Em quase todas as regiões o resultado foi de aumento nas duas comparações, com exceção de Recife, que apresenta queda de 13,9% em relação ao mês passado e de 11,3% frente a fevereiro de 2003. As regiões de maior aumento na comparação com fevereiro de 2003 foram Belo Horizonte (10,1%), Porto Alegre (7,9%) e Salvador (6,0%).

. Comércio (20,0% da população ocupada)

A ocupação no comércio apresenta recuperação em relação ao mês anterior (1,1%), depois de ter caído 4,9% em janeiro de 2004, na comparação com dezembro de 2003. Na comparação com fevereiro de 2003 também houve crescimento (0,7%). Entre as seis regiões, apenas Salvador e Porto Alegre tiveram quedas, semelhantes tanto na comparação mensal (aproximadamente -3,0%) quanto na comparação anual (aproximadamente -4,0%).

. Serviços prestados à empresa, aluguéis, atividades imobiliárias e intermediação financeira (13,3% da população ocupada)

Houve queda no contingente de ocupados em relação ao mês passado (-0,4%) e crescimento frente a fevereiro de 2003 (3,3%).

. Educação, saúde, serviços sociais, administração pública, defesa e seguridade social (15,5% da população ocupada)

Este setor apresentou queda no número de ocupados em comparação com janeiro (-1,2%). Esta redução deveu-se às quedas ocorridas em São Paulo (-4,4%) e Porto Alegre (-8,2%). Na comparação com fevereiro de 2003, as quedas em Porto Alegre (-8,8%) e no Rio de Janeiro (-4,0%) levaram ao quadro de estabilidade verificado neste setor, apesar de outras regiões terem tido desempenho positivo, como Belo Horizonte (7,9%).

. Serviços domésticos (7,6% da população ocupada)

Este grupamento apresenta aumento de 1,8% no contingente de ocupado em relação ao mês passado e de 4,6% em relação a fevereiro de 2003. Na comparação com o mês passado houve aumento em quase todas as áreas, com exceção de São Paulo (-3,9%).

. Outros serviços (alojamento, transporte, limpeza urbana e serviços pessoais) (17,3% da população ocupada)

Este setor teve estabilidade na ocupação, em relação ao mês passado. Entretanto, na comparação fevereiro de 2003, nota-se aumento de 1,1%. As Regiões Metropolitanas de Recife e Porto Alegre apresentaram quedas tanto na comparação mensal (-7,4% e -1,6% respectivamente) quanto na variação anual (-6,4% e -0,8% respectivamente). Comportamento inverso foi observado na Região Metropolitana do Rio de Janeiro, cujo desempenho foi relevante: crescimento de 3,2% em comparação com janeiro de 2004 e de 6,3% na comparação com fevereiro de 2003.

Quanto à forma de inserção no mercado de trabalho, a população ocupada assim se distribuiu em fevereiro:

. Com carteira de trabalho assinada no setor privado1 (39,6% da população ocupada)

Houve estabilidade (-0,4%) nesta categoria, em relação a janeiro último, e queda de 1,9% frente a fevereiro de 2003. Apenas Recife (2,6%) e Belo Horizonte (2,1%) apresentaram aumento deste indicador na comparação com janeiro de 2004.

Belo Horizonte apresenta ainda aumento (1,0%) em relação a fevereiro do ano passado. Salvador também cresceu nesta comparação (2,2%). Houve quedas do emprego com carteira no setor privado no Rio de Janeiro (-3,9%), Recife (-4,1%), São Paulo (-1,8%) e Porto Alegre (-1,4%).

. Empregados sem carteira no setor privado1 (15,4% da população ocupada)

O contingente de empregados sem carteira no setor privado caiu 1,2% em relação a janeiro, mas cresceu em relação a fevereiro do ano passado (4,8%). Entre as regiões metropolitanas, houve aumentos do emprego sem carteira em Belo Horizonte (7,7%), no Rio de Janeiro (12,1%) e em São Paulo (7,9%). As outras três regiões pesquisadas tiveram quedas: Recife (-18,0%), Salvador (-9,4%) e Porto Alegre (-1,8%).

. Trabalhadores por conta própria (20,8%, da população ocupada)

Este indicador apresentou ligeira elevação (0,5%) em relação a janeiro de 2004, e aumento significativo na comparação com fevereiro do ano passado (8,8%). Houve aumento em todas as áreas pesquisadas: Recife (9,9%), Salvador (13,5%), Belo Horizonte (3,3%), Rio de Janeiro (8,4%), São Paulo (11,1%) e Porto Alegre (0,9%).

RENDIMENTO MÉDIO REAL2

O rendimento médio real das pessoas ocupadas, no total das seis regiões metropolitanas, situou-se em R$ 857,70 em fevereiro, o equivalente a 3,5 salários mínimos. Este valor cresceu ligeiramente (0,5%) em relação a janeiro de 2004 e caiu 5,7% em relação a fevereiro de 2003.

O gráfico a seguir mostra a série histórica, de fevereiro de 2003 a fevereiro de 2004, do rendimento médio real da população ocupada, nas seis Regiões Metropolitanas abrangidas pela pesquisa.



De janeiro para fevereiro, o rendimento cresceu em três das seis Regiões Metropolitanas pesquisadas: Salvador (0,8%), Rio de Janeiro (1,1%) e São Paulo (1,9%). Apresentaram queda as Regiões Metropolitanas de Recife (-4,2%), Belo Horizonte (-1,2%) e Porto Alegre (-4,2%).

Segundo as categorias de posição na ocupação houve aumento do rendimento de empregados com carteira de trabalho assinada no setor privado1 (1,2%) e queda no rendimento de empregados sem carteira de trabalho assinada no setor privado (-0,2%) e de trabalhadores por conta própria (-1,7%).

Na comparação entre fevereiro do ano passado e fevereiro deste ano, o rendimento caiu acentuadamente em cinco regiões metropolitanas: Recife (-12,5%), Salvador (-2,8%), Belo Horizonte (-3,3%), Rio de Janeiro (-6,8%) e São Paulo (-6,0%). Na Região Metropolitana de Porto Alegre, o movimento foi inverso, com aumento de 0,8%.

Nesta mesma comparação, verificou-se queda no rendimento dos trabalhadores por conta própria (-4,9%) e empregados sem carteira de trabalho assinada no setor privado (-4,8%). Para os empregados com carteira de trabalho assinada no setor privado, verificou-se variação de 0,3%.

Obs.:Para o cálculo do rendimento real o deflator utilizado para cada área é o Índice de Preços ao Consumidor (INPC) da região metropolitana, produzido pelo IBGE. Para o rendimento do conjunto das seis regiões metropolitanas abrangidas pela pesquisa, o deflator é a média ponderada do índice de preços dessas regiões. A variável de ponderação é a população residente na área urbana da região metropolitana.

POPULAÇÃO NÃO ECONOMICAMENTE ATIVA (PNEA)

A Pesquisa Mensal de Emprego estimou, em fevereiro de 2004, um contingente de 16,2 milhões de pessoas com mais de 10 anos de idade que não estavam ocupadas e nem desocupadas — denominadas não economicamente ativas — no total das seis regiões metropolitanas pesquisadas. Este indicador apresentou queda em relação ao mês passado (-0,6%). Na comparação com fevereiro de 2003, esta estimativa mostrou elevação de 1,2%, significando um aumento de 196 mil pessoas não economicamente ativas.

1 Exclusive trabalhador doméstico, militar, funcionário público ou estatutário e outros empregados do setor público.

2 Rendimento habitualmente recebido

Em fevereiro de 2004, a taxa de desocupação ficou estável tanto em relação ao mês anterior (11,7%) quanto na comparação com fevereiro de 2003 (11,6%). O rendimento médio real cresceu ligeiramente (0,5%) em relação a janeiro de 2004 e caiu 5,7% em relação a fevereiro de 2003.

Os resultados da Pesquisa Mensal de Emprego de fevereiro de 2004 revelam que a taxa de desocupação ficou estável, em comparação com janeiro, nas seis regiões metropolitanas onde a pesquisa é realizada.

No confronto com fevereiro do ano passado, duas áreas indicaram aumento: Salvador (15% para 17,1%), e Belo Horizonte (de 10,1% para 11,9%). Nas outras áreas houve estabilidade.

O gráfico a seguir mostra a série histórica, de fevereiro de 2003 a fevereiro de 2004, da taxa de desocupação, nas seis regiões metropolitanas abrangidas pela pesquisa.