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Safra de 2004 deve crescer 5,90%  e alcançar  130, 451 milhões de toneladas

25/03/2004 06h31 | Atualizado em 25/03/2004 06h31

Em 2004, a produção total de cereais, leguminosas e oleaginosas do Brasil deve alcançar 130,451 milhões de toneladas e ficar 5,90% acima das 123,181 milhões de toneladas obtidas em 2003. Os dados são da segunda estimativa nacional da produção agrícola, realizada em fevereiro deste ano. Em janeiro, a estimativa fora de 132,969 milhões de toneladas, que representariam um crescimento de 7,95% em relação à safra 2003.

A região Nordeste responderá por 7,87% dessa produção total – um aumento de 27,47% em relação ao ano passado. As regiões Norte, Sudeste e Centro-Oeste serão responsáveis, respectivamente, por 2,40%, 13,30% e 32,02%, apresentando, na mesma ordem, acréscimos de 17,33%, 6,17% e 11,16%, em relação a safra de grãos de 2003. A região Sul, com participação de 44,40%, apresenta queda de 1,04% em relação à última safra.

No Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA) de fevereiro, destacaram-se as variações nas estimativas de produção, em relação a janeiro, de quatro produtos: arroz em casca (1,60%), feijão em grão 1ª safra (-8,94%), feijão em grão 2ª safra (5,09%) e soja (-3,43%).

As variações observadas na produção de arroz, em fevereiro, devem-se às novas informações dos estados de Mato Grosso do Sul e Goiás, onde a cultura apresenta acréscimos de 5,81% e 22,47%, respectivamente. Em ambos os Estados, os preços praticados em 2003, aliados às condições climáticas favoráveis naquela safra, contribuíram para o aumento de produção do arroz.

Para o feijão 1ª safra, a queda de 8,94% deve-se às quedas na Bahia (-33,79%) e em Minas Gerais (-11,08%). Com a estiagem muito severa, houve atraso no plantio e, até mesmo, desistência de alguns produtores em plantar o feijão das águas.

No caso do feijão 2ª safra, o aumento de 5,09% deve-se ao desempenho satisfatório de vários estados nordestinos, onde o clima, até o momento, tem sido favorável. Na Região Nordeste, o aumento foi de 22,44%, redundando numa produção de cerca de 473 mil toneladas.

A queda observada na previsão para a soja (-3,43%), tem como justificativa mais evidente o clima desfavorável em vários estados, destacando-se o Paraná, Santa Catarina, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, com quedas de 6,61%, 3,19%, 4,84% e 13,44%, respectivamente.

Em relação a 2003, espera-se aumentos na produção de algodão herbáceo (35,19%), arroz em casca (21,64%), feijão em grão 1ª safra (9,30%), feijão em grão 2ª safra (5,89%), e soja (10,47%). Espera-se quedas para milho em grão 1ª safra (-2,28%), milho em grão 2ª safra (-2,11%) e sorgo (-0,55%).

Esta segunda estimativa da safra nacional de grãos para 2004 totaliza 130,451 milhões de toneladas, 5,90% a mais que a safra colhida em 2003 (123,181 milhões de toneladas). Em relação à estimativa de janeiro (132,969 milhões de toneladas), houve uma retração de 1,89%.

Tal retração, equivalente a 2 milhões de toneladas de grãos, deve-se ao clima adverso em vários pólos produtores do País, destacando-se os do Paraná, Santa Catarina, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, onde a soja teve quebras relevantes, castigada por estiagens prolongadas durante estágios fisiológicos importantes, como floração, formação de vagens e enchimento de grãos (granação). No Rio Grande do Sul a soja também vem sofrendo com estiagens prolongadas e quebra de produtividade. As previsões de março irão computar esses prejuízos.

Em Mato Grosso, as quebras não foram causadas por estiagens, mas pelo excesso de chuvas durante a colheita da safra precoce, que impediu o trabalho das máquinas colheitadeiras.

Quanto ao milho da 2ª safra, somente Bahia e Paraná já dispõem de estimativas. No Paraná, maior produtor nacional, onde a forte estiagem na região Oeste atrasou o início do plantio, aguarda-se uma produção de 5,5 milhões de toneladas, com queda de 4,59%.

Pesquisa trimestral da pecuária mostra crescimento no abate de bovinos

A Pesquisa trimestral de abate de animais indica cerca de 5,904 milhões de bovinos abatidos nos últimos três meses de 2003 – um aumento de 11,60% em relação ao trimestre imediatamente anterior. Em comparação ao mesmo período de 2002, houve um acréscimo de 7,24%.

Quanto ao peso total das carcaças de bovinos – 1,349 milhão de toneladas –, houve aumento tanto em relação ao quarto trimestre de 2002, (5,40%), quanto ao terceiro trimestre de 2003, (11,39%).

Suínos

No quarto trimestre de 2003 foram abatidos 5,693 milhões de suínos – um aumento de 1,28% com relação ao terceiro trimestre de 2003 e uma queda de 3,20% em relação ao quarto trimestre de 2002.

Quanto ao peso das carcaças, houve queda de 0,58% em relação ao trimestre imediatamente anterior e aumento de 0,30% em comparação ao quarto trimestre de 2002.

Frangos

Foram abatidas cerca de 849,462 milhões de aves no último trimestre de 2003. Houve um aumento de 7,34% com relação ao mesmo período do ano anterior e de 3,51% em relação ao terceiro trimestre de 2003. Com relação ao peso das carcaças – 1,639 milhão de toneladas – houve aumentos de 9,26% em relação ao mesmo período de 2002, e de 2,30% quanto ao terceiro trimestre de 2003.

Leite

O volume de leite captado pelas empresas processadoras no Brasil, no quarto trimestre de 2003, chegou a 3,716 bilhões de litros. Isso representa um aumento de 5,82% sobre o mesmo período de 2002, e de 14,25% sobre o terceiro trimestre de 2003.

O volume industrializado pelas empresas foi 5,53% superior aos 3,503 bilhões de litros do mesmo período de 2002 e 14,27% aos 3,234 bilhões de litros processados no terceiro trimestre de 2003.

Ovos

No quarto trimestre de 2003 foram produzidas 463,533 milhões de dúzias de ovos de galinha – um aumento de 5,86% sobre o mesmo período de 2002 e uma queda de 0,55% sobre o terceiro trimestre de 2003.

Couro

A pesquisa trimestral do couro registrou uma aquisição de 7,758 milhões de unidades no quarto trimestre de 2003 – queda de 0,20% com relação ao quarto trimestre de 2002 e aumento de 1,96% com relação ao terceiro trimestre de 2003.

Ao todo foram curtidas 7,687 milhões de unidades de couro – uma queda de 1,03% com relação ao quarto trimestre de 2002 e aumento de 2,79% com relação ao terceiro trimestre de 2003.